sexta-feira, 22 de maio de 2015

Capítulo 9 - Romeu e Julieta - Parte II

Notas iniciais: Quem estava com saudade de Gadu grita EU! hahahaha

Bora para a continuação do capítulo?
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No capítulo anterior:

Embora o movimento fora do teatro estivesse grande, não foi difícil arrumar um táxi disponível para me levar. Indiquei o meu destino e me sentei confortavelmente enquanto o motorista regulava o taxímetro. Durante o percurso, cacei meu celular na bolsa. O que não faltavam eram notificações de mensagens e comentários nas redes sociais. Mas claro que ignorei tudo ao ver que havia mensagens não lidas do Edu no Whats...

 “O que acha de uma comemoração especial depois da apresentação?”

Ele enviara a pergunta logo depois que nós falamos à tarde, enquanto fazia meu cabelo para o balé! Puts! Então foi por isso que ele perguntou se eu estava com o meu celular quando estávamos conversando nos bastidores? Ele estava querendo uma resposta para o seu convite?

Droga! Por que não vi aquela mensagem antes? Era claro que eu topava uma comemoração especial com ele! Aliás, nem precisava ser especial... Poderia ser comer um pão com ovo lá na frente de casa que eu nem iria me importar. Tudo o que eu queria era ficar com ele de novo. Desde o dia da nossa “dança”, nada mais havia rolado entre nós.

E agora? Eu já havia dito que iria para o Gueto, comemorar com o restante do pessoal. Não tinha como desmarcar. Chateada, digitei uma resposta:

“Poxa Edu, só vi o seu convite agora. Desculpa! Fiquei concentrada com a apresentação e acabei me esquecendo do celular... Se tivesse visto antes, nem teria combinado de ir para o Gueto”.

 Não demorou para que ele mandasse uma resposta.

“Ainda dá tempo de mudar de ideia...”

Sempre enigmático”, falei sozinha, o que fez o motorista me encarar com uma expressão confusa no rosto. Fingi não me importar com os olhares de esguelha do taxista e me concentrei na mensagem. O que ele quis dizer, afinal?

Bati a minha mão na testa, assustada com a minha falta de perspicácia. Era óbvio: ele queria que eu cancelasse a Festa no Gueto para comemorar só com ele! Só tinha dois problemas. 1 – Era certo deixar minhas amigas de lado? Afinal, elas estavam organizando uma festa para celebrar o MEU sucesso na apresentação. 2 – Mesmo que minha consciência não ficasse pesada em “dar o perdido” nelas, que desculpa eu daria para justificar a minha ausência na MINHA festa?

 Estava tão entretida buscando soluções para o meu problema que nem percebi que já havíamos entrado no condomínio. O motorista esperava pelas minhas instruções para chegar à minha casa. Me concentrei em indicar o caminho e, ao chegar na minha rua, vi o Edu abrindo a porta do carro da dona Melissa.

 - Pode parar aqui, por favor! – quase gritei para o taxista.

 Ele freou o carro com tudo me fazendo quase bater a cabeça no banco da frente. Atraído pela estranha movimentação, o carioca interrompeu o que estava fazendo para descobrir o que estava acontecendo.

  - Quanto deu, moço? – perguntei apressada, caçando o dinheiro na bolsa.

  Paguei a corrida e saltei do veículo, parando em frente ao Edu. Ele apenas me observava, uma expressão divertida no rosto. - E então? Mudou de ideia? – foi direto ao assunto, sem nem me dar tempo para tomar fôlego.

 Encarei aqueles olhos verdes tão intensos que estavam cravados em mim enquanto esperavam por uma resposta. Que se danassem as dúvidas, medos e até mesmo o peso da consciência por deixar as minhas amigas de lado! Eu queria mesmo era ficar com ele e nada mais.

 - Eu tive uma ideia, mas... não sei se vai dar certo – avisei com voz hesitante.

  - Huum... E o que é? – ele parecia realmente interessado.

 - Espere e verá – disse, pegando meu celular e discando para a Carol. O plano era extremamente ousado e tinha grandes chances de não dar certo, mas não custava tentar, não é mesmo? A ideia era a seguinte: ao invés de mentir e inventar mil pretextos para não ir à minha própria festa, eu simplesmente diria a verdade. A esperança era a Carol ficar empolgada com o meu “lance” com o Edu – se é que existia um lance – e resolvesse me ajudar.

