sexta-feira, 31 de maio de 2013

Capítulo 11 - Como um cristal quebrado...

Notas iniciais: Todo mundo pronto para o fim do mistério? Bora descobrir quem está chantageando a Cristal? 

Cap 11 tá caprichando! Aproveitem!
_________________________________________

Chovia lá fora. Mesmo assim, uma das maiores cidades da América Latina, a capital do estado, o maior centro de negócios do Brasil não parava. O trânsito continuava caótico, as pessoas iam e vinham pelas ruas... São Paulo era sempre São Paulo. Não importava a época do ano, o clima e tampouco o seu estado de espírito.
 
Eu assistia a tudo aquilo da janela de um quarto de hotel na zona sul. O lugar era tão pequeno que eu mal tinha espaço para me sentir sozinha. Tinha até momentos que imaginava que eu, o meu passado e todos os meus problemas não iriam caber ali...
 
Fazia uma semana que estava na capital. Desde então, tudo o que eu fiz foi remoer as minhas últimas decisões e pensar no que eu iria fazer dali em diante. Porém, a única ação concreta que de fato eu cumpri foi ligar para o escritório da F&S Casting e avisar que eu não iria trabalhar por aqueles dias. Inventei uma desculpa qualquer, disse que estava com um problema de família e fugi para aquele hotel onde ninguém me encontraria.
 
Já fazia um tempo que eu havia deixado São Paulo e me mudado para Londrina disposta a deixar o meu passado para trás e recomeçar uma vida nova. Quem poderia imaginar que eu estaria fadada a fazer aquele mesmo caminho de volta arrastada pelos mesmos problemas que eu queria tanto esquecer?
 
Passei todo aquele tempo trancada no meu quarto, controlando as minhas crises, tentando encontra forças... Todas as noites eu tinha o mesmo pesadelo que vinha me aterrorizando a meses: o da pessoa de capa me perseguindo até o topo de uma torre.
 
Eu quebrava a minha cabeça tentando encontrar uma saída, mas não conseguia pensar em nada. Repassei mentalmente o meu encontro na torre com a chantagista. Só de me lembrar daquela tarde o meu sangue “fervia” nas veias. Como foi que eu não saquei que era ela a pessoa que estava me chantageando?
 
Fechei os olhos e repassei todos os detalhes daquele dia em busca de uma solução. Me concentrei e a memória tomou conta da minha mente. Imediatamente senti o meu corpo gelado e a minha respiração disparada. Nunca na minha vida imaginei passar por um momento como aquele...

Curitiba – Torre Panorâmica – Uma semana antes
 
- Sempre pontual, não é Cristal? – Ela me disse olhando para a tela do seu celular que estava em suas mãos. Acabei, por puro impulso, olhando o relógio no meu punho: 13h50. Sim, eu era uma pessoa pontual e somente alguém que me conhecesse muito bem saberia que eu detestava chegar atrasada em algum compromisso.
 
Escutei a voz da minha chantagista e depois a encarei, completamente perplexa e sem fala. De repente tudo fez sentido. Do mesmo jeito que eu estava ali por que era capaz de fazer qualquer coisa pelo Luan, eu sabia que a pessoa que estava ao meu lado era igualmente capaz de tudo para salvar a sua família.
 
- Então é você? – Falei com a voz fraca, ainda sem aceitar muito bem aquela realidade.
 
- Agora somos só eu e você, Cristal. Está na hora da gente acertar as nossas contas...
 
- Laura? – Eu me recusava a acreditar que aquilo fosse verdade.
 
- Surpresa, Cristal? – Ela rebateu com a voz fria.
 
- Não vou negar, estou sim. Não consigo acreditar que era você me chantageando... Você não tinha razões para fazer isso... – Minha cabeça funcionava em um ritmo alucinante. Por mais que eu soubesse que a Laura era capaz de tudo pela família, isso não justificava a sua atitude. Eu não tinha feito nada para ela... Aliás, se alguém ali tinha motivos para querer se vingar, esse alguém era eu.
 
- Não tenho razões, Cristal? Não tenho razões? Certeza disso? – Ela me perguntou com a voz bastante alterada – Cristal, você acabou com a minha família, colocou um dos meus irmãos na prisão, ajudou o outro a se aventurar por aí a bordo de um veleiro, acabou com a reputação do nosso estaleiro... Até meu pai se foi, Cristal. Até ele! E você me diz que eu não tenho razão? – Os olhos delas se encheram de lágrimas ao mesmo tempo que transbordavam angústia e raiva. Ela estava transtornada e colocava a culpa disso em mim. Instintivamente me lembrei da noite que vi o Diogo daquele mesmo jeito no meu apartamento. Aquilo não tinha acabado bem e eu tinha o pressentimento que o meu encontro com a Laura teria o mesmo fim.
 
- Eu acabei com a sua família? Pera aí Laura... O Diogo só está preso porque tentou me matar, o Léo só viajou porque não aguentava mais a pressão de ter que trabalhar no estaleiro... Eu não tenho nada a ver com os problemas da sua família, do estaleiro ou com a morte do seu pai... – Me defendi com a voz firme. Se era briga que ela queria, era briga que ela ia ter...
 
- Você é muito cara de pau mesmo, né Cristal? Se tudo isso aconteceu, foi por sua causa! – Ela voltou a usar o seu tom de voz mais frio enquanto me encarava com uma expressão de raiva e desprezo no rosto.
 
- Você está completamente louca! Nada disso faz sentido, Laura – Retruquei sem realmente acreditar que eu estava ouvindo aquilo...
 
- Ah não faz sentido? Então vamos raciocinar um pouco... Quem sempre incentivou o Léo a seguir essa ideia idiota de se aventurar pelo mundo? Você! – Ela apontou para mim com uma expressão ameaçadora – Quem fez o Diogo querer entrar nessa disputa idiota pelo Léo para te conquistar? Você! Quem desprezou o Diogo a ponto de fazê-lo perder a cabeça e ir até o seu apartamento armado? Você! E quem foi que fez ele ir preso e ainda por cima o convenceu a encobrir o seu “namoradinho”? Foi você também, Cristal! Depois disso as coisas só pioraram, eu fiquei sem os meus dois pais, sem meus dois irmãos, estou perdendo o bem mais precioso da minha família que é o nosso estaleiro... – Ela fez uma pausa ainda me olhando enquanto grossas lágrimas desciam pelo seu rosto – E você? Você simplesmente foi embora, aproveitou tudo isso para se promover, para dar entrevista... Arrumou um namoradinho famoso, agora vive em eventos chiques... E você ainda me diz que não tenho razão? Eu tenho todas as razões do mundo! – Dava para ver que ela fazia um esforço enorme para se controlar e não chamar atenção das outras pessoas que estavam visitando a torre. Para a nossa “sorte”, era dia de semana, então o local não estava tão cheio...
 
- Peraê! Eu não convenci o Diogo a encobrir o Luan! Ele se arrependeu de ter atirado contra mim e por isso resolveu nos ajudar não contando que o Luan também estava no apartamento aquele dia. Em troca disso eu o perdoei por tudo o que ele me fez... – Expliquei tentando manter a calma. Se eu entrasse na “pilha” dela e me desesperasse também, aí que a situação ia ficar complicada de vez... – E você tá achando o quê? Que tudo foi fácil para mim? Que eu passei por tudo isso sem encarar consequências?
 
- Acho... Mas eu vou mudar isso! Nós vamos equilibrar essa situação daqui em diante... – A Laura me respondeu com um sorriso irônico no rosto que me fez lembrar o Diogo. Sempre achei a Laura mais parecida com o Léo, mas desde que eu deixei o estaleiro ela vinha me provando o contrário. Talvez isso fosse a prova de que nós só realmente conhecíamos uma pessoa em um momento de adversidade...
 
- Equilibrar a situação? Laura, francamente! Não tem nada para equilibrar... Essa história já acabou! Tudo o que eu quero é seguir a minha vida adiante... – Argumentei sendo o mais sincera possível. Eu realmente não estava afim de mexer naquela ferida.
 
- Acabou para você! Para mim, ela ainda está rendendo muito... Mas nós estamos prestes a colocar um ponto final nisso e você vai me ajudar – Ela rebateu voltando a apontar o dedo para mim.
 
- Laura, o que você quer? – Resolvi ir direto ao assunto.
 
- Quero que você retire todas as queixas contra o Diogo.
 
- O QUÊ? – Praticamente gritei as palavras. Ela só poderia estar brincando...
 
- Quero que você retire to-das as queixas contra o Diogo. Assim ele fica livre da prisão... Tem algumas outras coisinhas também, mas essa é a questão principal. O resto a gente pode ver depois – A Laura repetiu aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo, uma mera casualidade, um favor entre amigas...
 
- Mas isso não faz sentido! Como eu vou retirar a queixa? O que eu iria dizer? – Perguntei completamente perplexa.
 
- Relaxe, querida! Eu já pensei em tudo... Você vai dizer que acusou o Diogo por conta do ciúme que o Luan sentia de vocês. Mas agora que vocês terminaram, você caiu na real e percebeu que isso não faz sentido... Tudo o que você mais quer nesse momento é ficar em paz com o Diogo e com a família que sempre te tratou como uma filha. Depois você vai convencer o Léo a voltar dessa viagem ridícula de volta ao mundo, nós vamos recuperar a credibilidade do estaleiro e aí sim, essa história estará encerrada!
 
Precisei respirar fundo duas vezes. A minha cabeça girava e eu sentia vontade de vomitar, tamanho o nojo que eu estava sentindo da Laura. Repeti mentalmente o que ela havia acabado de me dizer, tentando memorizar aquela proposta completamente sem pé e nem cabeça...
 
- Mas agora que vocês terminaram...? – Repeti uma das frases que ela disse – O que você quis dizer com isso?
 
