sexta-feira, 12 de julho de 2013

Capítulo 16 - Te esperando...

Notas iniciais: Meninas, era para esse ser o penúltimo cap de INC. Mas aí eu fui escrevendo, escrevendo, escrevendo... E quando vi o capítulo já tinha 14 páginas! Ou seja, precisei dividi-lo em duas partes! Como vocês já sabem, a primeira parte geralmente é mais morna porque a segunda promete!

Dado o recado, bora ler?

Então prepara, que vem aí um barraco dos bons!

Aproveitem!
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Ponto de Vista da Cristal – Uma semana depois

Parecia que alguém tinha ligado o botão que acionava a função “Bagunçar Tudo”. Não demorou muito para a mídia ficar sabendo do depoimento do Luan e para a história verdadeira vazar e tomar conta da  internet.
 
Agora todo mundo sabia que o Diogo tinha abusado de mim, que eu fui trabalhar na Equipe LS para me proteger dele, que aos poucos eu fui me apaixonado pelo Luan até ficarmos juntos de vez, e que depois disso o Diogo foi até o meu apartamento e tentou atirar contra o Lú e que eu entrei na frente para salvar o meu namorado.
 
Como eu previra, a história se transformou na fofoca do ano. Em todos os cantos do Brasil só se falava nisso! Todos estavam impressionados com o meu ato de salvar o Luan e com a coragem dele de se expor daquela maneira para me salvar de uma chantagem.
 
A mídia vendeu a história como o “Conto de Fadas da Vida Real”, deixando a Laura como a bruxa má e eu e o Luan como as vítimas da história. Se antes já estava difícil “escapar” das pessoas me encarando na rua, agora eu mal podia sair do meu quarto de hotel. O único lado bom disso era o fato das fãs pararem de me odiar. Na verdade, elas pareciam chocadas com todas aquelas novidades. Acho que era a primeira vez que a Família Luan Santana estava em silêncio no Twitter porque ninguém sabia o que falar sobre o que aconteceu.

Eu já havia desistido de ligar os meus celulares e bloqueado as chamadas para o meu quarto de hotel. No meio daquele “trupé”, resolvi simplesmente sentar e esperar para ver no quê aquilo tudo ia dar. Era como estar no "olho" de um furacão: A sua volta tudo está destruído e revirado, mas no centro tudo é calmo e tranquilo. Era assim que eu me sentia, calma e tranquila. Finalmente livre! Pela primeira vez depois de todo aquele tempo eu realmente sentia que os segredos haviam acabado. Era como se a minha vida estivesse recomeçando exatamente do ponto onde o Diogo havia a interrompido. Tudo estava em ordem, bem... Eu não me sentia mais como um cristal quebrado, sempre prestes a ruir. 

- Cristal? Tá aí? – Ouvi alguém bater na porta do meu quarto.

Parei de mexer no meu laptop e levantei da escrivaninha que havia no meu quarto, um dos poucos móveis que cabiam no pequeno espaço. Caminhei até a porta e chequei pelo olho mágico. Um rapaz moreno, alto, cabelos negros e traços muito bem feitos esperava por uma resposta do outro lado. Ele era a cara do Diogo, mas não tinha um sorriso presunçoso brincando em seus lábios. O homem parado ali era mais sério, tinha os olhos mais sonhadores e a mente mais sã.
 
- Léo?! – Exclamei depois que abri a porta.
 
- Cristal! – Ele me abraçou forte – O pessoal da recepção disse que você tinha dado ordens para não deixar ninguém subir, mas eu insisti. Disse que era um velho amigo e que precisava muito falar com você!
 
- Entra, entra! Me conta, o que está fazendo aqui? – Pedi o puxando para dentro.
 
- Eu estranhei você não responder o meus e-mails... Aí resolvi xeretar na internet e encontrei uma notícia estranha que você estava almoçando com um cara. Quando abro a foto, descubro que é o Cirillo, advogado lá do estaleiro! Eu e meu pai não gostávamos muito dele... Era o Diogo que o chamava sempre. Meu irmão pedia que o advogado lidasse com alguns casos mais “complicados”... Você sabe, né? Sempre que um cliente precisava dar um “jeitinho” para acelerar a importação ou a documentação de um barco... Nós não aprovávamos muito, mas os clientes gostavam e sempre dava certo, aí ele foi ficando... e ficando... – O Léo me explicou depois que se sentou na minha cama. Eu me ajeitei na cadeira da escrivaninha e fiquei diante dele, ouvindo as suas palavras – Quando vi a sua foto com o Cirillo desconfiei que algo estava muito errado. Então deixei o meu veleiro em uma marina próxima de onde estava e peguei um avião de volta para o Brasil. Cheguei na hora certa, né? É verdade tudo isso? A Laura estava mesmo te chantageando? Por que você não me disse nada? – Ouvi ele me cobrar.
 
- É verdade, sim! Você fez bem em voltar Léo. A Laura precisa de você, sua irmã está fora de controle! Ela me deixou sem saída, por isso não contei nada para ninguém! – Me expliquei antes de contar tudo o que aconteceu detalhadamente para o Léo. Dos e-mails com ameaças até o nosso encontro na Torre em Curitiba.
 
