segunda-feira, 28 de abril de 2014

Transcrição nº 2 - Fogo

Transcrição da quarta até a sétima página

Chego atrasada no jantar, mas pelo menos consigo comer a sobremesa. Torta de morango, a minha preferida!

Me torno o centro das atenções por causa da batida com o carro, que parece ter saído mais ileso do que eu daquela confusão.

Conto a mesma história, pelo menos, umas mil vezes e escuto os já esperados “Nossa!”; “Meu Deus” e “Ainda bem que não aconteceu nada com você”, ou “Mas que cara irresponsável!”

Depois algumas tias chatas do “Amor” assumem o rumo da conversa e o papo passa a girar em torno de “lavar”, “passar”, “filhos/maridos” e coisa e tal... Essa é a minha deixa para ir embora. Sou nova e impaciente demais para aguentar esse tipo de papo.

O “Amor” insiste em me levar até a minha casa, mas digo que estou bem. Ele volta a insistir, pede que eu passe a noite com ele, mas... não estou no clima. Simples assim.

Alguns beijos, abraços e desculpas esfarrapadas depois, enfim consigo a minha liberdade.

A verdade é que desde o acidente uma voz, AQUELA voz, não sai da minha cabeça. Essa voz me convida, chama, me seduz para um outro mundo. É algo quase irresistível, como uma aventura por uma terra desconhecida, como iniciar a leitura de um livro sem ter lido a sinopse.

Era uma aposta, um jogo. Eu não sabia até onde aquilo poderia me levar, mas o a voz me encantava e era muito difícil resistir aquele “feitiço”.

No rádio Alceu Valença cantava “Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...”.

Passo em frente à casa de shows. Lotada! Largada no banco do passageiro a pulseirinha de acesso à área VIP que o homem de terno me dera parecia brilhar, sedutora.

A virada foi rápida. Em poucos instantes o carro já estava com o manobrista e eu a caminho da entrada do show.

A apresentação já havia começado. Gritos e choro completavam as canções que vinham do palco. Apresentei a minha pulseirinha, dei o meu nome e o segurança me apontou o caminho para o camarote que dava acesso a uma parte do backstage.

Pelo caminho vejo jovens histéricas, descabelando-se... Era uma verdadeira loucura!

Paro na lateral do palco. Aparentemente as fãs desprezaram o lugar por não ser tão bem posicionado, mas para mim já estava ótimo. Dali era possível ver o dono do “canto apaixonante” que me atraiu até ali como a luz atrai as mariposas.

É estranho, mas me sinto ótima. Me sinto “eu mesma” como há muito não sentia... Sem problemas do trabalho, preocupações com o namorado, desentendimentos em família ou acidentes de carro...

Ali éramos só eu, ele e o seu feitiço. Mas para onde aquele feiticeiro queria me levar? Bem ou mal? Realidade ou ilusão? Perdição ou benção? As perguntas se perdiam no brilho daquele sorriso.

Nossos olhares se cruzam no momento em que ele vem até o canto do palco onde estou para pegar água. De alguma maneira ele me reconhece. Vejo-o sorrir e me lançar um aceno breve.

Naquele momento, eu não sabia o quê estava sentindo ou o quê estava acontecendo, mas se fogo fosse, por ele queria me deixar queimar.
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 Notas da Manu:

Meninas, terminei hoje de transcrever o segundo arquivo que a "Estagiária" me mandou. Agora é torcer para que ela continue nos enviando as páginas da Raquel, né?!


Assim que receber novos e-mails eu conto para vocês lá no grupo do Face, ok?



Beijos!



*** Páginas 7 a 11: Conto de fadas moderno

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Transcrição nº 1 - Deslumbrante

Segunda Página

Sexta-feira à noite, chuva na janela e eu no escritório trabalhando até tarde. Ótimo! Espero, pelo menos, que o pagamento das horas extras do mês seja o suficiente para comprar aquele sapato que estou querendo...

***
Saio cansada, estressada, com fome e de TPM. No caminho até o carro molho o que restou do meu bom-humor. Melhor impossível!

Trânsito! A cidade parada por causa de um temporal e do show de um desses cantores sertanejos da moda. 

Aff! Não quero saber de nenhum dos dois. Tudo o quê eu quero é a minha cama, mas ainda tem o tal jantar...

E falando nele, o telefone está tocando. É o “Amor” de novo...

Lanço mão da minha desculpa de “sempre” - Mô, já disse que daqui a pouco estou aí! Você sabe que o dia foi cheio no escritório hoje, só consegui sair agora... Mas vou correr aqui! Não perco esse jantar por nada!

A verdade? Eu toparia qualquer coisa para me ver livre daquela chatice de “reunião familiar”.

Papo furado do namorado, beijinhos e pedidos para que eu não demorasse e, ao fim da ligação, eu tinha conseguido enrolá-lo direitinho mais uma vez! Homens...

Desliguei o celular, liguei o som e tentei encontrar um pouco de paz no meio daquele caos de carros, temporal e show.

***
Chuva caindo, cansaço pesando nos ombros, as ideias voando longe, algo batendo, cabeça se chocando com força contra o vidro, tudo ficando embaçado...

Droga! Eu havia batido o meu carro em uma van ao passar em um cruzamento! Isso era tudo o que eu conseguia raciocinar naquele mosaico de barulho, medo, buzinas e freadas...

Um homem alto de terno e muito educado apareceu ao meu lado e me perguntou se estava tudo bem. Era claro que não estava, não era?

Não sei bem o quê aconteceu depois, mas fui levada para dentro da van e alguém nos guiou para um canto mais “tranquilo” da avenida.

Eu ouvia por cima as palavras “polícia”, delegacia, “show” e uma voz encantadora, como o canto de uma sereia, que parecia me carregar para longe dali... Mas a minha cabeça ainda rodava, então talvez fosse só a minha imaginação voando muito alto. Era difícil dizer...

Depois rolou um papo de “gente grande”. Boletim de Ocorrência, chamar o seguro, assinar papéis, tomar remédio para dor de cabeça, voltar para a van, ouvir AQUELA voz de novo, tentar decifrar se estava fantasiando ou se ela era real... Muita coisa para pouco eu!

"Então está tudo certo! Aqui está o meu cartão, qualquer problema com o conserto do carro, por favor, me ligue. Espero que já esteja melhor da cabeça"

O cara de terno disse estendendo um cartão muito chique onde estava escrito “empresário”. Dei sorte, bati em um cara rico! Sinal que o conserto do meu carro estava garantido.

Agradeci com o máximo de educação que a situação permitia, e também lhe entreguei o meu cartão.

O lado bom: o motorista da van assumiu a culpa e o estrago no meu “querido carrinho” não foi muito grande. Até daria para usá-lo naquela noite mesmo.

O lado ruim: eu estava prestes a ver o “Amor” virar “Fera” por conta do meu atraso. Quando eu disse que toparia qualquer coisa para não ir ao jantar era apenas um desabafo. O pessoal lá “de cima” precisava parar de me levar tão a sério e atender as minhas preces assim, tão rápido...

"Pô cara, convida ela para o show de hoje..."

A voz encantadora falou de uma maneira perigosamente inocente e despreocupada.

Talvez se tivesse ouvido com mais atenção, eu teria percebido o real perigo daquele convite. Sedutor, educado, cortês... O tipo de situação que te induz ao erro. Mas eu estava cansada, tonta, encantada e, sobretudo, atrasada em doses muito altas para me dar de conta.

Além disso, eu fazia a linha de garota que gostava de desafios, e aquele garoto fazia o meu tipo.

"Convite aceito!"

Foi como lançar os dados de um grande jogo de tabuleiro onde o destino da minha vida estava em jogo. Foi ali que a palavra destino passou a fazer sentido para mim.
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***Leias as próximas páginas: Fogo



Desatino

Primeira Página

Tudo foi rápido, intenso, deslumbrante...

