quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Capítulo 21 - O dia do "Fico"

Notas iniciais: Sei que estou MUITO atrasada com a postagem, mas explico os motivos mais tarde! Por enquanto, espero que aprovem o cap! Não sei se ficou bom, mas fiz o melhor que pude! Rs!
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Ponto de vista do André
 
Entrei na exposição usando o meu disfarce de “investidor europeu sério e comprometido” que a Rafinha me ajudou a compor. A “Loira Deslumbrante” era a minha cúmplice no meu engenhoso e brilhante plano para recuperar a minha “Curiquete”.
 
Para ser sincero, foi ela quem havia me incentivado a tomar aquela decisão. Em um belo dia na Toca, a Rafa percebeu que eu estava a ponto de entrar em depressão e me afogar em um mar de lágrimas porque a Maria Luiza estava com aquele “nerdizinho fantasiado de garoto descolado”. Foi então que a rainha das Gatas Garotas entrou em ação com aquele seu jeito de falar de professora do maternal e me convenceu com toda aquela bobeira que eu deveria correr atrás do meu verdadeiro amor, que às vezes precisávamos abrir mão de algumas coisas e rever alguns conceitos em nome daqueles que mais amávamos, que o amor consistia em 20% de paixão e 80% de paciência e compreensão e blá, blá, blá...
 
Por um momento pensei que ela estivesse tentando me vender um exemplar de “Como ser uma Gata Garota”, mas dei o braço a torcer e concordei com a empresária. Eu já estava até começando a me acostumar... Era sempre assim: Nós brigávamos e depois eu é que tinha que ficar correndo atrás da minha “Curiquete”. Aquela era um sina terrível, um destino lastimável, uma cruz pesada e difícil de ser carregada, mas amar era isso, não era? Sacrificar-se pela pessoa amada?
 
Se ouvisse isso, a “Loira Deslumbrante” certamente diria que eu estou fazendo drama, mas... Quem liga? Eu sou um diretor de cinema, e como um dos melhores profissionais da minha área sei que toda boa história PRE-CI-SA ter um pouco de drama. Vide as novelas mexicanas e todas as obras do Manoel Carlos na Globo! Puro drama misturado a caras gatos sem camisas e mocinhas muito boazinhas e choronas! É a fórmula infalível!

 
Mas voltando...  Já que eu, mais uma vez, ia ter que praticamente implorar pelo amor da Malú, deicidi fazê-lo com muito estilo. Coloquei o meu plano em ação, caprichando bastante nos detalhes “glamurosos”. Contratei a Natália para fazer a “ponte” entre eu e a Maria Luiza, gastei “rios” de dinheiro na organização da exposição e cuidei pessoalmente de toda a produção do evento. Aquela noite seria ES-PE-TA-CU-LAR, digna de uma obra assinada por André Magalhães.
 
- Malú, Will... Esse é o homem que decidiu investir no trabalho de vocês e bancou a exposição. “Grande Investidor”, esses são os autores da obra que tanto te encantou – a Natália fez as apresentações, que foi seguida por uma série de aperto de mãos. Os dois pareciam bem nervosos e inseguros enquanto eu estava me sentindo o DO-NO da festa. Eu deveria ter inventado esse lance de “G.I.” antes. Era muito luxo parecer uma pessoa tão poderosa e generosa, apoiadora das artes e da cultura e que prezava por obras originais e bem feitas. Eu estava tirando onda de intelectual! A-DO-RO!
 
- Diga a ela que todas as imagens estão de muito bom gosto, embora estejam muito “simpleszinhas”. Na minha opinião está faltando um “tchan” a mais. Não sei... Um pouco mais de brilho, talvez...  – Sussurrei no ouvido da Natália após avaliar cada foto da exposição fazendo cara de “Grande Investidor sabido, inteligente, misterioso e sexy”. Até ali só a “Rebelde sem Causa” da Anita e o meu Nego-Divo tinham percebido quem eu era de verdade. O meu disfarce estava funcionando muito bem!
 
- Ele disse que a exposição está magnífica! Na opinião dele, cada imagem soube captar com perfeição cada mínimo detalhe do nosso cotidiano, destacando os pequenos gestos que muitas vezes não reparamos, mas que fazem toda a diferença em nossas vidas – A Natália “repassou” a minha mensagem, mudando completamente o sentido do que eu havia dito, procurando "suavizar" o meu discurso"
 
Cutuquei a gordinha que sorriu para mim daquela maneira TÃO simpática, parecendo um desenho animado – Confia em mim! Estou te ajudando! Se falo o que você disse para ela, a Malú te põe pra fora aos tapas – Ela sussurrou de volta, os dois fingindo que absolutamente nada estava acontecendo.
 
- Sendo assim, inventa qualquer coisa pro “nerdizinho” do chapéu de palha, aí. Eu é que não vou perder meu PRE-CI-O-SO tempo lendo esses textinhos chatos e entediantes – Voltei a sussurrar para a minha assistente.
 
- Will, o G.I. está me dizendo que os textos também estão ótimos! Você realizou um belo trabalho de pesquisa, indo atrás da história dessas pessoas, além de escolherem muito bem as descrições deixando apenas as mais interessantes. E a forma como você colocou as palavras... O nosso Investidor aqui confessa que se emocionou em vários momentos... – A Naty “traduziu” as minhas palavras, caprichando na entonação dramática. Aquela mulher merecia um Oscar, francamente...
 
- Ele não fala a nossa língua? – A Curiquete não aguentou a curiosidade e perguntou.
 
