Bora para a continuação do capítulo?
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No
capítulo anterior:
Embora o movimento fora do
teatro estivesse grande, não foi difícil arrumar um táxi disponível para me
levar. Indiquei o meu destino e me sentei confortavelmente enquanto o motorista
regulava o taxímetro. Durante o percurso, cacei meu celular na bolsa. O que não
faltavam eram notificações de mensagens e comentários nas redes sociais. Mas
claro que ignorei tudo ao ver que havia mensagens não lidas do Edu no Whats...
“O que acha de uma
comemoração especial depois da apresentação?”
Ele
enviara a pergunta logo depois que nós falamos à tarde, enquanto fazia meu
cabelo para o balé! Puts! Então foi por isso que ele perguntou se eu estava com
o meu celular quando estávamos conversando nos bastidores? Ele estava querendo
uma resposta para o seu convite?
Droga!
Por que não vi aquela mensagem antes? Era claro que eu topava uma comemoração
especial com ele! Aliás, nem precisava ser especial... Poderia ser comer um pão
com ovo lá na frente de casa que eu nem iria me importar. Tudo o que eu queria
era ficar com ele de novo. Desde o dia da nossa “dança”, nada mais havia rolado
entre nós.
E
agora? Eu já havia dito que iria para o Gueto, comemorar com o restante do
pessoal. Não tinha como desmarcar. Chateada, digitei uma resposta:
“Poxa Edu, só vi o seu
convite agora. Desculpa! Fiquei concentrada com a apresentação e acabei me esquecendo
do celular... Se tivesse visto antes, nem teria combinado de ir para o Gueto”.
Não
demorou para que ele mandasse uma resposta.
“Ainda dá tempo de mudar de
ideia...”
Sempre
enigmático”, falei sozinha, o que fez o motorista me encarar com uma expressão
confusa no rosto. Fingi não me importar com os olhares de esguelha do taxista e
me concentrei na mensagem. O que ele quis dizer, afinal?
Bati
a minha mão na testa, assustada com a minha falta de perspicácia. Era óbvio:
ele queria que eu cancelasse a Festa no Gueto para comemorar só com ele! Só
tinha dois problemas. 1 – Era certo deixar minhas amigas de lado? Afinal, elas
estavam organizando uma festa para celebrar o MEU sucesso na apresentação. 2 –
Mesmo que minha consciência não ficasse pesada em “dar o perdido” nelas, que
desculpa eu daria para justificar a minha ausência na MINHA festa?
Estava
tão entretida buscando soluções para o meu problema que nem percebi que já
havíamos entrado no condomínio. O motorista esperava pelas minhas instruções para
chegar à minha casa. Me concentrei em indicar o caminho e, ao chegar na minha
rua, vi o Edu abrindo a porta do carro da dona Melissa.
-
Pode parar aqui, por favor! – quase gritei para o taxista.
Ele
freou o carro com tudo me fazendo quase bater a cabeça no banco da frente.
Atraído pela estranha movimentação, o carioca interrompeu o que estava fazendo
para descobrir o que estava acontecendo.
- Quanto deu, moço? – perguntei apressada, caçando o dinheiro na bolsa.
Paguei a corrida e saltei do veículo, parando em frente ao Edu. Ele apenas me
observava, uma expressão divertida no rosto. - E então? Mudou de ideia? – foi
direto ao assunto, sem nem me dar tempo para tomar fôlego.
Encarei aqueles olhos verdes tão intensos que
estavam cravados em mim enquanto esperavam por uma resposta. Que se danassem as
dúvidas, medos e até mesmo o peso da consciência por deixar as minhas amigas de
lado! Eu queria mesmo era ficar com ele e nada mais.
- Eu tive uma ideia, mas... não sei se vai dar
certo – avisei com voz hesitante.
- Huum... E o que é? – ele parecia realmente interessado.
- Espere e verá – disse, pegando meu celular e
discando para a Carol. O plano era extremamente ousado e tinha grandes chances
de não dar certo, mas não custava tentar, não é mesmo? A ideia era a seguinte:
ao invés de mentir e inventar mil pretextos para não ir à minha própria festa,
eu simplesmente diria a verdade. A esperança era a Carol ficar empolgada com o
meu “lance” com o Edu – se é que existia um lance – e resolvesse me ajudar.
Após
cinco toques, ela atendeu o telefone parecendo estar muito animada – Central
Gueto de Produções, Gabriela Borges falando.
