Capítulo 5 - 3ª noite - Baile das Máscaras

Notas iniciais: Ainda estou sob o efeito da entrevista do Luan na rádio, então não sei se o cap está bom ou não! Na verdade, não sei mais de nada, só queria ficar ouvindo o Luan falar o resto do dia... Na boa, esse menino ainda vai me deixar louca...

P.S: Cap dedicado para toda a Trupe que me escolheu como "presidenta" do FC mais top desse neverso! Arriba Trupe! 
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No capítulo anterior:

- Nossa, mas que “muié” mais prestativa – Ele comentou em tom irônico – Mas ó, nem vem querer me enrolar, não... Quero saber que história é aquela de não querer se apaixonar... – Ele pediu, fingindo ser um cara sério. Ai Deus, ele já era lindo! Fazendo charme, então... Definitivamente ele estava tentando me conquistar. E o pior: Estava conseguindo!

- Não tem história... Isso é apenas uma opção. Uma escolha que eu fiz – Expliquei deixando o meu prato de lado no sofá. Ao nosso redor as pessoas almoçavam e conversavam animadas, sem dar atenção para nós. Ao fundo, a seleção musical da Lua animava o ambiente em um volume baixo.

- Mas “ocê” disse que tinha uma pessoa... – Ele insistiu também deixando o almoço de lado. Ai droga! O papo estava ficando sério...

- É... Teve. Eu namorei uma pessoa por três anos. Mas não deu certo e a gente acabou terminando... – Resumi a história.

- E por que acabou? – O Luan rebateu em seguida.

Caramba! Isso era um interrogatório? Porque se era, eu só falaria na presença do meu advogado!

Respirei fundo, mexi nos cabelos, me ajeitei no sofá e o Lú continuou sério, esperando a minha resposta.

- Tá bom, tá bom... Declaro aberta a segunda parte da sessão “Confissões no Terraço” – Me dei por vencida. O Luan com aquele sorriso bonito e todo aquele charme estava conseguindo me “virar a cabeça”.

- É complicado – Avisei – Nós nos conhecemos no colegial e começamos a namorar nessa época. Ele era uma pessoa um pouco complicada e passou por muitos problemas de família... Isso meio que prejudicava a nossa relação um pouco. Eu sempre tentava ajudar, e no início eu até conseguia, mas com o tempo isso foi me desgastando muito... Quando entrei na faculdade as coisas entre nós já não andavam muito boas... Aí juntou mais uma porção de coisas! Minha irmã casou e se mudou para cá, eu descobri que não queria fazer aquele curso na facul... Tudo isso me fez ver que ele precisava de mim para mantê-lo com os pés no chão, mas eu queria o contrário. Eu queria voar! – Expliquei tudo isso mexendo as mãos como se quisesse exemplificar com gestos o que estava falando. Ao meu lado o Luan apenas ouvia, absorvendo cada palavra. Ele não falava nada, mas pelo seu olhar pude perceber que ele conseguia entender o que eu senti na época.

- Então eu terminei o namoro, larguei a facul, me matriculei em um curso para ser aeromoça e agora estou aqui – Concluí a história com a voz um pouco apreensiva. O que será que o Luan acharia daquilo? Será que ele pensaria que eu era muito maluca para largar tudo daquela forma? Bom, maluca com certeza, ele já sabia que eu era...

- Estava fazendo facul do quê? – Ele quis saber, não fazendo nenhum comentário da história.

- Biologia. Parei no segundo semestre...

- Sério? Eu também queria fazer Biologia... – Ele ficou espantado com a coincidência – Mas “cê” sabe o que eu acho? Acho que você está é com medo de se apaixonar porque esse seu namoro não deu certo – O Luan avaliou ficando com a expressão séria de repente.

Não me aguentei e comecei a rir. Era sério que ele ia querer bancar o conselheiro sentimental?