- Exatamente o que você entendeu! Você e o Luan vão terminar... Como você acha que as pessoas vão acreditar no seu arrependimento se o “casal do momento” continuar junto? Não, não... É fim de fila pro Luan. O cantorzinho perdeu... – Ela me respondeu irônica, rindo da minha cara.
 
- Sem chance, Laura! Esse seu plano nunca vai dar certo... – Respondi com a voz carregada de ódio.
 
“Calma Cristal, calma” – Precisei repetir para mim mesma. Perder a linha não era a melhor saída naquele momento.
 
- Bom... Então essa foto aqui – A Laura mexeu na tela do seu celular e depois me mostrou a foto do Luan deixando o meu prédio que ela já havia me enviado – vai parar direto na polícia e seu querido namoradinho também vai virar suspeito de ter atirado em você.
 
- O Luan é inocente – Eu praticamente rosnei, tamanha era a raiva que estava sentindo.
 
- Eu sei, você sabe, mas a polícia não sabe... E até ela descobrir, todo um processo vai rolar, toda a mídia vai especular, as fãs vão se desesperar... Já imaginou o circo que isso vai ser, Cristal? Uma tremenda confusão, que você pode evitar, não é mesmo, querida? – Ela repetiu o seu tom irônico que já estava me tirando do sério. Estava cada vez mais difícil suportar aquilo.
 
Parei e olhei para frente tentando recuperar o foco. A cidade se estendia a 100 metros abaixo dos meus pés e a vista era magnífica, o que contrastava completamente com a minha situação. Minha cabeça continuava a girar e por mais que eu tentasse, eu não conseguia raciocinar usando a lógica e a razão. O meu coração gritava dentro do peito. Eu não queria e não podia ficar sem o Luan. Mas eu também não conseguia ver outra solução para aquele problema... A Laura parecia determinada a levar o seu plano adiante e eu não queria um escândalo envolvendo o nome do Lú. Aquele era um problema meu e não dele... Era eu quem precisava resolvê-lo.
 
- Olha lá para baixo, Cristal... – A Laura disse baixinho me distraindo dos meus pensamentos – Olha e pense: Por quem você se jogaria? – Ela fez uma pausa também encarando os prédios e ruas – Eu me jogaria pelos meus irmãos... E pelo meus pais, se eles ainda estivessem aqui... E você?
 
Continuei olhando para frente sem coragem para encará-la. A Laura sabia qual seria a minha resposta. Por isso ela me levou até ali... Ela me conhecia, sabia que eu era fiel às pessoas que eu amava, e que era racional demais para arriscar. Principalmente se o risco envolvesse a carreira do meu namorado...
 
Por um momento eu até senti pena. Ouvir ela falando daquele jeito, como se tentasse justificar os seus erros, a sua loucura... Mas depois pensei nas consequências que as escolhas dela teriam na minha vida. Se eu aceitasse participar daquele plano maluco, se concordasse com aquelas condições, as consequências seriam terríveis para mim. Mas se eu não topasse, a situação ficaria difícil, e difícil até demais para o Luan.
 
- Como você conseguiu essa foto Laura? – De repente a curiosidade tomou conta de mim.
 
- A filha do porteiro, que é fã do Luan... Ela sabia que você trabalhava na Equipe LS e que ele ia na sua casa de vez em quando. Aí ela te viu chegando e fez plantão na portaria... Algum tempo depois, PÁ! Lá estava o Luan, correndo porta a fora... E ela como uma boa menina, registrou o momento e guardou a foto! Depois foi fácil... Quando eu fui lá conversar com eles perguntando se tinham visto algo diferente naquele dia, ela me contou da foto e aceitou me passar o arquivo por e-mail – A Laura me contou como quem conta o resumo da novela para uma colega no ônibus. Era incrível a naturalidade que ela tratava aquela chantagem... – Fãs... Elas não são o máximo? – Ela zombou da minha cara.
 
Olhei para ela com uma cara brava. Eu lembrava da filhinha do porteiro. Ela devia ter uns 10 anos e realmente era fã muito fã do Lú – Que absurdo, Laura! Usar uma criança desse jeito... – Reclamei.
 
- Qual é, Cristal? Você ficou pensando que era a esperta, né? Que o seu plano não tinha falhas? Você é tão esperta, tão esperta, que nem percebeu que tinha gente do seu lado te traindo...
 
Oi? Gente do meu lado me traindo? De quem ela estava falando?
 

Foi aí que eu me lembrei do comportamento da Débora nos últimos tempos. Não, não dava para acreditar...
 
- Débora? – Soltei baixinho, completamente surpresa.
 
- Isso mesmo! – A Laura bateu palmas – Não tô falando que as fãs são demais? Principalmente essas, do tipo apaixonadas... Bastou adicioná-la nas redes sociais e me apresentar como uma ex-amiga sua. Depois eu contei uma história que você era uma aproveitadora, uma alpinista social que já tinha acabado com a minha família e que agora estava tentando acabar com a vida do Luan... Claro que ela ficou horrorizada e se prontificou a fazer tudo o que eu pedi para salvar o seu ídolo – Ela usava o seu tom mais irônico. Estava cada vez mais difícil... Mais um pouco e eu perderia a compostura.
 
- Foi aí que ela ficou sua amiga para me passar todas as informações sobre a sua vida. Eu também me aproveitei disso para “brincar” um pouco com você... Falei para a Débora te aconselhar a ir ao show do Luan em Floripa só para te ver sofrer nas garras dos “leões”... E você caiu direitinho! Também fui eu quem pedi para que ela te fizesse entrar o Twitter e falar para as fãs que você era amiga delas só para irritá-las ainda mais! Tá certo que nem tudo saiu como eu planejei, mas fazer o quê? Essas Luanetes são imprevisíveis...
 
Agora ela tinha passado dos limites... Virei em direção à Laura e levantei o meu braço me preparando para dar um tapa bem dado na sua cara.
 
- Vai me bater, Cristal? Um tapa e a foto vai parar nas mãos da polícia... – Ela me ameaçou com a voz fria.
 
Fui obrigada a baixar a mão e tentar me controlar. Voltei a olhar para a frente, sem realmente ver a cidade logo abaixo. Respirei fundo de novo. Meu corpo estava tremendo e o meu coração estava disparado dentro do peito.
 
“Calma Cristal, calma...”. Mais do que nunca eu precisava manter a calma...
 
- Se eu topar essa loucura, e eu disse se – Frisei bem a última palavra – Vou querer um contrato que deixa bem claro que você não poderá usar essa foto de nenhuma forma que prejudique o Luan.
 
- É justo! – A Laura ponderou balançando a cabeça – É até melhor colocar tudo em um contrato, assim você não tem como esquecer da sua parte no trato... – Ela piscou querendo me provocar e eu precisei me segurar para não voar no pescoço dela – Isso quer dizer que temos um acordo?
 
- Eu... eu... eu não sei – Vacilei, completamente perdida – Eu preciso de um tempo para pensar – Pedi tentando manter a voz firme.
 
- Pensar Cristal? Não tem o que pensar... É aceitar, ou ver a foto ir parar nas mãos da polícia. Mas tudo bem, eu te dou essa noite para pensar. E só essa noite... – Ela mexeu as mãos para destacar bem o meu prazo - Mas como eu sei que você vai aceitar... – A Laura chegou bem perto de mim – Te espero amanhã em São Paulo para acertar os detalhes do contrato – Ouvi a irmã do Diogo completar com a voz baixa antes de virar e sair caminhando em direção à saída, dando por encerrada a nossa conversa – E ó, o namoradinho não pode saber de nada, hein? – Ela me avisou já a uns dois passos de distância.
 
Usei uma das minhas mãos para me apoiar em uma barra de ferro que ficava paralela ao vidro do observatório. Eu me sentia sem forças, fraca, perdida... Por que tudo aquilo tinha que acontecer comigo?
 
Fiquei olhando a cidade lá embaixo por mais um tempo, respirando fundo e tentando controlar a crise de choro que ameaçava tomar conta de mim.
 
“Eu não vou chorar, eu não vou chorar”.
 
Era a segunda vez que aquela família tentava arrancar tudo de mim e mais uma vez eu precisava ser forte para superar aquele problema.
 
Muito lentamente me virei e também fui em direção ao elevador que me levaria à saída. Quando cheguei ao térreo dei de cara com duas meninas, uma morena de cabelos cacheados e outra de cabelos lisos e pretos.
 
- Zica? – A morena exclamou ao me ver.
 
- Shiuuuu Isa, não fala assim! A Cris vai achar que você está a ofendendo – A parceira da garota ralhou com ela.
 
- Ahhh Bety, que nada! A Cris sempre trata as fãs bem, mesmo quando tem umas “sem noção” tentando bater nela... E isso é só um jeito carinhoso de chamá-la... – A morena, que deveria se chamar Isa, disse - E aí, zica? – Ele repetiu para mim com um sorriso no rosto – O Luan tá aqui em Curitiba também?
 
Oi? Zica? Eu tinha entendido direito? Era sério que aquilo era um apelido carinhoso?
 
- Oi meninas! – Tentei sorrir – Não, o Luan está em Londrina hoje. Eu vim sozinha para cá – Expliquei.
 
- Eita Cris, tá tudo bem com você? “Cê” tá meio pálida – A segunda menina, que a Isa chamou de Bety, me perguntou com uma expressão preocupada no rosto – Teve outra queda de pressão? Tipo aquela que você teve no aeroporto?
 
Certo, as pessoas poderiam acusar as Luanetes de qualquer coisa, menos de mal informadas. Aquelas meninas sempre sabiam de tudo. Eu nem me surpreendia mais...
 
- Não, não... É que eu tenho medo de altura – Menti para disfarçar.
 