- Não! Ele mora na Holanda, mas é um grande apreciador da cultura brasileira. O “G.I.” consegue compreender o Português, mas não fala muito bem. Por isso que ele prefere que eu “traduza” por ele – A gordinha voltou a improvisar.
 
- Ahhh, que bacana! – Os dois responderam em uníssono, parecendo “robozinhos”.
 
- E o que fez ele decidir apoiar o nosso trabalho? Claro, sabemos que ele viu o nosso blog e curtiu a ideia, mas... Tem que ter uma razão a mais, um motivo em especial – O “nerdizinho” resolveu meter o nariz onde não foi chamado. Aff... Tudo bem ele acreditar que tudo nessa vida tinha um porquê. Eu também dividia essa mesma opinião. Mas daí a ficar perguntando o porquê de tudo era algo muito chato e deselegante.
 
- No começo achei a ideia muito clichê. Mostrar a força do poder feminino, encontrar a beleza  nos pequenos detalhes, valorizar as coisas simples... Tudo me parecia muito “politicamente correto demais”. Mas depois que parei e reparei melhor nas imagens, que li e refleti sobre os textos cheguei à conclusão que vivemos em um tempo muito louco. Corremos de um lado para o outro querendo impressionar as pessoas ou impressionar à nós mesmos para nutrir a nossa vaidade e esquecemos de parar e reparar no que realmente importa. Tudo isso é muito clichê sim, mas no fundo, tudo o quê desejamos é ter uma vida clichê: casar, ter filhos, ser feliz para sempre... – Cochichei para a Naty para que ela repassasse adiante. Por incrível que pareça, ela conseguiu repetir palavra por palavra, sem esquecer-se nem das vírgulas. Caramba, a garota era uma máquina.
 
- Nossa! Você falou como o meu ex agora... – A Malú comentou com o tom saudoso.
 
- E onde ele está agora? – Perguntei por intermédio da minha tradutora.
 
- Em algum lugar de Porto Alegre... – A fotógrafa respondeu triste – Ele não gostou muito da ideia do nosso projeto e se negou a apoiar desde o início. Tanto que nem veio à exposição...
 
- Tenho certeza que o André já mudou de opinião. Ele só não quer é dar o braço a torcer... –Tentei amenizar o meu lado, usando o G.I. para defender a mim mesmo!
- Você conhece o André? – A morena parecia surpresa.
 
- Conheço de vista... Você sabe, né? Nessa área das artes todo mundo meio que acaba se conhecendo... – Desconversei.
 
- Agora que você tocou no assunto – Ela hesitou por um momento, me encarando dos pés à cabeça – Tenho a impressão que te conheço de algum lugar...
 
A Natália me encarou, esperando apenas por um sinal para fazer o que combinamos. Acabei concluindo que aquele papo furado não ia dar em nada, então achei melhor partir direto para a ação. Afinal das contas, eu sempre fui muito melhor agindo do que falando...
 
- É hora do show! – Sinalizei, me preparando para o grande momento da noite.
 
Tudo aconteceu muito rápido. A Naty assoviou para o DJ que estava animando a festa que entendeu o aviso de imediato. Ele trocou a música “chumbrega” que estava tocando e aumentou a canção que eu selecionei no último volume ao mesmo tempo que apagava todas as luzes, deixando apenas um refletor iluminando somente à mim e a Malú no centro do salão.
 
*** Link para música - https://www.youtube.com/watch?v=mfIjnLL9akM *** (Pulem a introdução desse homem sem noção falando e vão direto para a música, ok?)
 
Olhei bem nos fundos dos olhos dela e, enquanto a introdução rolava, comecei a tirar o meu disfarce para revelar quem eu era de fato. Comecei jogando o chapéu longe e depois arranquei o bigode falso, fazendo a Curica ficar de queixo caído.
 
Comecei a cantar, abrindo o meu casaco lentamente em um movimento sexy e cheio de glamour.
 
“Tenho! Um mundo de sensações
Um mundo de vibrações
Que posso te oferecer
Tenho! Ternura para brindar-te
Carícias para entregar-te
Meu corpo prá te aquecer...
Serão os dias mais felizes
Se vives junto a mim
Espero que decidas
É só dizer que sim...”

 
Arremessei o  casaco longe, revelando o “look- divo” que a Rafa escolhera para mim: camisa de seda vermelha bem justa, calça preta colada e sapatos de couro que chegavam a cintilar de tão lustrados. Tirei um óculos escuros do bolso da camisa e coloquei no rosto, para dar mais “tchan” a minha interpretação. De longe, ouvi a Anita gritando “Arrasaaa André!” “Brilha muito, Madé!”. Pelo canto de olho vi que a “Rebelde sem Causa” estava puxando o marido para dançar. Aquela ali adorava uma bagunça. Era só dar corda que ela logo se jogava!
 
“Tenho! Mil braços para abraçar-te
Mil bocas para beijar-te
Mil noites para viver
Tenho! Um mundo que é côr-de-rosa
De coisas maravilhosas
Que tanto sonhavas ter...
Serão os dias mais felizes
Se vives junto a mim
Espero que decidas
É só dizer que sim....”

 
Comecei a dançar em torno da minha “Curiquete” arrasando nos passos, me sentindo o “Rei da Pista” todo trabalhado no brilho e no luxo. Ao nosso redor as pessoas nos incentivavam, entrando no clima, batendo palmas e “chacoalhando” os esqueletos. Tudo parecia uma cena de filme de comédia romântica, do tipo que eu A-DO-RA-VA! E é claro, eu quem havia pensando em tudo para que fosse exatamente daquele jeito! Além de gênio eu era um dançarino cheio de charme e elegância!
 