-
Cá, é a Gabi. Tudo bem? – comecei de jeito tímido.
-
Poxa, não me diga! E eu achando que era o Chay Suede... – mesmo de longe dava
para imaginar ela revirando os olhos – Fala logo, Gabriela! O que foi?
-
O pessoal já chegou para a festa? – resolvi investigar antes de ir direto ao
assunto.
-
Mais ou menos... Mari e Alê estão aqui me ajudando. Resolvemos fazer pastel
para comemorar sua apresentação. O resto do pessoal chega mais tarde...
Caramba!
A Mari estava na cozinha ajudando a fazer pastéis? E tudo aquilo era para mim?
Uau! Aquele era realmente o meu dia de glória.
-
E eles estão perto de você agora? – continuei especulando.
-
Não. Vim aqui no meu quarto pegar os copos de dose quando você ligou. Gabriela,
desembucha logo de uma vez! O que está acontecendo? Sua mãe está pegando no seu
pé? Porque se for isso, eu posso ligar para ela...
-
Não, não! Calma! - interrompi seu fluxo
de pensamento. Seguindo o conselho que era melhor ir direto ao ponto, respirei
fundo e comecei a contar – É o seguinte: o Edu me propôs uma comemoração
especial. E eu queria ir – me afastei um pouco, sentindo meu rosto ficar vermelho.
Não queria ficar falando daquele assunto com ele assistindo tudo de camarote.
-
Comemoração especial? Como assim? – sua voz parecia chocada – Então ele quer
mesmo ficar com você?
-
Bom, eu diria que ele não só quer, como já conseguiu... – confessei.
-
O QUÊ? Gabriela Navarro, me explique agora mesmo essa história! – precisei
afastar o aparelho do ouvido por conta do grito que ele deu.
- Olha,
eu juro que te conto tudo, detalhe por detalhe, mas depois. Agora, tudo o que
você precisa saber é que já ficamos duas vezes e hoje ele me fez esse convite –
fiz uma pausa, olhando para trás para checar se já estava longe o suficiente
para ele não ouvir – E eu quero muito ir, Cá! Sei que vocês estão fazendo uma
mega festa para mim e eu agradeço muito, muito mesmo! Mas, por favor, essa tal
comemoração seria o encerramento de ouro para a noite perfeita que tive hoje.
Juro que eu não pediria a sua ajuda se não fosse importante... – implorei,
abrindo o meu coração.
Por
um momento, ela não disse nada. Cheguei a prender a respiração, com medo de que
dissesse não.
–
Ai meu Deus, minha amiga está apaixonada! Gabi, que coisa mais linda! – ela riu
de mim.
-
Carolina, isso é sério! – chamei sua atenção.
-
Claro que é sério! Você está caidinha por ele! E pelo jeito que o Edu te olhava
naquele palco, ele também está bem interessado em você... – ela estava tão
empolgada que parecia que, na verdade, eu estava contando que ela acabara de
ganhar na Mega-Sena.
-
É... a gente tem se dado bem... – contei, um sorriso brotando no meu rosto por conta
da última frase da Cá.
-
Tá, eu topo ajudar. Mas e aí, falo o quê para o pessoal?
-
Fala que a minha mãe me prendeu no teatro para falar com o pessoal do Bolshoi.
Eu já comentei sobre essa companhia com vocês, é capaz de alguém lembrar. E de
fato, eles vieram ver o espetáculo, mas não sei minha mãe conseguiu falar com
eles. Fugi antes que ela realmente me fizesse ficar para apresentá-los a mim,
mas... ninguém precisa saber disso – improvisei uma desculpa qualquer. Dona
Beatriz já havia atrapalhado tantas festas por causa das exigências com dieta e
ensaios que eu duvidada que alguém fosse desconfiar que dessa vez tratava-se de
uma mentira.
-
Beleza, essa será a desculpa, então – ela concordou de imediato.
-
Carol, só mais uma coisa... – fiz uma pausa, tomando coragem – Por favor, não
conta nada para a Mari ainda – pedi. Era muito estranho manter segredo da
pessoa que considerava como minha melhor amiga, mas tudo estava perfeito demais
para que ela ficasse implicando comigo.
-
Hum... Já até sei o porquê você está dizendo isso. A Mari anda implicando
bastante com você por causa do Edu, né? Ela conversou comigo hoje sobre isso. A
loira tem uma opinião bem contrária sobre vocês dois juntos, viu? Já colocou
mil e um empecilhos – a Cá me alertou.