De repente, o mundo estava fora de eixo. Fui despertada por sensações que até então eu desconhecia. Finalmente eu havia descoberto o significado do verbo “viver”.

Ele era um desatino, que com poucas palavras e um só sorriso me fez mergulhar no lago negro que eram os seus olhos.

Por um breve instante foi como despertar de um longo período dormente e conhecer um mundo de infinitas possibilidades. Aquelas águas negras matavam a minha sede, uma necessidade que existia dentro de mim, mas que eu sufocava, negava por comodismo, medo...

Mas agora estou presa nas grades que eu mesma criei, sem saída, sem ar...

O mundo lá fora já não é mais o mesmo, eu não sou a mesma. Me falta um pedaço, o pedaço que ficou junto dele e que não sei se poderei recuperar...

[“Ainda está por vir alguém com teu sorriso
Que me tire do sério e fale o que eu preciso
Que arranque essa dor, que possa me curar” - Deslumbrante, Hugo Pena e Grabriel]



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*** Segunda Página: Deslumbrante

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O meu milagre

Olá meninas!

Dessa vez o VDL será um pouquinho diferente...  Como prometi, hoje vou contar a minha história aqui no blog. Mas calma, calma! Isso não significa que finalmente consegui o meu PÁ! Na verdade, o "causo" de hoje trata-se de uma carta que escrevi para as meninas da Trupe no começo de 2013 para contar como foi que me tornei fã do Luan.

Resolvi dividir essa carta com vocês porque, depois de tanto tempo narrando as "aventuras" de outras fãs, achei que era hora de contar um pouquinho da minha  própria história. Eu queria que vocês soubessem como foi que o Luan mudou a minha vida e como começou esse sonho de ser uma "quase-escritora".

Estão prontas? Espero que gostem!

"Meninas,

Já contei para vocês a história da Anita, da Cristal, da Júlia e agora estou contando a da Malú. Mas hoje não estou aqui para falar das minhas “meninas”. Hoje estou aqui para contar a MINHA história! Preparadas? Então vamos lá...

Era uma vez uma garota de 22 anos, recém-formada em Jornalismo, que namorava há um ano e que se chamava Juliana (Eu!). Sempre quis trabalhar com assessoria de imprensa e, um dia, partir para o ramo de edição de livros (isso porque acreditava não ser capaz de escrever o meu próprio livro).

Era o ano de 2011, que foi especialmente difícil para mim. Isso porque eu tinha um emprego péssimo; não falava com a minha mãe e com a minha irmã e tinha um namorado do qual eu gostava, mas que sofria com alguns problemas pessoais o que tornavam a nossa relação um pouco complicada. Para piorar, por causa da rotina de trabalho, eu deixei de montar a cavalo, uma das coisas que mais me davam prazer nessa vida.

Foi realmente muito complicado para mim passar por tudo isso sozinha. Foi o primeiro ano depois que terminei a facul, e eu não via mais as minhas amigas com tanta frequência. Eu chorava todas as noites porque não entendia porque nada dava certo para mim.
Uma noite, eu pedi a Deus para que me levasse daqui, porque não queria mais viver. Depois me arrependi e pedi para que Ele me indicasse um caminho, me desse uma luz, me mostrasse algo que eu soubesse fazer e que me trouxesse alegria.

Eu não lembro exatamente como foi, nem quanto tempo demorou para acontecer, mas em uma noite que eu estava muito triste e muito entediada com a minha vida, peguei uma caneta, um papel e escrevi os três primeiros capítulos de “A Granfina e o Caipira”. As ideias foram fluindo, a minha Granfina apareceu e logo eu achei o Caipira perfeito (O Luan, claro!) para completar a história. Eu não achava que eu escrevia bem (aliás, ainda acho!), e pensava que a ideia era muito maluca... Mas a sensação de escrever me fez ficar bem comigo mesma, algo que eu não sentia há muito tempo.

Gostei do resultado inicial e então resolvi abrir uma conta do Nyah e postar a fic, só para ver o que dava. NINGUÉM sabia daquela novidade. Resolvi guardar segredo porque era algo só meu, tipo uma saída de emergência. Não queria ninguém dando palpite, ou “gorando” a minha história.

Por isso assinei a fic como Manu Dantas. Gosto muito de Manuela, que é o nome de uma personagem do livro “A Casa das Sete Mulheres”, que vive um “amor tempestade” e que decide amar um único homem em toda a sua vida e esperá-lo até o fim dos seus dias (Mais tarde, achei que a escolha desse nome não poderia ter sido mais acertada! Afinal, ser fã é isso: é escolher alguém para amar sem pensar nos limites ou nas consequências, é manter um sentimento que o tempo não destrói).

Continuando... A fic foi rolando, as primeiras leitoras apareceram, os comentários surgiram e eu fui ficando cada vez mais animada. Gente, quando digo que cada comentário ilumina o meu dia, é a mais pura verdade. Por muito tempo, a Granfina e o Caipira foi o meu salva-vidas, o que  me fez sentir viva de verdade!

Continuei não contando nada para ninguém. Era o meu segredo, a minha rota de escape, a minha alegria. Nem meu namorado desconfiava...

Com o tempo, eu fui me tornando fã do Luan e conhecendo cada vez mais sobre ele. E Deus não poderia ter colocando um ídolo melhor no meu caminho. O Lú me fez lembrar de quem eu era de verdade, antes de passar por toda aquela crise. Sempre fui essa pessoa que vocês conhecem: de bem com a vida, positiva, que gosta de prosear, criativa, um pouco caipira e um pouco granfina! Rs! E, de uma maneira meio maluca, foi o Luan que trouxe essa pessoa de volta à vida.

Acima de tudo, o Lú me lembrou que “Só quem sonha consegue alcançar”. E foi preciso tudo isso acontecer para cair a ficha que eu só estudei Jornalismo porque sonhava um dia em ser escritora. Então, por que depois de quatro anos, eu tinha desistido do meu sonho?

Ao final da segunda temporada de AGeOC a minha situação já era muito melhor. Eu consegui um emprego novo, voltei a montar a cavalo e o relacionamento com a minha mãe melhorou consideravelmente. E o principal: Eu não queria mais morrer. Eu queria viver, porque, no final das contas, eu precisava postar capítulo para vocês! *-*

Foi quando eu comecei a escrever “Cinco Dias em Cancún”. E cara, de repente, todo mundo sumiu! Fiquei muito “encanada” achando que não escrevia bem, que a história estava uma droga e que aquele sonho de ser escritora era demais para mim.

Abandonei a fic e fiquei um tempo sem escrever. Decidi me dedicar totalmente ao trabalho, tentar ser alguém na vida... Nesse tempo, fiquei viciada na série “Diários de Vampiro” e na saga de livros Percy Jackson (dois quais sou fã até hoje. Stelena é vida! Rs!)

Mas, depois de dois meses, eu me sentia péssima de novo. O trabalho estava ruim, o namoro cada vez pior e o relacionamento com a minha irmã ia “ladeira abaixo”...

Em abril de 2011 viajei para Santa Catarina a trabalho. Depois de “ralar” o dia inteiro, cheguei no meu quarto de hotel acabada e triste. Ali, sozinha, liguei o meu notebook e escrevi o “Prólogo” de Incondicional. Nascia a Cristal, a minha “docinho de coco”.
Cara, fiquei tão “fissurada” nessa história que escrevi os dois primeiros capítulos no aeroporto, enquanto esperava o meu voo para Sampa.