Continuei dançando, dessa vez puxando a Maria Luiza para junto de mim. Colei o corpo dela ao meu, rebolando de um jeito sexy. Depois a segurei firme e curvei os nossos corpos até quase tocarmos o chão. Eu mexia os braços, o quadril, as pernas, fazia caras e bocas encarnando o próprio Sidney Magal e ela tentava me acompanhar da melhor maneira que conseguia. Eu não sei por que, mas ela não parecia surpresa com a minha aparição repentina. Devia ser porque a Curica me conhecia bem e sabia, que no fundo, eu não perderia aquela exposição por nada nesse mundo.
 
- Mas o que diabos é isso? – Ela perguntou tentando retomar o fôlego quando a música acabou.
 
- Esse sou eu e essa foi a minha entrada TRI-UN-FAL! Você achou mesmo que eu ia perder toda a diversão? Não só vim, como BAN-QUEI tudo isso aqui! Porque sou RI-CO, poderoso e DE-LI-CI-O-SO! – Afirmei de forma contundente para que não houvesse dúvidas.
 
- Não mudou em nada a minha vida... – Ela desdenhou se achando a “Rainha da Cocada Preta”, tentando esconder um sorriso. A Curica bem que tentava me enganar, mas eu já a conhecia muito bem e sabia que ela só estava se fazendo de durona.
 
- Cara, quando a Malú falou que você era surpreendente eu não acreditei, mas agora... Tô vendo que você é muito mais que surpreendente! Você é inacreditável, tipo... fora do script – O “nerd com pinta de galã” comentou.

- Ninguém perguntou a sua opinião! - Cortei o jornalista de forma grosseira, sem nem lhe dar atenção.
 
- André, não fala assim com o Will! – Ela chamou a minha atenção, toda nervosinha.
 
- Eu falo do jeito que eu quiser! A festa é minha! E eu tô pagandoooo... – Retruquei, imitando a personagem daquele programa humorístico muito chinfrim, mas que tinha bordões que entravam na sua cabeça e não saiam mais.
 
- Quer saber de uma coisa? Chega de show! Você está roubando toda a atenção para você, e hoje as pessoas vieram até aqui para ver o meu trabalho! – A Maria me deu uma bronca, magoando os meus sentimentos.
 
- Sua mãe não te deu educação não, sua mal agradecida? - Encarei a Maria com cara de lutador de MMA pronto para a briga – E eu não vou embora coisa nenhuma! Primeiro porque eu sou o dono da festa; e segundo porque vim até para te fazer um pedido Maria Luiza, e não vou embora sem cumprir a minha missão! – Avisei com o tom decidido, mostrando quem mandava no pedaço.
 
- Pedido? – Ela ficou tensa de repente, tipo criança quando os pais chamam para conversar sério com elas.
 
- É, pedido! Entendeu ou vou ter que desenhar? – Revirei os olhos, impaciente. A minha volta todos ficaram em silêncio, a expectativa tomando conta do lugar. Parecia jogo de final de Copa do Mundo quando o jogador vai bater o pênalti. Sorte que naquele momento era eu quem ia decidir a “jogada”. Porque se dependêssemos do Pato para bater um pênalti...
 
- Senhoras e senhores, um minuto da atenção de vocês, por favor - Pedi, depois que finalmente consegui fazer a Luiza me ouvir - E você Curica, presta bem atenção – Fiquei de joelhos diante dela e estalei os dedos. Em questão de segundos a Natália surgiu ao meu lado com uma caixa pequena de veludo preto decorada com uma fita cor de rosa e me entregou. Abri a caixinha, revelando um anel de prata decorado com pedras azuis.
 
- André, não me diga... - Ela me interrompeu, os olhos faiscando de curiosidade e excitação.
 
- Shhhiuuuu! Não me interrompa, sua estraga prazeres! Esse é o meu momento! – Pisquei para ela, antes de respirar fundo para tomar coragem – É o seguinte: Curica, eu não escolhi essa música à toa para dedicar a você. Eu escolhi, porque de fato, tenho tudo o que a letra diz: Mil sensações diferentes, um mundo novo cheio de aventuras e descobertas além de muito carinho e amor para oferecer. E eu gostaria de dividir tudo isso com você... Por esse motivo estou aqui hoje. Porque eu quero ser muito mais que o cara que apoia e investe nos seus sonhos... Eu quero ser a pessoa que sonha junto com você e que torna todos os seus desejos em realidade. Casa comigo, Maria Luiza Duarte? Te prometo casa, comida, roupa lavada, muito amor e sedução todos os dias, até a gente "bater as botas"! – Fiz o meu pedido com a voz embargada, deixando de lado todos os trejeitos e manias para ser apenas eu mesmo, sem máscaras ou disfarces.
 
A Malú ficou parada que nem uma estátua na minha frente. Ela abria e fechava a boca, sem conseguir falar nada. Seus olhos estavam tão arregalados que pareciam duas jabuticabas maduras.
 
Permaneci ajoelhado esperando pela minha resposta, o anel ainda na minha mão. Um minuto se passou, e nada! Como assim aquela Curica desqualificada estava me enrolando? Será que ela tinha noção que não era todo dia que alguém da minha estirpe ficava ajoelhado na frente de uma dama pedindo a sua mão em casamento? Será que ela não sabia que em situações como essa a boa educação pede que você aceite o pedido de imediato, mesmo que depois tenha que dar uma desculpa esfarrapada para voltar atrás? Poxa, era bastante desconfortável ficar de joelho no chão! Bem que ela poderia se tocar isso...
 
