segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 14 - Sutilmente

Notas iniciais do capítulo:
Hoje é dia de cap hot, bebês!
Terceira parte do casamento meteórico tá completa! Tem de tudo, inclusive cenas calientes!
Bora ler mais 16 páginas? (Ando caprichando nos capítulos! kkk)

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– Ahhh, agora sim! - Falei encarando a minha imagem no espelho do quarto. Eu havia trocado o vestido de noiva, completamente encharcado após o pulo na piscina, por um shorts jeans, top, “blusinha” caída no ombro e, fechando o visual, o meu all star. Usar vestido de noiva era legal e tudo mais, mas não passava nem perto do meu tipo de roupa predileto. Encarei a peça que eu acabara de despir: As pétalas de rosas que estavam na água da piscina grudaram no tecido e deixaram manchas espalhadas por todo o vestido. Aquele ali “tinha ido pro pau” de vez...

– Cabelo perfeito, maquiagem divina, vestido dos sonhos... Tudo isso perdido no fundo daquela piscina... – A Rafa se lamentou após avaliar o meu estado: Cabelos molhados, rosto completamente sem maquiagem, roupa simples e básica – Anita Tunice, você sabe mesmo como NÃO manter a pose – Ela reclamou, muito brava, mexendo o carrinho de bebê que estava na sua frente. Dentro dele, uma tranquila Vick Caramelo dormia sem ter nenhum conhecimento da bagunça que estava rolando ao seu redor.

– E como sabe... – A Malú também comentou tristonha.

– Ah Rafinha, não fica assim... A gente pode mandar fazer outro – Tentei reanimá-la, afinal, o lado bom de ser famosa era justamente aquele: Com certeza uma dezena de estilistas estaria disposta a refazer o vestido que eu usei no casamento “mais esperado do ano”, segundo as revistas e sites de fofocas – E você, Malú? Não era para estar com o André?

– Ah... Eu estou meio que... fugindo dele – Ela confessou bastante sem graça.

– Fugindo? Como assim? E eu que achei que vocês tinham se acertado – A Rafa comentou bastante surpresa.

– É que é estranho! Ele está muito diferente da época que nos conhecemos na faculdade. Acho que aquele beijo rolou porque eu me deixei levar pelas lembranças do passado. Mas agora, eu não sei... – A minha ex-secretária nos contou enquanto mexia na barra do seu vestido, sem coragem de nos olhar.

– Ai meu Deus, quando uma Gata Garota resolve a sua vida e decide casar logo de uma vez, vem a outra e começa uma nova novela. Meninas, assim vocês me enlouquecem! – A Rafa colocou as mãos na cabeça como alguém que está realmente pirando com uma situação.

– Agora sim, hein? Tô pronta pra outra, mulherada – O Luan saiu do banheiro secando os cabelos com uma toalha. Ele também vestia uma roupa mais confortável: bermuda, camiseta e chinelo. Na verdade, uma roupa beeeem mais confortável do que terno e camisa!

– Ah Luan, que bom que você chegou! Finalmente alguém com um pouco de juízo nesse quarto – A Rafa disse para o meu agora oficialmente-marido.

– Juízo é comigo mesmo, Rafinha! Tenho pra dar, vender e emprestar – Ele brincou, todo fazendo graça.

– Fala sério, né? Alguém que chama o avião de “Bicuço”, o carro de “Jabuticaba” e fala “Ota”, “Oropa” e “nerverso” não pode ser lá um bom exemplo de pessoa ajuizada – A Malú usou mão da sua típica sinceridade para falar sobre o “juízo” do Lú.

– Ah Malú, fala sério você! O seu namorado FA-LA TU-DO AS-SIM... Deixa o Luan em paz com o Luanês dele – Defendi o meu Caipira.

– Eu não tô falando que essas duas vão me enlouquecer? – A Rafa falou em tom de confissão para a minha afilhada, que ainda dormia sossegada.

– Falando em perder o juízo... – A Malú soltou mais um comentário mega-sincero ao ver a cena da Rafinha conversando com a “Caramelo”.

– Mais uma palavra sobre o juízo de alguém e eu conto para o André que você está se escondendo dele aqui no quarto da Any – A Rafa ameaçou a minha ex-secretária que ficou “quetinha” sentada na sua poltrona. Pelo jeito ela realmente estava com medo de encarar o André após o beijo.

– Eita que essa mulherada tá “braba” demais hoje! – O Luan comentou chegando perto de mim – Fica nervosa assim não, viu “Paxão”? – Ele me pediu fazendo charme.