Novamente empolgada com uma história, recomecei a postar uma fic no Nyah! Mas dessa vez era diferente. Eu me sentia mais “segura”. Aprendi muito com AGeOC e usei toda essa experiência em Incondicional. Resolvi continuar usando o nome de Manu, por dois motivos:

1 – Eu ainda não tinha contado para ninguém sobre as fics. De certa forma, eu tinha vergonha de assumir que escrevia (E eu não sei o porquê. Acho que porque sempre achei que não escrevo tão bem).

2 – Eu usava o meu nome verdadeiro para assinar as matérias que fazia no meu trabalho. Não queria misturar as duas coisas. O trabalho era uma obrigação. As histórias eram a minha vida!

Sem contar que todo mundo já me conhecia como Manu e eu adoro esse nome (de verdade). Achei que seria estranho mudar assim, de repente...

Bom, minha segunda história começou a conquistar novos leitores e então eu tomei coragem para dividir aquela minha experiência com alguém. A Sarah foi a primeira pessoa a saber e, graças a Deus, ela não me achou uma louca! Rs! Só achou estranho eu estar escrevendo sobre o Luan Santana. Ainda bem que ela é muito “open mind” e me entendeu quando me declarei fã do Nego.

Como eu, a Sarah e Rachel somos inseparáveis, logo o terceiro membro do trio também ficou sabendo da novidade. Ela riu muito de mim por ser fã do Lú, mas “pagou a língua” depois que leu Incondicional e também ficou apaixonada por ele.

Empolgadas com o meu “sucesso” (elas acharam incrível o fato como as minhas leitoras são carinhosas e atenciosas comigo) e também precisando dar um “up” em suas vidas, elas resolveram começar a escrever também. Juntas, fundamos o “Triipé”, um blog destinado a contar algumas aventuras pelas quais passamos ao longo da nossa vida. Porém, para revelar tudo o que revelávamos no Trii, nunca poderíamos contar quem éramos de verdade. Por isso fizemos um pacto: O de não falar para ninguém nossa verdadeira identidade.

O Trii sobreviveu por um tempo, mas algumas coisas mudaram, a Rachel resolveu seguir a sua vida de casada e o blog ficou abandonado.

Enquanto o Trii “morria”, o meu próprio blog nascia e cada vez mais eu passei a me dedicar inteiramente às fics! E gente, do fundo do meu coração, essa é a melhor parte de mim. Deus atendeu todos os meus pedidos e me deu ainda mais: Ele me mostrou um caminho, me mostrou algo que eu posso fazer e que me dá alegria, me deu um ídolo e me deu uma segunda família, a Família LS! Mais do que isso, ele me deu a Trupe e me trouxe de presente todas vocês!

Sou muito grata por tudo o que vocês fizeram por mim, de verdade! Obrigada por não me deixarem desistir e por me apoiarem! É por toda essa força e essa energia positiva que vocês me dão que hoje eu estou aqui hoje.

Enfim, essa é a minha história. Desculpa por qualquer coisa e obrigada por tudo! Vocês fizeram o meu conto de fadas se tornar realidade. E eu espero que ele não acabe aqui..."

É isso gente, essa é a minha vida, esse é o meu clube! Rs!
Brincadeiras à parte, espero que vocês tenham curtido a carta. Acho que essa é a prova que amor entre fã e ídolo é algo tão forte e tão puro que é capaz sim de "mover montanhas" e transformar vidas.

Como escrevi no último capítulo da quarta temporada de "A Granfina e o Caipira", cada pessoa tem tem um milagre na vida. Esse com certeza foi o meu. Só espero que um dia o meu PÁ! chegue e que eu possa abraçar o Luan muito forte e lhe falar, do fundo do meu coração, obrigada! Mas mesmo isso que não aconteça, sou grata a ele da mesma maneira. Ele está gravado na minha história e será para sempre o meu Caipira (mesmo usando aquele bigode e aquela barba "duvidosas").

Sempre tive para mim que esse espacinho aqui o blog, o VDL, é o lugar reservado para os sonhos. Fico feliz quando as meninas me falam que leem os "causos" sonhando o com o seu PÁ! Nada me deixa mais feliz que servir de apoio e incentivo na busca do tão sonhado abraço do Lú. E hoje, depois de compartilhar essa carta com vocês, eu lhes digo: Acreditem nos milagres.

Beijo grande,

A gente se vê no próximo VDL!

terça-feira, 15 de abril de 2014

"Nas Europa"

E aí, gurias?
 
Tem alguém aí com saudade dos VDL’s?
 
Confesso que já estava sentindo falta de escrever os “causos” das Luanetes. Mas vocês sabem, né? A correria do dia a dia me deixa com pouco tempo para me dedicar ao blog, e como estava rolando a quarta temporada de “A Granfina e o Caipira”, resolvi priorizar os caps da fic e deixar um pouco o “Vida de Luanete” de lado. Mas agora, enquanto acerto os detalhes para a próxima fic, “bora” matar as saudades das loucuras das negas?
 
E hoje o “trem” “tá” chique demais! O VDL desembarcou em Portugal para contar a história da Marisa! Tá pensando o quê? Estamos internacionais! Rs! Prometi que ia contar como ela ganhou o abraço do Nego desde o ano passado, mas acabei enrolando, enrolando, enrolando... 2014 chegou e nada do “causo” dela vir parar aqui. Porém, é como o diz o ditado: Quem espera sempre alcança, e o dia da Mari finalmente chegou! Vivaaaaa! Pois é, gente... Manu tarda, mas não falha! Pode confiar! Rs!
 
Voltando ao “causo”, a Maroca é fã do Luan desde 2011, quando ela assistiu o “DVD Ao Vivo no Rio” na internet. Segundo a nossa amiga portuguesa, “foi através das fics da Manu que comecei a gostar cada vez mais dele. No fundo, ela é a grande responsável por isso”. Agora imaginem o quanto eu fiquei toda me achando por causa disso! Não sei vocês, mas fico toda orgulhosa quando consigo “converter” outras pessoas em Luanetes. E o mais legal dessa história é que a Mari está lá do outro lado do oceano, mas graças ao Luan conheceu através da internet várias fãs brasileiras que a ajudaram muito nesse show que ela foi. É... Olha quanto poder o senhor Luan Rafael tem! Acho que essa é a parte mais legal de ser fã: poder conhecer pessoas novas e trocar experiências que, com certeza, ficarão marcadas para sempre nas nossas vidas!
Curiosos para saber o que rolou com a Marisa? Então “vamô que vamô"! Apertem os cintos, o VDL está decolando! [Lembrando que os trechos entre “...” fazem parte do depoimento da Mari, enquanto as frases entre [...] são os meus comentários, combinado?]
 
“É muito difícil descrever um dos dias mais perfeitos da minha vida, mesmo com alguns contratempos que aconteceram ao longo do caminho” [Como sempre, mal começamos o “causo” e lá vem ela: a boa e velha “zica” que persegue todas as Luanetes. Não tem jeito, ser fã do Luan é andar lado a lado do azar. Ô tristeza, viu?]
 
“Fiquei sabendo que aconteceria um show do Luan por aqui em novembro de 2012, onze meses antes da data marcada para o concerto. Desde o primeiro minuto eu já queria ir, mas a vida não é fácil e o fato de estar desempregada era um grande obstáculo. Claro que não era impossível! Bastava arranjar um emprego e pronto. O problema era conseguir um trabalho em plena crise econômica em Portugal...
 
Os meses foram passando, e nada! Janeiro, fevereiro, março... junho, julho, agosto... e eu aflita, já quase perdendo as esperanças. Foi só em setembro que consegui arranjar um trabalho! Infelizmente durou apenas 20 dias, mas foi o suficiente para juntar dinheiro. Comprei o bilhete no dia 08 de outubro, apenas quatro dias antes do concerto” [Gente, como a Mari fala o Português de Portugal, ela usa alguns termos diferentes do que estamos acostumados a usar. Tipo, lá não se diz ingresso. Eles costumam falar “bilhete”. Mesma coisa para show. Lá usa-se o termo concerto. Para ficar mais fácil, vou colocar um * em todos os termos diferentes, assim fica mais fácil de identificá-los. Acredito que não será difícil sacar o significado, porque as palavras são parecidas, beleza? VDL também é cultura, rapais! Rs!]
 