Cansei de esperar e me levantei, pronto para começar uma briga. Imagine, só! Eu era André Magalhães, o grande DI-RE-TOR que fazia e acontecia, não que ficava esperando...
 
Foi nesse momento que o Will puxou o coro de “Aceita, aceita”, fazendo todo mundo cantar junto, como geralmente acontecia em festas de criança na hora do “Parabéns”. O fato é que isso me distraiu por um momento e acabou salvando a Curica (que ainda estava parecendo uma boneca com defeito que só sabia abrir e fechar a boca sem falar nada) de uma discussão.
 
- Peraê, por que você está tentando me ajudar? Achei que você estava aqui, só rodeando... Louco para roubar a minha Curiquete de mim... – Fui objetivo, curto e muito grosso. Não tinha tempo para perder com “tipinhos” como aquele. Sem falar naquele coro de “aceita, aceita”, que já estava de me irritando...
 
- Não cara, não é nada disso! – Ele se apressou em dizer – Eu adoro a Malú, mas só como amiga e parceira de trabalho. Nossa relação não passa disso. E outra... Ela nem faz o meu tipo! Na verdade, eu prefiro uma mulher mais “cheinha”, sabe? Dessas que você tem onde pegar... – O nerd com pinta de galã contou lançando um olhar muito sugestivo em direção à Natália e sendo devidamente retribuído.
 
Que isso, gente, para tudo! Babado do ano! A gordinha tinha se dado bem!
 
- Meu filho, se é isso que você quer, é isso que vai ter! Pega a Naty, leva embora, usa e abusa, manda a ver! Ripa na “gorduchita”! – Joguei a minha assistente nos braços do jornalista que não perdeu tempo. Levou a moça para um canto mais reservado onde começaram a ter uma “conversa” mais íntima. Muito íntima, na verdade... Cruzes! Eu nem queria ver onde aquilo ia parar...
- E então, “Miss Curica”? Tá muito difícil dizer sim? – Voltei ao foco da conversa, cruzando os braços, batendo o pé no chão e fazendo biquinho, impaciente.
 
- E quem te falou que vou dizer sim? – Ela me respondeu fazendo birra.
 
- Ahhh, para de charme, vai... Assume! O seu SO-NHO sempre foi casar comigo! Eu sei que você me esnoba, chuta, pisa mas no fundo, ó... PA-GA PAU!
 
- Mas você é muito prepotente mesmo, né? Acha que só existe você de homem nesse mundo? Não estou tão desesperada assim, para me casar com o primeiro que aparecer! – Ela continuou desdenhando, o que só fez a minha raiva aumentar.
 
- Dessa categoria, só existe eu mesmo de homem no mundo! Porque eu sou DO-CE, DO-CE, DO-CE! – Tirei onda, dando um beijinho no ombro e sambando na cara do recalque.
 
- Quer saber de uma coisa? Já chega disso, rapaiz! Vem Ní, me ajuda aqui! – O “boy magia” do Luan entrou no meio da discussão querendo colocar ordem no “barraco”.
 
- Com prazer! – A Rebelde Sem Causa concordou de imediato, posicionando-se atrás de mim, assim como o seu marido já tinha feito com a Malú.

- No três! – Ele disse, já iniciando a contagem – UM, DOIS, TRÊS!
De repente os dois empurraram as nossas cabeças uma na direção da outra, nos forçando a dar um beijo. Claro que eu não queria participar daquela loucura, mas fazer o quê? Eu já estava ali, e a minha Curica já estava tão perto de mim que acabei aceitando, só para não ficar como o chato da história... É como diz a Rafa: Às vezes precisamos ceder nessa vida, não é mesmo?
 
O beijo começou meio “torto” e desengonçado, mas como eu era muito bom naquilo, dei um jeito de melhorar o nosso desempenho. Peguei no cabelo da minha Curiquete, puxei ela para o lado, curvei o meu corpo sobre o dela a segurando pela cintura com o meu outro braço em um perfeito “cosplay” de beijo cinematográfico BA-PHÔ-NI-CO!
 
- Mas rapaiz... Isso é safadagem demais! Chama o bombeiro que o trem tá pegando fogo! – O Divo comentou, rindo da gente.
 
- Não, pera... Onde tá a mão da Malú? Ai meu Deus, isso é uma exposição de família, Maria Luiza! Comporte-se! – A estraga prazeres da Anita chamou a atenção da minha Curiquete, me roubando toda a concentração e interrompendo o meu beijo “Desentupidor de pia”.
 
- Eu... aceito... Aceito... o que... você... quiser... Mas não para de... me beijar – A minha futura esposa falou puxando ar para recuperar o fôlego antes de pular no meu colo, passar as pernas ao redor de mim e me tascar outro beijo, do tipo “Desentupidor de pia Plus Advanced”.
 
- É o seguinte – Consegui falar com os convidados depois que a Malú desgrudou de mim por um momento muito rápido – A dona da exposição vai mais cedo para casa para começar um curso IN-TEN-SI-VO de Lua- de Mel. O último a sair apaga a luz! Beijo, não me liguem! Estaremos MUI-TO ocupados! – Falei, sequestrando a minha noiva e deixando todo mundo nos olhando com cara de “Oi? É isso mesmo, produção?”
 
Isso que eu chamava de saída triunfal! O resto era amadorismo...
 
