segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Transcrição nº 8 – Máscara

Nota da Estagiária: Continue nesse ritmo, Manuela! Está chovendo e juntas podemos salvar a Cantareira! Rs!

E você me deu essa intimidade quando aceitou receber meus e-mails e postar o diário da Raquel. Aceita que doi menos.

Brincadeiras à parte, seguem novas transcrições. Como você adivinhou, a partir de agora a história fica um pouco mais complicada.
________________________

Transcrição da página 24 à 26

[“Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar” – Meu mundo caiu, Maysa]

Acordar. Abrir o olho. Sair da cama. Colocar uma roupa. Ir trabalhar. Cada tarefa, tão facilmente executadas em dias comuns, agora me custava um esforço hercúleo. Era como se houvesse uma âncora no meu coração, que me puxava para baixo. Mais e mais...

Eu me sentia burra, enganada, incapaz, desiludida, pequena. Como eu poderia ter caído tão facilmente na lábia daquele rapaz? Como pude ser tão inocente? Por outro lado, como eu poderia julgá-lo se eu mesma também tinha um namorado (agora noivo)? 

Eu não queria alimentá-la, mas em meio a tanto caos ainda brilhava uma fagulha de esperança de que ele não estava me enganando. Que assim como a minha, no momento em que nos conhecemos, a vida dele também passou a ter um sentido diferente. Que assim como eu, ele também veio até mim por conta de uma atração que era maior do que tudo, até do que a nós mesmos.

Mas a despeito de dúvidas, esperanças, medos, erros ou acertos, a vida não para e cobra o seu preço. Ela exige movimento. Não havia como me esconder ou fugir. E como não podia contar para ninguém a razão do meu sofrimento, o jeito foi vestir uma máscara de felicidade e manter a rotina, arrastando a âncora do meu coração junto com todos os meus pecados e pedaços.

O anel no meu dedo me lembrava que eu fizera as minhas escolhas. E agora eu precisava arcar com cada uma delas.

***

Fechei a porta em um gesto claro: não queria ser incomodada. Infelizmente, a “barreira” não impedia a aproximação de noivos.

Amor entrou na minha sala com um sorriso radiante.

Aquilo só poderia significar uma coisa: dinheiro. E claro, eu estava certa. (Uma observação sobre uma relação de anos: ela se torna previsível).

Cliente novo. Um grande processo. Muito dinheiro envolvido. Se ganhássemos a causa, o resultado seria muito prestígio, ainda mais dinheiro e novos clientes grandes e importantes para o escritório.

Minha função: ganhar a causa.

Sem pressão, é claro... Era apenas o anel brilhante na minha mão direita cobrando o seu preço.

***

Como não queria pensar em mais nada, me joguei de cabeça no processo. O caso é o seguinte: uma sociedade milionária entre um empresário e um cantor. Por anos trabalharam juntos, mas agora o empresário queria romper o trato acusando o cantor de não cumprir com suas obrigações contratuais.

Conversando com o cliente, cheguei a uma conclusão: o empresário estava com “recalque”. Não contente por receber milhões pelo seu trabalho, queria mais e mais...

Típico dos homens...

 A pessoa perfeita para ser cliente do Amor. 

O tipo de pessoa que me dava tédio.

Mas meu papel não era julgá-las. Era estudar o caso, montar a defesa e ganhar a causa. E eu sempre vencia.

Porém, algo naquele processo me incomodava. Quanto mais a fundo eu ia, mais tinha a impressão que estava advogando pela causa errada.

Aprofundei a pesquisa. Já passava da hora de ir embora, mas não me importava. Precisava saber o que estava errado.

Meu coração parou.

O acusado era ele. O cara do sorriso perfeito e da voz encantadora. O cara que mudou o meu destino. Ele.

Eu tinha a chance de trabalhar para ajudar a condená-lo por tudo o que me fez, usando o empresário como desculpa para tal.

Afinal, essa era a minha função e eu era paga para isso. Ouso dizer que seria a justiça dos homens trabalhando a favor da Justiça Divina.

Mas, o que fazer com a fagulha de esperança no meu coração que dizia que ele era inocente de todas as acusações?

Eu tinha um problema. Ou melhor, ele era problema. E não havia como fugir: eu precisava encontrar a solução. 
_____________________________

Notas da Manu: Uaaau! Gente, tô de cara!

O cara é o novo cliente dela! Puts, isso que eu realmente chamo de destino.

E agora? Será que ela vai ajudar o empresário a condená-lo?

Ai genteeeeee! Tô tensa! Se eu estivesse no Whats, enviaria aquela carinha do gatinho assustado, sacam?

Enfim, vou correr com a próxima transcrição!

Beijos,

Manu


***Leia a próxima transcrição:Página 27 à 31: Bomba-relógio

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!