“Nesse mesmo dia conversei com uma das meninas da Trupe, a Fátima, que me ajudou com a inscrição do camarim. Aliás, se não fosse o apoio que ela me deu, eu sequer tinha me inscrito no sorteio.  Por isso vou agradecer-lhe pelo resto da minha vida” [Para quem não sabe, a Trupe é o FC do qual faço parte e que reúne meninas dos quatro cantos do Brasil e até mesmo de Portugal. A Mari e a “Fatinha”, apesar morarem no mesmo país, só se conheceram por causa do nosso FC. Legal, né? É Trupe conquistando o mundo! Rs!]
 
“Fiz a minha inscrição no dia 09 de outubro, mas sinceramente nunca imaginei ser escolhida. No dia, lá pelas 19h40 me ligaram. Quando falaram que estavam a ligar da equipa* do Luan e que tinha sido sorteada para o camarim eu não quis acreditar! Foi preciso o rapaz repetir o número do meu Cartão de Cidadão (o que aí no Brasil vocês chamam de RG) para que eu percebesse que era mesmo verdade! Falei para o senhor do outro lado da linha que ele havia acabado de me dar a melhor prenda* de toda a minha vida, afinal, não é todos os dias que se recebe uma notícia dessas no dia do aniversário!” [Mããããeee, também quero ganhar o camarim do Lú no meu aniversário! Eu quero, eu quero! Hunf! ***Bate o pé e faz bico *** Socorro! Isso que é presente, o resto é conversa!].
 
“Assim que desliguei o telefone, fiquei uns 10 minutos sentada sem conseguir levantar da cadeira. Eu tremia tanto que era impossível fazer qualquer coisa. Quando me recuperei do ‘choque’, dei um grito tão alto que a minha mãe até se assustou” [Olha aí o Luan quase matando a Mari de susto! Para ser fã desse rapaz tem que ter o coração forte, viu? Não é tarefa para os fracos!]
 
“No dia 11, fui de autocarro [ônibus] para o local do show com a namorada do meu irmão, a Cátia. Chegamos ao Parque das Nações perto das 18h10. Fui ter com um dos seguranças do ‘Meo Arena’ para saber como eu iria entrar, visto que havia combinado com a produção do Luan que estaria junto da mesa de som às 20h, mas as portas do local só seriam abertas às 20h30. O rapaz disse para eu não me preocupar e pediu-me para ir falar com ele perto das 20h que ele trataria de tudo.
 
Como ainda eram 18h30, eu e a Cátia resolvemos jantar e depois voltaríamos para a fila. No horário marcado as portas foram abertas e eu entrei juntamente com o segurança, enquanto a minha cunhada seguia para o Balcão 1, setor para o qual compramos os bilhetes.
 
Assim que entrei, encontrei umas das fãs selecionadas para camarim e seguimos, junto com um dos funcionários da Arena, pelo elevador de serviço até a mesa de som onde outras três Luanetes já estavam aguardando para entrar no camarim.
 
Alguns minutos depois, nos informaram que só iríamos entrar às 21h. Se já estávamos nervosas, ficamos ainda mais ansiosas quando soubemos que demoraria ainda mais para abraçar o anjo mais lindo do mundo.
Deu nove horas, nove e dez, nove e vinte, nove e meia... e nada de alguém aparecer para nos buscar e levar de encontro ao Luan. Ficamos tão preocupadas que chegamos a pensar que não iríamos ao camarim, pois o tempo estava a passar e nós continuávamos ali” [Luan e os seus eternos atrasos! Esse menino está precisando de alguém que o coloque na linha, viu? Essa mania de sempre nos deixar esperando é chata demais!]
 
“A certa altura, a dupla Ricardo &Henrique, que iriam fazer a abertura do show e da qual sou fã há 13 anos, subiu ao palco. Foi aí que fiquei em pânico pensando que realmente não iríamos ao camarim, pois a apresentação dos cantores duraria apenas 30 minutos e o Luan se apresentaria logo na sequência.
 
Perto das 21h50 [Quase uma hora e meia depois!], vieram finalmente nos buscar, mas os seguranças da Arena que estavam perto do palco não queriam nos deixar entrar dizendo que não haviam sido informados de nada sobre a entrada de fãs nos bastidores. Nesse momento pensei que tudo estava acabado que não iria ver o meu ídolo. Faltou muito pouco para que eu caísse no choro, mas o Gutão (que além de ser um gato é super simpático) e o Well disseram que nós iríamos entrar com eles sim! 

Os dois falaram com os seguranças que permitiram a nossa passagem. Mesmo assim, tivemos outro obstáculo um pouco mais adiante. Outras duas funcionárias da segurança nos barraram no corredor, também dizendo que não sabiam de nada. Foi aí que o Well mandou-as falarem com o supervisor e disse que nós entraríamos, quer elas quisessem ou não” [Mas geeeenteeee... Olha esse Well dando uma de defensor das fãs do Luan! Só porque estava “nas Europa”, o Negão ficou metido! Pode isso, produção?Rs!]
 
“Antes de entrarmos no camarim, o segurança disse que ia ficar com os nossos cadernos e folhas para os autógrafos e que no fim do show ele nos entregaria perto da mesa de som. Entreguei o meu caderno, mas antes tirei lá de dentro a folha em que eu pedia ao Luan que seguisse a Trupe, mas o Welligton tirou o papel da minha mão” [Olha a Mari tentando "dar o perdido" na equipe do Lú e o Well voltando à sua função de “Melhor Agarrador de Fãs” e expandindo o seu talento à categoria “Agarramento de Papéis e Cadernos em geral”. Esse Welligton é profissional mesmo, hein? Ninguém bate esse homem!]
 
“Enfim a hora que tanto esperava chegou, e posso dizer que tremia tanto nesse momento que quase não conseguia parar em pé. Entramos no camarim, as cinco fãs mais o Gutão e o Well. O segurança pediu para fazermos uma fila e eu fiquei por último.
 
À medida que as outras meninas abraçavam e tiravam foto com o Luan eu ia ficando com um nó enorme no estômago. Por pouco não comecei a chorar, mas consegui me controlar porque não queria chorar na frente dele” [Finalmente uma Luanete que não chorou quando viu o Cantor! Aleluia Senhor! É um verdadeiro milagre! Porque até agora, em todos os VDL’s que escrevi, não teve uma só fã que não chorou ao ver o Lú. Luan deveria abrir uma fábrica de lenços. Ia ficar rico, só vendendo o produto para as próprias fãs! Rs!]
 
“Quando chegou a minha vez, ele me chamou e disse: Vem minha nega, vem me dar um abraço!” [ Não precisa pedir duas vezes, Luan! Rs!] “Cheguei perto e ele me abraçou forte. Nessa hora fui até a lua com aquele abraço gostoso e com o cheiro maravilhoso do perfume dele. Nos braços do Luan eu perdi a vontade de chorar e só conseguia sorrir de tão feliz que estava.
 
Tiramos a foto e depois eu lhe entreguei um terço azul e um cor de rosa para a Jade” [Esse show aconteceu dias antes do Lú anunciar o fim do namoro com a Jadoca]. “Ele agradeceu, disse que tinha adorado o dele e que a Jade também iria gostar do dela. Ele sorriu para mim e me abraçou mais uma vez antes de eu desejar-lhe um bom show e deixar o camarim, parecendo que estava nas nuvens por vê-lo tão alegre.