- Ahhh, a gente também! – As duas falaram ao mesmo tempo – Só vamos subir porque está rolando uma promoção em uma rádio e a gente acha que uma das pistas está lá em cima – A Bety me explicou.
 
- Bom, boa sorte! Eu não vi nenhuma pista lá em cima, mas confesso que não estava reparando muito nos detalhes - Comentei – Mas agora eu preciso ir. Espero que dê tudo certo, meninas – Me despedi torcendo para não ter parecido muito rude. Infelizmente, eu não andava muito no clima para encontro com fãs depois de ter "negociado" com a Laura.
 
Dirigi de volta para Londrina pensando nas possíveis saídas para o meu problema. A única solução que aparecia na minha cabeça era abrir o jogo para a minha advogada, a Doutora Tereza. Porém eu tinha certeza que nem ela poderia me ajudar... Afinal, como a advogada conseguiria impedir que a Laura enviasse a foto para a polícia e envolvesse o Luan no caso?
 
Falando em Luan, ele me ligou no meio do caminho e me convidou para um churrasco que o “Seu” Amarildo estava fazendo na chácara da família. Não tive como dizer não e acabei combinando de passar por lá mais tarde. 

- Talvez o churrasco acabaria sendo algum tipo de despedida, pensei me sentindo arrasada.
 
Passei em casa, troquei de roupa e dirigi para a chácara já conformada com o meu destino: Eu não teria escolha senão ceder à chantagem da Laura.
 
Porém, ao chegar ao local do churrasco fui surpreendida com um “mordomo” me esperando e uma verdadeira noite de rainha preparada pelo Luan. Acabei entrando no “clima” e curti a noite, me permitindo esquecer de todos os meus problemas. Aquele era um momento só meu e do Luan, e foi a noite mais mágica da minha vida.
 
Mas como tudo que é bom dura pouco, depois que o Luan adormeceu eu ouvi o meu celular tocar. Demorei algum tempo para localizá-lo ali no quarto e mais ainda para lembrar que o Ronaldo havia me avisado que levaria a minha bolsa até o quarto onde o Luan estava instalado. Caraca, o “pinguim” pensava em tudo...
 

Vi toda a minha felicidade ir embora assim que li a mensagem na tela do meu telefone:
 
“TIC, TAC, o seu tempo está acabando. Se não estiver em São Paulo até amanhã, você já sabe quais serão as consequências...”
 
Tive vontade de atirar o celular longe, mas isso não adiantaria de nada. Infelizmente a Laura estava certa...
 
Olhei para o Luan dormindo no meu colo e duas lágrimas rolaram pelo meu rosto. Aquela noite fora como a calmaria que precedia a tempestade. Agora era a hora de voltar ao mundo real. Era hora de enfrentar os meus fantasmas...
 
Levantei e tomei um banho rápido. Depois, sem muita dificuldade, encontrei as roupas e sapatos que estava usando quando cheguei à chácara no quarto perto do lugar onde a minha bolsa estava. Grande Ronaldo! Até disso o “mordomo” tinha cuidado...
 
Coloquei a roupa me esforçando para não acordar o Luan e peguei a chave do carro. Meu coração sangrava e as lágrimas escorriam sem parar pelo meu rosto. Então era isso? Toda uma história acabava daquele jeito?
 
Não, tinha que ter uma saída! A Laura tinha deixado bem claro que eu não poderia contar nada para o meu namorado, mas... E se eu desse um motivo para ele desconfiar? Talvez ele sacasse que alguma coisa estava errada e tentaria me ajudar...
 
Com uma nova chama de esperança, peguei dinheiro e os meus documentos da minha bolsa e deixei todo o resto lá, torcendo para que o Lú percebesse que não era nada comum uma mulher sair sem bolsa. Só para garantir, já que o meu namorado era um pouco distraído, também deixei os meus dois aparelhos celulares. Eu havia uma cópia de segurança dos meus contatos, e poderia comprar um novo telefone quando chegasse a São Paulo. Por fim, tirei as duas alianças, a que eu ganhei dele e a que a Larissa me dera no aeroporto, e deixei sobre o criado-mudo. Aquela foi a forma que eu encontrei de dizer ao Lú que eu estaria sempre com ele, mesmo distante... Deixar aqueles anéis ali era como deixar o meu próprio coração para que o Lú tomasse conta...
 
Depois segui para o meu carro, completamente aos prantos. O lado de fora da casa estava vazio.Com certeza todo o pessoal que trabalhara no jantar já havia ido embora.
 
Dirigi de volta para São Paulo em silêncio, apenas o som do meu choro enchendo o carro. Fazer aquele caminho de volta era como voltar para um pesadelo que ainda não tinha acabado e que talvez nunca tivesse fim...
 

São Paulo – Quarto de hotel – dia atual
 
O som do telefone do quarto tocando me tirou do turbilhão de lembranças que eu estava. Eu só passara aquele número para o pessoal do escritório e para a minha família sobre ordens expressas de que eles não poderiam passá-lo adiante para mais niguém.
 
- Alô – Me surpreendi ao ouvir o som da minha própria voz depois de tanto tempo.
 
- Cristal? – Era o Sorocaba em pessoa me ligando. Ótimo, o “big boss” tinha descoberto a minha “escapadinha” do trabalho.
 
- Oi... – Tentei forçar a voz e parecer mais bem disposta.
 
- Cris, está tudo bem com você? – Ele quis saber.
 
- Ahã... Tudo sobre controle – Mentir já estava virando um hábito para mim...
 
- Já sabe quando volta para Londrina? Já conseguiu resolver os seus problemas pessoais? – A voz dele era tranquila, como um amigo perguntando como estavam as coisas.
 
- Hum... Já... – Foi tudo o que eu consegui responder.
 
- Poxa, mas que bacana! Bom, se tudo estiver realmente resolvido por aí, eu queria muito que você acompanhasse eu e o Fernandinho em um festival que vai ter em Goiás daqui uns dias. Vai tocar uma porção de gente lá, vai ser um evento grande e a gente, a Thaeme e o Thiago e o Lucão estamos na lista de atrações. Aí já sabe, evento assim é sempre bom para divulgar as novidades, e você é ótima em cuidar disso... Será que você pode ir? – O Sorocaba me perguntou todo animado.
 
Puxei pela memória. O Luan também se apresentaria nesse festival no mesmo dia que Fernando e Sorocaba e Thaeme e Thiago. Ou seja, se eu fosse com certeza encontraria o meu namorado (ou seria ex-namorado?) lá. Por outro lado, por quanto tempo eu conseguiria continuar fugindo do meu trabalho, da minha vida?
 
- Claro Sorocoba! Volto para Londrina ainda essa semana e combinamos os detalhes – Avisei.
 
Agora só me restava saber se eu sobreviveria a mais aquela prova na minha vida... Quantas vezes eu poderia ter o meu coração quebrado? E quantas vezes eu conseguiria juntar os pedaços e seguir adiante?
_________________________________________________
Notas finais: PARA O MUNDO: Casal Vidinha separado? Pode isso produção?

E essa Laura, gente? Já pode atirar ela de cima da torre?
E a Débora? Pode bater nela? Duas cobras!

Meninas, preciso saber o que vocês acharam desse cap! Please, ME CONTEM!

E ó, aviso aos navegantes: Esse festival promete!Reencontro do casal vidinha vai bombar...
No próximo cap eu conto como vai ser, ok??

Beijo e até lá!

 *** Bora pro próximo capítulo? Então clique aqui


(*)
E não esqueçam:
Segue no Twitter pra gente "prosear" - https://twitter.com/Manudantas_diz
(Quem quiser receber avisos de capítulos novos dá um grito no Twitter que eu te coloco na Lista)
Adiciona no Facebook - http://www.facebook.com/manuela.dantas.585
Tire suas dúvidas no Ask - http://ask.fm/Manudantasdiz


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Luan, me chama de Iphone...

Hey people!
 
Como vocês estão? Todo mundo pronto para mais uma história de uma das fãs do melhor ídolo desse “neverso”?
 
Hoje o VDL continua no Espírito Santo (terrinha que quero MUITO conhecer) e conta o causo da Anna Elisa Athayde, uma gata garota cheia de atitude (Acreditem em mim! Ela tem muita atitude mesmo! Quer ler esse “causo” verá...)!

Aninha é fã do Luan desde 2009, época que o Orkut ainda bombava e as gurias ficavam postando fotos do Lú na rede social. Foi amor à primeira vista! Aninha viu a foto, gostou, baixou as músicas e se apaixonou (palavras dela mesma, hein?!). E está aqui, firme e forte (e muita cara de pau) até hoje como Luanete!
 

Porém, ao contrário da nossa capixaba do último VDL, a Dany Bueno, que era uma garota de sorte (aliás, que praticamente “sambou” na cara da sorte), a Aninha não é lá tããão sortuda assim... (o que cá pra nós é ainda melhor, porque quanto mais azar, mais loucura e melhor o VDL!).
 

Bom, acho que já deu pra sacar que a Diva do VDL de hoje é “brother” da Dany Bueno, né?! Prova que o Lú é capaz de aproximar pessoas, já que as duas só se conheceram por causa dele!
Mas agora chega de papo e bora pro nosso “causo”! Porque tenho certeza que está todo mundo se perguntando o que significa essa história de “Me chama de Iphone”, né? Não, isso não é propaganda de telefone celular. Isso é mais uma das loucuras que só as Luanetes são capazes de fazer... (Lembrando que os trechos entre aspas são narrados pela Aninha e que os meus comentários estarão entre esses trenzinhos aqui [...].)
 

“Tudo começou em Outubro quando eu soube que o Luan ia fazer show aqui no Espírito Santo no Sertanejo Pop Festival (coisa que é quase impossível! São dois a três shows, no máximo, por ano). Daí foi aquela loucura que vocês já sabem né? O show aconteceria dia 01 de dezembro, data que ainda estava muito longe. Para complicar, eu já tinha ido em um show em setembro, e por isso minha mãe não queria me deixar ir nesse.
 