- Não é medo. Já disse... É só uma opção! – Ressaltei – No início eu até achei que amava o meu ex. Mas se eu o amasse mesmo, eu não teria ido embora. Eu sei que o quê eu senti foi um carinho muito grande por ele e até hoje doi um pouco ter o deixado. Por isso não quero me apaixonar... Não quero ficar dependente de ninguém e não quero ser responsável pela vida, e tão pouco pelo coração de alguém... – Abri o meu coração. Afinal, aquilo era a sessão “Confissões no terraço”, não era?

- Mas se apaixonar não é nada disso – O Lú rebateu na mesma hora – Se apaixonar não é depender de alguém, na verdade é você aceitar viver pela a outra pessoa, porque a felicidade dela é a sua... Não é dividir. É somar, multiplicar até... – Ele me explicou com um tom de voz carinhoso. Ai meu Deus! Além de lindo, ele ainda era romântico...

- E você não escolhe se apaixonar. É algo que simplesmente acontece... O amor pode machucar às vezes, mas não existe nada mais lindo que o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Todo mundo foi feito para amar um dia, Maria. E ninguém vai ser feliz sem ser amado... – Ele completou, os olhos brilhando de tanta emoção.

Fiquei sem palavras. O que eu poderia responder depois disso? Nada, nem ninguém, me fizeram pensar no amor daquela forma, como um bem valioso, como algo essencial para a vida.

- Atendendo a pedidos... – A Lua gritou chamando a nossa atenção de repente – Malú, “baixei” as músicas do Luan que você me pediu! Adorei essa... – Ela apertou alguns botões e uma canção um pouco lenta começou a tocar.

*** Link para música - https://www.youtube.com/watch?v=AnQC62haz_Y ***

Olhei para o Luan sem saber o que falar. Caramba, a Lua precisava entregar que eu havia feito aquele pedido para ela? Tudo o que eu queria era que o chão abrisse na minha frente e me engolisse. Eu estava “trincando” de tanta vergonha...

- Eita que essa “moda” eu conheço, hein? – Ele brincou tentando me fazer relaxar – Vem comigo! – Em um só pulo o Luan ficou de pé me puxando junto com ele.

De repente, a música ficou agitada e, seguindo a batida, o Lú me puxou para junto do seu corpo me fazendo um pedido mudo para que dançasse com ele.

Precisei respirar muito fundo para não perder o foco. Por Dios, que juntada era aquela?! Com um único “puxão” em meu braço o Luan me deixou bem perto dele, encaixou as nossas pernas umas nas outras e colocou a sua mão livre na minha cintura. Tão perto como eu estava, eu sentia o seu perfume, que era delicioso, e o toque macio da sua pele. Isso sem falar naqueles braços fortes me segurando... Definitivamente, me gusta mucho ficar tão perto do Luan daquele jeito!

- Agora a gente vai vê se “ocê” é boa de dança mesmo – Ele falou em tom de desafio me conduzindo no ritmo da canção.

Peguei o jeito “rapidinho”! Dois pra lá, dois pra cá, mexendo a cintura junto com ele, o acompanhando com o meu rosto colado no seu apoiando uma das mãos nas suas costas para não perder o equilíbrio e a outra segurando na que ele usava para nos conduzir. Ele cantava para mim, tornando aquele momento único.

“Foi como se dois mundos se encontrassem,
Num elo de paixão.
Saiu de uma simples fantasia,
E entrou no meu coração.
Mesmo sem te conhecer,
O meu olhar já encontrava o seu.
E mesmo sem saber o que eu sentia,
Eu já sabia.
Sabia que uma hora a gente iria se encontrar,
E dois mundos diferentes,
Fossem pra sempre se juntar”

Apenas me deixei levar por ele, “viajando” com a letra da música. Gostei muito dos versos daquela canção. Era como se eles tivessem sido feitos para aquele momento, exclusivamente para mim.

Ouvindo o Luan cantar tive a certeza que ele falava de amor em suas canções como algo mágico. Será que algum dia, em alguma de suas letras, ele poderia cantar o nosso amor? E se cantasse, aquela seria uma canção triste ou alegre? Pensando bem, será que existia alguma maneira da nossa história ter um final feliz? Afinal, era como dizia a letra da música que estava tocando: “Foi como se dois mundos se encontrassem...”. Ele e eu éramos de universos completamente diferentes que não tinham muitas chances de se fundirem em um só. Aqueles dias em Cancún eram como uma exceção, que permitiu que nós nos aproximássemos. Mas, e ao final dos sete dias que eu passaria ali ou ao final da temporada de férias dele? O que aconteceria com a gente?