[Olha aí a cara de felicidade da garota, gente! Também do lado do Luan quem é que não fica feliz, me fala?!]


Quando saí, encontrei o Pexola e  Marreta que toparam tirar uma foto com a gente. 



Depois fui encontrar a minha cunhada, que havia guardado um lugar para mim na primeira fila do balcão. O show começou dez minutos depois e foi MARAVILHOSO, o melhor de toda a minha vida. Poder ver o Luan cantando seus maiores sucessos, como “Meteoro”, “Nega”, “Sogrão Caprichou”, “As Lembranças vão na Mala”, “Garotas não merecem chorar”, “Te esperando”, e a mais recente “Tudo o que você quiser” foi absolutamente incrível. Naquele momento percebi que havia realizado um dos meus maiores sonhos.
 
A única parte ruim foi ter ficado sem o autógrafo do Luan! O cantor assinou o caderno que eu havia deixado com o Well antes de entrarmos no camarim. Porém, ao final da apresentação, eu e a minha cunhada seguimos para a porta de entrada e saída dos artistas e eu acabei perdendo o meu caderno. Fiquei muito triste por não ter um lembrança para guardar desse dia tão especial, mas o mais importante foi ter abraçado o anjo mais lindo do mundo!
 
O meu PÁ finalmente aconteceu e foi perfeito! Só posso agradecer a todas meninas que me ajudaram a conquistá-lo. Obrigada por tudo, Fátima, Betty e à toda Trupe!”
 
Ahhh gente, eu me amarro nesse lance do “PÁ”! Para quem não lembra, a expressão foi criada pela Thay Campos (madrinha do VDL) que disse que, quando eu menos esperasse, PÁ! O Luan estaria lá de braços abertos me esperando que a minha vez seria a melhor de todas.
 
Termino o VDL de hoje desejando que o PÁ! de todas nós seja perfeito, assim como o da Marisa foi!
Obrigada Maroca por aceitar compartilhar sua história com a gente! Eu adorei ter esse toque internacional aqui no nosso “Vida de Luanete”!
 
E ó, espero todas no próximo “causo” que será o de ninguém mais, o de ninguém menos, que o meu!
 
Então até lá! Fiquem com Deus e acreditem!


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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Capítulo 26 - Luan + Anita = Luanita

Notas iniciais: Preparadas para o último cap dessa temporada? Então prepara, porque está altamente "suspirante"!

Aproveitem!
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Ponto de vista da Anita
 
Era como se eu estivesse no meio de um turbilhão, perdida em um mar de abraços e coberta por ondas de “Parabéns!” e “Felicidades!. Mil coisas se passavam pela minha cabeça como folhas voando no vento:
 
“Eu tenho o MELHOR-MARIDO-DO-MUNDO. Tudo o que eu mais queria naquele momento era decorar cada palavra, cada gesto dele e gravar para sempre na minha memória para nunca mais esquecer”
 
“Graças ao bom Deus inventaram maquiagem à prova d’água, senão eu estaria parecendo um panda de tanto chorar”
 
“Ahhh, eu adoro essa música! E adoro ainda mais esse olhar insinuante que o Luan está lançando pra mim...”
 
“Socorroooo! A Divinha se empolgou e está pulando e babando em todos os convidados. Cadê a coleira dessa cadela?”
 
“Caramba! Eu convidei mesmo tanta gente ou uma parte desse pessoal entrou de penetra? Será que a comida vai dar? Será que a Rafa lembrou de pedir aqueles docinhos que eu curto?”
 
“Ahhh não! Mas quem teve a péssima ideia de dar arroz para os convidados jogarem nos noivos? Essa droga gruda em TODAS as partes do corpo e NÃO sai nunca mais! Já diria o Lú, tá que pariu!”
 
Deixamos a capela ainda ao som da banda e em meio a uma verdadeira “chuva” de arroz. A Divinha veio saltitando atrás de nós e assim puxamos a fila, descendo as escadas até a tenda onde a festa rolaria de fato.
 
A “festança” seguiu animada. A banda não parou de tocar, os garçons serviram comida e bebidas e os convidados “saracotearam” para cima e para baixo, dançando ao ritmo da música, alguns deles deixando-se levar pela cerveja e pelo vinho. Eu e o Luan percorremos todas as mesas para falar com os nossos amigos. Todos pareciam ter curtido muito a ideia do “casamento surpresa”:
 
- Luan do céu, o que estamos esperando para gravar um dueto seu com a Anita?  - Dudu Borges, o produtor do meu marido, comentou enquanto curtia um “churras” caprichado do pessoal do buffet.
 
- Cara se sou eu no seu lugar, não “dô” conta de entrar nessa igreja, não! Esse lance de casamento já é complicado, surpresa ainda?! Vixi, tenso demais! - Sorocaba brincou.
 
- Anita Bonita, você está linda com esse vestido! E claro que essa ideia de surpresa só poderia ser sua, né? Sempre surpreendendo a todos nós! – O Fiuk disse ao me abraçar, fazendo o Luan ficar de cara feia. Nunca vi ser tão ciumento quanto o meu marido...
 
- Eu chorei com o que vocês dois falaram no altar – Thaeme confessou ao nos dar os parabéns.
 
- Curti o clima da festa! Quero fazer uma cerimônia diferente assim: Cheio de estilo, bem com a cara de vocês... Sem falar que vocês arrasaram! Cara, foi demais tudo! – A Bruna veio até mim dando pulinhos de empolgação.
 
- Cara, foi tudo muito massa! E a cara do Laurence quando viu Any no altar? O menino ficou ba-ban-do! – Ivete disse com o seu característico sotaque baiano e seu jeito autêntico.
 
Os comentários continuaram até que eu o Luan nos cansamos e resolvemos fugir para um canto mais reservado. Já fazia uma semana que não via o meu marido e eu precisava colocar o papo em dia com o Lú e saber o que ele havia achado daquela “doidera” que eu inventara.
 
- E então, curtiu a surpresa? – Perguntei ansiosa pela resposta.
 
- Se eu gostei? “Cê” tá “loca”, mulher? Como eu poderia não gostar disso tudo? Você realizou meu sonho de casar na igreja, sob a bênção de Nossa Senhora Aparecida, na presença dos meus pais, na companhia dos meus amigos mais queridos, com tudo o que eu mais gosto... Anita, eu já sabia de uma coisa, mas hoje você me fez ter ainda mais certeza de uma coisa: Você é a mulher da minha vida – Ele me beijou suavemente nos lábios quando completou a frase, fazendo meu coração “derreter” dentro do peito. Era para aquele ser o dia mais feliz da vida do meu marido, mas eu acabei entrando na “onda” e compartilhando aquele sentimento com ele. Cada momento, cada instante, cada gesto... Tudo estava muito mais perfeito do que eu imaginara.
 
- Só tá faltando uma coisa... - Ele me disse, encerrando o nosso beijo e me segurando entre os seus braços – Cadê a Nica? Tô com uma saudade danada da minha “filhota”!
 
- Ela está com a Célia! “Pera”,vou chamar... – Não precisei ir muito longe para achar a enfermeira com a Nicole no carrinho. Chamei alto e ela veio até mim, sempre prestativa e muito carinhosa.
 
- Ôôôô, olha a minha “piquetucha” aí... – Ele exclamou ao ver a filha se aproximar – Cadê a Nica do papai? Cadê? Sentiu saudades, filhota? Papai morreu de “sardades do cê”! Vem cá, “Niquinha”, vem! – O Luan falou com aquela típica voz “fininha” que todo mundo usa quando está falando com crianças antes de pegar a filha no colo para brincar com ela. Eu apenas respirei fundo e tentei ignorar os “Nicas”. Por mais que eu corrigisse todo mundo, o apelido já tinha pegado. Até os fãs chamavam a minha filha assim. Aquela já era uma batalha perdida...
 
- Ali, ali! Aproveita o momento para fazer uma foto de família! – A Malú, não sei como, conseguiu nos achar e chamou um dos fotógrafos para registrar o momento. Fizemos pose, a Nick no colo do pai e eu ao lado dos dois. Naquelas alturas o dia já havia morrido e a noite assumia o seu lugar com algumas estrelas brilhando no céu. O clima continuava quente, e as lanternas nas árvores davam um brilho especial à festa.
 
- Ai Anita, ainda bem que eu te achei! Está na hora de jogar o buquê! – A Rafa apareceu em meio ao momento “Foto de Família”, estragando de vez a “pausa estratégica” que eu e o Lú finalmente havíamos conseguido... Olha, dar uma festa de casamento exigia muita disposição, viu?
 
- Tem que ser agora, Rafinha? – Fiz cara de pidona, tentando ganhar mais uns cinco minutinhos – Justo quando eu comecei a curtir o meu “maridão”?
 
- Any, você sabe do nosso cronograma! E toda gata garota precisa fazer sacrifícios às vezes! – Minha empresária me repreendeu – Além disso, você terá muito tempo para curtir o Luan nas super férias que esperam por vocês em Aruba! Sol, praia e muito amor tropical! – Ela completou toda animada.
 
- Opaaa! Mal espero por essa viagem! Aruba vai ficar pequena pra “nóis”! – Meu marido comentou sorrindo de uma maneira travessa.
 
- Mas antes... – A Rafa interveio – Vamos, Anita! Você tem deveres de noiva a cumprir!
 
- Tá bom, tá bom... – Acabei concordando, amaldiçoando a mim mesma por ter insistido para que a Rafa colocasse aquele “ritual” de casamento na minha cerimônia. No dia do planejamento da festa me pareceu uma ótima ideia manter essa tradição, tanto que fiz questão de ter um buquê, mesmo que eu não fosse entrar na igreja segurando um. Mas agora... Bem, eu não estava nem um pouco no clima em atirá-lo para o alto para ver quem seria a próxima a se casar... O jeito foi deixar o meu marido com a minha filha e parti para o sacrifício, disposta a acabar logo com aquilo.
 
Ao contrário de mim, a mulherada ficou muito animada quando a Rafa interrompeu a banda por um momento e assumiu o microfone a fim de avisar sobre o momento do buquê. Imediatamente uma rodinha de mulheres de todas as idades (e todas as cores e formatos de chapéus possíveis) formou-se perto da escada, de onde eu faria o meu “grande arremesso”. O meu buquê era composto de flores silvestres de diversas cores com alguns ramos de alfazema. Ele era tão bonito que eu estava com muita dó de me desfazer dele.
 
- Vamos lá, meninas! Todas prontas? A Anita já pode jogar? – A Rafa gritou para chamar a atenção da mulherada que estavam eufóricas com o momento. Algumas gritavam “Para a direita”, ou “Para a esquerda”, mas eu nem dei bola. Sou dessas que faz o tipo difícil.
 
Muitas delas concordaram, então lá fui eu me posicionar para o “grande momento”. Subi uns três degraus, virei de costas e iniciei a contagem – Uuuuum, Dooooois, Dois e Meio – Fiz uma graça para aumentar a expectativa – e... Trêeeees – Assim que terminei de contar, levantei os braços e, meio de qualquer jeito, joguei o buquê para trás, me virando imediatamente para saber quem havia pegado.
Um pequeno número de mulheres, posicionadas à direita do “grupo das desesperadas”, caiu em cima do buquê. Uma sessão de tapas e empurrões teve início, e não demorou muito para apenas duas delas se sobressaírem e continuarem na disputa pelo “prêmio da vez”. Uma delas eu reconheci: Era a Malú. A segunda era uma ruiva que usava um chapéu preto pontudo, que me lembrava o de uma bruxa. Como o acessório ainda não tinha caído da cabeça dela no meio de toda aquela confusão era algo que eu não sabia explicar.
 
Perto de mim, a Marlinha e a Kari gritavam entusiasmadas para incentivar a Maria Luiza. Olhei para elas fazendo cara de quem queria entender o que estava acontecendo e as duas trataram de me explicar - A ruiva ali está encalhada há anos - Marloca contou o “babado - Ela é assessora da dupla F&S e cismou que quer casar com o Sorocaba. Feia do jeito que é, a única maneira de conseguir isso é pegando o buquê mesmo... – A Kari avaliou, me fazendo pensar que eu precisava morrer amiga das “backings” do meu marido.
 
Enquanto isso, a disputa continuava acirrada. As duas estavam rolando pelo chão, uma hora a Malú por cima da ruiva, outra hora a ruiva por cima da Malú. O chapéu da “feiosa” finalmente caiu junto com o colar que a fotografa estava usando. A briga estava parecendo uma luta de MMA e até os homens se aproximaram para ver o “circo pegando fogo”. Claro que o André não perdeu a oportunidade para gritar “Vai CU-RI-CA! Quebra essa BRAN-QUE-LA no meio”.
 
Aparentemente o incentivo do futuro marido surtiu efeito na Maria Luiza, porque esta, em um gesto heroico, deu um chute na barriga da adversária a desarmando, e aproveitou do seu momento de fraqueza para pegar o buquê de uma vez por todas. Logo na sequência ela se levantou com dificuldade, o vestido todo sujo, despenteada, maquiagem borrada, o buquê completamente dilacerado nas mãos, mas com um sorriso triunfante no rosto, como se tivesse acabado de conquistar o primeiro lugar em uma competição muito acirrada.
 
- AHHHH, sua CU-RI-CA! Eu sabia que você ia CON-SE-GUIR! – O André correu para abraçá-lo, saltitando de alegria – Você sabe que sou supersticioso, e isso com certeza é um ótimo sinal que todos os planos para o nosso casamento vão dar certo!
 
- E eu posso saber que planos são esses? – Perguntei me aproximando deles. Ao nosso redor a multidão continuava animada, todos relembrando os melhores momentos da briga pelo buquê. Teve até gente que deu tapinhas nas costas da Malú para lhe dar os parabéns. Aquela certamente fora o “arremesso” de buquê mais disputado da história!
 
- Nós decidimos que não queremos uma cerimônia TRA-DI-CI-O-NAL e brega como essa – O André mexeu as mãos desdenhando da minha festa de casamento – Por isso vamos dividir o nosso matrimônio em três PAR-TES: A primeira será uma festa à fantasia com o tema “Deuses do Olimpo”. A ideia é fazer uma cerimônia digna de deuses, com muita bebida e comida, tudo do bom e do melhor. Claro, todos os covidados deverão estar vestidos de acordo...
 
- Peraí, vocês vão fazer uma festa de casamento à fantasia? E todos nós teremos que nos vestir com aquelas roupas gregas? – A Rafa entrou no assunto.
 
- Isso mesmo! Traje completo! Quero até as sandálias que os gregos usavam. Aquelas que lembram as sandálias da humildade, sabe? – A Malú tentou explicar o que, para mim e para a Rafa, parecia inexplicável. Mesmo assim resolvi não dar opinião. Depois de organizar um casamento surpresa, quem era eu para dar palpite na festa dos outros?
 
- Depois vamos realizar uma cerimônia na praia, como se fosse um luau. E para finalizar, vamos nos casar em Las Vegas, em uma cena digna de CI-NE-MA – O André concluiu, muito animado.
 
- Cuidado, hein! A Rafa casou em Las Vegas e olha aí no que deu... – Provoquei.
 
- Anita! – Claro que ela chamou a minha atenção, toda nervosinha.
 