O tempo passou, novembro chegou, os ingressos para a apresentação de dezembro começaram a ser vendidos e lá fui eu, toda meiga e fofa pedir para a minha mãe a grana para que a Dany pudesse comprar a minha entrada (que não era nada barata!). O show não seria na minha cidade, por isso a minha amiga iria comprar o ingresso para mim.
 

Adivinhem a resposta que eu levei? Um NÃO bem grande na cara! Aí começou o “chororô”. Fiz pirraça, comecei a ficar revoltada mesmo... Fiquei um bom tempo assim. Todos os dias eu enchia a paciência da minha mãe com as frases que elas mais temem, a clássica: ‘Mãe, me deixa ir no show do Luan?’. E todo santo dia eu levava um não como resposta (o que cá para nós é muito mais temido por nós, filhas!)” [Fato! Não existe fã nesse mundo quem não passe por esse drama de ter que convencer a mãe a ir no show do Divo! Sorte de quem tem mãe Luanete, tipo a Thay Campos, do 1º VDL...]
 

O show seria no sábado seguinte (01/12) e nada da minha mãe mudar de ideia. Por isso na segunda-feira, dia 26 de novembro, eu e as meninas tivemos a brilhante ideia de realizar uma campanha no Facebook para a mamãe mais querida do mundo me deixar ir no show”. [ PARA O MUNDO: Campanha no Facebook para ir no show do Luan? Será que era algo do tipo “Se esse post passar de 200 curtidas mamãe vai ter que me deixar ir ao show”? Ou será que era: “Se sua mãe também não te deixar ir ver o Divo compartilha”? Cara, adorei essa ideia! Isso que eu chamo de bombar no Facebook! ]
 

“Fizemos a campanha bonitinha, postamos no mural, marcamos a minha mãe e pedimos para o povo todo curtir o status. Ela viu aquilo e não falou nada!” [Nossa, que mãe cruel, gente! Com todo respeito, Aninha...]. “Minhas esperanças já estavam no fim e eu comecei a me conformar que não iria mais ver aquele ‘gordo sem vergonha’ [Jeito carinhoso de chamar o Lú, né?] cantando na minha frente.
 

Só para me deixar com ainda mais vontade, na semana antes do show o Divo lançou ‘Sogrão Caprichou’ e eu queria muito ouvi-lo cantando a música ao vivo!
 

Já estava prestes a entrar em depressão quando um milagre aconteceu! Na quinta-feira, (faltando dois dias para o festival), minha mãe me perguntou assim que cheguei da escola: ‘Quanto é o ingresso pro show do Luan Santana? Você quer ir?” [ Tipo, mesma coisa que perguntar para criança se ela quer doce, né? Quem entende as mães? Elas complicam, complicam e depois sempre acabam deixando... Então porque não deixa logo de uma vez, pô?]
 

“Nem preciso falar que eu pirei, né? Nossa, acho que nunca comemorei tanto na minha vida um show do Luan. Depois disso tive que ir ao banco depositar o dinheiro para minha amiga comprar o ingresso. O detalhe é que o banco fecha às quatro e já era duas da tarde! Aí começou a correria. Tive que pegar um ônibus, porque minha mãe não quis me levar, mas no final deu tudo certo! Consegui chegar ao banco a tempo, depositei o dinheiro e a Dany comprou a minha entrada no mesmo dia. Depois disso, foi só esperar o grande dia!
 

No dia 1º de dezembro, às 6h da manhã, eu já estava levantando e mandando mensagem para TODAS as meninas acordarem porque finalmente O dia tinha chegado!” [Todo mundo tem aquela amiga mala que manda mensagem quando você está dormindo... Fala sério, que inconveniente!]
 

O pai de uma amiga minha que também iria ao show, a Janaína, ia nos levar até a casa da Dany. Detalhe ela fazia aniversário no mesmo dia do show. Perguntem se eu lembrei... Claro que NÃO! Eu só pensava no show do Luan!” [ Completamente normal! Isso é o que eu chamo de Efeito Luan: Você respira, fala e vive o Luan. Toda Luanete sofre desse problema!] “Só fui me lembrar da data quando já estava na casa dela, pronta para pegar estrada. Mas ela me perdoou. Foi a euforia do momento que me fez esquecer!
 

Depois de umas duas horas e pouco de viagem chegamos até a casa da Dany. Ela já estava arrumada e o táxi que nos levaria até o local da apresentação já estava na porta. Aí foi mais correria... [Ô meninas que correm, viu?!] Só deu tempo de trocar e roupa. Nem maquiagem direito eu passei!” [ Aninha é diva e não precisa de maquiagem. Desculpa sociedade, desculpa mundo!]
 

“Finalmente chegamos ao Pavilhão Carapina, local onde aconteceria o festival. Eu não tinha feito um cartaz, já que não tinha certeza que iria mesmo ao show por causa de todo o rolo com a minha mãe. Sorte que levamos pincel e cartolina! E pra inventar uma frase na fila? TODAS as meninas estavam com cartazes de “Sogrão Caprichou na hora de fazer você”, mas eu queria inovar e fazer diferente. Foi aí que criei o MEU cartaz com a frase “Luan, me chama de Iphone e touch me”. [ PARA O MUNDO: Existe cartaz mais criativo, inovador, sensacional e cara de pau do que esse? Fico imaginando a cara do Luan se ele visse uma coisa dessas! Na boa, esse cartaz vai entrar para a história das Luanetes. Tão bom que é digno de citação! Então lá vai... Athayde; Anna Elisa, 2012. Melhor Cartaz para o Luan. 1ª ed. (Aprendi isso fazendo o meu TCC! Rs!)] “Todo mundo me chamou de doida e deram risada de mim, mas eu não estava nem aí. Eu queria ser original!” [ E bota originalidade nisso...]
 

“Ficamos mais ou menos umas três horas na fila quando abriram os portões. Nem preciso dizer que foi mais correria, né?” [Correm muito essas meninas!]. “Corri que nem uma louca e cheguei na grade quase morrendo (mas pelo menos peguei grade!)
 

“Passamos mais tempo esperando até que o Sertanejo Pop Festival começou. As únicas atrações boas eram o Cristiano Araújo e o nosso Elvis! Mas antes deles tive que aguentar uma dupla que não lembro o nome [ Devia ser muita boa essa, hein?]; Carlos e Jader (que pareciam estar invocando alguma coisa no palco. Aqueles gordos só se balançavam...); Marília Cecília e Rodolfo (ela parece uma Barbie e o Rodolfo é gostoso. Ele estava com uma calça igual a que o Luan usou no show que fui em setembro); Guilherme e Santiago (esses foram os piores! Cantaram a música ‘Bolo Doido’ três vezes sem contar que o Guilherme ficava no lado do palco onde eu estava encarando uma loira. Ele quase comeu a mulher com os olhos!  Foi a pior apresentação! Isso sem contar que estava chovendo e que eu já estava lá de pé a sete horas!); além do Cristiano Araújo (lindo, perfeito! Amei o show). Por último (depois de 10 horas em pé), foi a vez do nosso Luan lindão entrar no palco.
 

Como era um festival, dava para ver o povo montando o palco e a banda se posicionando e tal. Eu havia feito um cartaz bem fofo para o Juliano (o Jujú, guitarrista da banda). Sou louca nele! Escrevi o seguinte: Juju, te amo! Beijos, Anna Elisa. Só que quando ele entrou no palco eu não levantei o cartaz, porque estava com raiva (o motivo não vem ao caso agora).” [ Nem vou entrar nesse rolo senão esse VDL vai virar uma verdadeira novela. Só digo que Juju e Aninha é um problema com causas naturais da natureza – Não perguntem!]
 

“Mas as minhas amigas começaram a gritar ‘Jujú, olha a Anna! Jú olha a Anna aqui!’. Decidi levantar o cartaz. Assim que levantei, ele virou para o outro lado. Mas depois ele olhou para mim pedindo para que eu erguesse de novo, o que eu fiz. Aí ele me mandou beijo, ficou sorrindo para mim e toda a minha paz durante o show foi embora (mais pra frente vocês vão entender...)” [ Ai que o amor é lindo, né não gente?!]
 

“O show começou e já na introdução eu comecei a chorar que nem uma besta. Quando olho pro Juliano para quem ele está olhando? Isso mesmo, para mim! Fiquei constrangida, é claro!
 

Mas aí o Luan entrou no palco e começou a cantar... Ele ficou lá, cantando suas músicas, divando como sempre e eu tentando chamar atenção daquele gordo. Foi aí que olhei para o lado e avisto a Jadoca e a Dagmar! (Naquela época não fiquei nada feliz com isso. Ainda não tinha aceitado o namoro do Luan e não gostava da Jade como eu gosto hoje. Ela, toda meiga, sorriu e mandou tchau pra mim. Em resposta, o que eu fiz? Mandei dois dedos pra ela e continuei vendo o Luan! Me arrependendo até hoje de ter feito isso!)” [Aninha fazendo bullying com a Jade! Rs!]
 

“Show vai, show vem, Juliano olhando pra mim sem nem disfarçar e o Luan nem ‘tchum’ para a nega dele aqui. Foi quando eu tomei uma iniciativa. Já que ele não olhava para mim do jeito que eu estava, resolvi dar uma mudada! ARRANQUEI A BLUSA E FIQUEI GIRANDO!
 