-
É, estou sabendo... – concordei, contrariada – Mas não quero falar disso agora.
Não quero estragar a minha noite. Quero que hoje tudo termine bem...
-
Então vai logo se arrumar para o seu boy! Mas ó, amanhã quero um relatório
completo dessa comemoração, hein? E mais, quero saber tudo o que aconteceu até
agora, porque você, sua falsa, não me contou nada! – ela se fingiu de brava.
-
Dou minha palavra de honra! Juro que te conto tudo! – prometi.
-
Combinado! Agora vou descer e dar a triste notícia que a dona da festa não vem
para a comemoração... Ai, ai... Só aqui no Gueto que essas coisas acontecem! –
ouvi minha amiga rir de forma descontraída e imediatamente soube que estava
tudo bem. Respirei fundo. Pelo menos não ficaria me sentindo mal – Beijo, Gabi!
Divirta-se muito, você merece! E ahhh, você estava linda hoje! De verdade...
Arrasou muito, amiga! Diva absoluta daquele palco...
-
Obrigada, Cá! Beijo para você também! Qualquer coisa manda mensagem no Whats...
Desliguei
o telefone com um sorriso bobo no rosto. Além de tudo estar dando supercerto, o
dia estava rendendo ótimas histórias: o carinho e apoio da minha mãe, todos os
detalhes dos bastidores da peça e, claro, o fato de eu não comparecer à festa
dedicada a mim por causa do convite do carioca.
-
E então? Deu certo? – Edu questionou quando voltei a me aproximar. Ele me
encarava com um brilho divertido no olhar, o que me fez ficar vermelha
imediatamente. Será que ele havia escutado a minha conversa com a Cá?
-
Sim. Falei com a Carol e criamos uma desculpa para justificar a minha ausência
hoje lá no Gueto. Já está tudo certo... Quer dizer, só falta descobrir quais
são os seus planos... – mexi no cabelo, tentando parecer despretensiosa. Na
verdade, estava louca para descobrir o que ele estava planejando.
-
Relaxa, que já, já você vai descobrir... Te encontro daqui uma hora na frente
da sua casa, pode ser?
Como
assim te encontro daqui uma hora? Nem uma dica do que iríamos fazer ou de onde
iríamos? Como eu poderia me arrumar daquele jeito? – Hããã... Eu não posso saber
quais são os planos para a noite? – Insisti, me esforçando para disfarçar o tom
de irritação na voz. Eu simplesmente odiava aquele ar de mistério que o Edu
insistia em criar em torno dele.
-
Se fosse você para você saber eu já teria contado... – ele respondeu de maneira
curta e grossa.
Bufei
de frustação antes de começar a caminhar para a minha casa, sem nem me
preocupar em me despedir. Minha vontade naquele momento era de desistir de
tudo, mandá-lo para um lugar nada bonito e ir para o Gueto comer os pastéis da
Carol.
-
Hey, Gabs... – ouvi ele me chamar. Relutante, me virei para vê-lo – Não se
preocupe! Tenho certeza que você vai gostar – mesmo com a curta distância que
nos separava consegui vê-lo piscar para mim e dar um sorriso de lado, antes de
entrar na casa carregando uma sacola que tinha tirado do carro – na certa era
algum favor para a dona Melissa.
Mais
uma vez a sensação de estar dividida tomou conta de mim. Não sabia se
continuava irritada com o seu jeito mandão e imprevisível ou se ficava feliz
por ele estar tentando me impressionar. Respirando fundo, decidi deixar a noite
me mostrar a resposta. Quem sabe o Edu não me surpreenderia?
***
Depois
do banho e de caprichar no hidrante corporal, lá fui eu para o sacrifício de
escolher uma roupa. Revirei meu guarda-roupa inteiro à procura de algo que
pudesse causar uma boa impressão. Só o fato de não saber para onde iria já
complicava bastante a situação. Não bastasse isso, eu queria me vestir como uma
garota de atitude, sexy, segura de si. Só que nenhuma das minhas roupas
combinava com esse estilo. Tudo era tão sem sal...
Em
situações normais, eu correria pedir ajuda para Mari. Ela sempre sabia como
combinar as peças... Porém, naquele dia, eu teria que me virar sozinha.
