Capítulo 12 - A aposta

 Notas iniciais: Gurias, é o seguinte:

Capítulo estava ficando gigante e então vocês já sabem, né? Eu dividi em duas partes!

Primeira parte tá morna, mas tá bem bacana!

Espero que gostem! * Bora ler?

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Ponto de vista do Luan
 

- Pronto, Luan! Já falei com a Cristal! Ela vai pro festival de Goiás!  – Ouvi o Sorocaba me avisar pelo telefone.
 

- Ohhh parceiro, valeu hein?! Fico te devendo essa – Agradeci, aliviado. Desde a noite que a Cristal desaparecera eu não tive nenhuma notícia dela. Eu havia ligado para os pais dela em Ilhabela, mas eles também estavam "no escuro"... Tudo que sabiam era que a Cris estava em São Paulo cuidando de assuntos de trabalho. Porém, quando liguei para o escritório da F&S Casting, me disseram que a Cris estava na capital paulista por conta de problemas familiares...
 

Ahhh, que aí tinha coisa, rapáiz! A bandida da Cristal estava tentando dar um nó na minha cabeça! Primeiro nós passávamos uma noite maravilhosa juntos, aí ela desaparecia, deixava a bolsa e o celular comigo e depois não atendia os meus telefonemas.
 

Eu já estava doido, maluco por notícias dela. Não parava de pensar que alguma coisa ruim tinha acontecido e que a Vidinha estava fugindo para tentar me poupar. Mas o quê diabos estava acontecendo? O único problema que a Cristal tinha era o Diogo e, até onde eu sabia, o Diogo estava preso e o processo contra ele caminhava muito bem aos cuidados da advogada que eu havia contratado, a “Dotora” Tereza.
 

Depois disso, tinha aquelas tais mensagens anônimas que eu li no celular da Cris, mas ela me dissera que não era nada demais... Eu nunca mais tinha pensado nisso, mas... Será que o sumiço da Cris tinha alguma coisa a ver com essas mensagens?
 

- E ela, Sorocaba? Como está? – Perguntei, voltando a prestar atenção no telefonema.
 

- Pô cara, ela parecia meio abatida no telefone, mas disfarçou bem... Se sabe como é a Cristal, né? Sempre séria e profissional... Certeza que ela não ia dar brecha para eu perceber se tinha alguma coisa errada ou não... – O meu parceiro opinou.
 

- É, “cê” tá certo... Cris não ia dar esse mole. “Braba” do jeito que é, “capáiz” de fingir que estava tudo bem só para não bar o braço a torcer... – Avaliei. Eu conhecia a Cristal “de cor e salteado”. Já sabia todos os truques e desculpas esfarrapadas que ela costumava usar.
 

E eu seria capaz de apostar com quem quisesse: Aí tinha coisa, e eu ia descobrir! Ah, que o Goiás “véio” ia ficar pequeno para mim e para a Vidinha! Cristal que me esperasse... Eu ia fazer ela falar e já até sabia como...

Ponto de vista da Cristal – Goiás – alguns dias depois
 

Eu já estava sendo chantageada pela Laura, já tinha perdido o Luan, minha vida pessoal e profissional estava uma bagunça e eu estava um “caco” emocionalmente. Mas como sempre dava piorar um pouco mais, não bastasse tudo isso, eu ainda tinha que viajar a trabalho ao lado da pessoa que eu acabara de descobrir que esteve me enganando por muito tempo: a Débora. A coisa andava tão ruim que eu começava a desconfiar que tinha jogado pedra na cruz, só poderia ser isso...
 

- Cris, eu sei que você tá meio brava comigo, mas eu queria conversar com você... – A Débora disse sentada na poltrona ao meu lado do avião.
 

“Cristal, deixe de marra! Vocês precisam trabalhar juntas e agora não é hora para brigas pessoais. Você não precisa perdoá-la, basta manter a educação e a cordialidade... " – O meu lado profissional tentou me “segurar”.
 