- E foi assim... Ela disse que se jogaria lá de cima por vocês e me perguntou por quem eu me jogaria... A resposta você já sabe! – Resumi encerrando o meu relato.
 
- Luan, é claro... – O Léo falou com a voz não tão alegre – Sabe Cristal, eu e os meus irmãos tivemos uma longa conversa assim que cheguei e me colocaram a par de toda a história – Ele me disse, mudando de assunto – Eu estive com o Diogo. Ele me pediu que te desse um recado – O Léo fez uma pausa antes de continuar – O Diogo queria muito que você soubesse que ele se arrepende do que fez e que não quer ser solto. Ele não concordava com os planos da Laura e não tinha nenhum envolvimento nessa chantagem. Meu irmão está muito diferente, Cristal. Mais maduro, mais calmo... Acho que ele finalmente cresceu e virou um homem. Deixou de ser aquele adolescente mimado que era. Cris, o Diogo que cumprir toda a pena dele e pagar pelo o que fez com você. Ele acredita que essa é a única maneira de se redimir...
 
Eu não falei nada. Apenas fiquei em silêncio observando o Léo enquanto ele falava. Eu não queria admitir, mas no fundo estava feliz por ouvir aquilo. Não seria justo o Diogo estragar a minha vida de tantas maneiras e ainda sair ileso. Talvez ele realmente estivesse mudando...
 
- Durante o tempo que passou preso o Diogo esteve trabalhando em uma ideia incrível. Você precisa ver, Cris... Ele desenvolveu o projeto de um barco que com certeza vai bombar no mercado. É perfeito! O modelo é ecológico, econômico e muito sofisticado! – O Léo me parecia muito animado falando das ideias do irmão – Ele me pediu para tocar o projeto para ele, sabe? Tirá-lo do papel e colocar as primeiras unidades à venda. E eu topei o convite. Acho que será sensacional! A chance que precisávamos parar tirar o estaleiro das dívidas!
 
- Então você e o Diogo finalmente vão trabalhar juntos? – Eu nem acreditava no que estava ouvindo. Os dois irmãos cresceram brigando entre si e agora estavam prestes a fazer uma parceria.
 
- Depois da morte do papai muita coisa mudou. A Laura está certa quando diz que temos que manter a nossa família unida... Tudo bem que ela usou os meios errados para fazer isso, mas foi ela quem abriu os nossos olhos para uma realidade: O estaleiro era a vida do nosso pai e é a nossa vida também. Nós não podemos deixar que tudo acabe assim...
 
-Eu concordo com você! – Sorri balançando a cabeça, feliz em saber que a família que eu considerava como minha estava se acertando.
 
- E falando na Laura... – O Léo mexeu nos cabelos, meio sem jeito – Ela está lá fora e gostaria de falar com você...
 
- Comigo? – Repeti surpresa.

- É, com você... Acho que ela gostaria de te dizer algumas coisas... – O Léo insistiu.
 
- Hããã...- Fiquei sem saber como agir. Eu não tinha a mínima vontade de falar com a Laura.
 
- Por favor, Cristal – Ele quase implorou.
 
- Hããã... Está bem – Me dei por vencida.
 
- Prometo que ela não vai se estender muito – Ele me avisou já se levantando e seguindo para a porta. Segundos depois, o Léo saiu pelo corredor e voltou após um tempo acompanhado pela sua irmã.
 
- Cristal... – Ela chamou com a voz baixa.
 
- Oi Laura – Tentei parecer interessada, mas temia não ter sido convincente o suficiente.
 
- Eu sei que você deve estar me odiando depois de tudo... – Ela começou a falar, meio sem jeito. Era estranho ver a Laura, sempre bela e imponente daquela maneira tão... humilde – Mas eu já te disse quais eram os meus motivos. Eu queria a minha família de volta! Queria ver o nosso estaleiro funcionando, nossos barcos navegando! Eu achava que tudo que tinha acontecido não era justo! – Ela interrompeu a sua fala para encarar o irmão.
 
- Mas eu conversei com o Léo e com o Diogo... A gente se acertou, finalmente – Ela sorriu parecendo muito satisfeita com a novidade – Desculpe Cristal por todo o mal que eu fiz. Eu sei que não tinha o direito de te usar daquela maneira... Mas de um jeito ou de outro, pelo menos as coisas deram certo, não deram? – Ela encolheu os ombros tentando se justificar.
 
- Ah é, tudo deu certo... – Concordei. Tudo o que eu queria era encerrar aquele assunto o mais rápido possível. De nada adiantaria discutir com ela. Eu só torcia para que a Laura realmente tomasse “jeito” agora.
 
- Éééé...  Eu e o Diogo... Nós pensamos em um jeito de te pedir desculpas por tudo... – A Laura continuou falando agora olhando para o chão, sem coragem de me encarar – O Léo deve ter te contado da ideia do meu irmão de lançar uma nova linha de iates. O Dí me pediu para cuidar da decoração dos barcos... Vou voltar a fazer o que eu sempre gostei, decoração! – Ela me deu um meio sorriso – Nós vamos chamar essa linha de iates de “Cristal Marine”, em sua homenagem. Foi um pedido do Diogo que todos nós acatamos. E eu resolvi que vou fazer a decoração inspirada nisso, em cristais. Sei que não é muita coisa, mas... Espero que você goste! - Ela concluiu meio sem jeito.
 
- Poxa, uma linha de iates de luxo com o meu nome? Achei a homenagem ótima! – Sorri para eles, contente. Achei a ideia da homenagem bacana. Uma forma criativa dos dois se desculparem. E para mim, não interessava mais guardar mágoas. Acho que aquilo zerava tudo entre nós e deixava o passado para trás, finalmente.
 
- Essa nova linha vai ser um sucesso, Cristal! – O irmão da Laura comemorou.
 
- É, espero que a Cristal nos dê sorte... – A Laura brincou, com um sorriso enorme no rosto. Já fazia muito tempo que eu não a via sorrindo daquele jeito. Talvez as coisas realmente estivessem se acertando.
Nesse instante uma batida na porta interrompeu a nossa conversa.
 
- Está esperando alguém, Cris? – O Léo me perguntou.
 
- Não... – Respondi encarando a porta um pouco receosa. Seria alguma fã que havia conseguido descobrir onde eu estava?
 
- Quer que eu abra para você? – Ele me perguntou.
 
- Por favor. Pode ser algum fã, ou repórter... Está tudo uma loucura desde o depoimento do Luan! – Pedi – Era para o processo permanecer em sigilo, mas alguém vendeu a história para os sites de fofocas e aí vocês já sabem! Me transformaram em princesa de um conto de fadas sem final feliz! - Comentei triste.
 
- Eu vi! Não falam de outra coisa no TV Fama! – O Léo brincou – Vou abrir para você. “Pera” só um pouquinho – Ele completou já se dirigindo para a porta.
 
- Pois não? Posso ajudar? – O irmão da Laura abriu apenas uma fresta da porta para não mostrar muito o interior do quarto.
 
- Oi... É... Esse não é o quarto da Cristal? – Ouvi uma voz conhecida perguntar no corredor.
 
- Débora? – Gritei lá do meu canto. Sentada na cama, a Laura apenas observava a situação mexendo no seu cabelo.
 
- Cris, você está aí? – A minha companheira de trabalhou gritou do corredor.
 
- Estou sim. Léo, deixa ela entrar... – Pedi. O que a Deby estava fazendo ali? Será que havia acontecido alguma coisa no escritório? Será que eles iam me mandar embora depois de todos os problemas pessoais que tive? Eu havia deixado o endereço do hotel onde estava com ela para o caso de uma emergência acontecer, mas não esperava uma visita.
 
- Cristal, desculpa a invasão, mas eu precisava saber se estava tudo bem... – A Débora estacou no meio do caminho quando viu a Laura - ... depois do depoimento – Ela completou a frase com a voz assustada – O que essa mulher está fazendo aqui?
 
- Eu é que te pergunto! O que você está fazendo aqui? Faz papel de “X-9”, depois volta atrás, me trai e agora vem até aqui se fingindo de preocupada? – A Laura respondeu com a voz carregada.
 
- Mas olha quem fala, né? Me usa para atingir a Cristal, quase acaba com a vida dela e agora fica aí, posando de bonitona sentada na cama da mulher que você estava chantageando até alguns dias atrás? – A Débora retrucou apontando o dedo para a Laura.
 
Balancei a cabeça inconformada. Se o Luan estivesse ali ele diria: Agora foi tudo “pro pau”. Não bastasse eu ter que aguentar a Laura se fazendo de arrependida, agora a Débora surgia eu não sabia de onde para piorar ainda mais a situação! Definitivamente, eu estava vivendo o meu inferno astral.
 
- Olha Débora, não sei porque você está tão abalada... Até onde eu sei você foi lá se fazer de vítima para o Luan só para ganhar o perdão da Cristal e agora quer ficar aí, se fazendo de vítima! Nós estamos juntas no mesmo barco, menina! Se toca! – A Laura se levantou também balançando o dedo. Certamente o sangue italiano dela estava falando mais alto.
 
- Você que não ouse me comparar a você! – A Débora estava quase “rosnando” de tanta raiva. Parado perto da porta, o Léo assistia a situação sem entender nada – Você usou uma criança, você me usou, você usou a Cristal... Você é egoísta, cruel, mesquinha... – A ruiva acusou.
 
- Mas eu fiz tudo isso pela minha família – A Laura se defendeu – E você, fez pelo o quê? Quer saber? Você não passa de uma garota idiota que acredita na primeira história que vê pela frente... – A Laura desdenhou com a voz irônica.
 