- Nossa, a voz desse cara cantando parece com a voz do Luan, né gente? – O Tchelo comentou enquanto assistia a mim e ao Lú dançar.

- Parece porque é o Luan cantando! – A Lua rebateu na mesma hora meio impaciente.

- Pera, como que é? É ele que tá cantando? – A Mel praticamente gritou com uma cara de espanto no rosto.

- Qual é, gente! Vocês não conhecem nada de música, né? – A DJ revirou os olhos. Era claro que ela conhecia o Luan porque era muito “antenada” em tudo relacionado à música e porque adorava os ritmos brasileiros. Mas todo o resto da galera com certeza não tinha ligado o nome a pessoa. Claro que por causa da minha irmã e de mim todos eles falavam português, mesmo que com sotaque, e conheciam até que bastante da cultura brasileira. Agora, pedir que eles reconhecessem um cantor “tupiniquim” já era demais! Acho que até o rei Roberto Carlos se resolvesse dar as caras no Cocobongo seria tratado como um cliente comum.

- Pô Lua... Uma coisa é ouvir falar do cara. Outra é ele estar almoçando aqui com a gente... E a Malú nem fala nada! – O Tchelo tentou se explicar.

- Não falei porque não queria todo mundo olhando para o Luan como se ele fosse um extraterrestre, exatamente como vocês estão fazendo agora – Cruzei os braços e fiz cara de brava para a Lua. Poxa, ela tinha que abrir o bico? Ao meu lado o Luan estava muito sem graça. Agora era a vez dele de desejar que o chão se abrisse na sua frente para que pudesse entrar dentro.

- Nossa, agora eu entendo porque a Malú tá de dando mole... É porque você não é qualquer turista... – A Mel destilou o seu veneno.

- Não tem nada a ver uma coisa com a outra – Me defendi já batendo o pé no chão de tanto nervoso.

- Shiuuu Malú! Que agora eu quero saber mais dessa história – O Rico entrou no meio da conversa, todo interessado na novidade.

Desse momento em diante o Luan foi submetido a uma verdadeira inquisição. O pessoal o cercou de perguntas sobre a sua carreira e fama. O Lú respondeu a tudo, se divertindo com as curiosidades do pessoal. Ele sorria e aos poucos fui me acalmando, me entregando ao efeito que aquele sorriso tinha sobre mim.

Caminhei até a Lua, que ainda mexia nos seus equipamentos de som, e me sentei ao seu lado.

- Tinha que falar, né? Agora perdi o meu garoto de sorriso bonito – Resmunguei apesar de já não estar mais tão brava.

- Desculpa, vai... – Ela me fez cara de pidona e eu não resisti – Mas você tem que admitir que eu mandei bem na música! Que dança foi aquela? E a juntada? Tô quase falando para o Luan: “Me chama de sua nega e vem me dar uma juntada”.

- Que juntada, o quê, Lua! Sai fora que eu vi primeiro! – Avisei. Nossa, a concorrência por aquele menino não parava de crescer. Assim ficava difícil conseguir alguma coisa...

O interrogatório foi interrompido quando o celular do Luan tocou. Ele pediu licença para atender e foi até a beirada do terraço. Quando voltou, veio direto na minha direção me fazendo esquecer por um momento como era que se respirava.

- Linda, eu preciso ir! Fiquei aqui com você e esqueci completamente que marquei de ir em um passeio com a minha irmã e os meus primos. Eles já estão aí na frente, vieram me buscar – Ele disse me encarando com uma expressão um pouco triste no olhar.

Hã? Ele ia embora? Mas já?

- Ah não, fica! – Fiz manha.

- Não posso, nega. Prometi para o pessoal. Eles vivem reclamando que não tenho tempo para ficar com eles por causa dos meus shows... Não posso deixá-los “na mão” aqui em Cancún também – Ele me explicou.