Sim, eu fiz isso! Foi na hora que o Lú cantou ‘Sou praiero, sou guerreiro’ ( o que convenhamos: nessa música foi muito mais top arrancar a blusa e ficar girando!).” [ Eu disse que ela era uma garota de atitude, não disse?! Só fico aqui imaginando a cara do pessoal da banda vendo uma guria só de sutiã na grade... Esse era o momento que o Lú poderia dizer “Com o Luan as ‘nega’ pira”, literalmente!]
 

“Na hora que olhei para cima, vejo a Marla, o Juliano (esse era o que olhava mais), Day, Paulinho e o LUAN me olhando! Ele me enxergou! [ Vivaaaa!] Depois mandou tchau, beijo e ficou olhando! Nem fiquei feliz, né? Mágina! Só quase morri... Quando a sequência de músicas de outros artistas que o Luan canta terminou eu coloquei a blusa de volta, porque já tinha gente abusando de tanto olhar!
 

Chegamos ao final do show, quando todo mundo levanta o cartaz. E claro que eu não poderia ficar para trás, né? Levantei o meu com a frase do Iphone! Só que ele NÃO leu! Na hora fiquei muito puta! Eu lá, quase subindo na grade, esfregando o cartaz na cara dele e nada dele ler?” [Luan se fazendo de difícil! Rs!]
 

Nisso o show acabou, Luan foi embora e só aí que eu percebi que tinha levantando o cartaz do Juliano! Praticamente ‘esfreguei’ o cartaz errado na ‘cara’ do Luan!” [Cara, eu tô quase morrendo de rir aqui! Consigo até imaginar o Luan lendo a frase para o Jujú e pensando: Tá que pariu! Tô feio nos ‘pano’ mesmo! As minhas negas, no meu show, fazendo cartaz falando que ama o Juliano! Tipo, e o desespero da Aninha pro Lú ler o cartaz e PUF! Era o cartaz trocado! E o pior de tudo foi o Divo não ter visto a frase do ‘Me chama de Iphone e touch me’! Poxa, certeza que esse cartaz sim ia fazer o maior sucesso! Aninha consegue ser mais atrapalhada que eu, mew!]
 

“Para fechar a noite, saímos do pavilhão e ficamos esperando o nosso táxi. Nisso que estou lá sentada na beira da calçada, acabada, com a roupa ensopada porque choveu o tempo inteiro (menos durante o show do Luan), um cara veio e roubou a minha sombrinha. Quem rouba uma sombrinha?” [ Mew, quem é a pessoa que rouba um guarda-chuva? Algum maníaco por sombrinhas?]
 

“Quando chegamos à casa da Dany descobrimos que o Luan e a banda já tinham ido embora. Ou seja, nosso plano de ir ao hotel no dia seguinte foi por água abaixo também... Fui dormir super chateada, mas não era a minha hora, né?”
 

Pois é, a única opção que restou à Aninha foi deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com o Divo enquanto outro show do Luan não vinha!
 

Mas dessa história tiramos duas preciosas lições:
 

1º - Quando levantar o cartaz para o Luan, certifique-se de que está levantando o cartaz correto!
 

2º - Se nada der certo (ou se o Luan não te der bola), Keep Calm and...
 

“Tira a Camisa (uhú),
Tira a Camisa (uhú),
Tira a Camisa, levanta pro alto e começa a rodar”


Não sei vocês, mas eu morri de rir com essa história da Ana! Nega, MUITO OBRIGADA por participar do VDL! Você arrasou! *--*
 

E você que está aí lendo? Bora “divar” aqui dividindo o seu “causo” com a gente? É só dar um grito aqui no blog, no Face, no Twitter ou até lá no Ask! Vem pra cá se divertir com a gente! Não sou o Luan, mas estou te esperando, ok?
 

É isso aí, gurias!
 

Dias 15 de junho tem mais!
 

Até lá,
 

Acredite! *

*** Bora pro próximo causo? Então clique aqui


(*)
E não esqueçam:
Segue no Twitter pra gente "prosear" - https://twitter.com/Manudantas_diz
(Quem quiser receber avisos de capítulos novos dá um grito no Twitter que eu te coloco na Lista)
Adiciona no Facebook - http://www.facebook.com/manuela.dantas.585
Tire suas dúvidas no Ask - http://ask.fm/Manudantasdiz

sábado, 25 de maio de 2013

Capítulo 10 - Noite de Rainha - Parte II

Notas iniciais: Meninas, esse capítulo é mais do que especial! Primeiro porque comemoramos 10 caps da segunda temporada (que eu espero de coração que vocês estejam gostando), segundo porque é dedicado aos seis meses de Trupe do Luan, grupo do qual eu faço parte e amo de paixão!
E ó, a partir de agora a história vai dar um reviravolta daquelas! Lembrando: temos cena hot e mais uma "coisinha" nesse cap!
Por enquanto, aproveitem!
____________________________

Se a ideia era fazer que eu me sentisse uma rainha, o pessoal do “salão de cabeleireiro improvisado” tinha conseguido. Eu já havia tomando um banho e agora vestia um roupão enquanto a Sônia mexia nos meus cabelos, uma manicure cuidava das unhas da minha mão e uma pedicure a dos meus pés. Uma quarta assistente ajudava a Sônia com o penteado do meu cabelo. Mesmo com as minhas unhas já feitas e o meu cabelo razoavelmente “sob controle”, elas não fizeram “corpo mole” e capricharam muito no trabalho. Pelo espelho eu conferia que o resultado estava ficando ótimo!

Enquanto esperava, a Aninha me mostrou inúmeros blogs e Tumblr's de Luanetes. Era cada imagem e frases, uma mais engraçada que a outra! Uma delas me fez rir tanto que a pedicure precisou se agarrar ao meu pé para que eu parasse de me mexer e não estragar o esmalte que ela havia acabado de passar na minha unha.

- Gente, essa foi boa demais! – Exclamei entre as minhas gargalhas – “Luanete assanhada, cê tá querendo o quê? Luan Jr em 3D, Luan Jr. em 3D” – Cantei uma das frases que eu vi em um dos gifts que ela me mostrou – Essas meninas são muito safadinhas!

- Gostou né, Cris? Que sorte você tem de ter o Luan só para você! - A Aninha disse sorrindo para mim.

- Ana Luiza! Isso é jeito, menina? – A mãe da garota ralhou com ela.

- Ué, e eu tô mentindo? – A Aninha deu de ombros, mostrando que não se importava.

- Ai Ana, o que eu faço com você? – A cabeleireira parecia muito sem jeito – Mas vem Cá, Cristal! Chega de papo vocês duas! O seu cabelo, a maquiagem e as unhas já estão prontos! É hora de colocar o vestido!

Ela me estendeu a mão e me ajudou a ficar de pé enquanto a assistente pegava uma espécie de “capa”, dessas que as lavanderias usavam para proteger as roupas recém-lavadas. De lá de dentro ela tirou um vestido azul escuro, modelo tomara que caia, que tinha pedras prateadas bordadas na altura dos seios que iam descendo suavemente até a cintura em uma espécie de degradê. Os detalhes pratas no tecido azul me lembraram um céu cravejado de estrelas... A peça seguia justa da cintura para baixo, mas tinha uma abertura nas pernas bem insinuante. O detalhe não chegava a ser vulgar, mas garantia sensualidade ao “look”. O vestido era lindo, coisa de filme, digno de tapete vermelho de festa do Oscar.

A assistente, que eu descobri que se chamava Cida, me entregou o vestido e foi buscar o resto dos acessórios em um canto do quarto. Logo ela estava de volta com um par de sandálias prata com pequenas pedras azuis decorando as tiras e um espartilho preto e azul escuro com uma lingerie combinando. Tudo era muito delicado e bem feito, realmente digno de uma rainha. Só uma coisa me preocupava...

- Oi? Um espartilho? – Encarei a peça completamente amedrontada. Eu nunca tinha usado um daqueles na minha vida.

- Calma, Cristal! O espartilho é só pra dar um charme... Ele vai ressaltar as curvas do seu corpo, vai te deixar ainda mais bonita! – A Cida piscou para mim tentando me animar.

- Mas... Mas... eu vou conseguir respirar com isso? – Eu já me sentia sufocada só de me imaginar usando aquilo.

- Claro que vai, deixa de besteira, mulher! – A Sônia também me incentivou – Quer ver como vai ficar lindo?! Vem cá, deixa eu te ajudar! O segredo é saber apertar o espartilho no ponto certo, sem apertar muito, nem pouco...

Meio relutante, fui até o banheiro e vesti a calcinha e coloquei o espartilho, apertando as tiras com as minhas próprias mãos de qualquer jeito. Eu ainda não acreditava que eu estava fazendo aquilo... Eu nunca fui do tipo de mulher que fazia a linha sensual. Será que eu me sairia bem vestindo aquele espartilho? Levantei o rosto e encarei a minha imagem no espelho. Mesmo sem apertá-la muito bem, a peça valorizou os meus seios e definiu a minha cintura. Não dava para negar, aquilo fazia milagres! Foi pensando nisso que eu me enchi de coragem e saí para que a Sônia pudesse ajeitar melhor o espartilho.

Ela o apertou um pouco mais, o suficiente para deixar a minha cintura bem marcada, mas sem me impedir de respirar. Foi inevitável não lembrar daquele filme, Piratas do Caribe, quando a mocinha não consegue respirar direito por causa do espartilho muito apertado, desmaia, cai no mar e é salva pelo pirata. Com sorte, eu não teria um final como aquele...

Depois dos últimos ajustes na minha lingerie, eu vesti o vestido e calcei as sandálias. Por último, a Cida trouxe uma echarpe também azul com detalhes prateados para me ajudar a espantar o frio não muito intenso que fazia em Londrina.

Quando já estava pronta, chequei o meu visual no espelho. Os meu cabelos haviam sido escovados e presos no topo da cabeça com uma bonita presilha, também prata. A cabeleireira deixara algumas pontas soltas, o que dava um certo movimento ao penteado. A maquiagem estava suave, com destaque para o delineador que marcavam os meus olhos e para a sombra prateada que iluminava o meu olhar castanho meio esverdeado. O vestido me caíra muito bem, o que me fez pensar como o Luan conseguiu acertar o meu número de manequim com tanta perfeição... As sandálias eram altas, de salto fino, o que completava o tom “fino” e elegante do look. Para finalizar, a Aninha me deu o perfume para que pudesse passar um pouco e me estendeu um par de brincos também de prata no formato de uma nota musical.

- Luan pensou em tudo... – Ela disse, toda se derretendo. E eu, claro, me derreti junto. Era perfeição demais para ser verdade.

Para completar, coloquei a pulseira que eu ganhara da fã no camarote da Brahma, o anel de coquinho que a Larissa me deu no aeroporto e o anel de compromisso que o Luan me presenteara no final do ano passado.

- Certo, estou pronta! – Avisei. Aquelas alturas eu já estava louca para encontrar o Luan e entender melhor o que ele estava aprontando.

- Vou chamar o Ronaldo. Ele vai te acompanhar – A Sônia me comunicou – Cristal, você está um arraso! Luan tem uma verdadeira rainha em casa! – Ela completou orgulhosa antes de sair corredor afora.

Dois minutos depois, o mordomo estava de volta. Agradeci o trabalho das meninas e me despedi antes de seguir o “pinguim” para onde quer que ele fosse me levar.

- Por favor Dona Cristal, queira me acompanhar... – Ele disse me oferecendo o braço para enganchá-lo no meu.

- Vem cá... Você só sabe falar isso? – Brinquei, aceitando a sua “cortesia” e enganchado o meu braço no dele.

- Perdoe-me, é a força do hábito – O Ronaldo sorriu para mim meio acanhado.

- E onde está o Luan, afinal? Não aguento mais esse suspense... – Reclamei enquanto caminhávamos pelo interior da casa.

- Falta pouco agora, Dona Cristal... – O meu acompanhante retomou o tom sério, me conduzindo pela porta da cozinha e me levando para o lado de fora da casa. Continuamos andando, agora descendo por um lance de escadas que dava acesso a área da piscina e da churrasqueira.

- Você quer fazer o favor de parar de me chamar de Dona Cristal? – 
Pedi, fingindo estar ofendida.

- Como quiser, Do... digo, Cristal – O Ronaldo piscou para mim fazendo graça. Não é que o “pinguim” era gente boa? – O senhor Luan a espera na mesa, perto do buffet. Vou levá-la até lá – Ele emendou na sequência voltando ao seu tom sério e profissional.

Assim que o “mordomo”, ou seja lá o que o Ronaldo era, me contou onde o Lú estava, nós terminamos de descer as escadas e viramos em direção a piscina. O que eu vi me fez parar por um segundo, incapaz de continuar andando tamanha foi a minha a surpresa.

O lugar, que contava com um gramado, algumas palmeiras e um jardim bem cuidado, estava todo iluminado com velas. Até a piscina estava iluminada com velas que brilhavam em suportes boiando na superfície, o que dava um ar de romantismo e intimidade ao espaço que já fora cenário de tantas festas em família antes. Entre a piscina a churrasqueira uma banda com aproximadamente cinco músicos já estava posicionada, pronta para entrar em ação. Na parte coberta, no espaço gourmet onde sempre rolavam os churrascos, uma equipe de buffet estava a postos mexendo em panelas e pratos. Certamente eram eles as pessoas responsáveis pelo jantar.

Mas nada me chamou mais atenção do que a imagem que eu vi em seguida. De pé, parado ao lado de uma mesa segurando um buquê de rosas vermelhas estava ele, o amor da minha vida. O Luan vestia uma calça escura bem justa, uma camisa escura com estampas brancas em formato de losangos bem pequenos e sutis por fora da calça fazendo o estilo despojado, o seu tradicional coturno preto, o cabelo “arrepiado” e o seu sorriso “arrebatador” nos lábios, aquele que sempre me deixava sem ar mesmo depois de tanto tempo juntos.

- Cristal... – O Ronaldo me chamou baixinho, puxando de leve o meu braço.

Ele não precisou chamar duas vezes. De repente eu fiquei com uma pressa imensa e o “mordomo” teve que apressar os passos para conseguir me acompanhar.

- Senhor Luan, a sua bela dama... – O meu acompanhante pegou a minha mão e a esticou em direção ao Luan fazendo um floreio com as mãos antes de se afastar dois passos de nós.

- Rapáiz, “cê” tá bonita demais, Vidinha! – O Lú sorriu para mim ao segurar a minha mão ignorando completamente o Ronaldo. Eu não poderia culpá-lo, também era difícil tirar os meus olhos dele – Ó, eu trouxe isso aqui para você, minha rainha – Ele me estendeu as rosas, os olhos brilhando de felicidade.

Peguei o buquê sorrindo como uma criança que acabara de ganhar um doce. Dava para ter namorado mais perfeito que aquele? Precisei reunir toda a minha concentração e força de vontade para conter as lágrimas e me manter como “eu mesma”, ou seja, a Cristal “braba” que o Luan tanto adorava.

- E então Sr. Luan Santana... Onde está todo mundo? Cadê o Sr. Amarildo e o churrasco que ia rolar aqui hoje? – Me fingi de brava.

- Então... – Ele mexeu nos cabelos todo sem jeito, como se estivesse procurando as palavras em algum lugar – Eu só inventei isso porque queria fazer essa surpresa pra você, Vidinha... – O Lú voltou a sorrir, se gabando da própria ideia – Você não gostou, Cristal?

- Se eu gostei? – Perguntei, ainda séria – Eu amei, Luan. O vestido, o cabelo, a decoração, o jantar... Tudo isso é perfeito! Aliás, é mais do que perfeito... Eu nem tenho palavras para explicar o que eu estou sentindo! Eu nem mereço tudo isso... – Confessei, parando de tentar parecer séria e me entregando à emoção do momento. Meus olhos ficaram marejados de lágrimas e eu torci muito para que o rímel que a Dona Sônia havia passado em mim fosse a prova de água.

- Ahhh Vidinha, Mas é claro que merece! Fiz isso tudo justamente para te agradecer por ficar do meu lado apesar de tudo – O Lú chegou mais perto, passando um dos braços pela minha cintura se posicionando ao meu lado – A gente já passou por tanta coisa juntos, por tanto “perrengue” e por cada “parada dura”... – Ele fez uma pausa acariciando o meu rosto – Eu sei que não é fácil passar por tudo o que você passou e sei também que não é a coisa mais fácil do mundo ser a minha namorada... Isso aqui é só o jeito que eu arrumei para te agradecer por ser essa mulher guerreira, forte, esperta, inteligente, batalhadora e linda que você é. Você merece ser tratada como uma rainha, e se depender de mim, é assim que você vai ser tratada... – Ele aproximou os nossos rostos e então me beijou suavemente nos lábios sem pressa, suas mãos segurando as minhas costas, o calor do seu corpo me aquecendo na noite fria de Londrina, o seu cheiro me envolvendo completamente.

- Essa noite você é só minha, Cristal... – O Luan sussurrou no meu ouvido depois que paramos de nos beijar.

- Não, não... Essa noite é você que é só meu, Luan... – Respondi o fitando nos olhos, fazendo o possível para mantê-lo entre os meus braços já que ainda estava segurando o buquê de rosas.

- Senhores... O jantar está pronto. Posso mandar servir? – O Ronaldo nos interrompeu. Quase levei um susto ao ouvir a voz dele tão perto de nós. Eu havia me esquecido completamente que existia outras pessoas ali além do Luan e eu.

- Senta o pau nesse trem aí, ô “seu” Ronaldo! Que eu não sei a minha namorada aqui, mas eu tô morrendo de fome... – O Luan respondeu o “mordomo” sem me largar.

- Por favor, queiram se sentar. Vou servi-los – O “mordomo” apontou para a mesa. Dei mais um selinho rápido no Lú e depois o soltei para me sentar à mesa. O nosso “pinguim” de plantão puxou a cadeira para mim e depois, com gesto de mão, me pediu que eu lhe entregasse as rosas. – Vou guardá-las para a senhora – Ele me avisou depois que lhe entreguei as flores.

- Senhora? – Arqueei uma sobrancelha para ele enquanto me ajeitava na cadeira.

- Perdão. Cristal... – O Ronaldo se desculpou balançando a cabeça, vencido.

- Assim está melhor – Respondi com um sorriso.

Enquanto o Luan também se ajeitava ao meu lado, reparei nos detalhes da decoração. A mesa, posta para dois, estava coberta com uma toalha em um tom “champagne”, com flores brancas bordadas. Além dos pratos de porcelana, talheres bem sofisticados e taças de cristal, um pequeno vaso com uma única rosa vermelha enfeitavam a mesa. Eu sabia que o Lú não ligava muito para aqueles detalhes “chiques”, então concluí que aquilo era obra do pessoal do buffet. Bom, ninguém poderia acusá-los de ter mau-gosto. Tudo era simples, mas sem perder o toque de sofisticação e estilo.

- Já tá arrumando briga com o Ronaldão também, é Vida? Eu avisei pra ele que você era “braba”... – O Lú me provocou ao me ouvir “discutir” com o “mordomo”.

- Não sou eu que sou “braba”, é você que me irrita – Retruquei.

- Irrito porque adoro te ver assim, toda azeda, bufando de raiva... – Meu namoro riu de mim.

- Adora, é? Então porque depois você sempre volta todo arrependido, me pedindo desculpas? – Eu sabia que ele estava me provocando de propósito, mas não resisti e caí no seu jogo.

- Porque a melhor parte de brigar com você é poder fazer as pazes depois... – Ele piscou para mim todo fazendo charme e se insinuando, o que me deixou um pouco sem graça.

