quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capítulo 2 - Primeira noite em Cancún - Bun, Bun, Bun

Notas iniciais do capítulo:
Espero que gostem, meninas!
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– Luan Santana? Não sabia que você gostava desse tipo de música – Minha irmã Marí comentou ao entrar no escritório do Cocobongo e me pegar no flagra fuçando alguns sites de fãs-clube do garoto do sorriso bonito que eu tinha visto no voo. Confesso que fiquei curiosa para saber mais sobre ele. Fiquei impressionada com o sucesso que ele fazia com as meninas... Bom, se bem que com aquele sorriso ele poderia fazer sucesso com as meninas, com as coroas, com as meninas da 3ª série...

– Terra chamando Malú, Terra chamando... Sabe que às vezes eu acho que você deveria ter se tornado astronauta ao invés de aeromoça? Fala sério, você vive no mundo da lua, Maria Luíza – A Marí se achava A humorista de stand up comedy.

– Aff, para de besteira! E eu gosto de Luan Santana sim... Pelo menos faz algumas horas que uma música dele não sai da minha cabeça – Fui quase sincera. Na verdade era ele quem não saia na minha cabeça, mas achei que era melhor dizer que era apenas uma de suas canções.

– Bom, depois do expediente você terá todo o tempo do mundo para procurar informações sobre o Luan Santana. Mas agora tá na hora de abrir o bar. E hoje é a noite dos gogo boys, e isso vai lotar de mulheres solteironas querendo tirar uma casquinha dos nossos garotos – Minha irmã disse rindo ao se lembrar das “quarentonas” que apareciam lá no Cocobongo para paquerar os dançarinos que trabalhavam lá.

– Alguém falou da gente? – O Tchelo e o Zac , os dançarinos gêmeos da boate, entraram no cômodo como se apenas estivem aproveitando o melhor momento para fazer uma “entrada triunfal”. Eles eram altos, bronzeados de sol, fortes, com belos olhos cor de mel e um sorriso sedutor nos lábios e sabiam enlouquecer o público feminino do Cocobongo como ninguém. Uma pena que eles não se aproveitavam muito dessa fama, já que eram gays...

– Malú, você voltou mulher! Nossa loba predileta! – O Tchelo exclamou ao me ver.

Bom, é o seguinte: É melhor eu já explicar essa história de Loba antes que dê algum mal entendido.

Cada noite no Cocobngo tinha um tema específico. Na terça era a noite dos Gogo boys, para a alegria da mulherada. Na quarta tinha o luau, na quinta o Baile das Máscaras e na sexta era a noite da Loba, quando uma dançarina da boate fazia uma super performance que deixava a Beyoncé no chinelo. O problema é que no ano passado, quando eu passei quase toda a temporada trabalhando em Cancún, a nossa dançarina-Loba ficou doente, e eu precise substituí-la por três semanas consecutivas. Fiz muito sucesso com os turistas, mas treinar aqueles passos me matava. E eu não estava afim de tentar de novo...

– Sem essa! Esse ano não tem Loba! Não é possível que a Mel fique doente de novo – Já tratei logo de cortar o mal pela raiz.

– Não baby, a Mel está ótima de saúde, fique tranqüila. Vamos te poupar dessa vez! – O Zac piscou para mim, o que não me convenceu muito.

– Mas não pode ser, de novo? Mas assim não vai ter um dia que eu vou ter paz... – Um furioso Rico entrou no escritório já com os seus trajes de bartender, ou seja, uma camisa desabotoada e uma calça jeans cintura baixa. Meu cunhado tinha a fama de servir os melhores drinques de Cancún e, de quebra, conquistar o coração das turistas (o que não deixava minha irmã muito feliz, mas era bom para os negócios).

– O que foi, mí cariño? – A Marí disse se aproximando de seu marido.

– Outro funcionário da agência doente. Justo amanhã que temos um grupo VIP que chegou do Brasil para atender. Não sei o que eu faço... – Ele suspirou. Além do Cocobongo, meu cunhado e minha irmã eram donos de uma agência de turismo que organizava passeios para os visitantes da cidade – Você não pode cuidar da recepção desse grupo? – O Rico perguntou para a sua esposa.