- Desculpa Rafinha, é que eu não resisto... Você sabe que eu prefiro muito mais o Super Pato do que o seu atual marido – Me justifiquei – O único defeito do Alê foi ter saído do Corinthians para ir jogar no São Paulo. Fora isso...
 
- Quac, quac! – A Malú entoou o nosso grito de guerra, levantando o que sobrara do buquê para o ar.
 
- Aff... – A loira revirou os olhos – Falando em Super Pato, ele me salvou várias vezes essa noite. O Caio cismou que quer me reconquistar a todo custo e resolveu fazer “marcação pesada” em cima de mim. Minha sorte foi o Alê que sempre aparecia para me ajudar.
 
- Huumm.... Ai,ai, ai, ai.... O Super Pato é demais! – Eu e a Malú falamos juntas com jeito de garotas apaixonadas, só para zuar a Rafa.
 
- Chega vocês duas! – Minha empresária falou em tom sério – Não tem nada a ver isso aí! E ó, vamos parar de papo furado e “bora” tocar a festa – Ela correu mudar de assunto, ajeitando o chapéu na cabeça – É o seguinte, Any: Acho que vou aproveitar que a maioria do pessoal já está de pé e vou anunciar a hora da valsa. Quero adiantar essa parte porque daqui a pouco vai chover e aí teremos que transferir a festa para a parte interna da casa, onde não teremos espaço para a dança do casal com os padrinhos.
 
Eu nem precisava olhar para o céu para saber que a Rafa estava certa. O clima abafado com a brisa que estava soprando era uma combinação fatal: Vinha chuva por aí!
 
- Depois da valsa eu estarei livre de todas essas chatices de buquê, dançã e etc, etc, etc...? – Perguntei em tom irônico.
 
- Chatices essas que você mesma fez questão de ter na sua festa, lembra? – A Rafa rebateu, também em tom irônico – Mas a resposta é sim. Essa é a sua última “obrigação” como noiva hoje.
 
- E aí vou poder tirar essa sandália assassina e colocar o meu All Star? – Questionei levantando uma sobrancelha.
 
A Rafa respirou fundo antes de me responder – Vai Anita! Por mais que eu não concorde com isso, você vai...
 
- Sendo assim... Vou buscar o Luan – Anunciei antes de sair saltitando atrás do meu marido.
 
Quando voltamos, quase todos os padrinhos já estavam reunidos perto da banda e os convidados formavam um circulo em torno de uma pista de dança improvisada. Naquela parte da tenda um piso especial, que parecia um tablado, fora instalado justamente para aquele momento.
 
- E aí, o que a gente vai fazer agora, Ní? – Meu marido me perguntou disfarçadamente.
 
- Agora é a hora da valsa. A banda vai tocar uma música e nós vamos começar dançando. Depois todos os padrinhos se juntarão a nós. A gente até ensaiou uma coreografia! Mas ó, fica tranquilo! Confia em mim que eu te conduzo! – Expliquei, dando uma piscadela para ele.
 
- Nossa, mas essa minha “muié” é demais mesmo, hein? “Deixa que eu te conduzo” – Ele me imitou, tirando onda com a minha cara – Mas vem cá, “Paxão”, me fala uma coisa... Esse “trem” de valsa com os padrinhos não é coisa de festa de 15 anos? Eu lembro que rolou uma parada dessas no aniversário da Bruna – O Lú me perguntou ainda em tom de confidência.
 
- É, mas eu resolvi fazer uma adaptação para o nosso casamento...
 
- Ai Ní, só você... – Meu marido riu da minha cara de pau.
 
- Vem Any, vem Luan! Andem logo! – A Rafinha nos apressou para que chegássemos logo ao início da fila – Os dois ficam aqui! Agora eu só preciso achar o meu par, e já podemos começar – Ela avisou enquanto procurava pelo Pato no meio dos convidados. Só para variar, Neymar e Bruna estavam causando na fila, e Malú e André estavam discutindo sobre algo que eu nem queria saber o que era.
 
- Se você quiser, eu danço com você – Meu irmão “brotou” ao nosso lado e tentou (sem nenhum sucesso, diga-se de passagem), jogar o seu charme para cima da sua ex-noiva.
 
Ficamos eu, Luan e Rafa parados, um olhando para a cara do outro, sem saber como reagir ao “galanteio” do Caio. Meu irmão parecia estar “levemente alterado”, o que não o favorecia em nada.
 
- Me perdoe cara, mas a dama já tem companhia - O “Super Pato” apareceu na hora e no lugar certo, pegando a mão da Rafa e a beijando suavemente. A loira ficou vermelha na mesma hora, mas ofereceu o braço para o Alexandre, que aceitou prontamente.
 
- Perdeu, playbloy! – Olhei com cara feia para o meu irmão que se tocou e saiu de perto de nós.
 
- Isso que eu chamo de entrada triunfal... – O Luan comentou fazendo graça quando viu que o Caio já estava um pouco longe de nós.
 
- Olha Alexandre, eu fico muito agradecida por você me ajudar com o Caio, mas... Não sei se você ficou sabendo que eu...
 
- Não precisa falar nada, Rafaela – O Alê a interrompeu – A Anita me explicou as suas razões e me disse que você iria tentar novamente com o seu marido. Eu só queria que você soubesse que eu estarei te esperando... Caso você mude de ideia – Ele disse sério, sem tirar os olhos dela. A Rafa também não conseguia parar de olhar para o jogador, os olhos marejados, a boca meia aberta como se quisesse falar algo mas não conseguisse encontrar as palavras.
 
- Acho que essa é a nossa deixa para começar – Me virei, fazendo sinal para a banda. Estava na hora de deixar aquele casal a sós.
 
Os músicos começaram a tocar uma versão instrumental de “Te Vivo”, o Luan me ofereceu a mão e juntos começamos a valsar. A coreografia era simples, incluía apenas alguns giros para a direita e para a esquerda em determinados pontos da música, e não foi difícil para o meu marido me acompanhar. Deslizamos pela pista, os convidados nos assistindo, eu sorrindo de orelha a orelha e o Lú me segurando entre os seus braços como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo.
 
Aos poucos os padrinhos foram se juntando a nós: Rafa e Pato dançando muito próximos um do outro e de forma muito entrosada, André e Malú com seu jeito exibicionista, Neymar e Bruna completamente apaixonados. Percebi que a minha cunhada havia dado um jeito e trocado de parceiro. Enquanto o Sorocaba dançava com a Thaeme, ela bailava com o Lucas Lucco, formando um casal muito bonito que tirou a paz do Luan por alguns instantes.
 
Fechei os olhos e apenas me deixei levar pela música. E foi como se um filme passasse pela minha cabeça. Relembrei todos os nossos momentos juntos, todas as brigas e reconciliações, os desafios que enfrentamos, o longo caminho que percorremos para chegar até ali: De Nova York até Ribeirão, os problemas com o Murilo, depois o lance com o Fiuk, a maldição do pedido de casamento, a minha gravidez, a descoberta que a Nicole tinha Sindrome de Down, os dias longe dele, a saudade, a nossa vida maluca e cheia de imprevistos... Nós havíamos sobrevivido a tanta coisa!
 
Lembrei também que uma vez, lá em Nova York, o Luan me disse que me daria uma família. Ao abrir os olhos, tive a certeza que ele era um homem palavra por ter cumprido exatamente o que me prometera. Aliás, ele era muito mais que isso. Ele era o homem da minha vida!
 
- Obrigada por nunca ter desistido de mim – Falei antes de girar para a direita, me soltando rapidamente dos seus braços, fazendo o meu vestido esvoaçar em volta do meu corpo.
 