Após cinco toques, ela atendeu o telefone parecendo estar muito animada – Central Gueto de Produções, Gabriela Borges falando.

- Cá, é a Gabi. Tudo bem? – comecei de jeito tímido.

- Poxa, não me diga! E eu achando que era o Chay Suede... – mesmo de longe dava para imaginar ela revirando os olhos – Fala logo, Gabriela! O que foi?

- O pessoal já chegou para a festa? – resolvi investigar antes de ir direto ao assunto.

- Mais ou menos... Mari e Alê estão aqui me ajudando. Resolvemos fazer pastel para comemorar sua apresentação. O resto do pessoal chega mais tarde...

Caramba! A Mari estava na cozinha ajudando a fazer pastéis? E tudo aquilo era para mim? Uau! Aquele era realmente o meu dia de glória.

- E eles estão perto de você agora? – continuei especulando.

- Não. Vim aqui no meu quarto pegar os copos de dose quando você ligou. Gabriela, desembucha logo de uma vez! O que está acontecendo? Sua mãe está pegando no seu pé? Porque se for isso, eu posso ligar para ela...

- Não, não! Calma!  - interrompi seu fluxo de pensamento. Seguindo o conselho que era melhor ir direto ao ponto, respirei fundo e comecei a contar – É o seguinte: o Edu me propôs uma comemoração especial. E eu queria ir – me afastei um pouco, sentindo meu rosto ficar vermelho. Não queria ficar falando daquele assunto com ele assistindo tudo de camarote.

- Comemoração especial? Como assim? – sua voz parecia chocada – Então ele quer mesmo ficar com você?

- Bom, eu diria que ele não só quer, como já conseguiu... – confessei.

- O QUÊ? Gabriela Navarro, me explique agora mesmo essa história! – precisei afastar o aparelho do ouvido por conta do grito que ele deu.

- Olha, eu juro que te conto tudo, detalhe por detalhe, mas depois. Agora, tudo o que você precisa saber é que já ficamos duas vezes e hoje ele me fez esse convite – fiz uma pausa, olhando para trás para checar se já estava longe o suficiente para ele não ouvir – E eu quero muito ir, Cá! Sei que vocês estão fazendo uma mega festa para mim e eu agradeço muito, muito mesmo! Mas, por favor, essa tal comemoração seria o encerramento de ouro para a noite perfeita que tive hoje. Juro que eu não pediria a sua ajuda se não fosse importante... – implorei, abrindo o meu coração.

Por um momento, ela não disse nada. Cheguei a prender a respiração, com medo de que dissesse não.

– Ai meu Deus, minha amiga está apaixonada! Gabi, que coisa mais linda! – ela riu de mim.

- Carolina, isso é sério! – chamei sua atenção.

- Claro que é sério! Você está caidinha por ele! E pelo jeito que o Edu te olhava naquele palco, ele também está bem interessado em você... – ela estava tão empolgada que parecia que, na verdade, eu estava contando que ela acabara de ganhar na Mega-Sena.

- É... a gente tem se dado bem... – contei, um sorriso brotando no meu rosto por conta da última frase da Cá.

- Tá, eu topo ajudar. Mas e aí, falo o quê para o pessoal?

- Fala que a minha mãe me prendeu no teatro para falar com o pessoal do Bolshoi. Eu já comentei sobre essa companhia com vocês, é capaz de alguém lembrar. E de fato, eles vieram ver o espetáculo, mas não sei minha mãe conseguiu falar com eles. Fugi antes que ela realmente me fizesse ficar para apresentá-los a mim, mas... ninguém precisa saber disso – improvisei uma desculpa qualquer. Dona Beatriz já havia atrapalhado tantas festas por causa das exigências com dieta e ensaios que eu duvidada que alguém fosse desconfiar que dessa vez tratava-se de uma mentira.

- Beleza, essa será a desculpa, então – ela concordou de imediato.

- Carol, só mais uma coisa... – fiz uma pausa, tomando coragem – Por favor, não conta nada para a Mari ainda – pedi. Era muito estranho manter segredo da pessoa que considerava como minha melhor amiga, mas tudo estava perfeito demais para que ela ficasse implicando comigo.