– Nem pensar! Preciso comprar a decoração para o luau – Minha irmã detestava recepcionar turistas – Mas a Malú tá tranqüila amanhã – Sabia que ia sobrar para mim...

– Boa Marí! Malú, amanhã o grupo de brasileiros é seu. O guia vai ser o Juan, tudo o que você precisa fazer é pegar os turistas no hotel e cuidar das reservas para o almoço, certo? – Ele piscou para mim todo se achando o “Big Boss”.

Dei o meu melhor sorriso amarelo para ele. Aquilo lhe custaria muito caro!

– E agora pessoal, é hora do show! Zac e Tchelo, destruam o coração das donzelas hoje! - Meu cunhado falou enquanto seguia rumo ao salão do Cocobongo.

A boate tinha um espaço amplo. A pista de dança era dividida em duas partes – uma onde ficam as mesas e o bar e outra onde ficavam a pista de dança e a DJ. Na parte superior, acima da pista, ficava a parte dos camarotes, onde apenas convidados VIPS podiam entrar. Ao lado do bar ficava o jardim, uma área reservada para aqueles que já tinham descolado uma companhia. Todo o local era decorado com muita elegância usando detalhes em madeira e mármore, porém sem deixar o ar despojado e jovem de lado.

Todos assumiram os seus postos. A Lua, a nossa DJ, apertou o play para que a música começasse a tocar e em poucos minutos os primeiros clientes já estavam chegando.

Como era alta temporada e a boate estava ficando lotada todas as noites, minha irmã subiu para tomar conta dos camarotes enquanto eu fiquei no bar para ajudar o Rico a servir os clientes.

*** Link para música - http://www.youtube.com/watch?v=m048LYHpTmQ

“I hope you’re ready, great times are coming” (Eu espero que você esteja pronto, bons tempos estão chegando) – Eu e o Rico cantamos juntos, empolgados pelo ritmo.

A casa já estava cheia, as pessoas dançavam empolgadas ao som da música, e os nossos gogo boys faziam muito sucesso entre as jovens que estavam na pista.

Eu corria de um lado para o outro para atender os pedidos das mesas. Fala sério, com um som daquele tocando e o pessoal ficava sentando conversando e bebendo? Era demais para mim...

Levei duas caipirinhas para a mesa quatro, um whisky com energético para a mesa sete e já estava seguindo em direção a mesa três com as doses de vodkas que dois rapazes tinham pedido quando pisei no pé de alguém, me desequilibrei e caí em cheio nos braços de uma pessoa. Eu estava salva, e por uma obra divina, a bandeja com os dois copos também.

– Eita, cuidado muié – Pude ouviu o “meu herói” dizer ao me ajudar a me levantar.

– Poxa vida, desculpa! Eu escorreguei, o pessoal não deveria ficar em pé aqui na área do bar, e a casa está muito cheia hoje... – Comecei a despejar mil desculpas para o rapaz que tinha me segurado.

Depois de ficar quase um minuto falando sem parar, percebi que o rapaz olhava para mim com um sorriso nos lábios e sinalizava com as mãos que não conseguia me escutar.

Eu já ia ficar muito brava por ter ficado falando sozinha, mas então o sorriso do rapaz prendeu o meu olhar. Era um sorriso... um sorriso perfeito, espontâneo, sincero, capaz de te fazer sorrir só de olhar para ele. E então eu reconheci – Era o rapaz do avião, o Luan Santana.

Apontei para ele e depois apontei para a sua camisa. Ele fez cara de quem não estava entendo absolutamente nada do que eu queria dizer. Então eu me aproximei e falei perto do seu ouvido – Você trocou a camisa!

É, eu sei que eu poderia ter dito uma porção de outras coisas, mas foi só o que veio na minha cabeça naquele momento.

Então ele olhou novamente para mim e a expressão de dúvida no seu rosto desapareceu.

– Você é a moça do avião que derrubou café na minha camisa? – Ele tinha me reconhecido! Dentro de mim, o meu coração batia no compasso da música que tocava.

– Isso mesmo! E agora eu quase derrubo vodka em você. Acho que você precisa parar de usar camisas bonitas perto de mim – Reparei que ele usava outra camisa xadrez como a que ele trajava no avião. Bom, pensando bem, talvez fosse realmente melhor ele ficar sem camisa perto de mim...

– Mas o que você está fazendo aqui? – Nós fazíamos um esforço tremendo para conseguir entender um ao outro. E embora eu estivesse gostando dessa história de falar no “ouvido” do Luan, dei uma rápida olhada para fora e vi que a área do jardim estava mais tranqüila.

Eu não sei porque, mas o peguei pela mão e o levei para a parte aberta da boate, me esquecendo completamente da vodka e dos outros pedidos.

– Minha irmã e meu cunhado são donos desse lugar. Por que você acha que eu te aconselhei a vir para cá? Tô vendo que você seguiu a minha dica! – Disse depois que chegamos ao jardim.

– Ah, agora entendi o porqêe você disse que essa era a melhor boate da cidade. Mas, você não é aeromoça? O que “cê” tá fazendo aqui servindo o pessoal? – Ele perguntou um pouco confuso.

– Estou só dando uma mão para o meu cunhado. Ele é o cara que serve os drinques, sabe? – Apontei em direção ao Rico.

– Bom, já que você é amiga do bartender e quem está entregando os pedidos, qual bebida você me recomenda? Estou afim de beber “um trem” aqui de Cancún – Ele disse mexendo no cabelo e sorrindo. Me derreti com o sorriso...

– Você quer um drinque? Já sei o que será ideal para você! Vou pedir para o Rico fazer o meu favorito – Disse me recuperando do deslumbramento do seu sorriso e novamente o puxando, mas dessa vez em direção ao bar equilibrando a bandeja com a mão livre.

– Rico, um sexo na lua para o meu amigo aqui – Disse aos gritos.

– Certo! Um sexo na lua saindo no capricho! Mas Malú, acho melhor você entregar esses pedidos aqui antes que o pessoal perca a linha com você – Meu cunhado me advertiu.

Coloquei o Luan sentando em um banco na beira do bar e comecei a distribuir os pedidos do jeito mais rápido que eu pude.

Quando voltei o drinque do Luan já estava pronto.

– Espero que você goste – Disse entregando a bebida para ele.

Ele deu o primeiro gole receoso, mas depois relaxou e bebeu mais uma boa quantidade do copo.

– Gostou? – Perguntei

– É uma delícia! É bem docinho! – Ele comentou rindo. Ai meu Deus, eu precisava me controlar... Se eu fosse ficar boba toda as vezes que ele sorria eu estava ferrada.

– É o meu predileto! Mas cuidado, porque isso te deixa meio tonto bem “rapidinho” – Brinquei.

– Ah, quer dizer que você tá querendo me deixar bêbado? – Ele piscou um olho, como quem diz “Estou brincado com você”.

– Talvez... Assim quem sabe você esquece que eu já te acertei duas vezes: uma com o café e outra com a bandeja – Fiz cara de inocente, como se a culpa de todos aqueles “acidentes” não fosse minha.

– Posso esquecer o café e a bandeja, mas acho que eu não quero esquecer de você – Ele falou todo fazendo charme. Senti meu rosto ficar mais vermelho que pimentão.

Nessa hora a DJ Lua começou a tocar uma música que fez todas as mulheres das pistas gritarem. Virei rosto me fingindo interessada na confusão e vi o Tchelo e o Zac puxando algumas garotas para dançar em cima dos sofás que ficavam na beirada da pista.

*** Link para música - http://www.youtube.com/watch?v=9O72RLP5fF4

A pista ficou lotada de pessoas seguindo a coreografia da canção, que já era bem conhecida na casa. A dança era um tipo de “Maracarena” adaptada. Quando chegava no refrão, as pessoas esticavam os braços, os dobravam para a lateral e depois davam uma “reboladinha” antes de começar tudo de novo. Quando o cantor falava “Yo quiero estar contigo” as meninas da pista apontavam para os gogo boys que respondiam também apontando na direção delas na parte do “Tú quieres estar conmigo”.

Aproveitando o clima da música e a última frase ousada que o Luan disse para mim, me enchi de coragem e me virei em sua direção apontando para ele na parte do “Yo quiero estar contigo”.

– Bêbado o suficiente para dançar? – Provoquei.

Claro que ele não estava nem um pouco alterado. Mal tinha bebido metade do seu drinque, mas mesmo assim ele concordou em dançar comigo.