- E como eu poderia desistir do que me faz feliz? – O Luan disse em resposta, voltando a colocar o braço na minha cintura, a outra mão segurando a minha para me conduzir novamente pela pista – Bota uma coisa na sua cabeça, Anita Tunice Santana – Ele fez questão de ressaltar o meu último sobrenome – Eu disse que ia cuidar de você, e é isso que eu vou fazer. Para mim não importa o quanto você possa ser teimosa, mimada, difícil e rebelde... No fim das contas você vai ser sempre a minha Granfina...
 
- E você vai ser pra sempre o meu Caipira – Pisquei para ele me preparando para o encerramento da música. Segurei em seus braços e inclinei o corpo para trás, sentindo os seus músculos enrijecerem ao se esforçarem para me manter segura.
 
Todo os convidados aplaudiram a valsa, sem saber que o melhor estaria por vir. Logo após “Te Vivo”, a banda começou a tocar uma música do Jorge e Mateus que eu escolhera “a dedo” para encerrar a minha festa por combinar perfeitamente com a ocasião.
 
*** Link para a música - https://www.youtube.com/watch?v=hodnntAN-Z4 *** (“Aumente o som, pra ficar bom a nossa festa não tem hora pra acabar” - AMO essa música!)
 
Enquanto a introdução da canção tocava, os garçons invadiram a pista de dança distribuindo plumas, pulseiras de neon e “arquinhos” divertidos e com anteninhas que brilhavam. Todos os presentes foram convidados a entrar na dança e o tom formal da valsa foi substituído por uma balada animada e empolgante. Peguei uma tiara de “gatinha” para mim e uma coroa para o Luan e caímos na dança, curtindo o momento.
 
“O teu sorriso, abre as portas do paraíso, Vem comigo pra gente dançar
A melhor hora, sempre é agora, E o melhor lugar é sempre onde você está”

 
Cantei para o meu marido, que me encarava com os olhos brilhando de felicidade.
 
“E o arrepio toda vez que a gente se encontrar
Nunca vai passar,
Mesmo quando o Sol chegar”

 
Ele cantou de volta para mim, colocando a mão no meu rosto e me beijando suavemente nos lábios. Foi nesse momento que começou a chover. A tempestade de verão chegou de repente e com força, lavando as folhas das árvores e a terra da fazenda.
 
Parei por um momento e fiquei encarando a chuva com uma ideia na cabeça. O Lú pareceu ler meus pensamentos porque segurou a minha mão e, com um olhar provocante, me perguntou – Vamos?
 
- Mas o André disse que eu estava proibida de estragar esse vestido – Falei, só para fazer um charme.
 
- Mas qual é a graça do nosso casamento se a gente não contrariar o André e não enlouquecer a Rafa? – Ele me provocou.
 
- É mesmo... Qual seria a graça se a gente fosse um casal normal de noivos, não é mesmo? – Concordei com a voz cheia de segundas intenções.
 
- Nós nunca vamos ser normais, Ní – O Luan concluiu com o olhar fixo na chuva - E aí, bora?
 
- Peraí, vou colocar o meu All Star – Dei um selinho nele e corri até onde eu sabia que meu sapato estava guardado. Menos de um minuto depois eu estava de volta – No três?
 
Ele assentiu com a cabeça – Um... Dois...Três!
 
O Luan pegou a minha mão e disparou pela pista de dança, alcançando a beirada da tenda e saindo para a chuva de verão. Ele me abraçou forte, rindo da nossa loucura e depois me girou em seus braços. A água caía sobre nós como uma benção divina e naquele momento eu fechei os olhos e pedi a Deus que aquela felicidade nunca tivesse fim. E antes de beijar o meu marido nos lábios, eu quase pude ouvir os anjos responderem “Amém”. Eu apenas me joguei nos braços dele e disse baixinho para que só Ele pudesse ouvir.
 
“Que assim seja, que assim seja”.
 
***
Agradecimentos:
 
Caraca, chegamos ao fim de mais uma temporada de “A Granfina e o Caipira”! Às vezes eu nem acredito nisso, que chegamos tão longe...
 
E não é por nada não, mas essa temporada foi caprichada! Tanto que chegamos aos 25 capítulos, quando a ideia era ter no máximo 
18! Eu não sei vocês, mas já aprendi tanto com essa Trupe! Ao longo desses dois anos de existência de AGeOC é como se eu tivesse crescido e amadurecido com a Anita.
 
Tudo o que eu posso dizer é MUITO OBRIGADO a todas que chegaram até aqui comigo. Obrigada pelos comentários, sugestões, pelas cobranças por novos capítulos, pelos surtos e por não me deixarem desistir. Se cheguei até aqui é graças a vocês que são o “combustível” para que tudo isso possa sair da minha mente e “virar realidade” aqui no blog.
 
Agradecendo especialmente à Rebeca, Carol e Dani Noronha que sempre me ajudaram dando opiniões sobre os "caps" e acalmando as minhas “neuras”.
 
Também gostaria de dedicar essa temporada a toda Trupe que foi um dos melhores presentes que o Luan me deu, e ao meu sobrinho-barra-afilhado, o pequeno milagre que nasceu no mesmo dia do Lú. E não poderia deixar de agradecer também ao Luan. Nessa temporada eu resolvi ousar bastante e fazer com que a Nicole tivesse Síndrome de Down. No início tive um pouco de medo que vocês não aprovassem essa decisão, mas resolvi seguir em frente com a minha ideia e seguir o exemplo do Lú, que não tem medo de ousar e colocar o seu estilo em tudo o que ele faz. Foi seguindo esse caminho que eu criei a quarta temporada que, particularmente, me deixou muito feliz com os frutos que consegui colher.
 
Para todo mundo que perguntou, eu penso sim em fazer mais uma temporada para AGeOC. Acredito que a quinta será a última, porque afinal de contas, toda história tem seu início, meio e fim. Ainda é cedo para prometer qualquer coisa. Tudo o que posso dizer por enquanto é que, se tudo der certo, teremos mais uma temporada para nos despedirmos da nossa tão amada Trupe.
 
Mas antes, tenho pensando em muita coisa bacana para fazer aqui no blog!
 
Antes de começar uma fic nova, quero publicar dois VDL’s: O da Mari (que eu já prometi há muito tempo e ainda não escrevi) e o meu. Calma, calma! Eu ainda não consegui abraçar o Luan nem nada do tipo, mas gostaria de dividir com quem ainda não sabe a história de como me tornei fã do cantor.
 
E aí sim, depois dos VDL’s prontos, entraremos de cabeça em uma nova história! Ainda estou acertando alguns detalhes, mas posso adiantar que o nome será “Voar outra vez” e contará a história da Gabi, uma bailarina e cantora que cruzará o caminho do Luan de forma bem...digamos, impactante. Essa fic será mais no estilo de “INC” e “ANC”, então podem esperar um pouco de mistério e muito romance por aí! Fiquem ligadas aqui no blog, no grupo no Face e no meu Twitter para acompanhar as novidades. E fiquem à vontade para dar pitacos e comentar, afinal, a casa é de vocês! =)

Enfim,
 
É isso, meninas!
 
Mais uma vez obrigada pelo carinho e pelas palavras de apoio. Eu nunca imaginei chegar tão longe. É como um sonho que começou "pequeninho" e hoje vem crescendo, ganhando forma e cores.

Esses dias eu li um livro do John Green chamado “Cidades de Papel” que fala que todos nós temos um milagre. O meu foi o Luan ter entrado na minha vida e ter me presenteado com tantas leitoras-barras-amigas e ter me feito descobrir o meu verdadeiro dom. Eu espero, de coração, que esse milagre dure para sempre.
 
Beijo grande,
 
Manu
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Notas finais: Quem já está com saudade de Luanita ergue a mão e grita EEEEU!

Espero todas vocês na nova fic, hein?!

(*)
E não esqueçam:
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