- Hum... Já até sei o porquê você está dizendo isso. A Mari anda implicando bastante com você por causa do Edu, né? Ela conversou comigo hoje sobre isso. A loira tem uma opinião bem contrária sobre vocês dois juntos, viu? Já colocou mil e um empecilhos – a Cá me alertou.

- É, estou sabendo... – concordei, contrariada – Mas não quero falar disso agora. Não quero estragar a minha noite. Quero que hoje tudo termine bem...

- Então vai logo se arrumar para o seu boy! Mas ó, amanhã quero um relatório completo dessa comemoração, hein? E mais, quero saber tudo o que aconteceu até agora, porque você, sua falsa, não me contou nada! – ela se fingiu de brava.

- Dou minha palavra de honra! Juro que te conto tudo! – prometi.

- Combinado! Agora vou descer e dar a triste notícia que a dona da festa não vem para a comemoração... Ai, ai... Só aqui no Gueto que essas coisas acontecem! – ouvi minha amiga rir de forma descontraída e imediatamente soube que estava tudo bem. Respirei fundo. Pelo menos não ficaria me sentindo mal – Beijo, Gabi! Divirta-se muito, você merece! E ahhh, você estava linda hoje! De verdade... Arrasou muito, amiga! Diva absoluta daquele palco...

- Obrigada, Cá! Beijo para você também! Qualquer coisa manda mensagem no Whats...

Desliguei o telefone com um sorriso bobo no rosto. Além de tudo estar dando supercerto, o dia estava rendendo ótimas histórias: o carinho e apoio da minha mãe, todos os detalhes dos bastidores da peça e, claro, o fato de eu não comparecer à festa dedicada a mim por causa do convite do carioca.

- E então? Deu certo? – Edu questionou quando voltei a me aproximar. Ele me encarava com um brilho divertido no olhar, o que me fez ficar vermelha imediatamente. Será que ele havia escutado a minha conversa com a Cá?

- Sim. Falei com a Carol e criamos uma desculpa para justificar a minha ausência hoje lá no Gueto. Já está tudo certo... Quer dizer, só falta descobrir quais são os seus planos... – mexi no cabelo, tentando parecer despretensiosa. Na verdade, estava louca para descobrir o que ele estava planejando.

- Relaxa, que já, já você vai descobrir... Te encontro daqui uma hora na frente da sua casa, pode ser?

Como assim te encontro daqui uma hora? Nem uma dica do que iríamos fazer ou de onde iríamos? Como eu poderia me arrumar daquele jeito? – Hããã... Eu não posso saber quais são os planos para a noite? – Insisti, me esforçando para disfarçar o tom de irritação na voz. Eu simplesmente odiava aquele ar de mistério que o Edu insistia em criar em torno dele.

- Se fosse você para você saber eu já teria contado... – ele respondeu de maneira curta e grossa.

Bufei de frustação antes de começar a caminhar para a minha casa, sem nem me preocupar em me despedir. Minha vontade naquele momento era de desistir de tudo, mandá-lo para um lugar nada bonito e ir para o Gueto comer os pastéis da Carol.

- Hey, Gabs... – ouvi ele me chamar. Relutante, me virei para vê-lo – Não se preocupe! Tenho certeza que você vai gostar – mesmo com a curta distância que nos separava consegui vê-lo piscar para mim e dar um sorriso de lado, antes de entrar na casa carregando uma sacola que tinha tirado do carro – na certa era algum favor para a dona Melissa.

Mais uma vez a sensação de estar dividida tomou conta de mim. Não sabia se continuava irritada com o seu jeito mandão e imprevisível ou se ficava feliz por ele estar tentando me impressionar. Respirando fundo, decidi deixar a noite me mostrar a resposta. Quem sabe o Edu não me surpreenderia?

***

Depois do banho e de caprichar no hidrante corporal, lá fui eu para o sacrifício de escolher uma roupa. Revirei meu guarda-roupa inteiro à procura de algo que pudesse causar uma boa impressão. Só o fato de não saber para onde iria já complicava bastante a situação. Não bastasse isso, eu queria me vestir como uma garota de atitude, sexy, segura de si. Só que nenhuma das minhas roupas combinava com esse estilo. Tudo era tão sem sal...

Em situações normais, eu correria pedir ajuda para Mari. Ela sempre sabia como combinar as peças... Porém, naquele dia, eu teria que me virar sozinha.

Depois de muito custo, escolhi um vestido branco de renda e bota de cano curto. Deixei o cabelo solto, fiz uma maquiagem básica, escolhi uns acessórios que combinavam, joguei tudo que ia precisar dentro de uma bolsa a tirocolo básica e lá fui eu. Antes de sair, chequei o relógio: estava vinte minutos atrasada. Bom... não dá para ficar linda em só uma hora, né?

Assim que abri a porta já dei de cara com o Edu. Ele estava com a mesma roupa da apresentação: camisa jeans com camiseta branca por baixo, calça preta e tênis branco. Enquanto eu matava para me arrumar, ele nem se deu o trabalho de escolher uma roupa. Homens... Mas apesar de tudo, estava muito bonito. O tipo de garoto que não passa despercebido.

- Uaauuu – foi tudo que disse assim que sai de casa. Sorri ao concluir que havia causado uma boa impressão. Ponto pra mim!

- E aí? Estou de acordo com a ocasião? Muito difícil me arrumar sem saber para onde vou – perguntei assim que cheguei mais perto. Ok, ele estava cheiroso – mais do que o habitual - e tinha dado um jeito no cabelo geralmente bagunçado. Sinal que não era só eu que tinha me preocupado com a produção.

- Quem faz a ocasião somos nós... – ele desconversou – Mas está ótima assim. Agora vamos – pegou minha mão e começou a caminhar sem falar mais nada.

Fazia uma noite quente e a lua cheia iluminava o caminho. Seguimos uma boa parte do caminho ainda em silêncio, só o meu coração batendo aflito dentro do peito. Nunca havia experimentado algo tão intenso: ao mesmo tempo que desejava desesperadamente ficar com aquele garoto, parte dos meus instintos me pediam para sair correndo dali. Eu não sabia se poderia realmente confiar nele, principalmente quando agia daquele jeito.

- Fica tranquila que não vamos caminhar muito. O Alê me disse que tem um restaurante japonês legal aqui na frente do condomínio... – disse, certamente depois de reparar na minha postura receosa.

Huumm... Japonês?! Então ele lembrou que eu gostava de comida oriental? Senti meu corpo relaxar um pouco e resolvi dar um voto de confiança ao rapaz. Ele parecia estar bem intencionado, apesar da personalidade fechada. Talvez eu só precisasse insistir um pouco para fazer ele se “abrir” mais...

Passamos pela portaria do condomínio, atravessamos a rua e entramos no restaurante. Eu sempre costumava pedir a comida dali para entregar em casa, mas nunca tinha entrado no estabelecimento. Por dentro, o espaço era bem confortável: decoração oriental, funcionários bem vestido e iluminação diferenciada. Agradeci mentalmente o Alê pela sugestão.

Sentamos em uma mesa mais reservada e fizemos nossos pedidos. Deu para perceber que o carioca não curtia muito comida japonesa, mas ele me acompanhou mesmo assim.

De início, o papo girou em torno da minha dieta. Eu estava faminta, e era muito bom poder comer à vontade, sem ter alguém contando cada caloria. Mas claro que isso despertou a curiosidade do Edu, que fez várias perguntas sobre as minhas refeições. Depois falamos da apresentação, contei vários detalhes dos bastidores e ele comentou as cenas que mais havia gostado.

Por fim, falamos do ano letivo que começaria dali uma semana. Descobri que ele já estava matriculado na mesma escola que eu, o que só despertou ainda mais minha ansiedade. Como seria encontrar com ele todos os dias?

O papo estava animado quando uma mensagem da Carol chegou no meu celular “Por aqui tudo bem, ninguém desconfiou de nada. E por aí? Já conquistou o bonitão?”

Ri sem jeito depois que terminei de ler. Conquistar o “bonitão” era uma tarefa muito mais complicada do que ela poderia imaginar.

- O que foi? – ele questionou dando um gole na sua Coca Cola.

- Nada... Só a Carol querendo saber como estão as coisas – expliquei, digitando uma resposta rápida só para avisar que tudo estava indo bem. Detalhes eu contaria só depois, com calma.

- Vocês são bem amigas, né?

- Sim, a gente se conhece desde criança. Crescemos juntas...

- Dá para perceber que elas se preocupam bastante com você. A Marília, principalmente – algo em seu tom de voz chamou minha atenção.

