quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Transcrição nº 12 – O meu novo mundo

Notas da Estagiária: Manu, como já disse na última transcrição, as consequências das escolhas da Raquel realmente serão terríveis.

Mas antes de encarar o inferno, ela teve um dia de rainha.
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Transcrição da página 40 à 43

 [“Como se o silêncio dissesse tudo
Um sentimento bom que me leva pra outro mundo
A vontade de te ver já é maior que tudo
Não existem distâncias no meu novo mundo

Tipo coisas da sétima arte
Aconteceu sem que eu imaginasse
Sonho de consumo, cantar na sua festa
Vem dançar comigo
Aproveita e me sequestra” – Meu Novo Mundo, Charlie Brown Jr.]

Gente.

Muita gente.

Era como se fizéssemos parte de uma missão do FBI.

“A Produção” cuidava de tudo.

Bastava piscar os olhos para tudo brotar na minha frente. Literalmente.

Táxi. Comida. Hotel. Até um casaco confortável, já que fazia frio no sul do país.

Eu me sentia como a Whitney Houston no filme o Guarda-Costa.

Também tinha muito barulho.

“A Produção” dando ordens para todos os lados, fãs gritando, música alta...

E luzes...

Flashes, holofotes, mais flashes.

Era estranho lidar com tudo isso.

Era o admirável mundo novo. Com muito glamour, brilho e luxo.

Era estranho vê-lo no centro das atenções.

Ali ele era diferente. Não o tipo de pessoa prepotente ou deslumbrada. E sim o tipo que queria agradar as pessoas, fazê-las felizes, diverti-las e afastá-las das verdades duras da vida por meio da música.

Um mensageiro de amor, carinho, boas energias.

Dos bastidores pude perceber o quanto ele era capaz de se doar, de passar sentimento através da sua voz, dos seus olhos, de um aceno, ou de um toque rápido de mão.

E então fiquei pensando: de onde ele tirava inspiração para tornar aquilo real?

E o principal: como ele não enlouquecia sabendo que tantas pessoas precisavam dele e, independente do que fizesse, ele jamais teria amor ou luz suficientes para satisfazer tantas almas e corações?

***

Dessa vez não precisei me disfarçar e sair escondida do camarim. Naquela noite, eu era uma convidada especial.

Claro que isso rendeu cochichos, olhares curiosos e caras viradas.

Mas era diferente aos cochichos que escutei quando cheguei no escritório após terminar meu noivado. Naquele cenário, eu era apenas uma peça no tabuleiro.

No meu novo mundo, o tempo todo ele olhava para mim com um sorriso apaziguador no rosto. 

Era como se dissesse: Aguenta firme, eu vou fazer tudo isso valer a pena.

E para ser bem sincera, eu já sabia que não seria fácil. Se com o Amor (ou melhor dizendo, ex-Amor) já havia mulheres que davam em cima e queriam se meter na nossa relação, imagina ali, ao lado de uma pessoa pública!

Era como estar no paredão do Big Brother, fazendo uma comparação bem tosca entre as situações. Milhares de pessoas opinavam se eu deveria ou não ficar e a mim só restava o direito de explicar as razões pelas quais eu queria continuar.

E de tantas razões, a que me parecia mais forte e importante era a de eu realmente querer ficar. Mesmo diante de tantos obstáculos e pedras no caminho, eu queria percorrer aquela estrada até o final.

Porque eu sabia que no final dela havia um grande tesouro.

Balancei a cabeça.

Não, não... o tesouro não estava no final, a maior riqueza era o caminho. O simples ato de caminhar ao lado dele já era um privilégio.

***
Enfim, sós.

Lá pelas tantas da madrugada, depois de inúmeros compromissos, conversas, entrevistas, lágrimas, gritos...

Eu estava esgotada.

Para ele parecia um dia normal. Como conseguia?

“E então, o que achou?”

“Intenso”.

Ele riu.

“Você definiu a minha vida em uma única palavra. É exatamente isso: intenso. Mas você já ouviu falar que o lugar mais calmo é no centro de um furacão? Então, tudo o que acontece lá fora é como um furacão. É muita gente, muito sentimento envolvido, afinal, são sonhos: meus, das meninas, da minha equipe... Mas depois quando acaba, é isso”.

Ele apontou para o quarto.

Entendi o que ele quis dizer. O lugar estava silencioso, quieto, solitário.

Depois de tanto se dar, quem iria preencher os espaços vazios em sua alma? Quem o faria sorrir, quem seria responsável por fazer seu coração bater mais rápido?

O resto da noite me trouxe as respostas.

O jeito que me abraçou, que me contou sobre os novos projetos, que cantou para mim enquanto o sol amanhecia...

A forma como nos encaixamos. Como nos transbordávamos.

A paixão estava no ar, na batida dos nossos corações, na nossa alegria, no nosso olhar.

Como um espelho, vi refletida em sua expressão o que se passava pela minha cabeça.

Aquele era o meu lugar. Cada vez mais eu tinha certeza daquilo.

Como o rio corre para o mar, toda a minha vida me designou a estar ali, com ele e para ele. Fui treinada para encarar furacões e agora a minha função era transformar o centro da tempestade em um lugar confortável, divertido, onde pode-se encontrar amor, paz, carinho e amizade.

Resumindo, um porto seguro.

***

Antes de pegar no sono, ele sussurrou no meu ouvido “Quer ser minha rainha?”.

Não precisei responder. Nós dois já sabíamos a resposta.
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Notas da Manu: Pode chamar o Samu, eu estou desmaiada com tanto amor.

E também estou curiosa para saber que consequências são essas.

Aposto que o Amor (ou ex-amor) vai aprontar. Tenho certeza disso. Mas poxa, não queria que ele zicasse esse lance tão lindo entre a Raquel e o cantor. Pooxa, tá rolando mó química.

Ansiosa já para começar a próxima transcrição.

Beijo, gurias!


***Leia a próxima transcrição:Página 44 à 47: O jogo virou

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