“Educação e cordialiadade? Aah, fala sério! Educação e cordialidade na cara dela, isso sim! Manda essa cobra direto pro Butantã” – a Cris Maluquete já estava doidinha para “rodar a baiana”.
 

- Débora, por favor, não enche! – Mandei, curta e grossa – Daqui em diante nós nos falamos apenas sobre trabalho, ok? Até porque se eu precisar passar alguma informação para a Laura, pode deixar que eu mesma falo, tá?
 

- Mas Cris, você tem que me entender... Ela me disse coisas horríveis sobre você e eu como fã do Luan... Eu pirei! Eu caí na dela! Desculpa, mas não estava pronta para ver o Rafa namorando com alguém – Ela me disse baixinho, como quem se desculpa.
 

Nem me dei ao trabalho de respondê-la. Eu estava tão brava com a Débora que seria capaz de jogá-la para fora do avião se ela continuasse com aquele “papo” de “Eu sinto muito”. Sem contar que eu tinha coisas muito mais sérias para me preocupar. Eu estava prestes a me reencontrar com o Luan e cada pedaço de mim, do pé até os meus fios de cabelo, estavam exalando ansiedade e medo por conta disso. Qual seria a reação do Luan quando me visse? Raiva? Ódio? Saudades? E a minha própria reação? Eu iria conseguir manter o trato com a Laura vendo o Luan cara a cara?
 

- Cris, é sério... Quando te vi gravando aquele depoimento para ele... Foi aí que a minha ficha caiu! Ali eu percebi que o amor de vocês era de verdade! Olha Cristal eu sei que eu errei, mas por favor, me perdoa! – Ela continuou insistindo em tom choroso.
 

A Débora parecia estar realmente arrependida, mas eu não estava em clima de “reconciliações”. Por isso, olhei muito séria para ela enquanto abria a minha bolsa, pegava o meu MP4, colocava os fones no ouvido e ligava o aparelho no último volume dando a nossa conversa por encerrada. Minha parceira de trabalho pareceu se dar por vencida, porque passou o resto do dia “na dela”, limitando-se a falar comigo apenas o necessário.
 

As horas passaram “voando”. Chegamos em Goiânia, capital do estado, por volta da hora do almoço para acertar todos os detalhes da parte de imprensa e só fui parar para “respirar” um pouco lá pelas seis da tarde, quando fui para o hotel tomar um banho e trocar de roupa. Depois, voltei para o local onde aconteceria os shows. O festival reuniria vários nomes da música sertaneja, como Thaeme e Thiago, Fernando e Sorocaba, Israel Novaes e o Luan, que subiriam ao palco naquela noite.
 

O público já estava animado na pista e nos bastidores a coisa já estava “pegando fogo”. Foi uma correria danada! Os shows seriam transmitidos pelo Multishow e não faltaram repórteres e fotógrafos querendo um minuto da atenção dos artistas da F&S Casting. A “correria” só chegou ao fim quando a dupla T&T subiu ao palco e os chefinhos, Fernandinho e Sorocaba, foram para o camarim para se preparem para o show.
 

Aproveitei a folga para ir até os fundos dos bastidores para respirar um pouco, colocar a cabeça em ordem, além de fugir do pessoal da equipe do Luan. Eu estava fazendo o máximo para não esbarrar com nenhum deles pelos corredores...
 

- Cristal? Ahhhh Cristalzinha, graças a Deus que eu te encontrei... Menina, eu ganhei camarim para ver o Luan, mas estou completamente perdida e muito atrasada! – Ouvi uma garota com cabelos negros, lisos e longos me falar. Ela segurava uma sacola grande nas mãos. Mas da onde aquela menina havia surgido? Bom, pelo jeito ela estava perdida mesmo, porque a entrada para os camarim ficava do outro lado...
 