– É o seguinte casal, Luní... – A Rafa virou para nós dois após a “bronca” que deu na Malú.

– Luní? – Quis saber que novidade era aquela.

– Forma simplificada de Luanita – A Rafa se apressou em explicar – E agora deixa eu terminar de contar – Ela pediu ansiosa – A festa já está quaseee acabando, pelo menos para nós, né? Porque para vocês, recém-casados, a festa de verdade começa é agora – Ela brincou.

– Por isso, nós, a Trupe do Camaro Amarelo, preparamos uma surpresa muito especial para vocês – A Malú não se aguentou e entrou na conversa.

– Pois é! Nós reservamos uma suíte pra lá de especial em um hotel-fazenda aqui perto para vocês passarem a noite de núpcias de vocês. Já arrumei as malas dos “pombinhos” e coloquei tudo no “Jabuticaba”. E agora que vocês já estão de banho tomado e “cheirosinhos”, vocês já podem descer, se despedir dos convidados e partir para a primeira noite de amor após o casamento! – A Rafa nos informou muito empolgada – Ai, que isso lembra o meu casamento e a minha noite de núpcias lá em Las Vegas!

– Gente chique é outra coisa! Casório no exterior é muito coisa de “Granfina” – O Luan rebateu – Mas eu adorei esse “trem” de hotel-fazenda, viu? Quero logo partir pra essa noite de núpcias, aí – O meu oficialmente-marido não escondeu a empolgação.

– Ahh, eu adorei o presente! De verdade mesmo, vocês são os melhores amigos que eu poderia ter – Falei toda emocionada – E agora eu fiquei curiosa para ver qual é a desse hotel-fazenda! Bora se despedir dos convidados para pegar a estrada, Paixão? – Chamei o Luan já caminhando em direção à porta.

– Opa! Bora lá... Quero chegar logo na parte do “Enfim sós” – O Lú me acompanhou já pensando na próxima etapa do casamento: A noite de núpcias.

Voltamos eu, o Luan, a Rafa e a babá carregando a Vick Caramelo para a área externa da “Toca” onde a festa seguia muito animada (A Malú continuou escondida no meu closet para não ser encontrada pelo André...). Empolgados com uns goles de “cachaça” a mais, Fiuk e Thaeme agora cantavam juntos a música “Maria Chiquinha” e garantiam a alegria da “moçada” que estava na festa.

Quando eles terminaram, a Rafa pediu um minuto de atenção no microfone:

– Pessoal, Luan e Anita já estão saindo para a Lua de Mel! Peço, por gentileza, que vocês se posicionem na entrada do jardim para nos despedirmos do nosso casal Luanita com o tradicional arremesso de arroz para trazer sorte aos noivos – Enquanto descíamos as escadas a caminho da festa eu vi a Rafa mandando uma mensagem de texto para o celular do André pedindo que ele organizasse todos os detalhes do “arremesso” de arroz.

Por um momento senti medo daquele nome. A palavra arremesso não me caía muito bem...

– Mas peraê... Os noivos vão embora sem cantar nenhuma música juntos? – O Sorocaba gritou do meio dos convidados – Quero ouvir a Granfina cantar!

Fala sério, por que o amigo do Luan fazia tanta questão que eu cantasse?

– CANTA, CANTA, CANTA! – O resto do pessoal fez coro. Claro que naquelas alturas da noite, boa parte do pessoal já estava bem mais “animado” que o normal por causa da “cachaça”. Ainda bem que pedi para manter a tequila longe da minha festa., senão o estrago poderia ser muito maior...

– Tá certo, acho que a gente pode dar uma “palhinha”, né “Paxão”? – O Luan me pediu.

– Hum... Podemos cantar aquela que estávamos tocando ontem no quarto... – Avaliei.

– Canta “Química do Amor” – Ouvi alguém gritar

– Caramba, eu não sou a Ivete Sangalo!Por que todo mundo sempre quer me ouvir cantar essa música? – Perdi a linha.

– Calma, “Paxão”! Vamô fazer aquela moda mesmo, aquela que a gente ensaiou ontem, tá? – O Luan me puxou em direção ao local onde estava a banda, onde nos preparamos para começar a cantar junto com a banda. Quando todos já estavam prontos, o meu marido falou no microfone, prendendo ainda mais atenção de todos os presentes.

*** Link para música– https://www.youtube.com/watch?v=SO9mBWF_GYk ***

– