sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Capítulo 15 - Clarear

Notas iniciais: "Nunca é tarde pra lembrar que o sol está solto em você". É, as coisas estão começando a Clarear aqui na fic...

Me perdoem a demora! Espero que aproveitem!*
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Ponto de vista da Anita – Equipe das Poderosas
 
- Ní do céu, parece que a Nica está dando cambalhota aqui dentro de você! – Ouvi o Luan falar enquanto acariciava a minha barriga e me olhava com cara de “bobo”. Aquele ali ia ser um pai muito "babão".
 
Nós ainda estávamos na varanda do quarto de hotel, olhando para a cidade de São Paulo aos nossos pés e curtindo o “nosso mundo" juntos, sem ninguém para quebrar aquele tão raro e precioso momento de paz absoluta. Eu já havia me decidido: Nada nem ninguém seria capaz de atrapalhar aquilo. Dali em diante eu assumiria de vez o papel que a vida destinara a mim; o de esposa do Luan e o da mãe da Nicole. E eu estava a disposta a fazer daquele o meu "melhor papel".
 
- Com certeza ela vai ser como o pai...
 
- Gostoso, lindo e cheiroso? – Ele falou todo convencido de si.
 
- Não, Luan! Ela será como você porque não consegue ficar quieta no lugar. Tá sempre se mexendo de um lado para o outro... – Respondi rindo da sua expressão de desapontamento.
 
- Poxa “Paxão”, pensei que você ia falar que a Nica será igualzinha a mim porque nós dois somos talentosos, lindos e especiais... – Ele voltou a se gabar com uma expressão bem pretensiosa no rosto.
 
- Ahhh claro... E a Nick – Dei bastante ênfase a última palavra para lembrá-lo de que eu não gostava que ele chamasse a nossa filha de Nica – só vai ser tudo isso por causa de você, né? Isso tudo não tem nada a ver comigo? – Fiz bico, me fingindo de brava.
 
- Claro que não, Ní! Se a nossa filha puxar essa sua pele macia, esse seu olhar apaixonante e essa boca tão, mas tão... gostosa, acho que não vai ter homem nesse mundo que vá resistir a ela – Ele se aproximou sussurrando cada palavra até chegar bem junto de mim e me beijar suavemente nos lábios, me tirando completamente o foco. Sua mão direita deslizava pelas minhas costas brincando com o zíper do meu vestido enquanto a esquerda me segurava com força, mantendo o meu corpo entre ele e a mureta da varanda.O Luan era realmente muito bom em roubar toda a atenção para si, porque naquele momento tudo o que eu conseguia era me concentrar nele, e apenas nele.
 
Infelizmente, o meu celular começou a tocar ao longe e eu fui obrigada a interromper aquele momento tão bom com o meu marido.
 
- Não atende, não... – Ele me pediu fazendo manha.
 
- Mas pode ser algo importante, Paixão! Poucas pessoas tem o meu número particular – Argumentei procurando o meu aparelho. Demorou um pouco, mas enfim o encontrei largado na mesinha ao lado da porta de entrada. Eu nem me lembrava que havia o deixado lá...
 
- Alô!
 
- Alô, Anita? Oi, é o Pato!
 
- Oi Alê! E aí, o que manda? Você não vai vir para a festa, não? – Perguntei. Na minha frente o Luan fazia careta mexendo a boca sem emitir som como se quisesse dizer “O Marreco não!”.
 
- Então, essa é a questão! Estou aqui na frente, mas aparentemente só entra quem está com o convite em mãos e eu não fui convidado! – Ele me apresentou o seu problema que, felizmente, era muito simples de resolver.
 
- Essa tá fácil! Me espera aí que eu já vou te resgatar – Falei antes de desligar.
 
- Lá vem você, toda amiguinha desse “Marreco”... – O Lú resmungou mal disfarçando o ciúmes.
 
- Qual é, Paixão?! Não se garante, não? – Provoquei.
 
- Anita, Anita, você não fala assim, muié... Você sabe muito bem o quanto eu me garanto – Ele piscou para mim de uma maneira muito tentadora, mexendo na camisa, deixando um pouco da sua barriga aparecer por debaixo do tecido, só para me deixar sem ar. Ele sorriu de satisfação ao perceber que tinha conseguido, mais uma vez, me tirar o foco. Com um ar vitorioso, ele voltou ao assunto – Mas não tô gostando dessa sua aproximação com esse cara. E por que ele tem o seu número particular?
 
- Ele tem o meu número particular porque o Neymar passou para ele – Expliquei – E pode parando com essa implicância toda. Não foi você mesmo que disse que a Rafa estava caidinha por ele? Então, eu só estou tentando dar um “empurrãozinho” nesse lance...
 
- Mas você e a Rafa não estão brigadas? Então porque você quer ajudá-la? – O Luan fez a pergunta me encarando com uma expressão confusa no rosto, como alguém que procura encontrar lógica em uma figura abstrata.
 
- Porque sim, ué... – Retruquei brava, presenteando o meu marido com o meu melhor olhar de “Não se mete aonde não foi chamado” e encerrando o assunto. Eu não precisava explicar o porquê eu estava fazendo aquilo, afinal, o motivo era óbvio – E agora deixa eu ir lá colocar o Alê para dentro da festa. Assim é até melhor, porque não somos vistos juntos. Você volta pelo elevador mesmo e eu dou a volta pelos fundos, combinado? Nos vemos novamente lá no salão, mas sem beijos e abraços...
 
- Sem nem um beijinho? – Ele fez beicinho para tentar me convencer.
 
- Não, Paixão...  Ainda quero manter a nossa reconciliação sob sigilo. Tudo está tão bom desse jeito... Não quero que estraguem essa felicidade e a paz que estou sentindo – Dei um abraço nele, sentindo o seu perfume, o seu corpo quente me aquecendo do frio da noite.
 
- “Cê” tá certa, “Paxão”. Também quero aproveitar ao máximo esse nosso “namoro escondido”. Até porque quando a gente voltar todo mundo vai querer saber de nós, da nossa filha... E eu acho que ainda não é o momento. Primeiro precisamos nos adaptarmos a ideia. Aí sim podemos abrir o jogo e contar para todo mundo – Ele também me abraçou, colocando a cabeça sobre o meu ombro, me balançado devagarzinho de um lado para o outro como se estivesse me ninando.
 
- E você? Já está acostumado com a ideia? – Perguntei baixinho como se tivesse medo da resposta.
 
- Ainda não! Não completamente... Fiquei meio baqueado quando você me contou e não vou mentir, minha cabeça tá pirando aqui com tanta informação. Mas é como eu disse, Ní: Não é por isso que vou deixar de amar a nossa filha, e muito menos você. E não precisa ter medo... Tenho certeza que muita gente vai nos apoiar e nos ajudar nesse desafio. Essa é uma missão muito especial que Deus mandou para nós, e eu estou feliz por poder dividi-la com você – Ele beijou a minha testa carinhosamente e depois passou a mão pela minha barriga, como se aquele gesto fosse capaz de clarear a situação em sua mente.
 
- Ao seu lado eu não tenho medo de nada – Me estiquei toda para poder falar isso bem próximo ao seu ouvido – E agora eu vou... Nos vemos lá embaixo! – Dei um último beijo na sua boca antes de me virar e sair correndo em direção a porta.
 
- Vou ficar com saudades! E nada de bancar a poderosa em cima do palco, senão eu esqueço do nosso acordo e te tiro de lá a força - Ele ameaçou balançando o dedo em minha direção, rindo ao se lembrar do show que eu dera lá na Outlaws.
- Isso eu só faço quando você resolve me provocar se engraçando com piriguetis – Retruquei, fingindo ainda estar magoada por conta do que acontecera aquele dia na boate.
- Anita, espera! Preciso te pedir uma coisa... – Ele chamou assim que virei as costas para sair.
 
- E o que é? Anda logo, Luan! O Alê tá me esperando lá embaixo... – Resmunguei. Com certeza ele estava com ciúmes e por isso estava tentando me atrasar.
- Hãã... Não é nada, não! Pode ir, depois a gente conversa com calma... – Ele desconversou. Era impressão minha ou tinha uma pontada de desapontamento na voz dele? Ai droga! Mas será que eu já tinha estragado tudo? Aquele deveria ser o meu mais novo recorde na categoria “Como deixar o seu marido chateado”.
 
- Ahhh não, Luan! Agora você vai me falar – Voltei a encostar a porta atrás de mim, adiando a minha saída do quarto. Só pelo meu jeito o Lú já até poderia imaginar que eu estava decidida a só deixá-lo depois que conseguisse a minha resposta.
 
- Ué, e o que aconteceu com a pressa? O Alê não estava te esperando? – Ele disse o nome do Pato com bastante sarcasmo, confirmando a minha suspeita: ele realmente estava com ciúme – Não sabia que Marreco não podia esperar!
 
- Luan, para com isso e desembucha, vai! Já disse que não tem nada a ver você ficar com ciúmes do Alexandre – Tentei esclarecer a questão de uma vez por todas.
 
- É sério, Anita! Vai... Depois a gente conversa! Quero falar muito sério com você, mas tem que ser assim... cara a cara, bem pertinho, saca? – Ele mexeu os braços como se me segurasse bem perto dele, demonstrando com gestos que tipo de "conversa" ele precisava ter.
 
- Não vai mesmo me falar? – Insisti. Algo me dizia que ele estava apenas desconversando e tentando me distrair.
 
- Não, agora é a minha vez de fazer suspense! – Ele comentou com ironia, como se quisesse virar o jogo contra mim.
 
- Ahhh Luan, eu te odeio! – Rosnei de raiva. Eu odiava quando ele fazia isso comigo. Virei e sai do quarto batendo os pés, a irritação tomando conta de mim.
 
Peguei o elevador social, pedi a ajuda de um segurança para conseguir chegar a garagem sem ser vista, onde o Pato me esperava dentro do seu imponente carro esportivo. Ele desceu do veículo e me cumprimentou, segurando um belo buquê de rosas vermelhas e brancas e vestindo um terno cor de grafite com gravata combinando, sapatos sociais, cabelo penteados para trás e um perfume que até as pessoas no Japão seriam capaz de sentir. Ele tinha caprichado bastante para o encontro, e eu não poderia negar: o jogador estava muito charmoso e elegante.
 
- Anita, tem certeza que eu devia ter vindo? – Ele me perguntou um pouco apreensivo.
 
- Mas é claro que eu tenho certeza! Qual é, Pato? Tá amarelando agora? Pensei que você fosse do tipo que partia para o ataque e marcava o gol, e não aqueles que ficam só vendo a bola rolar – Provoquei, apostando que aquele era o seu ponto fraco. Nós estávamos no elevador, subindo até o andar térreo do hotel, onde estava rolando a festa.
 
- Pô Anita, aí você pegou pesado, hein?! É claro que eu sou do tipo que marco o gol, né? – Ele parecia ligeiramente ofendido. Ponto para mim! Eu tinha conseguido mexer com o seu emocional.
 
- Então é hora de fazer o que você faz de melhor: Partir para o ataque. Pronto? – Perguntei.
 
- Pronto! – O Alê assentiu, mesmo a sua expressão entregando que ele estava bem nervoso – E você?
 
Eu ia respondê-lo quando o meu celular tocou dentro da minha bolsa de mão. Pesquei o aparelho em meio a bagunça de batom, maquiagem e outros utensílios que poderiam ser úteis em uma festa. Era uma mensagem do Luan. Abri o SMS e comecei  a sorrir que nem uma boba ao ler a resposta à frase que eu dissera a ele quando deixei o quarto. Na tela do meu celular a frase “Eu também te vivo, minha Granfina” ainda brilhava quando levantei os olhos e encarei o jogador na minha frente, com um ar decidido – Mais pronta do que nunca! Bora Pato, é hora da nossa “entrada triunfal”.
 
A porta do elevador se abriu, e nós saímos no saguão de entrada do hotel, que já estava recheado de jornalistas. Milhares de flashes pipocaram em nossos rostos me deixando cega por alguns instantes. Eu e o Pato seguimos caminhando sérios e de braços dados até a entrada do Salão Nobre, ignorando as especulações dos jornalistas.
 
Entramos e continuamos caminhando juntos até o espaço onde a Rafa estava recebendo os seus convidados. Demorou um pouco para que ela nos visse, mas assim que se deu conta de que era o Pato que estava entrando no salão a expressão da minha empresária se transformou. Primeiro ela me pareceu surpresa. Depois que encarou melhor a situação, ela ficou confusa e, por fim, brava. Fiquei sem entender nada. Era para ela estar feliz, não era? Segundo o Luan, a Rafinha estava “caidinha” pelo Pato. Então por que ela estava fulminando nós dois com o olhar?
 
Procurei o Luan com os olhos no meio da multidão. Não demorou para eu encontrá-lo ao lado do Neymar e da Bruna, perto de um dos banners de divulgação do livro. Ele me encarava com uma expressão fechada, como se estivesse se segurando para não me tirar de lá a força.
 
Foi só aí que a minha ficha caiu: Assim com o Luan, a Rafa também estava com ciúmes da minha amizade com o Pato. Ai droga!
 
Na mesma hora soltei os nossos braços e não perdi tempo. Fui até a loira e deixou os dois frente a frente.
 
- Rafa, o Alê é um grande admirador seu. Ele já leu o seu primeiro livro e não queria, de jeito nenhum, perder o lançamento do segundo – Disse, enfatizando bem a parte que ele era a admirava muito.
 
- Sério? Você leu o meu primeiro livro? O “Como ser uma Gata Garota”? – A Rafa perguntou, intrigada. Na certa ela estranhou o fato dele ler um livro destinado à garotas.
- Sim... Quer dizer, não... Minha mãe leu. E ela adorou! Fez ótimas recomendações – O Pato ficou constrangido com a pergunta. Também, coitado! Eu o peguei completamente desprevinido quando resolvi improvisar uma aproximação entre os dois.
- Hãã... Eu trouxe para você – Ele estendeu as rosas para ela, tentando quebrar o clima tenso.
 
Ela agradeceu o presente com um abraço – bem caloroso, por sinal – e os dois trocaram algumas palavras sobre assuntos neutros – tipo comentários sobre a decoração, de como a noite estava agradável e etc. Aquele tipo de "papo" que temos quando encontramos pessoas em elevadores ou em filas de banco...
 
- Pera, pera! Esse momento precisa ficar registrado! Por favor, juntem os dois para que o Will possa fotografá-los! – A Malú pediu toda animada.
 
Os dois obedeceram e logo em seguida um flash estourou, iluminando todos em sua volta.
 
- Anita, você também não tirou foto com a Rafa! – A Malú fez o favor de lembrar. Droga! Será que ela não tinha percebido que eu não estava afim de fingir que tudo estava bem entre nós duas? – Vai logo, Any! E sem fazer cara feia! Já, já o jantar começa e aí eu não vou mais conseguir fazer fotos assim, posadas... Vamos, são só dois segundos. Eu mesmo vou bater a foto – A fotógrafa insistiu, pegando a máquina das mãos do Will e já se posicionando.
 
A Rafa me olhou rapidamente, como se tentasse ler a minha expressão. Eu sabia que ela ficaria magoada se eu negasse aquele pedido, e não era justo estragar a noite dela. Por isso, resolvi aceitar logo de uma vez.
 
- Tudo bem, tudo bem... – Me dei por vencida – Mas então vamos fazer uma foto unindo três gerações: Eu e a Rafa, a Vick e a Nicole! – Sugeri acariciando a minha barriga de leve. Todos concordaram e então eu fui até a Dora, peguei a minha afilhada no colo e me posicionei ao lado da Rafa.
 
- Qual é, cheguem mais perto uma da outra! – A Malú ralhou fazendo gestos com a mão para que nós nos aproximássemos.
 
Encarei a Rafa meio sem jeito. Ela também pareceu estar um pouco constrangida, mas estendeu o braço e o passou sem muita vontade em torno de mim. A cena ainda estava um pouco “fria” demais, até que a minha empresária resolveu quebrar de vez o gelo e me dar um abraço bem caloroso. Sorri, completamente surpresa com aquele gesto de carinho, e foi nesse momento que o flash iluminou os nossos rostos, nos flagrando em um momento de alegria espontânea. Até a pequena Caramelo parecia estar feliz para valer!
 
- Ficou ótima! Uma foto só de Gatas Garotas! – A Malú brincou.
 
Logo depois desse rápido momento de “paz”, eu me soltei do abraço e fui até a Dora com a desculpa de pegar um brinquedo para a Vick. A verdade é que fiquei sem saber o que fazer. Como eu deveria tratar a Rafa depois de tudo? Ela, por sua vez, virou-se e perguntou se o Pato gostaria que ela autografasse o seu exemplar do livro. A loira também me parecia meio sem jeito, como se também não soubesse como se comportar naquela circunstância. Para não dar na cara o seu desconforto, ela desandou a falar, o que resultou em uma conversa animada entra ela e o jogador que também era muito bom de papo.
 
Não muito longe dali, o Murilo encarava a cena emburrado. Na certa, ele estava bravo porque a Rafa havia ignorado as rosas que ele dera a ela, ao passo que agora ela estava agarrada ao buquê que ganhara do Pato, segurando as flores com o maior carinho do mundo. Além disso, agora ele havia deixado de ser o centro das atenções, já que todos os fotógrafos só queriam saber de fotos da Rafa e do Alexandre.
 
Quem também assistia a tudo de longe era o meu irmão. Mas aquele ali era muito mais esperto. Ao vez de ficar “choramingando” pelos cantos como o Bebê, ele tratou de armar uma estratégia para tirar o jogador de perto da sua ex-noiva.
 
- Rafa, os convidados já estão jantando e a banda está apenas a sua espera para começar a tocar – O Caio apareceu de repente ao nosso lado tentado parecer simpático e prestativo, coisa que ele sabia fazer muito bem quando queria – Vamos para o salão? Acho que podemos encerrar a parte dos autógrafos, não?
 
- Nossa, eu já ia me esquecendo da melhor parte da noite... – Ela colocou a mão na cabeça, rindo do seu próprio "deslize" – Nós ensaiamos uma grande entrada! A banda começa a tocar e então eu entro no salão, indo direto para o centro da pista, colocando todo mundo para dançar junto comigo! Vai ser o máximo! Escolhi uma música ótima! Vai ser digno de uma Gata Garota!
 
- Isso que eu chamo de entrada triunfal! – O meu irmão concordou – O pessoal da organização da festa me avisou que estava chegando a hora, aí achei melhor te chamar...
 
- Bom, sendo assim... Alguém viu o Luan? Combinamos de entrar juntos! Ele vai dançar a primeira música comigo... – Ela passou a olhar ao redor, tentando encontrá-lo.
 
Não pude evitar sentir uma pontada de ciúme. Por causa do nosso acordo, eu não poderia dançar com o meu marido.
 
- Não vi o Luan, mas se você quiser, eu posso dançar com você – O Caio se ofereceu.
 
- Não, não... Você dança comigo! Não posso ficar sem parceiro! – Interferi antes mesmo que a empresária pudesse chegar a pensar no convite. Eu queria que a Rafa ficasse livre para o Pato. Claro que o meu irmão fez cara feia para mim, mas não discutiu. Contrariado, ele caminhou até o meu lado, desistindo de prolongar o assunto.
 
- Rafinha, adoraria ter esse prazer... Por favor, dance comigo! – O Murilo apareceu do nada, oferecendo o braço para a ex-esposa.
 
Deu para perceber que ela ficou tem tentada a aceitar, mas minha mãe interferiu na hora certa. Eu não a via desde que saímos todos juntos do apartamento. Por sorte, ela sacou a minha intenção e resolveu me ajudar.
 
- Murilo, meu querido, gostaria muito que você fosse o meu par. Como vocês sabem, o Igor ainda está na Argentina, então eu não tenho ninguém para ser o meu acompanhante nessa dança... – A Dona Clara fez drama. Agora eu sabia de onde vinha o meu talento para a dramaturgia.
 
Sem falar nada, mas nitidamente insatisfeito com o nosso “boicote”, o Murilo posicionou-se ao lado da minha mãe que havia disparado a falar sobre compra e venda de ações no mercado financeiro. No fundo eu tinha dó dele... Eu sabia como era aturar minha mãe falando do seu trabalho, queda e alta do dólar e essas coisas chatas. Agora ele ia pagar todos os seus pecados, eu poderia apostar!
 
- Bom, nesse caso... Acho que eu realmente terei que encontrar o Luan... Senão vou acabar ficando sem par – A Loira comentou meio cabisbaixa.
 
- Mágina! Sem par você não fica! Pato, você faz companhia para a Rafa, não faz? – Tratei de tomar as rédeas da situação antes que todo o meu esforço fosse por “água a baixo”.
 
-EU? – O jogador ficou apavorado – Claro, claro! Sou o maior “pé de valsa” – Ele improvisou, tentando fingir que estava no domínio da situação.
 
- Então já está tudo certo! Vem mãe, vem Dora! Nós vamos entrar e dar o sinal de positivo para que a banda comece a tocar. Depois que a Rafa entrar, aí a gente “cai pra dentro e invade a pista de dança” - Chamei a todos. O plano era acelerar logo aquela dança, antes que algo desse errado entre a Rafa e o Alê.
Entramos no salão que já estava lotado de convidados. Em um canto reservado, alguns membros da imprensa foram autorizados a acompanhar o restante da festa desde que respeitassem o direito de alguns presentes de não querer dar entrevistas.
 
Encontrei a responsável pela organização e a avisei que a Rafa estava pronta para entrar. Demorou cerca de quinta minutos para que a moça, enfim, desse alguns sinais através do seu rádio. A iluminação ficou “baixa”, com apenas um projetor focando diretamente a entrada. A banda começou a tocar uma música em um ritmo lento e as portas duplas foram abertas, abrindo passagem entre um corredor de mesas até chegar a um grande espaço aberto no meio do salão, destinado para a pista de dança.
 
Alguns segundos depois, a Rafa entrou com o braço enganchado ao do Alexandre. O buquê de flores não estava mais nos seus braços e ela sorria e acenava, deslumbrante. O Pato fazia muito bem o seu papel de acompanhante caminhando com uma postura ereta e muito confiante. No meio do caminho ele olhou para a mulher ao seu lado e também sorriu, os olhos se derretendo de admiração.
 
Assim que os dois chegaram ao centro da pista de dança, o ritmo da música mudou,transformando-se em um rock, muito animado e ótimo para dançar. Não demorou muito para eu reconhecer: Era a música predileta da Rafa, uma que ela sempre cantava quando a situação ficava “preta”.
 
Quando o ritmo da música aumentou, o Pato segurou a Rafa pelas mãos e a girou de uma maneira muito graciosa. Eles começaram a dançar super sincronizados, girando, balançando os braços, mexendo os quadris e sorrindo. Agora eu entedia o porquê eles haviam demorado tanto para entrar na pista. Com certeza o pessoal da organização oferecera um “curso rápido de dança” para os dois. Eles faziam uma coreografia simples, mas que parecia ficar muito melhor por conta da alegria e disposição dos dois.
 
“Clarear!
Baby, clarear!
Pelo menos um pouco de sol
Eu só quero clarear
Quando não houver
Mais o amor
Nem mais nada a fazer
Nunca é tarde
Prá lembrar
Que o sol está solto
Em você...
Um pouco de luz nessa vida
Um pouco de luz em você”

 
O refrão tomou conta do salão e todos nós entramos na pista de dança. Eu e o Caio; Murilo e a minha mãe; Dora e Luan; André e Nádia; Malú e Will Buna e Neymar. Ninguém estava se importando muito com os passos, só o que valia era a diversão.
 
Lá pelo final da música, vi a Malú se soltar das mãos do Will, girar de uma maneira exagerada balançando os braços e “acidentalmente” acertar com tudo o nariz já machucado da Nádia, que “por um acaso” estava atrás da fotógrafa junto com o André.
 
A ruiva gritou desesperada quando sentiu que o curativo havia saído e que o seu nariz estava esguichando sangue. Ela saiu correndo da pista em direção ao banheiro, deixando o André sozinho e confuso no meio da pista. Aparentemente o diretor não vira a Malú acertando a Nádia e, muito menos, o machucado reaberto da sua acompanhante.
 
Olhei mais atentamente e percebi que ele estava sem óculos. Agora estava explicado a sua “cegueira”! Porque só mesmo alguém que não enxerga para não perceber aquela confusão toda! 

Fiz um sinal para o meu irmão e nos aproximamos dele. Peguei a sua mão e improvisamos uma “dupla de três” para que pudéssemos conversar.
 
- Onde está o seu óculos, André? – Perguntei em meio a música que seguia em um ritmo empolgante.
 
- Não sei! Ele SU-MIU! Eu o deixei em cima da minha mesa por alguns instantes e PUF! Quando olhei não estava mais lá! – Ele se aproximou de mim para me contar.
 
- E por que a Nádia não te ajudou a procurar? – Especulei. Ao ver a nossa conversa começar a "rolar solta”, o meu irmão desistiu de tentar nos acompanhar e saiu da pista, nos deixando sozinhos.
 
- Porque... eu fiquei com vergonha de contar para ela que enxergo muito mal sem eles – Ele confessou parecendo um “menininho” que tinha acabado de fazer uma “arte”.
 
- O QUÊ? – Não consegui acreditar! O André, aquele cara cheio de personalidade e tão ousado, tinha ficado com vergonha de assumir algo tão banal?
 
- Qual é, Anita? Você sabe como é...Não é fácil ser nós mesmos! As pessoas sempre nos JUL-GAM pelo que deixamos de ser e não pelo o quê somos. Quantas vezes eu e você não pagamos pela nossa personalidade? E quantas vezes você não quis ser apenas... normal? Essa noite eu queria ser “normal”, só isso... – Ouvi o André falar enquanto tentávamos, sem muito sucesso, manter os nossos passos de dança pela pista.
 
Parei para pensar um segundo. Ele tinha razão. E de repente tudo fez sentido. Para ser eu mesma sem ter problemas com isso era necessário estar entre aqueles me amavam e me aceitavam como eu era. Tanto eu como o André estávamos procurando aceitação nos lugares errados.
 
- André, não esquenta com isso! Se a Nádia não pode te aceitar usando óculos, então ela não te merece. Deixa isso para lá e vem para o “nosso mundo” – Disse confiante, sorrindo para ele de maneira encorajadora.
 
- Nosso mundo... – Ele repetiu as palavras olhando em volta. Não precisou muito para que ele “pegasse” a ideia.
 
O problema é que quando o André “pegava” uma ideia, ele sempre a levava muito a sério. Um  brilho determinando brilhou nos seus olhos e ele me girou pela pista em uma velocidade impressionante. Ele mirou um ponto e seguiu até ele de maneira determinada. Quando me dei conta, nós estávamos logo atrás da Malú e do Will que dançavam despreocupadamente na pista.
 
O André nos posicionou perto deles e passou a bailar comigo fazendo um passo que o fazia andar de costas enquanto eu tentava acompanhá-lo da melhor maneira que conseguia. Quando queria, o diretor sabia ser um ótimo dançarino, completamente ao contrário de mim...
 
Ele foi indo, indo, indo cada vez mais para trás... até chegar bem perto do Will. Então ele estendeu o pé em um gesto sutil, quase imperceptível, mas suficiente para fazer o jornalista tropeçar, perder o equilíbrio e cair por cima da Malú. Os dois rolaram pelo chão, indo parar aos pés da Rafa e do Pato que pararam para olhar a cena sem entender nada.
 
O Will levantou bravo, largou a Maria Luiza no chão, e quis tirar satisfação com o Dé. Não sei da onde, mas o Luan apareceu do nosso lado, pronto para defender o amigo. Já imaginei o maior “barraco” armado e as manchetes sobre a pancadaria nos jornais do dia seguinte.
 
Por sorte, a Rafa foi mais esperta e chamou pelos seguranças que, muito solícitos, levaram o “baderneiro” para fora do salão enquanto ele esperneava aos berros.
 
- Me segura, Luan! Me segura, Divo! Porque senão... eu A-CA-BO com esse mauricinho – O André gritava com o peito estufado, fazendo a maior pose de mal, como se ele o “fortão” da festa. O detalhe é que ninguém estava o segurando. Se ele quisesse realmente ter brigado com o Will, ele poderia ter o feito antes dos seguranças chegarem. Mas era claro que ele jamais faria isso. O André era do tipo que só “tirava onda”. Essa era a sua especialidade!
 
A música acabou e a banda cumprimentou a todos, sempre muito empolgados - Boa noite, pessoal! Para nós, do Roupa Nova, é um prazer estar aqui em uma noite tão especial! E eu já vi que a galera está animada, então bora! Vamos continuar nesse clima bom... Quero ver todo mundo tirando o pé do chão agora!
 
Enquanto os músicos se preparavam para a próxima canção, ouvi a Rafa conversar com o Pato. Eu não queria "bisbilhotar" a conversa alheia, mas foi mais forte do que eu. Ao longe, o Neymar, a Bruna e o Luan faziam gestos com a mão querendo dizer que eu era uma "gansa" por me meter onde não era chamada. Ignorei a brincadeira sem graça deles e me concentrei no assunto. Eu estava muito envolvida naquele caso para ignorar uma conversa daquelas!
 
- Obrigado por dançar comigo! Agora, se você quiser, pode ir dançar com a Anita... – Ela falou meio sem jeito, tentando fingir que não se importava.

- Se não tiver problema, eu gostaria de continuar dançando com você, Rafaela – Ele respondeu com a voz firme, sem soltar  a mão dela.

- Não, por mim não tem problema... É que eu pensei... Você e a Anita não estão... juntos? – A voz dela vacilou por um momento. Dava para sacar que ela estava com medo daquela resposta.
- Nãããoo! Eu e a Anita somos apenas amigos! – Ele tratou logo de esclarecer – Junto eu só quero ficar com você, Rafaela - O Pato foi direto ao ataque, sem rodeios! Ótimo! Eu sabia que a Rafa não curtia homens que não tinham atitude.
 
- Olha Alexandre, eu gosto muito de você, mas não quero te dar falsas esperanças. Nesse momento, eu não quero estar junto de ninguém que não seja a minha filha ou os meus amigos. Não é nada pessoal, mas... já me machucaram demais. Eu quis tanto que o amor acontecesse na minha vida que acho que fui castigada pela minha pressa. Agora tudo o que eu procuro é paz – A minha empresária respondeu com uma voz tão séria e grave que eu mesma não reconheci.
 
Uau! Estava rolando uma verdadeira D.R. em meio a um jantar dançante. Isso é que eu chamava de festa bombástica!
 
- Tudo bem, Rafaela. Mas eu só quero que você saiba que para ser um atacante, uma das principais características que se precisa ter é sempre acreditar que dá para virar o jogo, que a bola vai entrar e que vamos vencer a partida. E é por isso que eu não desisto assim tão fácil...

*** Link para música
https://www.youtube.com/watch?v=oLv8ZPZrbf4 - (Certeza que você já dançou essa em alguma festa por aí!)

Logo após a frase "impactante"do Alê, a banda puxou a introdução da música indispensável em todas as festas (de formaturas a casamentos, passando por batizados, aniversários e até mesmo lançamento de livros) encheu o salão colocando todo mundo dançar. “Whisky a Go Go” tinha a letra mais manjada de todo o Brasil e o poder de colocar até as “vovozinhas” para requebrar na pista. Era a típica música que não deixava ninguém parado e que contagiava a todos, independente da idade.
 
Como prometido, o Pato não largou a sua acompanhante que também não resistiu às investidas do jogador. Os dois continuaram bailando pela pista, e eu estava começando a achar que o Alê ia conseguir conquistar a Rafa de vez. Era só uma questão de tempo...

O André tratou de ajudar a Malú a se levantar e saiu rodopiando com ela pela pista, como se nada tivesse acontecido entre os dois. De longe vi a Maria Luiza tirar os óculos do diretor de dentro do seu decote e colocar de volta no rosto dele. Certamente ela havia sumido com eles de propósito, só para causar o “caos” entre o diretor e a Nádia. A Dora se arranjou com o meu irmão enquanto minha mãe tomava conta da Caramelo e o Murilo puxou uma desconhecida para a pista, tentando "esfregar" na cara da Rafa que ele também tinha arrumado uma nova companhia. Claro que a Loira nem ligou para ele, né?
 
- A gatinha está sozinha? – Ouvi a voz do meu marido sussurrar no meu ouvido.
 
- Não! Tem um cara me esperando lá fora... É que o nosso lance é meio proibido – Brinquei.
 
- E será que esse cara vai ficar com muito ciúmes se eu te tirar para dançar? – Ele piscou para mim tentando me seduzir (O que ele sempre conseguia!).
 
- Se for apenas uma dança... – Dei de ombros.
 
- Isso depende de você! Se continuar me olhando assim, uma simples dança pode acabar fazendo eu me apaixonar...
 
- E se for essa a intenção?
 
Ele se inclinou para me beijar, mas eu o detive colocando as mãos em seus ombros – Olha o nosso trato, Luan! Escondido é mais gostoso, lembra?
 
Ele apenas fez bico, como estivesse fazendo um esforço tremendo para se controlar, mas não disse mais nada. Começamos a dançar, os nossos olhares colados um no outro, os nossos corpos se entendo sem que precisássemos de muito esforço. Embora eu soubesse que nós não deveríamos estar dando aquela "bandeira" em frente a todos, não consegui resistir. A festa estava ótima, a banda estava mandando bem e eu tinha o meu marido ali, todinho só para mim... A ocasião pedia uma dança, definitivamente. Eu me preocuparia com o resto depois...
 
- E o que você tinha para me falar? – Interrompi a dança para perguntar. A curiosidade já estava me matando.
 
- Já disse, Ní! Agora é a minha vez de fazer mistério. Estou esperando a oportunidade certa para te falar... – Ele desconversou, rindo da minha cara ao mesmo tempo que voltava a me conduzir pela pista.
 
- Isso não é justo! – Reclamei fazendo beicinho.
 
- Também não é justo eu estar aqui, tão perto de você e não poder te beijar... – Ele aproximou os nossos rostos o máximo que conseguia sem que eles se tocassem. Senti a sua respiração contra a minha e por um momento quase joguei tudo para o alto, me esquecendo de todos os nossos acordos. Mas dessa vez foi o Luan que me deteve colocando o dedo de leve nos meus lábios – E além do mais, já disse! Estou esperando o momento certo – E isso foi tudo o que ele me disse pelo resto da festa.
***
 
A noite correu sem problemas. Todos nós nos divertimos e dançamos muito. De começo eu pensara que Roupa Nova era uma banda para velhos, mas agora havia chegado a conclusão que eles eram sim uma banda para velhos, mas para "velhinhos" muito bem dispostos e de bem com a vida. 

Quando a festa acabou, os repórteres posicionaram-se na saída do Hilton para tentar ouvir uma “última palavra” dos famosos presentes no evento. Eu e o Luan saímos lado a lado, ainda tomando o cuidado de tentar fingir que estávamos brigados. Ele fazia cara de bravo para mim e eu retribuía com a expressão séria e os braços cruzados em frente ao corpo. Por dentro eu estava me divertindo horrores daquela situação.
 
- Anita, Anita – Uma repórter magrela usando óculos grandes demais para ela chamou – Você e o Luan dançaram juntos a noite inteira. Isso significa que vocês voltaram?
 
- Eu? Voltar com ele? – Apontei para o meu marido com cara de desdém – Mágina! Eu o odeio!
 
- Capáiz mesmo... Não volto com essa mulher nem a pau! Ela fala que me odeia, mas quem não “guenta” ficar nem um minuto do lado dela sou eu! – O Luan retrucou antes de entrar na van que já o esperava e o segurança fechar a porta. Eu sabia que ele tinha compromissos profissionais no dia seguinte logo pela manhã, por isso não iríamos dormir juntos naquela noite.
 
O carro arrancou dando lugar a um sedan preto que me levaria para casa. Entrei no veículo e fiquei lá dentro esperando pela minha mãe e o meu irmão, que iriam comigo para o nosso apartamento.
 
Peguei meu celular para mandar uma mensagem para o Luan. Eu estava agoniada. Só naquela noite eu dissera a ele duas vezes que o odiava. Eu precisava ter certeza que ele não tinha levado aquelas palavras a sério. Digitei rapidamente no meu Iphone e enviei o SMS:
 
“Você sabe que todas as vezes que digo que te odeio na verdade eu quero dizer que te amo, né?
 
Menos de um minuto depois, recebi a resposta:
 
“Sei sim! Até porque é impossível me odiar, né minha Granfina?"
 
Não consegui segurar o riso. Eu tinha um marido muito bobo. Mas resolvi tirar proveito daquela situação:
 
“Na realidade, eu vou te odiar de verdade se você não me contar o que está escondendo de mim... Vai Lú, fala logo! Sabia que grávidas não podem ficar ansiosas ou nervosas? Faz mal para a gestação...”
 
Era claro eu estava jogando sujo, mas a curiosidade estava me matando! Eu precisava saber! Aquele mistério estava me deixando louca!
 
“E você sabia que eu odeio quando você apela desse jeito? Assim eu não resisto, ‘Paxão’! Mas tá certo... Não quero que a ‘barrigudinha’ mais linda desse ‘nerverso’ fique nervosa. Eu tinha ensaiado umas palavras bem bonitas para te falar e estava esperando o melhor momento para te pedir isso. Mas a festa foi muito animada hoje, então eu não tive a oportunidade. Mas eu ‘num guento’ mais esperar, por isso vou resumir o meu pedido em duas frases. É o seguinte: Estou indo fazer alguns shows e volto para casa na segunda que vem. Te espero lá na Toca, combinado?”
 
Li a mensagem várias vezes enquanto a Dona Clara e o Caio chegavam e o carro arrancava em direção à nossa casa. O recado era claro: O Luan queria que eu voltasse para casa.
 
Olhei as ruas de São Paulo através do vidro do automóvel em movimento. As luzes brilhavam nos prédios e me fizeram lembrar da nossa conversa lá na cobertura do Hilton. E não foi difícil tomar a minha decisão. 


Era hora de arrumar as malas. Era hora de voltar para casa.
_____________________________________
Notas finais: Oi? Anita finalmente vai voltar para casa? Vivaaaaa! Confirma isso, produção?
Já aviso que esse retorno vai bombar! Quem tá ansiosa para ver a Trupe toda reunida novamente grita EU!
E como será que a Rafa e companhia vão receber a notícia sobre a Nicole? E esse lance do Pato e da Rafa? E como as fãs vão aceitar esse suposto "ódio" entre o Casal Luanita? Sei não... Tô achando que vai rolar briga, hein...

É, AGeOC tá bombando! A quarta tá temporada tá boa demais, rapáiz!

Beijo meninas! Um Natal abençoado e cheio de boas energias! Que o nascimento do menino Jesus faça com que todos nós lembremos o que é realmente valioso nessa vida!

"Um pouco de luz nessa vida, um pouco de luz em você" - É o que desejo para todas nós! 

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11 comentários:

  1. Guria, sem palavras, finalmente a Anita vai voltar pra casa, já tava na hora... Quero ver essa trupe reunida de volta... Feliz Natal e não é querendo te apressar nem nada, mais já to louca pelo próximo capitulo

    Bjim
    Dani
    @donzelalouca

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    1. Né Dani? Anita demorou demais pra voltar! Já estava mais do que na hora! Ainda bem que ela resolveu parar de marra! Trupe reunida é sinal de problema, você sabe, né?! kkkk #FicaDica

      Um ótimo Natal para ti tbm e juro que estou correndo com os caps o máximo que eu posso! É que tá muito corrido, nega! Você nem imagina o quanto..

      Mas guenta firme! Juro que vou fazer a espera valer a pena! *--*

      Beijão! A gente se vê no próximo capítulo!

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  2. Ain Senhoooor, Anita voltando pra casa? Confirma produçao? Pera me belisca tmb pra saber se é verdade. Kkkkkk Senhor eu tipo surtei ao imaginar a linda foro da Ani com a Rafa, EU QUERO ELAS AMIGAS DE NOVOOOO... eu acho que o "marreco" como dia o Lu, vai conquistar o coração a gata garota Rafa, eu super sei que esse papo de "Eu odeio ele" vai ser uma explosão de barraco com a familia LuAnita, como assim eles falam uma coisa dessa na frente das cameras?? mato eles cara. Kkkkk

    Tipo, simplesmente amei, ansiosa pro proximo vidinha. Beijos da sua amiga, leitora fiel, mimadora oficial e gravidinha preferida( fora a Ani e a Jú). Te vivo vidinha. :)

    By: Daniela Noronha

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    1. Daaaani!

      Siiiim, a produção já confirmou! Nossa Gata Garota já está arrumando as malas para voltar a Toca! Pode acreditar, porque é a mais pura verdade!

      Essa foto deve ter ficado linda mesmo, né?! E calma, calma! Any e Rafa vão fazer as pazes na hora certa! Digamos que no próximo cap vai rolar algo que será definitivo para isso acontecer! #FicaDica

      Marreco tá mandando bem! Já chegou causando, mostrando que manda no pedaço! Estou na torcida por ele! Acho que a Rafinha merece alguém que a ame de verdade!

      E esse lance de "eu odeio o Luan" vai render. Já tô sentindo! Mágina as fãs escutando isso?! Esses dois não tem juízo! Dar uma declaração dessas em frente às camêras? Os dois estão querendo morrer, só pode! kkk Hum... Vem problema por aí, certeza!

      Beijão minha grávida carioca linda! Vou te colocar junto com a Any e a Jú para trocar ideias sobre a gravidez! Vai ser lindo as três "tricotando" sobre os filhotes! kkk

      Te vejo no próximo cap, linda! Te vivo muitão tbm!

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  3. volta anitaaaaaaaaa pra casa,tomara q anita fique amiga da rafa e volte a ficar tudo bem na toca e a nick nasça com saude e fique tudo bem

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    1. Todo mundo na torcida para a Rafa e a Any se acertarem de vez!
      Bom, pelo menos a Anita já está voltando para casa. Já é meio caminho andado, né?!
      E a Ní vai nascer já tirando onda! Vocês vão ver só.. kkk

      Beijo amore, obrigada por comentar!
      Te vejo no próximo cap! E não esquece de escrever o seu nome, combinado?!

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  4. MANUUU desculpa não li antes ...
    Mas hje eu li e nossa como sempre vx me surpreende a fic ta umas das Melhores que eu ja li
    Awnsss Luan e Anita se acertaram amen :)
    E o a Rafa Rafaela com o Pato Marreco nossa nossa anciosa para proxima parte

    Bjus Thay :)

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    1. E Feliz Natal e prospero Ano Novo e que Deus te abençoe e que 2014 nos tragam fics de Manu e abraços do Luan *---*

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    2. Ai Thay, eu que peço desculpas por não ter te respondido antes! É que anda corrido mesmo por aqui! Mas ó, não esqueci não, viu?!


      Own amore, obrigada! De coração! Bom saber que estou te surpreendendo! Trabalho muito para isso! *--*

      Sim, sim! Lú e Any finalmente se acertaram! Não aguentava mais esses dois separados!
      Rafa e Pato ainda vai render muito... Pode esperar que essa história ainda vai dar o que falar...

      Ai Thay, que Deus te ouça! que 2014 traga esse tão esperado abraço e que eu possa continuar escrevendo para vocês! Espero que o seu ano também seja abençoado e cheio de boas energias e realizações! Te espero por aqui em 2014, ok?!

      Beijão e fica com Deus!

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  5. UUURRRUUUUU até que fim ela vai voltar pra "toca"! Trupe reunida de novo! Uuuurruuuuu! Tomara que essa nova "companhia" da Rafa seja o cara certo pra ela pq ela merece! Ela é uma migonah!

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    1. Glória a Deus! Demorou, mas sim! Any está de volta à Toca! É pra aplaudir de pé, Braseeel! hahahaha

      Rafinha merece toda felicidade do mundo, né? Ela é demais essa menina. Também torço demais pela felicidade dela.

      #MaratonaDeComentários

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!