*** 
Ponto de vista da Anita
 
Depois do pedido de casamento mais “maluco” de todos os tempos, voltamos todos para casa, já que os principais interessados - a fotógrafa e o jornalista - abriram fuga do evento. Sobrou para a pobre Dora pedir desculpas aos convidados e fazer “sala” até que todos fossem embora. Bom, ninguém poderia falar que a exposição não tinha bombado...
 
Sentei em uma das poltronas da sala e fiquei esperando a Rafa chegar. Eu queria, ou melhor, precisava conversar com a minha empresária. O Pato já havia me atualizado de tudo o que ocorrera no jantar de princesa, enfatizando bastante a parte do beijo e de como a Rafa ficara balançada com a atitude do jogador. Mas, só para manter o costume, o Murilo tinha aparecido para empatar tudo. Se não fosse por aquele pequeno detalhe, eu já estaria comemorando o sucesso do meu plano. Mas com a aparição do “Bebê”, eu estava realmente apreensiva. Eu sabia o quanto aquele menino podia ser persuasivo quando queria. E, infelizmente, a Rafa tinha um coração “mole demais”, o que sempre a fazia acreditar na boa intenção das pessoas. Essas eram combinações muito perigosas e que ameaçavam seriamente o sucesso da minha operação.
 
A ideia era esperar acordada, com o meu olhar inquisidor de Nina naquela clássico episódio de Avenida Brasil quando ela espalhou fotos da Carminha com o Max pela casa toda. Mas toda aquela agitação e o cansaço que eu estava sentindo por causa do meu “barrigão”, me fizeram dar umas “pescadas” uma hora e outra. O Luan ficou bastante preocupado comigo e tentou me convencer a voltar para o quarto a todo custo, mas como eu me neguei a “arredar” o pé da sala, e já sabendo da minha teimosia fora do comum, ele optou por me acompanhar na “vigília” lá do seu estúdio ensaiando as “modas” novas para o DVD.
 
Assim ficamos eu e a Divinha, que dormia tranquilamente no tapete ao lado do seu mais novo amigo: o Faísca. Pois é, se até cão e gato conseguiam se acertar, por que eu e a Rafa não conseguiríamos?
 
Eu estava pensando nisso quando ouvi o barulho da chave na porta. Segundos depois a Rafaela entrou, com os sapatos nas mãos, segurando a cauda do vestido e ainda vestindo o blazer, que agora eu sabia que pertencia ao Alexandre.
 
- Posso saber onde você está até essas horas? O que o Murilo tinha para te falar de tão importante e que demorou tanto? – Perguntei usando o meu melhor tom de “mamãe chata esperando a filha chegar da balada”.
 
- Acho que isso não te interessa, Anita. Afinal, a nossa relação limita-se apenas ao ramo profissional, lembra? – Ela retrucou de forma azeda. Só não perdi a linha com ela porque, se ela estava nervosa, significava que o encontro com o Bebê não tinha sido tão bom assim... E isso era muito bom para mim.
 
- Na verdade, isso me intessa muito. Porque se você viajar, vai deixar de ser a minha empresária, o que influencia diretamente na minha carreira, o que me torna parte desse assunto também. E como você bem desconfiou, sim! O jantar com o Pato era um plano organizado por mim para te fazer ficar no Brasil e que teria dado muito certo se não fosse o Murilo. Portanto, eu preciso saber qual é a sua decisão, pois ela interfere no futuro de muitas pessoas – Expus o meu ponto de vista de forma calma e concisa, como um advogado que defende o seu cliente em um tribunal.
 
- Você deveria saber que não é certo brincar com a vida das pessoas desse jeito. Lembra quando o Caio se juntou com a Lú Dias e manipulou toda a situação para que você e o Murilo ficassem juntos? Acho que você não se esqueceu do quanto isso doeu, né? Será que isso não te serviu de lição? – Ouvi a Rafa falar em um tom frio e até um pouco irônico, nada típico dela, enquanto fechava a porta atrás de si, colocava as sandálias no chão soltando a cauda do vestido e caminhava até um dos sofás, onde apoiou as mãos e me encarou, séria.
 
- Claro que não e você sabe muito bem disso. Acontece que nem sempre “brincar com a vida alheia” é algo ruim. Lembra quando você entregou o meu diário para o Luan sem a minha autorização? – Mantive o meu tom de voz calmo, fingindo ignorar as insinuações dela.
 
- Isso foi diferente... Eu tinha os meus motivos – Ela se defendeu.
 
- Pois bem, eu também tinha os meus. Eu sei que errei, Rafa. Sei que não deveria ter sido grossa e ter me desfeito da sua ajuda no início da minha gestação. Mas eu estava em um momento delicado, grávida, duvidando de mim mesma... Não tava sendo fácil encarar tudo isso! Perdi a linha, passei da conta, exagerei, errei... Mas quem não erra nessa vida? – Falei, me levantando e indo até ela – E esses são os meus motivos. Eu sei que você só estava indo viajar por causa da nossa briga. Eu só queria te dar um motivo para ficar, além de mim, é claro! - Fiz graça, tentando tirar um sorriso dela.
 
- Ai Anita... – Ela se jogou nos meus braços, desabando em um choro soluçante, que fazia o seu corpo todo tremer.
 
- Que foi? O que o Murilo fez dessa vez? – Puxei ela até o sofá, onde sentei deitando a cabeça dela no meu ombro, já que não dava para colocar no meu colo por causa da barriga. Eu acariciava os seus cabelos e sob à luz fraca da sala e vestida daquele jeito, ela parecia uma boneca quebrada, uma princesa sem coroa.
 
- Eu não posso ficar... – Ela contou, depois que conseguiu controlar o choro.
 
- E POR QUE NÃO? – Quase gritei. Não dava para acreditar naquilo...
 
- O Murilo me procurou porque ele queria voltar. Disse que se arrependeu de tudo o que fez, que sente a minha falta, que não quer perder o crescimento da filha, que não se importa que eu não possa ter outra criança, que podemos adotar um bebê se eu quiser... – Ela começou a falar, fungando entre uma palavra e outra.
 
- Ah não, Rafa! Você não caiu nessa, né? – Protestei – E por que isso te impede de viajar, afinal?
 
- Porque ele disse que vai viajar comigo. O Murilo se inscreveu em curso de interpretação lá em Nova York. Já fez a matrícula, alugou o apartamento e... comprou uma casa no Rio pra quando a gente voltar. A casa que eu sempre sonhei... Com quintal para Vick brincar, jardim... – Ela voltou a chorar baixinho, apertando a minha mão nas dela com força.
 
- Tá, e daí? Rafa, olha a sua volta! Aqui tem tudo isso! Quintal, jardim... Você e a Vick podem e serão muito felizes aqui! Você não precisa voltar com o Murilo para isso! – Fiquei nervosa. Eu queria de todo jeito fazer com que ela enxergasse a realidade, que se libertasse do “véu” de ilusão que o marido colocara em sua cabeça.
 
- Anita, a questão não é tão simples assim... A casa eu mesma posso comprar. Aqui, no Rio, em São Paulo, tanto faz... Será que você não vê? O que está em jogo não é só voltar ou não voltar com o Bebê. O que está em jogo é o meu sonho, o que eu sempre desejei para mim! Casar, ter filhos, construir uma família, envelhecer cercada por netos... Quando o Murilo me deixou, foi como se tudo isso tivesse se perdido para sempre. Como se alguém passasse uma borracha em todos os meus planos, era como se houvesse um buraco dentro de mim que nunca mais voltaria a ser preenchido... – Ela me contou com os olhos fechados, as lágrimas ainda rolando pelo seu rosto.
 
- Tá Rafa, mas isso não é algo permanente. Você pode encontrar outra pessoa. O Murilo não é o único cara disponível no mercado... O Pato, por exemplo, é um ótimo partido e um belo “preenchedor” de buracos – Brinquei, tentando amenizar o clima.
 
- Eu sei, Any... – Ela riu, endireitando-se no sofá – Mas eu preciso pensar na minha filha em primeiro lugar. Quero que a Vitória cresça com o pai por perto, em um lar feliz... Isso é importante para toda criança, e você sabe disso. Quantas vezes já não te ouvi reclamar da sua família? – Ela secou as lágrimas, assumindo uma postura mais controlada.
 
Não tive como argumentar contra. Uma das grandes frustrações da minha vida era não ter conhecido o meu pai, ter uma mãe ocupada demais com o trabalho e ter sido praticamente criada pelo meu irmão para depois ser traída por ele. O campo familiar era uma área bem complicada na minha vida e que acarretou em sérios problemas na minha vida, como ser egocêntrica e mimada demais. Esse com certeza não era o futuro que eu desejava para a minha afilhada...
 
- Além disso, quando me casei, prometi que ficaríamos juntos na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença. Não me parece justo que eu desista assim, logo na primeira dificuldade. Eu sabia que um casamento não era fácil e que uma relação a dois exigiria de mim muita paciência e capacidade de compreensão. Por isso eu vou voltar com o Murilo e nós vamos viajar para Nova York. Eu preciso tentar de novo, saber que essa segunda chance existiu e que eu me esforcei para que tudo desse certo. Porque se amanhã ou depois ele resolver me deixar de novo, pelo menos eu sei que não será por culpa minha. Que eu fiz o que pude para salvar o meu casamento e manter a minha família de pé – Ela completou com a voz firme, o queixo levantando, a expressão decidida.
 
- E o Pato? Onde ele fica nessa história? – Perguntei baixinho, sentindo ao mesmo tempo orgulho da decisão da minha empresária e um pouco de pena. Ser mãe exigia de todas nós; mulheres, alguns sacrifícios. Alguns maiores, outros menores, mas sempre havia algo a ser deixado para trás por causa de um filho.
 
- Acho que ele não fica... – Ela disse com a voz triste, tirando o paletó que estava usando e o dobrando cuidadosamente sobre as pernas – Essa noite foi como um conto de fadas, mas na minha história o príncipe não termina com a princesa. Mas obrigada por tudo. Acho que eu nunca vou me esquecer desse jantar, muito menos desse vestido divino. Bruninha mandou muito bem na escolha do “look” – Ela sorriu, mas o seu olhar continuava sem brilho. Comparado ao que eu tinha visto ali no momento em que ela chegou na exposição, agora aqueles olhos verdes pareciam sem vida, sem cor...
 
- Toma, fica com isso – Ela tirou um anel com uma pedra verde do dedo e me entregou – Guarda para mim. Pelo menos essa será uma prova de que tudo isso aconteceu de verdade, que não foi um sonho... E agora eu vou subir para ver a minha filha. Falta pouco para a gravação do DVD do Luan e pretendo viajar logo após o show, por isso tenho que deixar tudo preparado, principalmente a mala da Caramelo – Minha empresária anunciou, ficando de pé e sorrindo confiante, como ela sempre fazia diante de qualquer desafio. Afinal de contas, ela era uma gata garota e toda gata garota era top. Nem parecia que apenas há alguns segundos ela estava aos prantos no meu colo.
 