Puxei ele para a pista e entramos no ritmo de todo o pessoal.

Dançamos com os corpos colados um ao outro e nos divertimos muito juntos. Mesmo depois que a música acabou permanecemos na pista.

– Não tinha reparado que você era tão bonita no avião – Ele me disse enquanto estávamos na pista.

– Estou mais bonita agora porque você está bêbado! Que coisa feia Luan, beber assim desse jeito – Brinquei

– Hey, como você sabe o meu nome e eu não sei o seu? – Fala sério, ele acha mesmo que alguém nesse mundo não sabia o nome dele?

– Um passarinho verde me contou – Fingi fazer mistério.

– E o que mais ele te contou? – Ele quis saber.

– Que você tem o sorriso mais bonito de Cancún – Vejam bem, eu já tinha derrubado café na sua camisa, já tinha caído em cima dele e mesmo assim ele tinha topado dançar comigo. Por que não ser cara de pau naquele momento?

– Esse passarinho é bem esperto, hein? – Ele riu e mexeu nos cabelos. Percebi que ele tinha aquela mania de bagunçar os próprios fios.

Segui o ritmo da dança e o girei na pista, fingindo dançar algum tipo de valsa ou coisa assim. Ele acabou fazendo um movimento meio desajeitado e deixou um cartão cair do bolso da camisa. Por sorte eu consegui ver onde caiu, senão nunca mais acharíamos no meio daquela confusão de luzes, pessoas e pés que enchiam a pista.

– Aqui, peguei! – Disse após me abaixar e pegar o objeto.

– Nega do céu, se eu perco esse cartão eu não entro no meu quarto hoje. Ainda bem que você achou! – Ele pegou o cartão das minhas mãos e ia guardá-lo de novo no bolso da camisa.

– Nem pensar, você vai acabar perdendo isso. Deixa o cartão comigo! Te entrego antes de ir embora – Tomei o cartão de identificação das mãos dele e coloquei no bolso traseiro da minha calça jeans. Queria ver ele ter coragem de pegar alguma coisa ali.

– Sabe que isso até que não é uma má ideia? Sabe, garota do avião, acho que você deve me levar até o hotel hoje, assim não tem perigo de eu perder o cartão – Ele riu. Não pude deixar de rir do jeito que ele me chamou - garota do avião. Antes do final da noite eu precisava lembrar de dizer o meu nome a ele...

– Luan, ainda bem que eu te achei. Acho que a Bruna se empolgou demais com os gogo boys e está passando mal – Reconheci a garota que chamou o Luan como uma das que estavam sentadas perto dele no avião. Eles deviam estar juntos no mesmo grupo.

– Eu preciso ir. Adorei te conhecer – Ele me deu um beijo no rosto e saiu com uma expressão preocupada no rosto. Quem, afinal, era Bruna?

***

A noite seguiu, porém sem o mesma graça para mim. O Luan devia realmente ter ido embora, porque eu não o vi em nenhum canto da boate.

A pista começava a ficar vazia e as pessoas já estavam meio desanimadas para continuar dançando. Era aquela hora da noite que sempre batia a nostalgia.

Encostei no bar perto do Rico e pedi um Sexo na Lua para mim. Enquanto bebia meu drinque me lembrei dos momentos que tinha passado junto com o Luan naquela noite.

Burra! E eu nem tinha falado o meu nome, ou deixado algum contato meu com ele. A oportunidade bateu na minha porta e eu a deixei passar... Bufei de raiva comigo mesma.

Me mexi no banco procurando uma posição mais confortável quando senti algo diferente no meu bolso. Me levantei para checar o que era aquilo e mal pude acreditar quando vi o cartão de identificação do Luan nas minhas mãos.

Afinal, a oportunidade ainda batia na minha porta, e me perdoem o trocadilho, a porta era de fato a solução para os meus problemas. Sem aquele cartão o Luan não conseguiria entrar no quarto dele... Era melhor eu levá-lo o mais rápido possível para ele.

Olhei mais atentamente para o cartão. Lá estava o número do quarto e o nome e endereço do hotel. Mais fácil do que isso só se viesse com uma mapa com as coordenadas junto.

– Rico, eu já volto – Avisei antes de sair correndo pela porta de saída da boate e entrar no primeiro táxi que vi na frente.