- Senhores, vou levar as rosas para dentro para deixá-los mais à vontade. Volto já com o jantar – O Ronaldo também pareceu um pouco constrangido e tratou de sair de fininho – Banda; música, por favor – Nosso pinguim de plantão pediu enquanto caminhava em direção a casa se afastando da mesa.

Os músicos começaram a tocar uma música do Zezé de Camargo e Luciano que o Luan adorava e eu aproveitei a deixa para me aconchegar nos braços dele e dar mais um beijo no meu namorado.

Eu devo ter me empolgado muito com o beijo, ou o pessoal do buffet deveria ser realmente muito rápido, porque quando me dei conta o Ronaldo já estava parado ao nosso lado, com uma bandeja nas mãos, pronto para servir o jantar.

- Tem certeza que essa noite vai ser só nossa? – Comentei irônica para que só o Luan pudesse nos ouvir.

- O “pinguim” aí é do tipo chiclete, né? Não sai do nosso pé de jeito nenhum – O Lú brincou também baixinho.

Na sequência ele fez sinal para que o Ronaldão nos servisse. Não demorou muito e nós estávamos nos fartando com um jantar delicioso a base de arroz, salada bem variada, traíra sem espinho, um tipo de molho de alho muito saboroso, vinagrete, salpicão, batata frita, pequi... Tinha até banana frita, um dos pratos prediletos do Luan que eu, pessoalmente, dispensava. Nada contra, era só que para mim banana não combinava com comida salgada... Para beber, tinhamos água e suco de laranja. Como eu não bebia nada alcóolico, o meu namorado resolveu me acompanhar e abriu mão da sua "cachaça".

A noite estava um pouco fria, por isso o Ronaldo trouxe um aquecedor para perto de nossas mesas o que manteve a temperatura agradável. Os músicos garantiam a animação do lugar e as velas tornavam o lugar aconchegante, perfeito para um jantar a dois.

Enquanto comíamos, o Luan me contou como conseguiu preparar aquele jantar-surpresa com a ajuda do Testa e da Bruna. Ele também me perguntou o que eu fora fazer em Curitiba naquele dia mais cedo, mas eu consegui desviar o assunto. Depois conversamos sobre os mais diversos assuntos, como os preparativos para o seu novo DVD, o quase-namoro da minha cunhada com o Lucas Lucco, futebol, comentamos e palpitamos sobre o repertório que os músicos estavam tocando para nós... Falamos sobre nada e sobre tudo! Eu adorava o senso de humor, a inteligência e o jeito insistente que o Luan tinha de querer me irritar sempre e, mais que tudo, eu adorava o jeito que ele parava tudo o que estava fazendo para me ouvir falar sobre mim, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo. Ele dizia que fazia isso porque era difícil me ouvir falando sobre os meus sentimentos. Eu apostava que era só porque o Luan tinha o dom de me fazer sentir a mulher mais amada do planeta.

Enfim, chegamos a minha parte predileta da refeição: a sobremesa. E o prato não decepcionou. O Ronaldo nos serviu um petit gateau que me deu água na boca só de olhar.

- Não disse que ela ia gostar, Ronaldão? A Cristal pira nesse trem de gato aí – O Luan disse para o “mordomo”.

- Não é gato, Vida. É gatô, com sotaque francês – Brinquei.

- Ah, é tudo a mesma coisa, Vidinha – O Luan deu de ombros, indiferente, enquanto dava mais uma garfada na sua sobremesa.

- Você lembra a primeira vez que jantamos juntos? Aquela noite na churrascaria? – Perguntei ainda saboreando o prato na minha frente.

- Mas é claro que eu lembro! A gente se encontrou no banheiro, eu te passei uma cantada e você quase me deu um tapa na cara... – Meu namorado fez drama.

- E você, naturalmente, não desistiu de me atormentar. Praticamente me arrastou para a pista de dança com você... – Me fiz de difícil, franzindo a testa para ele.

- E você perdeu a linha dançando comigo, ficou toda, toda! Até a Dag ficou com ciúmes... – Ele rebateu se gabando – Foi naquele dia que eu percebi a pessoa especial que você era...

- E foi naquele dia que eu percebi que você mexia muito comigo... Fiquei que nem uma boba morrendo de medo de não te ver mais no escritório... – Confessei sem coragem de encará-lo.

- É eu bem percebi que você estava toda derretida dançando aquela música lenta comigo... – Ele me provocou.

- E eu bem percebi que você estava louco para dançar comigo de novo... – Devolvi na mesma moeda.

- Falando em dançar... – O Luan se levantou e veio até mim me estendo uma de suas mãos – Separei uma "moda" pra gente hoje.

- Você sabe que eu deveria me fazer de difícil e recusar o seu convite, né? Só pra manter o costume... – Brinquei ainda sentada, fingindo não querer aceitar o seu convite.

- Como sempre, você vai fugir de mim? – O Luan falou com a voz grave me olhando nos olhos – Mas você sabe que de um jeito ou de outro eu sempre consigo te trazer de volta, né? – Ele continuou com a mão estendida, como se me desafiasse a não aceitar o seu pedido.

- Eu sei disso, assim como você sabe que de um jeito ou de outro eu sempre vou voltar para você, não é mesmo? Porque a gente tá junto nessa, para o que der e viver, até o final – Disse segurando a sua mão ficando em pé ao seu lado. Ele sorriu para mim, passando os braços pela minha cintura e conduzindo para uma área perto dos músicos.

- Violeiro, toca aquela pra nós – O Luan pediu fazendo um gesto com as mãos para os músicos. Depois ele me abraçou forte para espantar o frio e assim que a melodia começou, ele acompanhou o ritmo balançando os nossos corpos, o seu rosto no meu cabelo, suas mãos me segurando firmes – Hoje sou eu que vou te tirar para dançar, Vidinha...

*** Link para música - http://www.youtube.com/watch?v=9-hjCSpRKYc *** - (Desculpa Rei, mas esse cara é o Luan...)

“O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você
E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu"

O Luan cantava a música no meu ouvido enquanto dançávamos. Eu apenas deitei a cabeça no seu ombro com os olhos fechados enquanto acariciava os seus cabelos. Eu me sentia tão feliz e completa que o mundo poderia acabar naquele instante que eu não me importaria....

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher
Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor
De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

- Acho que está virando tradição dançarmos juntos... – Falei mal conseguindo conter a minha alegria em um dos momentos que a música estava na parte instrumental.

- Também... Era a única coisa que você topava fazer comigo sem brigar antes – O Luan respondeu acariciando o meu rosto enquanto continuávamos a valsar.

- É... Já se pode dizer que nós tínhamos uma rotina: dança, momentos tranquilos juntos, muitas brigas, e a reconciliação... – Comentei sorrindo.

- Eu não lembro desses momentos tranquilos não, viu?! Só lembro de você pegando no meu pé... – O Luan me provocou também sorrindo.

Eu já estava pronta para retrucar e começar uma nova discussão ali mesmo, mas o Luan colocou um dos seus dedos sobre os meus lábios me pedindo para ficar quieta. Na sequência ele voltou a cantar no meu ouvido, acompanhando o cantor da banda.

"Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu

O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu"

- Definitivamente Luan, esse cara é você – Falei ao final da música. Depois o apertei bem forte nos meus braços e beijá-lo intensamente nos lábios – O cara certo para mim, que sabe como realmente tratar uma mulher... – Completei.

- Como uma rainha, Vidinha – Ele me corrigiu me olhando fixamente nos olhos – A minha rainha... – E então ele me beijou daquele jeito que só o Luan conseguia. Uma de suas mãos subiu para a minha nuca enquanto a outra deslizou pelas minhas costas fazendo a minha pele arrepiar, mesmo que ele estivesse me tocando sobre o vestido. Sua boca se moveu sem pressa contra a minha, enquanto ele me puxava para junto dele como se precisasse desesperadamente de mim.

- Sabe o que eu acho? – Ele murmurou baixinho enquanto distribuía beijos de leve pelo meu pescoço.

- O que você acha? – Quis saber.

- Que está ficando frio demais aqui fora... Acho que está na hora de levar a minha rainha pra dentro – O Luan terminou a frase com um brilho travesso nos olhos antes de me puxar pelas mãos em direção à escada que nos levaria até o interior da casa.

- Ô Ronaldão, pode fechar a conta e passar a régua... – O meu namorado gritou por cima do ombro – Que agora a festa é só nossa – Ele completou para que só eu pudesse ouvir.

Seguimos até a casa parecendo duas crianças, correndo e rindo sem parar. Por causa do salto fino eu precisei me apoiar no Luan, mas ele nem se importou. Na verdade, na hora que eu estava subindo as escadas ele aproveitou para ficar de olho na fenda do meu vestido dizendo que a Bruninha tinha acertado “direitinho” no modelo.

- Agora sim! Aqui você vai ficar mais protegida, Vidinha – O Luan me disse depois de abrir a porta de um dos quartos fazendo sinal para que eu entrasse antes dele.

Entrei no cômodo e tive a minha terceira surpresa do dia. O quarto também estava à luz de velas. O edredom branco sobre a cama estava coberto com pétalas de rosas. Tudo estava perfeitamente arrumado para aquele momento. Mais do que nunca eu me senti uma rainha...

- Luan... – Exclamei completamente sem palavras.

- Faz parte do pacote, Vidinha – Ele brincou, piscando para mim. O Lú fechou a porta e veio até onde eu estava, me segurando pela cintura e depositando um beijo no meu pescoço – Onde nós estávamos mesmo?

- Na parte que você dizia que a Bruna tinha comprado o vestido perfeito – Falei como quem não quer nada.