Depois
de muito custo, escolhi um vestido branco de renda e bota de cano curto. Deixei
o cabelo solto, fiz uma maquiagem básica, escolhi uns acessórios que combinavam,
joguei tudo que ia precisar dentro de uma bolsa a tirocolo básica e lá fui eu.
Antes de sair, chequei o relógio: estava vinte minutos atrasada. Bom... não dá
para ficar linda em só uma hora, né?
Assim
que abri a porta já dei de cara com o Edu. Ele estava com a mesma roupa da
apresentação: camisa jeans com camiseta branca por baixo, calça preta e tênis
branco. Enquanto eu matava para me arrumar, ele nem se deu o trabalho de
escolher uma roupa. Homens... Mas apesar de tudo, estava muito bonito. O tipo
de garoto que não passa despercebido.
-
Uaauuu – foi tudo que disse assim que sai de casa. Sorri ao concluir que havia
causado uma boa impressão. Ponto pra mim!
-
E aí? Estou de acordo com a ocasião? Muito difícil me arrumar sem saber para
onde vou – perguntei assim que cheguei mais perto. Ok, ele estava cheiroso –
mais do que o habitual - e tinha dado um jeito no cabelo geralmente bagunçado.
Sinal que não era só eu que tinha me preocupado com a produção.
-
Quem faz a ocasião somos nós... – ele desconversou – Mas está ótima assim.
Agora vamos – pegou minha mão e começou a caminhar sem falar mais nada.
Fazia
uma noite quente e a lua cheia iluminava o caminho. Seguimos uma boa parte do
caminho ainda em silêncio, só o meu coração batendo aflito dentro do peito.
Nunca havia experimentado algo tão intenso: ao mesmo tempo que desejava desesperadamente
ficar com aquele garoto, parte dos meus instintos me pediam para sair correndo
dali. Eu não sabia se poderia realmente confiar nele, principalmente quando
agia daquele jeito.
-
Fica tranquila que não vamos caminhar muito. O Alê me disse que tem um
restaurante japonês legal aqui na frente do condomínio... – disse, certamente
depois de reparar na minha postura receosa.
Huumm...
Japonês?! Então ele lembrou que eu gostava de comida oriental? Senti meu corpo
relaxar um pouco e resolvi dar um voto de confiança ao rapaz. Ele parecia estar
bem intencionado, apesar da personalidade fechada. Talvez eu só precisasse
insistir um pouco para fazer ele se “abrir” mais...
Passamos
pela portaria do condomínio, atravessamos a rua e entramos no restaurante. Eu
sempre costumava pedir a comida dali para entregar em casa, mas nunca tinha
entrado no estabelecimento. Por dentro, o espaço era bem confortável: decoração
oriental, funcionários bem vestido e iluminação diferenciada. Agradeci
mentalmente o Alê pela sugestão.
Sentamos
em uma mesa mais reservada e fizemos nossos pedidos. Deu para perceber que o
carioca não curtia muito comida japonesa, mas ele me acompanhou mesmo assim.
De
início, o papo girou em torno da minha dieta. Eu estava faminta, e era muito
bom poder comer à vontade, sem ter alguém contando cada caloria. Mas claro que
isso despertou a curiosidade do Edu, que fez várias perguntas sobre as minhas
refeições. Depois falamos da apresentação, contei vários detalhes dos
bastidores e ele comentou as cenas que mais havia gostado.
Por
fim, falamos do ano letivo que começaria dali uma semana. Descobri que ele já
estava matriculado na mesma escola que eu, o que só despertou ainda mais minha
ansiedade. Como seria encontrar com ele todos os dias?
O
papo estava animado quando uma mensagem da Carol chegou no meu celular “Por aqui tudo bem, ninguém desconfiou de
nada. E por aí? Já conquistou o bonitão?”
Ri
sem jeito depois que terminei de ler. Conquistar o “bonitão” era uma tarefa
muito mais complicada do que ela poderia imaginar.
-
O que foi? – ele questionou dando um gole na sua Coca Cola.
-
Nada... Só a Carol querendo saber como estão as coisas – expliquei, digitando
uma resposta rápida só para avisar que tudo estava indo bem. Detalhes eu
contaria só depois, com calma.
-
Vocês são bem amigas, né?
-
Sim, a gente se conhece desde criança. Crescemos juntas...
-
Dá para perceber que elas se preocupam bastante com você. A Marília,
principalmente – algo em seu tom de voz chamou minha atenção.
-
Como assim? – resolvi investigar.