Eu não queria que ele fosse embora. De repente queria colocá-lo dentro de uma caixinha e guardá-lo para sempre, só para mim. Mas a expressão no seu rosto ao falar que não tinha muito tempo para ficar com a família me convenceu. Percebi que aquilo era muito importante para ele, por isso resolvi não insistir mais.

- Hum... Então não tem jeito, né? Vou lá abrir a porta para você – Me dei por vencida, muito embora eu quisesse me oferecer para levá-lo eu mesma para conhecer todos os pontos turísticos de Cancún. Eu poderia ser uma ótima guia para ele e a sua turma. Aliás, para o Luan, eu poderia ser uma ótima guia, uma ótima companhia, uma excelente motorista, uma namorada espetacular...

Vi ele se despedindo de todo o pessoal agradecendo muito pelo excelente almoço e depois descemos até a porta. No caminho trocamos alguns comentários sobre como a Bruna estava empolgada para conhecer a cidade e sobre o passeio que eles iriam fazer em seguida.

- Bom, acho que eu fico por aqui – Falei meio sem jeito depois de abrir as portas duplas que davam para a rua. Em frente à boate já estava a van que esperava pelo Luan – Muito obrigada por ter vindo! Adorei passar a tarde com você.

- Eu que agradeço o convite, nega! Ó, eu curti “dimais” o almoço. O pessoal daqui é muito animado, né? – Ele comentou parando na minha frente.

- É sim! Nós sabemos como fazer uma boa festa – Tentei botar animação na minha voz, mas foi sem sucesso. Nossa, acho que se eu colocasse uma faixa na minha testa dizendo “Estou triste porque você vai embora” não ficaria tão óbvio que o que eu estava sentindo – Te vejo hoje à noite?

- Hoje não. Minha prima quer conhecer outro bar aqui da cidade – Ele se apressou em me explicar – Mas amanhã eu tô aqui...

- Vem sim! Amanhã é a Noite da Loba. Sua prima e sua irmã vão gostar – E eu ia gostar mais ainda de poder passar mais um tempo na companhia dele.

- Ahh, certeza que elas vão adorar esse “trem” de Loba – Ele riu.

Ai meu Deus! Não sorria para mim, não sorria – Pedi mentalmente. Se continuasse sorrindo, eu nunca mais deixaria ele ir embora.

Ficamos os dois sem saber o que falar por um momento, o silêncio de mil palavras não ditas entre nós. E agora? Eu simplesmente o deixava ir? Ou deveria falar mais alguma coisa? Talvez deixar a entender o quanto ele estava mexendo comigo...

Olhei para ele buscando alguma resposta e vi que ele me encarava com a mesma expressão de dúvida. Ele também não sabia o quê fazer... Talvez estivesse com medo de tomar alguma atitude e se precipitar. Será que ele ficou impressionado com aquela minha história de “não me apaixonar”?

Alguém abriu a porta da van, e lá de dentro ouvi uma voz de menina apressá-lo. Quase gritei para que ela não atrapalhasse o meu último momento com ele, mas consegui me controlar.

- Eu preciso ir. Tchau, Maria – Ele me abraçou bem apertado e me deu um beijo no rosto. – Volta pro seu churrasco, vai... Não quero te atrapalhar.

- Você não atrapalha – Eu sei! Resposta clichê, mas era a mais pura verdade.

- Ai Malú, só você! – Ele riu e eu fiquei toda boba porque o Lú me chamou pelo o meu apelido – Fica com Deus! – Ele deu mais um beijo no meu rosto, um pouco mais demorado que o primeiro, e depois seguiu para dentro da van.

Fiquei olhando o carro se afastar antes de voltar para o terraço. Para mim, o churrasco já tinha acabado. Sem o Luan ali, não teria a mesma graça.

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*** Link para música -  https://www.youtube.com/watch?v=pIOOwhmkoLo ***

O clima no Cocobongo não condizia com o meu estado de espírito. A boate estava bombando! A Lua agitava a pista, mais inspirada do que nunca, e o pessoal “fervia” para valer dançando no ritmo da música.