- Menina, você está perdida e muito atrasada! Os camarins ficam do outro lado e eu acho que o Luan já terminou o atendimento com as fãs. Nega do céu, você não prestou atenção nas instruções que o Rafa te passou quando te ligou para avisar que você foi sorteada? – Perguntei.
 

- Ah não... – Ela mexeu as mãos como quem diz: Que nada, bobeira isso! -  Na hora eu estava histérica demais!
 

Caí na risada ao ouvir a resposta dela. Aquilo era algo que acontecia com a maioria das Luanetes – Ai menina, e agora? Será que vai dar tempo? – Olhei no relógio já pensando nas possibilidades. Talvez, se eu encontrasse o Rober, ele deixasse a menina entrar no camarim. Mas como fazer isso sem o Luan me ver?
 

- Ahh Cristal, por favor, me ajuda! Tô loca para tirar um foto sua e do Ursinho, juntos!
 

Oi? Ursinho? Ela estava chamando o Lú de ursinho?
 

 - Me leva até lá, vai... Vamos! – Ela mal me deu tempo para pensar. Pegou a minha mão e saiu praticamente correndo na direção que eu havia acabado de indicar, rumo ao camarim. Acabei a guiando ela pelo caminho, até acabar na porta do Luan.
 

“Calma Crital, calma”. Era agora... O Luan estava a poucos metros de mim e o que eu ia fazer?
 

- Cristal? – O Rober praticamente gritou assim que me viu ali.
 

- Oi Testinha! Então... Eu encontrei essa fã aqui lá nos fundos do backstage. Ela foi sorteada para o camarim, será que ainda dá tempo dela entrar? – Quis saber. Eu sabia que a Equipe LS organizava os horários do Luan de forma que ele conseguisse fazer tudo: atender as fãs, a imprensa, tirar fotos, e ainda se preparar para o show. Restava saber como estava o tempo dele para aquela noite...
 

- Então, a última fã esta saindo agora. Vocês deram sorte... – O secretário me respondeu me encarando com uma expressão de “O que aconteceu com você?
 

- Ótimo, então... Você cuida dela a partir de agora, né? – Respondi fazendo uma cara de “Longa história, te conto depois...” para o Rober.
 

- Ah nãooo, você fica, Ursinha! Eu trouxe um presente para você e para o Luan e só entrego se os dois estiverem juntos! – A fã bateu o pé, insistindo.
 

- Ursinha? Essas fãs tem cada uma...  – O Testa riu – Como você se chama?. Preciso checar o seu nome aqui na lista... – O secretário completou tentando voltar ao seu tom sério.
 

- Myreya! Mas pode me chamar de My – A garota respondeu toda sorridente.
 

Assim que ela terminou a frase, o Gutão abriu a porta do camarim e a fã que estava lá dentro saiu toda emocionada.
 

- Quem é a próxi... Cristal? – O personal parecia surpreso ao me ver. Ai droga, todo mundo ia ficar me encarando como se eu fosse um ET?
 

- Essa aqui é a próxima! – O Rober respondeu – E ela quer uma foto do Luan e da Cristal juntos... – Percebi um tom de “segunda intenção” na voz do secretário ao dizer isso.
 

- Ah, uma foto do Luan e da Cristal? – O Gutão respondeu com uma cara de quem queria dizer “Saquei a jogada” – É pra já! Vem cá, linda! Vem cá, Cristal! – Ele puxou nós duas para dentro e quando eu percebi, PÁ! Lá estava eu, cara a cara com o Lú.
 

- Oi... lin...da – O Luan vacilou a cumprimentar a Myreya. Ele me olhava de um jeito completamente assustado, como uma pessoa que vê um fantasma. A cena seria cômica se não fosse trágica. Eu ali, parada diante dele, sem nem poder tocá-lo. Pior, sem poder nem conversar, desabafar...
 