-
Sei lá... Ela está sempre falando que eu preciso ter cuidado com você. E o
Alexandre comentou algo de você ser a boneca de porcelana do grupo – ele tentou
parecer indiferente, mas dava para perceber que aquele não era um comentário à
toa. Ele estava avaliando o terreno, vendo se era seguro dar o próximo passo.
-
Essa história de boneca de porcelana é mais por causa da minha aparência: pele
branquinha, cabelo escuro e tudo mais. E também porque eu sempre fui mais na
minha, nunca gostei de me meter em confusão, e tem o lance da minha mãe: os
ensaios, a comida balanceada, todas as restrições... E, sei lá... Acho que a
Mari está preocupada porque eu sempre peço a opinião delas para tudo. Sou um
pouco insegura, às vezes. Mas dessa vez tenho agido de acordo com o que acho
certo e isso deve estar a preocupando. É como se ela perdesse o controle,
entende? – respondi com o máximo de honestidade que consegui reunir naquele
momento. Se ele realmente queria saber onde estava se metendo, o melhor que eu
tinha a fazer era colocar as cartas na mesa logo de uma vez.
-
Entendo... Dá para sacar que ela é uma pessoa gente boa... – ele fez uma pausa –
Mas, sei lá... Só quero dizer que a gente não é amigo, nem nada assim... Conversamos
nas festas, hoje na peça, ela falou um monte de coisa, jogou um monte de
indireta... Mas eu estou na minha, saca?
-
Assim como eu também estou na minha... – enfatizei, começando a ficar um pouco
mais irritada com aquela situação do que deveria.
-
É que eu... – dava para perceber que ele estava bem desconfortável. Enquanto
ele procurava as palavras eu imaginava o que a Mari teria dito para deixá-lo
daquele jeito – eu não quero te machucar...
-
Edu, ninguém está se machucando aqui. Acho que já sou bem grandinha para tomar
as minhas próprias decisões. É como eu disse, elas são minhas amigas há muito
tempo, gosto muito das duas, mas no fim das contas, a vida é minha. Já faz um
tempo que tenho procurado por isso, por um pouco mais de “independência”, por
um pouco de mudança, um respiro diferente... Talvez esse seja o momento. Acho
que o que importa é a gente estar bem, estar curtindo esse momento, você não
acha? – tentei falar como uma garota madura e séria, mas acho que acabei me
atrapalhando ao longo do discurso, porque terminei a fala como se fosse uma
garotinha assustada se defendendo de uma acusação. Mesmo assim, mantive a pose
de “durona”, só para não dar o braço a torcer.
-
É, acho que você tem razão... – ele me ofereceu um sorriso de canto de boca o
que me fez somar mais uns pontinhos no placar a meu favor – Você é muito
bacana, sabia? É bonita, gente boa, inteligente e dá para perceber que tem um
ótimo caráter. Acho que estou me surpreendendo muito mais do que poderia
imaginar com essa bonequinha de porcelana – ele acariciou os meus cabelos de um
modo suave e, sem pressa, se aproximou para beijar os meus lábios.
Fechei
os olhos, curtindo o momento e ouvindo a música que tocava ao fundo.
*** Link para música – https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA
***
I'm thinkin' bout how (Estou
pensando em como)
(As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas)
(Talvez seja parte de um plano)
(Eu continuarei a cometer os mesmos erros)
(Esperando que você entenda)
(Que, querida, agora)
(Me abrace com seus amáveis braços)
(Beije-me sob a luz de mil estrelas)
(Coloque sua cabeça em meu coração que bate)
(Estou pensando alto)
(Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos)
(As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas)
(Talvez seja parte de um plano)
(Eu continuarei a cometer os mesmos erros)
(Esperando que você entenda)
(Que, querida, agora)
(Me abrace com seus amáveis braços)
(Beije-me sob a luz de mil estrelas)
(Coloque sua cabeça em meu coração que bate)
(Estou pensando alto)
(Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos)
Depois
do beijo, o abracei forte, repousando a cabeça sobre o seu ombro. Naquele
momento eu só conseguia pensar em uma coisa: aquela era a melhor noite da minha
vida!
______________________________________________
Notas finais: O lance Gabi e Edu está ficando sério, né? Mas o que vocês estão achando dessas interferências da Mari?
É gente, daqui pra frente a coisa vai ficar mais e mais tensa. Preparem-se!
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Oiieeee.... xD
Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!
Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*
Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*
E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!