- Como assim? – resolvi investigar.

- Sei lá... Ela está sempre falando que eu preciso ter cuidado com você. E o Alexandre comentou algo de você ser a boneca de porcelana do grupo – ele tentou parecer indiferente, mas dava para perceber que aquele não era um comentário à toa. Ele estava avaliando o terreno, vendo se era seguro dar o próximo passo.

- Essa história de boneca de porcelana é mais por causa da minha aparência: pele branquinha, cabelo escuro e tudo mais. E também porque eu sempre fui mais na minha, nunca gostei de me meter em confusão, e tem o lance da minha mãe: os ensaios, a comida balanceada, todas as restrições... E, sei lá... Acho que a Mari está preocupada porque eu sempre peço a opinião delas para tudo. Sou um pouco insegura, às vezes. Mas dessa vez tenho agido de acordo com o que acho certo e isso deve estar a preocupando. É como se ela perdesse o controle, entende? – respondi com o máximo de honestidade que consegui reunir naquele momento. Se ele realmente queria saber onde estava se metendo, o melhor que eu tinha a fazer era colocar as cartas na mesa logo de uma vez.

- Entendo... Dá para sacar que ela é uma pessoa gente boa... – ele fez uma pausa – Mas, sei lá... Só quero dizer que a gente não é amigo, nem nada assim... Conversamos nas festas, hoje na peça, ela falou um monte de coisa, jogou um monte de indireta... Mas eu estou na minha, saca?

- Assim como eu também estou na minha... – enfatizei, começando a ficar um pouco mais irritada com aquela situação do que deveria.

- É que eu... – dava para perceber que ele estava bem desconfortável. Enquanto ele procurava as palavras eu imaginava o que a Mari teria dito para deixá-lo daquele jeito – eu não quero te machucar...

- Edu, ninguém está se machucando aqui. Acho que já sou bem grandinha para tomar as minhas próprias decisões. É como eu disse, elas são minhas amigas há muito tempo, gosto muito das duas, mas no fim das contas, a vida é minha. Já faz um tempo que tenho procurado por isso, por um pouco mais de “independência”, por um pouco de mudança, um respiro diferente... Talvez esse seja o momento. Acho que o que importa é a gente estar bem, estar curtindo esse momento, você não acha? – tentei falar como uma garota madura e séria, mas acho que acabei me atrapalhando ao longo do discurso, porque terminei a fala como se fosse uma garotinha assustada se defendendo de uma acusação. Mesmo assim, mantive a pose de “durona”, só para não dar o braço a torcer.

- É, acho que você tem razão... – ele me ofereceu um sorriso de canto de boca o que me fez somar mais uns pontinhos no placar a meu favor – Você é muito bacana, sabia? É bonita, gente boa, inteligente e dá para perceber que tem um ótimo caráter. Acho que estou me surpreendendo muito mais do que poderia imaginar com essa bonequinha de porcelana – ele acariciou os meus cabelos de um modo suave e, sem pressa, se aproximou para beijar os meus lábios.

Fechei os olhos, curtindo o momento e ouvindo a música que tocava ao fundo.

*** Link para músicahttps://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA ***

I'm thinkin' bout how (Estou pensando em como)
People fall in love in mysterious ways (As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas)
Maybe it's all part of a plan (Talvez seja parte de um plano)
I'll just keep on making the same mistakes (Eu continuarei a cometer os mesmos erros)
Hoping that you'll understand (Esperando que você entenda)

That baby now (ooh) (Que, querida, agora)
Take me into your loving arms (Me abrace com seus amáveis braços)
Kiss me under the light of a thousand stars (Beije-me sob a luz de mil estrelas)
Place your head on my beating heart (Coloque sua cabeça em meu coração que bate)
I'm thinking out loud (Estou pensando alto)
Maybe we found love right where we are (Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos)

Depois do beijo, o abracei forte, repousando a cabeça sobre o seu ombro. Naquele momento eu só conseguia pensar em uma coisa: aquela era a melhor noite da minha vida!
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Notas finais: O lance Gabi e Edu está ficando sério, né? Mas o que vocês estão achando dessas interferências da Mari?

É gente, daqui pra frente a coisa vai ficar mais e mais tensa. Preparem-se!

Beijão e ótimo final de semana para todos!


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