Vi quando ela começou a subir a escada, o casaco do Pato em baixo do braço porque as mãos estavam ocupadas erguendo a barra do vestido para que ela pudesse enxergar os degraus. Como ela conseguia ser tão forte? Passar por tantos problemas e ainda ficar de pé? Em uma situação como aquela pensar primeiro na filha e não em si própria? Qual era o segredo de tanta fibra, determinação e otimismo?
 
Foi só nesse momento que me dei conta que a Rafa era a figura mais próxima que eu tinha de uma mãe, ou de uma irmã mais velha. Alguém em que eu pudesse me espelhar, seguir o exemplo, me apoiar, alguém que sempre estaria ao meu lado independente da situação.
 
- Rafa, por favor, não vai! – Gritei, correndo até ela e a abraçando muito forte – Não vai! Eu preciso de você aqui! – Pedi, as lágrimas surgindo sem que eu pudesse controlá-las – Não vai, porque eu não sou nada sem você por perto. Eu preciso de você para saber que no final tudo vai ficar bem. Enquanto você estiver aqui, eu sei que tenho com quem contar – Minha voz soava desesperada e eu agia como uma louca prestes a perder algo muito precioso e que queria evitar isso a todo custo.
 
- Anita... – Ela me abraçou de volta, emocionada.
 
- E tem mais... Eu respeito a sua opinião e entendo que você queira dar a Vitória uma família. Mas você precisa saber que, se isso não der certo, nós podemos ser a família da Caramelo! Sabe quando você disse que sabia que eu me sentia triste porque não tinha conhecido o meu pai e tudo mais? Então, eu posso não ter uma família “normal”, com pai, mãe, cachorro e tia; mas eu tenho vocês, a Trupe, que é a melhor família que eu alguém poderia sonhar em ter. E se nada der certo, nós podemos cuidar de você e da Vick e eu tenho certeza que ela vai crescer em um lar muito feliz, cercada de pessoas que a amam muito e dispostas a fazer de tudo por ela – Falei, segurando as suas duas mãos e olhando fixamente em seus olhos. Ela precisava saber que existia um “Plano B”, que sempre estaríamos ali para apoiá-la e que nunca a deixaríamos por uma bobagem, como o Murilo fizera.
 
- É Rafinha, nós somos a sua família também! Aquela que se reúne no domingo a tarde pra tocar umas moda, tomar tereré e comer churrasco... Que se junta pra jogar conversa fora e falar mal dos outros... – Meu marido surgiu à porta, acendendo a luz, fazendo a claridade tomar conta de todo o lugar.
 
- A família que vai te arrumar um jantar com um Marreco, e escolher roupas e acessórios para te deixar ainda mais ES-CAN-DA-LO-SA de linda, Loira! – Com a luz acesa, vi que o André e a Malú haviam interrompido o “treinamento intensivo para a lua de mel” para ouvir a nossa conversa do topo da escada. Os dois estavam sentados um ao lado do outro no último degrau e pareciam que haviam chorado há pouco tempo.
 
- Família que sempre vai se orgulhar de ter uma Gata Garota cheia de atitude – A Malú disse.
 
- Família que aceita cada um do jeito que é, sem discriminação – Emendei, colocando a mão na minha barriga, sentindo a minha filha se mexer.
 
- Família que é o seu porto seguro, aconteça o que acontecer – O Luan disse, chegando perto de mim e me envolvendo em seus braços.
 
- Ai gente, vocês vão me fazer chorar... – A Rafinha já estava com lágrimas nos olhos, olhando para todas nós de uma forma muito carinhosa – Tá bom, tá bom! Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga a Trupe que fico!
 
- Uhuuuuuuuu! Operação concluída com sucesso! Bate aqui, André! – Comemorei, aos pulos, ainda chorando, mas agora de alegria.
 
- Sabe o que isso merece? – Ele perguntou ficando de pé – Dança da vitória! Corre Rafa, liga o som Rebeldizinha! Bora fazer a “Festa do Fico”!
 
Fiz como ele me pediu e liguei o som alto, em uma música animada. O Luan foi até a cozinha, voltando com um petiscos e abriu o bar, servindo a todos (menos eu e a Rafa) com cerveja. Nos divertimos muito e até a Divinha e o Faísca entraram na festa com a gente.
 
- Peraê, peraê! Tá faltando um brinde! Junta todo mundo, “vamô” brindar que a noite merece – Meu marido propôs, já meio “alto” por causa das “cachaças” - Vou pegar a "champa", pera!
 
Cada um pegou o seu copo e nos juntamos, fazendo um círculo no centro da sala.
 
- À Trupe! – O Luan propôs, erguendo a taça.
 
- À Trupe! – Repetimos, batendo as talas de leve e bebendo em seguida.
 
Dei um gole no meu suco, a felicidade transbordando dentro de mim. Era bom ver a família reunida de novo. E dessa vez para sempre...
_____________________________________________
Notas finais: E aí, gostaram? André pedindo Malú em casamento, Rafa ficando no Brasil, o triângulo "Rafa-Pato-Murilo". Cap estava cheio de emoções!

E ó, sabe quem chega no cap 22? A Nicole! Tá chegando a hora da Any dar a luz! Vivaaaa!

Agora falando sério:

Gente, perdão pela demora, de verdade! Passei por alguns problemas pessoais, andei um pouco triste e cansada para escrever. Estava precisando "refrescar" a mente um pouco, por isso o cap demorou tanto!
Mas não se preocupem, está tudo bem comigo! E prometo que não vou demorar mais tanto para postar,ok? Daqui até o fim da temporada vou tentar o máximo para escrever um cap por semana!

Bom, é isso! Curiosa demais para ouvir as opiniões de vocês! Não deixem de comentar, combinado?

Beijão, e que Deus abençoe a todas nós! *---*

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9 comentários:

  1. PERAAAAAAAAA, O QUE FOI ESSE PEDIDO DO DÉ? FOI LOUCO DE MALUCO, MAS FOFO... CARA, NAO SE RIA OU BATIA NA MALÚ POR DEMORA A DIZER SIM! Kkkkkk

    Maaaaaaas, enfim, e chorei com esse pedido da familia pra Rafa ficar, eu acho que chorei mais que todo mundo, por q sabe como é o emocional de uma gravida né!? Rs

    E calma, repete pra mim ai: CAPITULO 22 TEM CHEGADA DA NICA? CONFIRMA AI PRODUÇÃO?? Olha lá hein vidinha, só não vá me apavora na hora do parto, nada que vá me matar do coração por favor... kkkkkkkk

    Pelo amooooooor ja to ansiosa, mais uma vez cê caprichou vidinha, beijos da sua mimadora oficial, amiga, leitora fiél, e gravidinha amada e querida. :) rs

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    1. kkkkkk Pedido de casamento do Dé foi o mais original de todos os tempos! Só ele mesmo para fazer tudo isso! E quase quis bater na Malú também! Como ela pode ficar enrolando um "partidão" com o André? Não tem cabimento! Mas a gente sabe que esses dois são assim mesmo, não tem jeito! Mais enrolados que linha de carretel! kkkk

      Ahhh, toda essa história de "mãe, filha e família" deve estar mexendo demais com você, né? Ainda mais no próximo capítulo, que a Nica vai chegar! Já tô até imaginando que você vai chorar cachoeiras! E fica tranquila! Vou tentar fazer um parto bem tranquilo, não quero te assustar!

      Ahhh, obrigada Dani! Também estou ansiosa para o próximo cap! A chegada da nossa princesa já é mais do que aguardada, né?

      Enfim, a gente se vê no próximo cap! Beijãooo e obrigada por tudo!

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  2. Manu arrasou!! Amei esse pedido maluco do Dé!!! Deu uma vontade imensa de bater na Malú oh muíe que demora pra responder!!! Chorei rios aqui em casa lendo o pedido da trupe pra Rafinha ficar, amei tudo! Tá tudo perfeito, maravilhoso, fofo e vida d++++!
    @Sofia_Alves12

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    1. Me marca nos novos caps!! Bjsss!!

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    2. Malú despertando a ira de todo mundo! kkkk Calma gente, esse casal é assim mesmo! O que importa é que no fim os dois sempre se acertam! kkkk

      O pedido pra Rafa ficar foi fofo, né?! Essa Trupe é demais! *--*

      Obrigadaaaa Sô! Bom saber que você gostou do cap! xD

      E pode deixar que eu te marco, sim!

      Beijão e até o próximo cap!

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  3. Minha Escritora *0* consegui lê os dois capitulos e estou sinceramente sem palavras está perfeito amei *-* chorei demoro tanto pra essa trupe ficar unida de novo amei tudo cada detalhe vx sempre me surpreende !
    E vx estava com problemas '0' fiquei precupada Manu qualquer coisa estou aqui pode me chamar ta!
    Anciosa para o proximo cap te vejo lá
    Beijos da Thay para mlr escritora desse neverso Manu (caracas sou muito sua puxa saco ne mas se eu nao puxa quem vai ?! Haha )

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    1. Thaaaaay, sá linda!
      Obrigadaaa pelas palavras! Bom saber que você gostou dos caps! Caprichei bastante neles! Adoro saber que eu sempre te surpreendo! Vivaaaa! *----*

      Ahh, não fique preocupada não, amore! Eu tô bem agora! Foi só uma fase, mas que graças a Deus já passou! Mas podexá! Se precisar eu chamo! E você também, pode chamar, viu?

      kkkkkk Não é muito puxa-saco não! A Dani Noronha (que comenta em TODOS os caps) é muito mais! kkk Tanto que ela tem o cargo de minha "mimadora" oficial! kkk Se pá vocês duas podem se juntar nessa função. Eu neeeem gosto de ser paparicada, máginaaa! Eu ia adorar! kkk

      Beijão amore! Desculpe a demora em responder! Estava concentrada aqui no cap de chegada da Nicole! Eu tardo, mas nunca falho! Eis aqui a sua merecida resposta! *---*

      Te espero no próximo cap! Beijãooo amore!

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  4. Gente esse foi o melhor pedido de casamento que eu já vi na vida! Simplesmente PIREI nesse capitulo! Que bom que a Rafa e a Anita se acertaram e a Rafa vai ficar Urrrruuuuu kkkkk Tomara que o Murilo suma pra sempre >: esse capitulo ta d+++ cheio de emoção! Não vejo a hora que ver a Nick nascendo

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    1. André arrasou no pedido de casamento! Lembro que me diverti horrores escrevendo do ponto de vista dele. O Dé é o melhor de todos!

      Rafinha não poderia ir embora, né? Ainda bem que as duas se acertaram e que a Trupe está unida de novo. Aiii Murilo, sempre causando! Nem vou comentar nada sobre esse rapaizinho. Nunca toma jeito!

      Siiim, Nick chegando. Essa quarta temporada é cheia das emoções, né? Do jeito que vocês adoram!

      #MaratonaDeComentários

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!