- Ahhh Vidinha, não é por nada não, mas esse vestido... – Ele me olhou de cima a baixo mordendo os lábios – Isso tá uma perdição... – Ele completou deslizando as suas duas mãos dos meus ombros até a minha cintura. A pele dele estava quente contrastando com a minha gelada, e eu não pude evitar ficar arrepiada.

- Mas eu sei que por baixo disso aqui tem um trem que vou gostar mais ainda... – O Luan falou aproximando o seu corpo do meu, fazendo charme – Então... Acho que você não vai se importar se eu abrir esse zíper, né?

Mesmo que eu quisesse, o Lú não me deu tempo de respondê-lo. Ele me deu um beijo lento nos lábios enquanto eu sentia as suas mãos passando pelas minhas costas, descendo o zíper muito lentamente.

- Bom... Já que eu comecei, vou terminar, né? – Ouvi o Luan me avisar com um tom de voz bem manso, típico de quando ele está aprontando alguma coisa. Senti ele ir descendo pelo meu pescoço até os meus ombros deixando uma trilha de beijos pelo caminho. Quando chegou até a borda do vestido, ele voltou a puxá-lo muito lentamente, me provocando enquanto continuava a me beijar passando pelo meu colo até chegar aos meus seios. Fechei os olhos me entregando ao momento e só senti a peça caindo aos meus pés.

- É possível você ficar ainda mais linda, Vida? – Ele disse me olhando, agora só de espartilho e calcinha. Sorri para ele meio sem jeito, sem saber o que falar porque estava hipnotizada com o efeito que ele costumava causar em mim.

- Vem cá, Cristal – Ele me pediu para dar um passo para o lado e depois pegou o vestido do chão, o colocando sobre uma cadeira que havia ali perto. Isso me deu um curto espaço de tempo para sair do meu “transe”.

- Hum... Não tô achando isso justo, não... – Fiz cara de brava quando ele voltou a sua atenção a mim – Acho que eu prefiro você sem isso... – Apontei para a sua camisa chegando perto dele. Comecei a beijá-lo na boca e depois fui abrindo os botões da sua camisa o mais rápido que eu consegui. Quando a peça caiu no chão, aproveitei o embalo e comecei a abrir o botão e o zíper da calça jeans enquanto ele me conduzia até a cama, agora me beijando intensamente enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo.

Quando chegamos ao pé da cama ele parou de repente e me virou com um gesto rápido me deixando de costas para ele.

- Tô loca pra tirar isso aqui, rapáiz... – Ele disse já começando a trabalhar na sua ideia. Senti as mãos do Luan desamarrando as tiras que mantinham o espartilho justo ao meu corpo. Eu não via o que ele estava fazendo, então a sensação de arrepio e prazer foi dobrada quando o senti puxando cada fita lentamente e ir distribuindo beijos pelas minhas costas conforme a minha pele ia ficando livre sob a peça. A “tortura” durou uns cinco minutos e eu podia sentir que o Luan estava se divertindo me vendo “sofrer” sem poder retribuir a altura.

Por fim, ele tirou o espartilho e soltou os meus cabelos. Virei o meu pescoço e ele percebeu o que eu queria, porque veio de encontro a mim para me beijar. 

Daí em diante tudo aconteceu muito rápido. Eu não sabia se era o amor imenso que eu sentia pelo Luan, se era o resultado daquela surpresa maravilhosa que ele fizera para mim, ou se era simplesmente a nossa “velha e boa” química entrando em ação, mas ficar com o Lú era sempre simples, fácil e perfeito. Nossos corpos se entendiam perfeitamente e tudo funcionava à base da ação e reação.

O Luan me deitou sobre a cama tirando a sua calça, sapatos e meias. Depois ele veio até mim me pegando pelos pés e tirando as minhas sandálias. Após se ver livre dos meus sapatos, ele foi subindo pelas minhas pernas, deixando beijos e mordidas de leve pelo caminho.

Ele chegou até a minha cintura, “perdendo” um tempo extra por ali, me provocando, antes de tirar a minha calcinha e lançá-la longe.

Foi aí que eu aproveitei para virar o jogo. Passei o meu corpo por cima do dele ficando com uma perna de cada lado e passei a distribuir beijos pelo seu corpo, principalmente no ombro onde estava desenhada a sua tatuagem. Eu adorava aquele desenho e gostava mais ainda de passar os dedos sobre o terço registrado na pele do meu namorado.

Fui descendo pela sua barriga até a sua cueca. Já fazia um tempo que eu estava tomando anticoncepcional, por isso sabia que estava “livre” para seguir adiante. Eu já conseguia sentir a ereção do Luan e via nos seus olhos o quanto ele me desejava. Ele chamava o meu nome baixinho quando despi a sua boxer azul e encaixei os nossos corpos.

Fechei os olhos e deixei que ele me conduzisse. Primeiro com movimentos suaves depois mais rápido. Nós nos mexiamos com uma sincronia perfeita. Os olhos do Lú estavam cemirrados, turvos de desejo e paixão. Ele puxava os meu cabelo de leve, chamava o meu nome, deslizava a sua pelas minhas costas e me fazia me sentir a cada segundo mais amada.  Chegamos juntos ao ápice, cansados, com a respiração entrecortada, os cabelos bagunçados, e felizes, muito felizes. Ali era o meu lugar, nos braços do Luan.

- Obrigado por tudo, meu amor... Meu rei – Agradeci baixinho deitando a cabeça no seu peito, meu coração explodindo de felicidade – Por você eu me jogaria sem pensar, sem medo... – Falei com a voz baixa me permitindo lembrar dos fantasmas que me “assombravam”. Espantei aquelas ideias da minha cabeça. Ainda não era hora de pensar naquilo...

- Você merece tudo isso e muito mais, minha vida... Minha rainha – Ele beijou o topo da minha cabeça, me abraçando carinhosamente.

Mais tarde, o Ronaldo bateu na nossa porta trazendo chocolates e uma cesta de frutas para nós. Passamos o resto da noite juntos, nos amando, aproveitando aquele momento só nosso até adormecemos com o sol já quase nascendo e selando o momento mais mágico e perfeito da minha vida. 

Naquela noite eu tive certeza de que tinha encontrado o amor da minha vida, a pessoa certa para passar o resto dos meus anos. E esse cara era o Luan. Sempre foi e sempre seria... E era por ele que eu seria capaz de fazer qualquer coisa...

***
Ponto de vista do Luan

Acordei e abri os olhos lentamente, me espreguiçando com calma na cama. Bati a mão no colchão ao meu lado e percebi que estava sozinho.

- Ôôôô, vidinha, “vorta” aqui, Nega! “Cê” esqueceu que hoje você é só minha? – Chamei pela Cristal.

- Ôôôô “muié” que gosta de fugir de mim, viu... – Resmunguei levantando da cama e indo atrás dela.

Fui até o banheiro. Nada de Cristal.

Sai do quarto e segui até a sala. Vazia...

- Cristal, cadê você? – Chamei um pouco mais alto do que queria, o coração disparando dentro do peito, a preocupação formando um “bolo” na minha garganta.

Passei para a cozinha, varanda, área de serviço...

- Cristaaaaaal! Cadê você, vida? – Gritei, um sentimento ruim tomando conta do meu peito.

Corri até a piscina, o desespero me dominando. Nada de Cristal!

Fui até a frente da casa. O carro da Cris tinha sumido!
Senti uma onda de medo inundar o meu coração. As minhas pernas tremeram, a minha respiração falhou. Onde a minha Cristal estava?

Voltei correndo para o quarto, a minha minhas ideias “fervendo” dentro da cabeça. Lembrei do que a Cristal me disse na noite anterior: “Por você eu me jogaria sem pensar”.

Diacho, do quê aquela mulher estava falando?

Parei perto da cama e olhei ao redor. O vestido que lhe caíra tão bem ainda estava sobre a cadeira, onde eu o coloquei depois de despi-lo da Cristal. As sandálias, o espartilho...

Em cima do criado-mudo estavam as duas alianças que a Cris usava. Aquilo doeu dentro do meu peito... Os anéis eram a representação do nosso amor, da nossa união... Por que a Cris tinha as tirado? Será que ela não me queria mais?

Cheguei mais perto... Ao lado das alianças estava os dois celulares junto com a bolsa da Cris aberta, os objetos ali dentro meio revirados.

Sentei na cama sem saber o que pensar ou quê fazer, completamente perdido, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto sem eu nem me dar conta. Eu não tinha ideia do que tinha acontecido: A Cristal tinha sumido ou ela havia me deixado?
___________________________________ 
Notas finais: Calma, calma, vamos por partes:

1- Noite de Rainha da Cris foi top, né? E o pinguim de plantão?
2 - Esse cara é o Luan, sem dúvida nenhuma! Cristal é muito sortuda, mew!
3 - Gostaram das cenas calientes? 
4 - E vocês perceberam que a cena do prólogo, que abriu a 2ª temporada, finalmente apareceu? Aposto que ninguém adivinhou que essa era a "coisinha" a mais que ia acontecer...

Estão curiosas para saber o que vai acontecer?
Aguentem firme! No próximo cap a Cris vai contar como foi o encontro dela na Torre e o que aconteceu depois da Noite de Rainha!

Meninas, eu PRECISO saber o que vocês acharam, pelo amor de Deus! Me contem!

É isso, gurias! Até o próximo cap e se preparem! A coisa vai ficar séria!
E ó, dia 30 tem VDL, ok?

*** Bora pro próximo capítulo? Então clique aqui


(*)
E não esqueçam:
Segue no Twitter pra gente "prosear" - https://twitter.com/Manudantas_diz
(Quem quiser receber avisos de capítulos novos dá um grito no Twitter que eu te coloco na Lista)
Adiciona no Facebook - http://www.facebook.com/manuela.dantas.585
Tire suas dúvidas no Ask - http://ask.fm/Manudantasdiz