- Ursinhooooooooo! – A My disse toda animada enquanto andava em direção ao Luan. Graças a Deus, ele saiu do estado de “hipnose” em que estava e percebeu a intenção da garota a tempo abrindo os braços para recebê-la em um abraço.
 

Enquanto os dois conversavam, aproveitei para reparar no Lú. Ele estava com o cabelo arrepiado, camiseta cor de rosa meio pink, com a gola em “V”, calça jeans clara e seu inseparável coturno. Resumindo: Estava lindo, daquele jeito que conseguia me fazer não desviar os olhos dele um minuto sequer.
 

- Olha, eu trouxe um presente para os dois! – A My disse voltando a chamar minha atenção – Na verdade, o presente é mais para a Cristal, mas tenho certeza que o Luan vai gostar também!
 

- Presente para “nóis”? Aooow trem, isso que é chiqueza! – O meu namorado, ou ex-namorado (eu já não sabia mais...), comentou todo animado. Aquele ali adorava um presente.
 

- Tá aqui, ó Ursinha! – A fã me entregou a sacola que ela estava segurando nas mãos. Fiquei meio sem jeito, mas abri o pacote. Na minha frente, o Luan e a My me olhavam com muita expectativa.
 

- Hããã... O que é isso? – Perguntei sem entender nada. Dentro da sacola havia uma caixa e dentro caixa três barras de alumínio. As peças pareciam se encaixar umas nas outras e eram feitas de um material resistente, porém não muito pesado. Além disso, na caixa também estavam uma espécie de base feita de madeira com um tipo de "encaixe" que permitia encaixar as barras, sem falar em um DVD onde se lia “Aprenda a fazer Poli Dance”.
 

Oi? Poli Dance? Era sério isso?
 

- Isso é um poli dance portátil, Ursinha! É para você e o Luan se divertirem nos dias de folga! – A Myreya explicou como se aquele fosse o presente mais normal do mundo.
 

- Agora que a coisa vai ficar boa, hein? – O Lú provocou todo “assadinhado”.
 

- Poxa... obrigada! – Falei, completamente vermelha de tanta vergonha! Eu nunca imaginei ganhar um presente daqueles...
 

- Precisa ficar com vergonha não, Cris! Ó, no DVD tem um monte de dica para você sensualizar no poli dance! – A garota piscou para mim, esbanjando euforia. - E agora venham, quero foto com os dois! – Ela me puxou pela mão e me arrastou até o lado do Luan. Mais rápida do que uma lebre, ela sacou a sua câmera e registrou o momento.
 

- Vamô agora, mocinha? – O Gutão chamou da porta, sinalizando que o tempo da My com o Luan havia acabado. Ela me deu um último abraço agradecendo a ajuda, deu outro longo abraço no Luan e depois se despediu, deixando eu, o Lú e o Gutão sozinhos no camarim.
 

- Hããã... Acho que agora eu vou ali ver se o Well tá precisando de ajuda no palco... Ou se o Rober vai precisar de ajuda com as fotos, ou... Enfim, eu fui! – O personal saiu às pressas logo após a My.
 

Tarde demais eu percebi o meu erro! Agora eu estava completamente sozinha no camarim com o Luan, sem saídas e com muitas perguntas que ele iria querer as respostas e que eu não podia dar.
 

“Calma Cristal, calma”.
 

- Então... eu vou indo também! Eu vim só para trazer a Myreya até o camarim – Dei um sorriso amarelo do tipo que não convencia ninguém e fui caminhando para a saída, tentando “escapulir de fininho”.
 

- Nã, nã, ni, na, não! A senhorita vai é ficar bem aqui... – O Lú se antecipou, praticamente pulando na minha frente e colocando a mão na porta me impedindo de abri-la. Na sequência ele a trancou, guardando a chave no bolso da sua calça.
 

- Luan, eu estou trabalhando e você não pode me impedir de sair. Deixa eu ir embora agora... – Falei séria, tentando assustá-lo.
 