- Garota idiota? Idiota? – A Débora repetiu completamente perplexa – Eu vou te mostrar quem é a idiota aqui! Isso é para você aprender a nunca mais enganar ninguém, sua menina mimada que só consegue olhar para o próprio umbigo! Você não sabe o que é amor, por isso nunca vai ser capaz de entender o amor de uma fã para um ídolo...  – De repente a ruiva partiu para cima da Laura e deu um tapa na cara dela. Só pelo barulho dava para imaginar o tamanho da dor que a irmã do Diogo estava sentindo.
 
Com o impacto do tapa, a Laura se desequilibrou e caiu na cama. A Débora não perdeu tempo. Foi para cima dela e continuou distribuindo tapas sem parar, gritando xingamentos e puxando o cabelo da adversária.
 
- Léo! Léooo! Faz alguma coisa... – Chamei sem acreditar no que eu estava vendo. As duas estavam se “engalfinhando” na minha frente, a Laura completamente indefesa levando uma verdadeira surra da Débora. A morena até tentava revidar, mas não tinha nenhuma chance. A ruiva estava batendo para valer, tomada por uma raiva incontrolável.
 
- Meninas, por favor... Parem com isso! Parem agora! – O Léo finalmente resolveu se mexer e correu até a cama agarrando a Débora pela cintura e fazendo uma força tremenda para separar as duas. Enquanto se esforçava para separá-las, ele acabou levando alguns socos e pontapés da ruiva que não parava de “espernear”. 

Vendo a adversária parcialmente rendida, a Laura resolveu partir para cima e agarrou os cabelos da Deby em uma tentativa de revidar todos os golpes que havia levado.
 
- Cristal, faz alguma coisa! Me ajuda a segurar essas loucas! – O Léo pedia enquanto a irmã pulava em cima da Débora e derrubava os dois nos chão. A cena era surpreendente. As duas se estapeando rolando no chão e o Léo lá no meio, tentando apartá-las.

Acabei entrando no meio da briga. Meio desengonçada, consegui segurar um dos braços da Laura e parar o seu “ataque fulminante”.
 
- Sua vaca! Você é uma vadia que não só sabe pensar em si mesma – A Débora gritava e esperneava enquanto o Léo a levantava do chão e a arrastava para dentro do banheiro.
 
- Vadia é você, sua louca! Desqualificada! Gentinhaaaa! Sabe que fez coisa errada e agora vem querendo me julgar... – A Laura retrucava gesticulando com a mão livre. Eu ainda me esforçava para segurar o seu braço direito.
 
- Laura, vai para casa! A gente não veio até aqui para brigar! – O Léo pediu antes de se trancar dentro do banheiro com a Débora. Mesmo com a porta fechada ainda dava para ouvir os gritos da minha colega de trabalho.
 
- Não acredito que essa maluca partiu para cima de mim... – A Laura comentou enquanto tentava se recuperar. Parei para analisar a situação dela: cabelos completamente desgrenhados, um olho machucado que possivelmente ia ficar roxo, o rosto vermelho, lábios sangrando, braços e colo arranhados, o vestido rasgado...  Se a cena não fosse trágica, seria cômica. Eu nunca conseguiria imaginar a Laura naquele estado.
 
- Quer saber? Eu vou para casa mesmo! Eu não tenho a mínima condição de ficar desse jeito aqui! Preciso tomar um banho, me recompor... – A Laura começou a falar completamente perdida, procurando a bolsa que ela havia deixado em cima da cama antes da briga.
 
- Éééé... Acho que é melhor mesmo! – Concordei, fazendo o possível para não rir da situação.
 
- Me ajuda a encontrar a minha bolsa, vai... – A Laura pediu ainda tentando dar um jeito na sua aparência. Ficamos procurando a bolsa juntas por alguns instantes até eu encontrá-la perdida embaixo da cama.
 
Assim que pegou os seus pertences, a Laura se dirigiu para a porta, agora morrendo de vergonha por conta da sua situação – Avisa o Léo que eu já fui, tá? Desculpe toda a confusão, Cristal – Ela disse antes de caminhar até o elevador.
 
- Podem sair agora! A Laura já foi! – Avisei, após fechar a porta de entrada.

Ouvi o barulho de alguém mexendo no trinco e poucos segundos depois a porta se abriu – Vem Cá, Cris! Tô ajudando a nossa lutadora de UFC aqui a cuidar do corte dela – O Léo me chamou para entrar no banheiro.

A Débora estava sentada em cima da tampa do vaso, também descabelada e com as roupas meio amassadas, além de ter um corte acima da sobrancelha direita que estava sangrando bastante. Por um milagre, não havia acontecido nada com o piercing que ela usava no nariz. O Léo estava parado na frente dela, usando uma toalha para estancar o sangramento. A ruiva parecia bem constrangida e não lembrava em nada a pessoa furiosa que batera na Laura há uns minutos.
 
- Hããã... Desculpa! Eu sei que ela é sua irmã, mas eu precisava fazer isso! A Laura estava pedindo para levar uns tapas! – A minha companheira de trabalho confessou enquanto o Léo cuidava dela.
 
- Não tem problema! Eu sei que ela é minha irmã, que família é família e coisa e tal, mas... Ela realmente estava merecendo levar uns tapas! A Débora estava precisando descer do salto, levar um choque de realidade! Só não imaginava que seria um choque assim, né? Tão furioso! – Ele completou, rindo.
 
- Você é bem diferente dela, né? – A Deby perguntou olhando fixamente para o Léo.
 
- Eu e a Laura nos entendemos muito bem. A "Lala" sempre foi carinhosa, brincalhona, descolada, mas ela sempre deu muito valor a família. Ela sofreu demais quando perdemos a mamãe. Aí quando ela se viu sem o nosso pai, sem mim e sem o Diogo... Ela pirou e virou isso aí, que vocês viram agora... Eu espero que esse novo projeto traga a velha Laura de volta! – O Léo completou com o olhar vago.
 
- É, eu sinto falta da velha Laura. Nós costumávamos nos dar bem também, mas... desde que tudo aconteceu, ela está estranha comigo... – Opinei – Mas parece que tudo vai se ajeitar agora, não é Léo?
 
- É sim, Cristal! Eu sinto como se estivéssemos recomeçando! – Ele sorriu, animado.
 
- E nós estamos! Acho que esse é um novo recomeço para todo nós, inclusive para você, Débora! Acho que com toda essa bagunça você acabou aprendendo muita coisa também, não é? – Perguntei olhando para a ruiva através do espelho do banheiro. O lugar era pequeno e era estranho ver tanta gente reunida ali, conversando como velhos amigos em uma mesa de bar.
 
- Claro que aprendi! Eu sei que estraguei muita coisa, mas pelo menos sei que também ajudei a consertar a situação... Depois daquele depoimento que te ajudei a gravar para o Luan, percebi que o amor de vocês não iria se abalar só por causa da chantagem da Laura... Foi aí que a ficha caiu, que percebi que estava fazendo a coisa errada... Mas eu aprendi a lição! E agora que já matei a minha vontade de dar uma boa “coça” naquela louca, me sinto muito melhor! – A Débora avaliou com um sorriso no rosto.

- Falando em Luan... – O Léo trocou de assunto voltando a limpar o ferimento da Débora. Era impressão minha ou os dois estavam próximos demais para duas pessoas que tinham acabado de se conhecer? – E ele, Cristal? Como vocês estão?
 
- Bom... Eu estou esperando... Esperando o Luan! – Disse com a voz meio fraca.
 
- Esperando? Qual é, Cristal? O cara teve a coragem de se expor para todo mundo para te salvar! Você tá esperando o quê? Outra Laura aparecer e bolar um plano diabólico para separar vocês de novo? – A Débora chamou a minha atenção. Agora o Léo tinha saído da frente dela e parado perto da pia, por isso a Deby aproveitava para tentar melhorar a sua aparência se olhando no espelho.
 
- Mas dessa vez é diferente... O Luan precisa de tempo. A questão não é eu ter o abandonado ou a gente ter brigado por causa disso... A questão é confiança! Eu já sei como recuperar a confiança dele, mas eu preciso que ele esteja disposto a confiar em mim novamente... E isso leva algum tempo, Débora – Expliquei encostada no batente da porta mexendo sem vontade em uma mexa do meu cabelo – Por isso eu estou esperando...
 
- Vai dar tudo certo, Cristal! Eu tenho certeza! – O Léo veio até mim e colocou a mão no meu ombro tentando me dar algum conforto – Daqui você vai para onde? – Ele quis saber, mudando de assunto de novo. Pelo jeito ele não estava muito afim de discutir o mesmo "tema" por muito tempo... O Léo parecia bem agitado desde que havia entrado no meu apartamento. Será que era culpa das últimas novidades ou era influência da presença da Débora?
 
- Vou para a casa dos meus pais. Eles estão preocupados comigo depois dessa confusão toda. Vou até lá para acalmá-los e aproveitar para tomar um banho de mar! Tô precisando, né? Quem sabe assim eu consigo afastar essa maré de azar que tomou conta da minha vida nesses últimos tempos? – Brinquei dando o meu primeiro sorriso sincero do dia.
 
- E vai como? – O Léo voltou a perguntar.
 
- De carro. Eu acabei deixando o meu aqui quando vim para São Paulo pela primeira vez para encontrar a Laura. Aí depois de lá eu volto para Londrina. Preciso voltar a trabalhar, né? Eu tenho cuidado de algumas questões daqui mesmo com a ajuda da internet, mas não é a mesma coisa... – Expliquei.
 
- Fica tranquila! Eu estou dando conta do recado sem você lá, Cris! E os seus e-mails são “iluminados”! Salvam o meu dia! – A Débora fez graça ainda sentada na tampa do vaso.
 
-Bom Cris, o “papo de banheiro” está ótimo, mas eu preciso ver se a Laura sobreviveu a esse “nocaute” – O Léo olhou para a Débora rindo depois de soltar a “piadinha” do dia – Você vai ficar bem?
 
- Vou! Estou arrumando as minhas coisas. Viajo hoje à noite – Afirmei revirando os olhos, impressionada com o "humor" do Leonardo.
 
- Então vou deixá-la organizando sua mala. Se precisar de alguma coisa, por favor, me liga! Eu devo viajar novamente para Portugal, onde deixei o meu barco, para acertar tudo direitinho com o pessoal da marina de lá, mas pretendo ficar aqui no Brasil em definitivo. Espero contar com o seu apoio nesse novo projeto! – O Léo disse isso me abraçando forte.
 
- Que bons ventos te guiem, capitão! E claro que estarei aqui para te ajudar no que for preciso! Afinal, esses iates levam o meu nome! É bom que sejam um sucesso! – Ergui uma sobrancelha para ele fingindo um certo ar de “cobrança”.
 
- E serão! Você vai ver só! – Ele sorriu, me soltando do seu abraço – E você? Precisa de carona? Está bem para ir para casa sozinha? – Ele se virou para a Débora.
 
- Hããã... Acho que vou aceitar a carona, sim! Se eu entrar em um táxi desse jeito, acho que o taxista vai pensar que sou louca! – A ruiva respondeu toda fazendo charme. É, aqueles dois estavam muito estranhos para o meu gosto... O Léo sempre foi tímido, e agora estava oferecendo carona para uma mulher que ele nem conhecia. E pior, uma mulher que havia batido na irmã dele! Aí tinha coisa!
 
- Então vamos? – O Léo chamou se dirigindo para a saída.
 
- Claro! – A Débora também se levantou preparando-se para partir.
Os dois se despediram com palavras de incentivo e se colocaram à disposição para me ajudar no que fosse preciso antes de chamarem o elevador e descerem para o saguão.
 
Depois que fiquei sozinha, passei a organizar as minhas malas. Parecia que não era muita coisa, mas acabou me dando um baita trabalho. Fiz isso sem pressa, com o som da TV ligada me distraindo. A noite caía lá fora e a cidade se enchia de luzes. Era uma noite tranquila e tudo estava em paz, assim como o meu coração.
 
Quando terminei de arrumar tudo, peguei um bloco de anotações e me sentei perto da janela para dar uma última “olhada” em São Paulo e fazer algumas anotações. Desde a noite que o Diogo atirou contra mim eu vinha trabalhando uma ideia na minha cabeça. Agora que aquele pesadelo realmente havia chegado ao fim, eu achava que era hora de torná-la realidade. Eu não sabia de onde vinha a inspiração para trabalhar naquele novo projeto. Talvez fosse o sentimento de liberdade que tomava conta de mim naquele momento... Ou talvez fosse o sentimento que eu nutria pelo Luan que me dava forças para seguir em frente...
 
Esperei até a madrugada para pegar a estrada. Quando chegou a hora, deixei o meu quarto, passei pela recepção, acertei as minhas contas e segui para o meu carro. Um funcionário do hotel me ajudava a carregar as minhas malas.
 
Quando cheguei à garagem, tive uma surpresa. Alguém havia colocado no para-brisas do meu Captiva um cartaz com a frase “Obrigada por salvar o nosso anjo”. Com certeza alguma fã descobriu que eu estava hospedada ali e, de alguma maneira, havia conseguido entrar para deixar o seu recado. Fiquei emocionada. Depois de tanto “perrengue” com as Luanetes, era bom saber que elas tinham a consciência que eu amava o Luan com a mesma intensidade que elas.
 
Tirei o cartaz do vidro do carro com cuidado e o guardei no banco de trás. Enquanto o funcionário do hotel guardava as bagagem no porta-malas, dei uma rápida olhada no meu Twitter. Os comentários das fãs sobre o meu namoro com o Lú agora eram positivos e as meninas estavam preocupadas com a nossa situação. Por causa dos boatos da nossa separação, elas temiam que nós ainda estivéssemos brigados e pediam por notícias. Muitas delas também me mandavam mensagens carinhosas de apoio e outras se diziam chocadas com a crueldade do Diogo. Agradeci todos os twetts e avisei a todas que estava bem e que, logo após passar uns dias com a minha família, eu voltaria a trabalhar normalmente. 

Do inferno ao céu em poucos dias. Com as Luanetes era assim! Mas pelo menos, dessa vez, eu achava que havia conquistado a confiança e a simpatia delas de vez.
 
Feliz com o que vi no Twitter, deixei o hotel e segui rumo a Ilhabela. Seriam poucas horas de viagem e eu já conhecia o caminho de cor e salteado. Assim que coloquei o carro na rua, eu liguei o meu celular. Já era tarde da noite, por isso eu me sentia mais confiante para deixar o meu aparelho ligado. Certamente eu não receberia nenhuma ligação indesejada naquele momento.

Coloquei o aparelho sobre um suporte no painel e o conectei com o Bluetooh do carro. Ligar o meu telefone naquela hora já era quase um ritual para mim. Isso porque o Luan prometera me ligar para marcarmos uma conversa e eu sabia que, se ele realmente fosse me procurar, ele faria isso durante a madrugada, horário que ele se sentia melhor. Durante várias noites eu tentei ficar acordada até o amanhecer esperando o meu telefone tocar sem ter muito sucesso. No dia seguinte eu acordava e ficava encarando o visor procurando por alguma novidade. Era sempre a mesma coisa noite após noite: Nada! Nenhuma chamada, nenhuma mensagem, nenhum sinal... Por isso eu havia escolhido aquele horário para viajar. Dirigindo, eu não teria como cair no sono. E algo me dizia que aquela ligação iria acontecer aquela noite... Era como se alguém estivesse soprando no meu ouvido para não perder a fé.
 
Dirigi com o som ligado ouvindo as músicas do Lú. Foi uma viagem difícil. Eu me lembrei de todos os momentos que havia passado ao lado dele e a saudade tomava conta de mim. Em vários momentos acabei chorando, o medo de que o Luan não me quisesse mais me dominando por inteiro. A todo momento eu também checava se o celular estava com sinal e se não havia nenhuma chamada perdida ou algum SMS... Eu precisava ter notícias do Luan, precisava escutar a voz dele, nem que fosse só por um momento ou pela última vez... Acontecesse o que acontecesse, eu precisava acabar com aquela espera...
 
Peguei o já conhecido caminho de casa com o coração nas mãos. A viagem já estava quase acabando e nada do telefone tocar! Estacionei o carro em frente à casa que eu conhecia desde criança: um sobrado amarelo em frente à praia com redes na varanda e grama verde no jardim. O dia já estava quase amanhecendo colorindo o céu com tons de rosa e o mar batia suavemente contra a areia. Tudo continuava como sempre foi. A tranquilidade do litoral, os pássaros cantando, a brisa soprando... Dentro de casa tudo estava quieto. Com certeza meu pai estava aproveitando os últimos minutos de sono antes de acordar e seguir para a marina. Eu sabia que o Tomás estava por ali também. Com a crise no estaleiro e a Laura totalmente desequilibrada, o meu irmão estava ajudando na gerência da marina e da loja, os únicos negócios da família do “seu” Francesco que ainda estavam dando lucro. Apesar da “minha espera” pelo Luan, era bom estar de volta em casa.
 
Desliguei o motor e o rádio e acendi a luz interna do carro. Dei uma última olhada para o painel para verificar se havia alguma novidade... Nada! Nenhuma chamada. Respirei fundo já perdendo as esperanças. O meu plano não ia dar certo, o Luan não ia me ligar, eu não teria uma segunda chance de provar que confiava nele...

Curvei o meu corpo para o banco de trás para pegar a minha bolsa. Depois comecei a procurar a chave da casa dos meus pais que eu sempre carregava comigo. Um hábito difícil de largar... Encontrei o que queria e me endireitei no banco, pronta para sair e pegar as minhas coisas no porta-malas. Foi aí que eu vi a luz do painel acesa com a frase:
 
“Uma nova chamada de Número Desconhecido. Aceitar?”
 
Senti meu coração falhar uma batida. Será que era ele? Eu sabia que o Lú bloqueava o seu número às vezes e geralmente esquecia de desbloquear... Manias de Luan!
 
- Ai meu Deus, eu aceito! Aceito a chamada! Vai logo botão! - Corri as minhas mãos até o volante procurando toda atrapalhada pelo botão que conectava as ligações. Aquele sistema de atender chamadas enquanto dirigia era muito útil com o carro em movimento, mas atrapalhava bastante quando se estava com as mãos livres. Muito agitada, consegui apertar o botão torcendo para que não fosse tarde demais.
 
- Alô? – Atendi com o coração dando pulos dentro do peito.
 
- Cristal? – Ouvi a voz do Luan perguntar do outro lado.
 
- Oi! Oi Lú! Que saudades de você! Saudades de ouvir a sua voz! – Desabafei segurando o volante com força, tentando controlar a ansiedade.
 
- Saudades também, Vidinha! Como é que “cê” tá? Tá uma confusão danada! O povo todo falando da gente, do depoimento... Onde eu vou me perguntam disso, rapáiz! – Ele foi falando com a voz parecendo cansada. Com certeza as coisas não andavam fáceis para ele também.
 
- Eu tô bem, amor. Tá uma loucura mesmo! Eu quase não consigo ficar com o meu celular ligado... Mas sei lá... No fundo eu tô aliviada! Agora essa história acabou de vez! Agora eu estou livre de verdade! – Respondi.
 
- “Cê” tá certa, Vidinha! Agora tudo vai ficar bem de verdade, né? Eu tô aliviado também. Você finalmente tá livre do Diogo e de toda a família dele para sempre... Você merece ter um pouco de paz, ser feliz... – O Lú comentou um pouco mais animado.
 
- E você? Tá no Espírito Santo ainda? Deu tudo certo por aí? – Quis saber.
 
- Deu sim! Foi lindo o show aqui hoje, Vidinha! Galera tava animada demais! Tinha até uma menina na grade que “rancou” a blusa, acredita? – Ele riu, agora animado de verdade.
 
- E daí você vai para onde? – Achei melhor cortar o assunto e ir direto ao ponto. Eu estava tão ansiosa que parecia que eu tinha prendido a respiração e não conseguia mais soltar o ar. Eu precisava falar com o Luan, convencê-lo a aceitar o meu convite.
 
- Vou para casa, ué... Por que? – Ouvi ele perguntar com o tom curioso.
 
- Hum... É que eu tenho um convite para te fazer... – Avisei com a voz vacilando.
 
- Convite? Que convite? – O Luan não poderia estar mais curioso.
 
- Então... Eu tô aqui na casa dos meus pais, em Ilhabela. Será que você pode vir para cá para me encontrar? – Pedi já cruzando os dedos, na torcida.
 
- Ir para aí? Por quê? – Ele me parecia intrigado.
 
- Porque... porque... porque eu quero te mostrar uma coisa! Tem a ver com a conversa que a gente teve aquele dia no aeroporto – Expliquei já ficando muito nervosa. Eu nem me mexia no banco. Eu havia bolado uma maneira de conseguir provar para o Luan que eu confiava nele com todas as minhas forças e com todo o meu coração. Mas para isso era essencial que ele aceitasse o meu convite.
 
- Poxa Vidinha, eu não sei... “Cê” sabe como é a minha agenda... Eu tenho que ver com o Anderson, avisar o pessoal lá em casa... – Ele começou a se justificar.
 
- Luan, por favor, é muito importante que você venha! Promete para mim que você vem! – Pedi com os olhos cheios de lágrimas, tamanho era o meu nervosismo.
 
- Mas por que é tão importante eu ir para aí, “muié”? – Ele quis saber.
 
- Já disse, tem a ver com a nossa última conversa. Eu disse que confiava sim em você. Quero te provar que estava sendo sincera – Dei uma dica para ver se conseguia amolecer o coração dele.
 
- Poxa Cristal... Sei lá, acho que ainda não quero falar sobre isso... “Cê” sabe, eu gosto demais de você, mas “num guento” mais esses “trem” de mistérios... Eu nunca sei quando eu vou te ter, eu não sei se você é minha de verdade... E isso dói, Vidinha! É complicado demais viver assim... – Ele me disse com a voz baixa. Chorei ao ouvir aquelas palavras, mas eu não ia desistir. Eu sabia que o meu plano para reconquistar a confiança dele não ia falhar. O Luan iria deixar aquela opinião para trás... Mas eu precisava convencê-lo.
 
- Luan, confia em mim! Vem! – Apelei – Por favor, diz que vem...  Eu não te pediria se não fosse realmente importante...
 
- Eu vou falar com o Anderson, Vidinha – Ele disse após algum tempo. A voz dele estava balançada, sinal que o meu apelo tinha dado certo – Mas agora eu preciso desligar, Cris. Minha bateria tá indo pro pau... Só liguei para ouvir a sua voz, para saber se você estava bem...
 
- Tá certo! Vai lá e descansa! Você deve estar cansado depois do show, né? Mas ó, pensa com carinho no meu convite, por favor!
 
- Eu vou pensar... Boa noite, Vidinha! – Ele se despediu.
 
- Boa noite, amor. Eu estou te esperando... – Falei antes de encerrar a ligação. A aposta estava feita. Agora era esperar a resposta do Luan.
________________________________________________

Notas finais: Certo, vamos por partes:

1 - Gente, o que foi a Débora e a Laura saindo na porrada? Não sei, mas tô achando que tem muita gente aí amando a Deby por causa dessa surra, né? Só acho, viu?! Rs!

2 - Débora e Léo? É isso mesmo, produção? 

3 - E agora, meninas? Luan vai para Ilhabela encontrar a Cris? E, afinal, o que a Cris está preparando para ele? Algum palpite? Façam suas apostas!

É isso, meninas! INC tá chegando ao fim! Alguém vai sentir saudades?

A gente se vê no próximo cap! Beijo e fiquem com Deus!

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2 comentários:

  1. Aaaaaaaaaaahhh eu AMEI a porrada que a DEBY Deu na Laura, e super apoio a Deby com o Léo, quero casal vidinha de volta logooooooo.. acho que cris vai mostrar um lugar dela pro Luan. Kkk sei la.. preciso do proximo capitulo logoooooooo.. Mais uma vez.. AMEI A PORRADA. Kkkkkk Bejos da sua mimadora oficial, Daniela Noronha.. s2

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    Respostas
    1. Oi Dani!

      Ahh, a Laura bem que estava merecendo umas porradas, né? Deby fez muito bem! xD Aliás, Debinha se vingou da megera e ainda levou o Léo de brinde! Eita menina sortuda!

      Ó, você tá no caminho certo! Cris vai mesmo mostrar um lugar dela para o Luan. Mas ó, não conto mais nada, hein?! kkk E guenta! Guenta que o Casal Vidinha tá voltando! Só falta o Luan aceitar o convite da Cris!

      Obrigada por comentar minha mimadora oficial! Pegou o topo, hein?! Aí sim!

      Beijão e até o próximo capítulo! *--*

      Excluir

Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

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