– Para o Gran Plaza, por favor – Pedi.

***

O Plaza era o hotel mais chique da cidade. As portas davam praticamente na areia da praia e tinha suítes do tamanho de uma casa de uma família de classe média.

Chegamos ao hotel e eu segui até a recepção.

– Por favor, preciso entregar esse cartão para o senhor Luan Santana – Disse para a recepcionista.

– O senhor Santana está te esperando? – Ela me perguntou com seu sotaque espanhol.

– Não, ele esqueceu a chave comigo, eu só queria entregar – Disse quase implorando para que ela não estragasse os meus planos.

– Ok, como devo te anunciar?

– Hã... Pode ser Malú – Falei sem muita certeza. De repente fiquei com medo de Malú parecer simples demais.

– O senhor Santana está hospedado no 33º andar. Você pode subir, vou avisá-lo pelo interfone – Ela me disse.

Respirei aliviada. Por um momento achei que ela iria me impedir de entrar.

Peguei o elevador relutante. Eu morria de medo de andar naquelas máquinas, mas hoje não teria opções. Nem pensar subir até o 33º andar de escadas.

O elevador parou e eu desci no corredor do quarto de hotel, todo de mármore e muito bem iluminado. Eram apenas três portas. Olhei para cada uma tentando identificar qual era o quarto do Luan, mas não precisei fazer muito esforço.

Ele estava parado diante da porta com um funcionário do hotel ao seu lado segurando um molho de cartões de identificação. Pelo jeito eles estavam tentando encontrar o reserva que abria a porta.

– Luan – Chamei ainda parada na frente do elevador – Seu cartão!

Ele olhou para mim surpreso e depois correu em minha direção dispensando o funcionário do hotel. Vejam só, eu já posso dizer que o Luan Santana correu atrás de mim.

– Nega do céu, nem acredito que você veio trazer. Achei que eu ia precisar pedir abrigo no quarto da minha irmã hoje – Ele disse se divertindo.

– Irmã? – Perguntei curiosa.

– É, lembra que ela passou mal na boate hoje? Então, não ia ser legal dormir no mesmo quarto que a Brú hoje – Ele me explicou. Hum... Então a Bruna era só a irmã dele? Respirei aliviada sem nem me dar conta.

– Bom, então eu já vou indo. O táxi tá me esperando lá fora – Disse voltando ao foco da situação.

– Não, espera aí! Não quer entrar um pouco? – Convite tentador, pensei.

– Hããã... Melhor não. Já está tarde e amanhã eu preciso acordar cedo para ajudar o meu cunhado. Mas, de qualquer forma, obrigada pelo convite – Tentei não parecer triste por ter que recusar o pedido dele.

– Bom, tudo bem... Então eu te levo até lá embaixo – Ele falou chamando o elevador que chegou em poucos segundos.

Entramos e começamos a descer rumo à recepção. Um silêncio constrangedor ficou entre nós enquanto seguíamos para baixo. Era como se estivemos buscando as palavras certas para dizer um para o outro.

Foi então que, de repente, tudo ficou escuro e o elevador parou.

Eu gritei desesperada.

– Luan, o que está acontecendo? – Eu tinha perdido completamente o controle da situação.

– Calma, calma, acho que acabou a luz – Ele tentou me acalmar.

– Luan, eu tenho medo, muito medo de ficar aqui – Eu era claustrofóbica, descobri aos cinco anos de idade quando fiquei trancada, sem querer, dentro do armário da minha mãe. Eu e a Marí estávamos brincando de esconde-esconde.

– Calma, vem cá, vai ficar tudo bem – Ele me abraçou e começou a falar comigo tentando me manter sobre controle. Me senti confortável ali no seu abraço. Era uma sensação diferente do que eu tinha sentido horas antes na boate quando dançamos juntos. Agora eu me sentia protegida, confortável, me sentia bem, como se ele realmente se importasse comigo.

A luz voltou e o elevador voltou a se mexer. Eu estava com o rosto molhado de lágrimas apoiado no ombro do Luan, que me abraçava de uma maneira carinhosa.

Seguimos desse jeito até o hall, quando as portas do elevador se abriram.

– Bom, é melhor eu ir – Eu já me sentia mais calma, mais sob controle da situação.