- Ah, eu não posso te impedir de sair? – Ele me imitou, igualmente bravo – Pois eu vou te falar o que eu não posso... – Vi o Luan colocar todo o seu corpo na frente da saída, bloqueando completamente a passagem, antes de continuar. Agora que eu estava ferrada de vez...
 

- Sabe o que eu não posso, Cristal? Não posso é acordar sozinho lá na chácara, encontrar as suas coisas lá todas reviradas e quase morrer de preocupação sem saber o que aconteceu com você. O que eu não posso é te ligar umas quarenta vezes por dia e você não atender! O que eu não posso é não saber o que está acontecendo, saber se você tá bem... O que eu não posso é ficar longe de você...
 

As palavras dele me atingiram o meu coração como uma lâmina afiada. Ah, se ele soubesse o quanto eu sofri tendo que deixá-lo... Porém, aquele não era o momento de fraquejar.
 

- Eu estou bem, Luan. Você já pode ficar tranquilo... – Respondi, ainda séria e me odiando pela minha frieza.
 

O Luan não disse mais nada. Ele apenas ficou me encarando, como se tentasse ler o que estava se passando na minha mente. Sustentei o seu olhar como quem quer dizer “Por favor, não insista nisso! Vai ser pior para os dois”. O Lú nem se mexia. Ele só me fitava, a expressão fechada, a testa enrugada. Comecei a sentir medo... Ninguém era capaz de me entender tão bem quanto o Luan. E se ele conseguisse descobrir o que estava acontecendo, o que eu ia fazer? Iria seguir adiante e abrir o jogo ou iria manter o acordo com a Laura?
 

De repente, senti o Luan me segurando pela cintura e me girando, de forma que eu fiquei com as costas na porta e ele ficou na minha frente, me segurando pelos braços, impedindo os meus movimentos.
 

- Vidinha, por favor, me fala... O que aconteceu com você? Tem alguma coisa errada acontecendo, não tem? Por que você não me conta? – O Luan aproximou o seu rosto de meu falando as palavras apressado, muito nervoso e agitado. Talvez por conta disso ele não se deu conta que estava me segurando muito forte, fazendo os meus braços doerem tamanha a pressão que estava fazendo.
 

- Luan, por favor, me solta... – Pedi com a voz fraca. Aquela situação não me trazia boas recordações...
 

- Eu não vou soltar, Cristal! A gente tá junto nisso, lembra? Eu preciso saber! Você pode confiar em mim! Eu tô aqui pra te ajudar e te proteger, você sabe disso! – Ele voltou a falar, me pressionando ainda mais.
 

- Luan, por favor, não faz assim... Me solta! – Não me aguentei e comecei a chorar. Ele me segurando daquele jeito me fazia lembrar do que o Diogo fez comigo. As recordações daquela noite ainda eram muito delicadas para mim. Por mais que eu tentasse dominá-las, às vezes, elas me pegavam despreparadas, como naquele momento.
 

- Shiuuu, shiuuu... – O Luan usou uma de suas mãos para secar as minhas lágrimas – Por que você tá chorando, Vidinha? – Ele me perguntou com a voz mais suave, mas ainda me segurando firme.
 

- Você me pressionando assim, brigando comigo... Desculpa, mas isso fez eu me lembrar do Diogo – Expliquei sem coragem de olhá-lo. Eu sabia que a comparação não tinha cabimento, mas no momento eu não consegui me controlar. Me ver naquela situação me transportou automaticamente para o barco, para a escuridão...
 

- Não Vidinha, pelo amor de Deus, não fala isso – Ele me soltou e no mesmo momento me abraçou muito forte – Eu jamais te machucaria! Desculpa se eu exagerei, é que eu tô preocupado demais com você! Eu sei que tem alguma coisa acontecendo e você não quer me contar...
 

- Luan, por favor, deixa isso pra lá... – Pedi com a cabeça enterrada no seu peito, sentindo o calor dele ao meu redor. Ai que saudades que eu estava sentindo daquilo.
 