O “Baile das Máscaras” era uma das noites temáticas mais famosas da casa. Só perdia pra Noite da Loba. O uso das “fantasias” criava uma atmosfera diferente no ambiente. Logo na entrada a Mel, o Tchelo e o Zac ajudavam o pessoal a escolherem uma máscara e a prenderem o acessório no rosto. Na pista, as luzes batendo nas máscaras tornava tudo mais colorido e mais vivo. Sem contar que as pessoas se sentiam mais desinibidas por trás das fantasias, o que aumentava o clima de sedução e mistério.

Naquela noite escolhi para mim uma máscara branca com detalhes dourados e com uma pluma branca que ficava bem no topo da cabeça. A fantasia combinava com a minha blusa branca com patês dourados caída em um obro só e com o shorts jeans que eu estava vestindo por debaixo do avental preto do Cocobongo. Uma trança com os fios um pouco soltos dava forma ao meu cabelo.

Andei de um lado para outro, da pista para o bar, anotando e levando pedidos sem ânimo para nada. O que será que o Luan estaria fazendo naquele momento?

Já no final da noite, larguei a minha bandeja com o Rico e resolvi passar o resto da noite ao lado da Lua. A DJ estava tão elétrica no comando do som que talvez ela pudesse compartilhar toda aquela energia comigo.

Entrei na pista tentando abrir passagem entre o pessoal que dançava quando senti alguém me segurar pela cintura. Virei o corpo rapidamente para ver quem era o “abusadinho” que estava se aproveitando da situação. Dei de cara com um rapaz alto, forte, cabelos pretos penteados pra cima, vestindo uma camiseta listrada de cinza e preto, um casaco azul escuro, e uma máscara dourada com detalhes na mesma cor que combinava com a sua pele bronzeada de sol.

Fiquei parada apenas encarando o mascarado que me olhava com um sorriso provocante no rosto. Hum... Eu conhecia aquele sorriso...

Nessa hora a Lua trocou a música, dando lugar a uma batida muito dançante, bem no estilo latino.

*** Link para música – https://www.youtube.com/watch?v=MntbN1DdEP0 *** (Pulem o anúncio e se joguem na música!)

O rapaz na minha frente aproximou o seu corpo do meu, e ainda com a mão na minha cintura começou a se mexer no ritmo da melodia. Sem parar para pensar, deixei que ele me conduzisse na pista.

Então o mascarado me virou de costas para ele, cruzou os braços na frente da minha barriga me deixando presa ao seu corpo e continuou a dançar comigo, mexendo a cintura e rebolando como poucos homens eram capazes de fazer. Senti o seu nariz roçar o meu cabelo, o contato da sua pele e me senti a mulher mais importante e mais desejada naquela boate. Apenas fechei os olhos e me deixei levar pela música exatamente como eu tinha feito naquela tarde com o Luan....

Não, espera! Dança, juntada, e o efeito que aquilo causava em mim... Só uma pessoa conseguia fazer tudo aquilo comigo!

Soltei os seus braços da minha cintura e me virei ficando de frente para ele de novo.

Son tus ojos marrones (São seus olhos castanhos)

Con esa veta verdosa (Com essa veia saltada)

Es tu cara de niño (É teu rosto de menino)

Y esa risa nerviosa (E esse sorriso nervoso)

Era ele! Desde o momento que ele me parou na pista eu sabia que era ele!

E eu não sei se foi a música, se foi felicidade de saber que ele foi até o Cocobongo só para me ver, se foi a dança, se foi o fato de estar usando a máscara que me deixou mais corajosa ou se foi tudo isso junto, mas no instante seguinte que ele sorriu pra mim ao perceber que eu o tinha reconhecido eu joguei os meus braços ao redor do seu pescoço e tasquei um baita beijo na sua boca.

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Notas finais: Ao som de Shakira, só digo uma coisa:

Baila comigo, Luan! kkkk

Aviso aos navegantes: Esse beijo ainda vai render!

Espero que tenham gostado do capítulo!

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