segunda-feira, 28 de abril de 2014

Transcrição nº 2 - Fogo

Transcrição da quarta até a sétima página

Chego atrasada no jantar, mas pelo menos consigo comer a sobremesa. Torta de morango, a minha preferida!

Me torno o centro das atenções por causa da batida com o carro, que parece ter saído mais ileso do que eu daquela confusão.

Conto a mesma história, pelo menos, umas mil vezes e escuto os já esperados “Nossa!”; “Meu Deus” e “Ainda bem que não aconteceu nada com você”, ou “Mas que cara irresponsável!”

Depois algumas tias chatas do “Amor” assumem o rumo da conversa e o papo passa a girar em torno de “lavar”, “passar”, “filhos/maridos” e coisa e tal... Essa é a minha deixa para ir embora. Sou nova e impaciente demais para aguentar esse tipo de papo.

O “Amor” insiste em me levar até a minha casa, mas digo que estou bem. Ele volta a insistir, pede que eu passe a noite com ele, mas... não estou no clima. Simples assim.

Alguns beijos, abraços e desculpas esfarrapadas depois, enfim consigo a minha liberdade.

A verdade é que desde o acidente uma voz, AQUELA voz, não sai da minha cabeça. Essa voz me convida, chama, me seduz para um outro mundo. É algo quase irresistível, como uma aventura por uma terra desconhecida, como iniciar a leitura de um livro sem ter lido a sinopse.

Era uma aposta, um jogo. Eu não sabia até onde aquilo poderia me levar, mas o a voz me encantava e era muito difícil resistir aquele “feitiço”.

No rádio Alceu Valença cantava “Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...”.

Passo em frente à casa de shows. Lotada! Largada no banco do passageiro a pulseirinha de acesso à área VIP que o homem de terno me dera parecia brilhar, sedutora.

A virada foi rápida. Em poucos instantes o carro já estava com o manobrista e eu a caminho da entrada do show.

A apresentação já havia começado. Gritos e choro completavam as canções que vinham do palco. Apresentei a minha pulseirinha, dei o meu nome e o segurança me apontou o caminho para o camarote que dava acesso a uma parte do backstage.

Pelo caminho vejo jovens histéricas, descabelando-se... Era uma verdadeira loucura!

Paro na lateral do palco. Aparentemente as fãs desprezaram o lugar por não ser tão bem posicionado, mas para mim já estava ótimo. Dali era possível ver o dono do “canto apaixonante” que me atraiu até ali como a luz atrai as mariposas.

É estranho, mas me sinto ótima. Me sinto “eu mesma” como há muito não sentia... Sem problemas do trabalho, preocupações com o namorado, desentendimentos em família ou acidentes de carro...

Ali éramos só eu, ele e o seu feitiço. Mas para onde aquele feiticeiro queria me levar? Bem ou mal? Realidade ou ilusão? Perdição ou benção? As perguntas se perdiam no brilho daquele sorriso.

Nossos olhares se cruzam no momento em que ele vem até o canto do palco onde estou para pegar água. De alguma maneira ele me reconhece. Vejo-o sorrir e me lançar um aceno breve.

Naquele momento, eu não sabia o quê estava sentindo ou o quê estava acontecendo, mas se fogo fosse, por ele queria me deixar queimar.
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 Notas da Manu:

Meninas, terminei hoje de transcrever o segundo arquivo que a "Estagiária" me mandou. Agora é torcer para que ela continue nos enviando as páginas da Raquel, né?!


Assim que receber novos e-mails eu conto para vocês lá no grupo do Face, ok?



Beijos!



*** Páginas 7 a 11: Conto de fadas moderno

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