Ele me afastou um pouco, apenas o suficiente para ver o meu rosto, ainda me segurando pela cintura, como se tivesse medo de que fugisse se ele me soltasse por um minuto que fosse.
 

- Deixar pra lá? Você tá me pedindo para desistir de você? Desculpa, mas não vou fazer isso não, muié... Te amo demais para te deixar ir embora... – Ele falou sério, os olhos brilhando, suas mãos encostando na minha pele me fazendo arrepiar.
 

Fiquei sem saber o que falar. Eu queria implorar que ele não desistisse, que ele não me deixasse ir embora, mas como fazer tudo isso sem arriscar a carreira do Luan? Ele já estava desconfiado e eu não poderia vacilar...
 

Ficamos eu e ele ali, com o silêncio de mil palavras não ditas entre nós. Eu olhava para ele como quem queria dizer que nunca quis deixá-lo, e ele me encarava de volta com uma expressão de que me queria de volta de qualquer jeito.
 

Tudo aconteceu como sempre acontecia comigo e com o Luan: Nossas conversas mais longas sempre aconteciam sem que uma palavra sequer fosse dita e a situação que nós melhor nos entediamos era quando nenhum dos dois pensava, quando apenas deixávamos as coisas acontecerem...
 

*** Link para música -  http://www.youtube.com/watch?v=J-RCmC1-0lY ***
 

Eu não resisti... Beijei o Luan me jogando nos seus braços. Eu sabia que não deveria fazer aquilo, mas a saudade que eu sentia era tanta... E eu estava tão próxima dele, o cheiro do perfume, o calor da sua pele... 

Ele respondeu o meu ato de forma igualmente intensa. Enquanto nos beijávamos, o Lú nos guiou até o pequeno sofá que havia em um dos cantos do camarim e me deitou lá, deixando o peso do seu corpo sobre o meu. Daí para frente tudo foi apenas ação e reação. As mãos dele subiram pela minha perna sob a minha saia, as minhas abriram o seu cinto, ele tirou a minha camisa, puxou o meu cabelo... Deixei o Luan conduzir a situação e me entreguei a ele, sem pensar em mais nada.
 

- Ahhhh Vidinha, é agora que você não vai embora daqui de jeito nenhum... –  Ouvi o Luan falar entre os nossos beijos, a respiração ainda um pouco ofegante.
 

- Luan, já falei que você não pode me prender aqui... – Respondi afagando os seus cabelos. A minha frase era mais um lamento do que uma reclamação. Na verdade, o que eu mais queria era ficar ali para sempre, nos braços dele.
 

- Nem adianta, Cristal! Dessa vez você não vai fugir!  – Ele me provocou em tom de brincadeira.
 

- Você está me desafiando? – Ergui uma sobrancelha o encarando, mantendo o tom de “zombaria”.
 

- Tá aí, tô te desafiando sim! – Ele me respondeu sorrindo.
 

- Então a aposta está feita, senhor Luan... Só não esquece que eu sou craque em fugir de você... – Avisei com a voz confiante.
 

-  E não esquece, dona Cristal, que eu sou “expert” em te trazer de volta pra mim... – Ele me lembrou antes de voltar a me beijar daquele jeito que fazia a minha cabeça girar e esquecer do resto do mundo.

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Notas finais: E aí, quem vence essa aposta? Quem vocês escolhem: Luan ou Cristal?

Curiosas para saber o que vai acontecer? Só digo uma coisa: Esse festival ainda vai render!

Sabe quem vai aparecer no próximo cap? Dagmar!

Meninas, ando meio "caidinha", achando que a segunda temporada não está tão bacana quanto a primeira.

Por isso, a opinião de vocês é muito importante: Digam se estão gostando ou não, ok?

Até o próximo cap e dia 15 tem VDL! Espero vocês lá! xD

Cuidem-se e Acreditem! *

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