– Tem certeza? – Ele perguntou me soltando devagar.

– Sim, não precisa se preocupar, o susto já passou – Tentei sorrir sem sucesso.

– Que bom, você me deu um baita susto com aquele grito – Ele tentou fazer graça com a situação.

Sorri meio sem jeito e dei um passo colocando o meu corpo no hall de entrada. – Te vejo amanhã? É dia de luau no Cocobongo – Foi tudo o que eu consegui dizer. De alguma maneira eu queria garantir que eu não seria apenas mais uma garota para ele...

– Com certeza, a gente se vê lá – Ele piscou para mim.

Sorri para ele e me virei para caminhar em direção à porta. O moço do táxi já devia estar impaciente me esperando.

– Hey, você não me disse o seu nome – Ouvi o Luan gritar do elevador.

– Maria Luíza, mas pode me chamar de Malú! Até amanhã, Luan – Eu nem acreditava, mas amanhã eu ira ver o Luan Santana de novo!
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Notas finais do capítulo:
E aí lindonas, gostaram da primeira noite em Cancún?
Vale lembrar que 5D será uma fic curta, mas muitoooo bacana também!

Aqui está a lista do pessoal que já está na lista de avisos do TT:

@daanybueno_ @umbeij0 @mysweetluphia

@Rebelde_Arg @ThayCamposP @S2s2s2Aninha

@ChocolatradoLuh 


Se vc ainda não está, é só gritar lá no TT, ok?

Até dia 12, meninas!

*** Bora pro próximo capítulo? Então clique aqui


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10 comentários:

  1. oopaa.. óóóó eu lendo de novo !!1 kkkk
    eeiitaa!
    !! florsinha..vc é de onde eimm???
    e qd k cê vai continuar postandos os textos variados???
    que é?? cê axa k eu nun leio nao ée?? kkkkkkkkkk
    eu leio sim e axo eles perfeitos!!
    bjs da sua fielsissima leitora!!
    aninha

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    1. Oii Aninha!

      Eu sou de São Paulo, nega! Você é do Pará, né?!

      Aninha, eu vi que você leu os textos! Rs! Vi os seus comentários... Então nega, posto esses textos quando me dá vontade de desabafar, sabe? Não é algo que eu faço sempre. Mas quase todos os que eu escrevo eu posto aqui! Que bom que você gosta deles! *-* São apenas algumas ideias que eu tenho que acho interessante compartilhar com vocês!

      Beijos nega! Dia 12 tem mais cap de 5D!

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    2. sim,sim.. put'z.. kkk eu já tinha te perguntado isso né?? kk desculpa é k eu tinha eskecido..tipico de min!! kk

      olha maanu k bom! isso significa k são sentimentos reais!!.. continue assim espontanea!!
      bjs..
      da sua fielsissima leitora..
      mal posso esperar!!

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    3. Tem problema não, amore! Eu te conto de novo! kkkk

      Podexá, vou continuar assim, desse "jeitinho"!
      Brincadeira! São sentimentos espontâneos sim, amore! Por isso não são sempre que "saem". Tem que rolar uma "inspiração", saca?

      Beijo Nega! Se cuida!

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  2. Ownt, que fofa a parte do elevador.. É muito bom voltar a ler 5D. Tão perfeitinho juntos..
    Tô sem inspiração pra comentar mais tô aqui.
    Liandra Santos

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    1. Essa cena do elevador foi fofa demais, né? Malú já arrancando uma casquinha do nosso Divo! Boba nem nada essa menina!

      Ahh, que bom que você está por aqui, Lí!

      Dia 12 tem mais cap, hein? Espero que a sua inspiração para comentar já tenha voltado até lá! kkk (Brincadeira!).

      Beijooo Lí!

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  3. Eo destino conspirar a favor da Malu

    Perfect

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    1. Conspira muito, né?! Fala sério, tanta gente no Cocobongo e ela vai tropeçar justo no Nego! É muita sorte! Uma coisa dessas não acontece comigo! kkk

      Obrigada Nega!

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  4. adorei...a cena do elevador foi muito fofa...o Luan preocupado com a Malu...que lindo

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    1. Cena do elevador foi perfeita, né? Esse casal é realmente muito fofo!
      Luan está especialmente "lindo" nessa fic!

      Beijo Mary!

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!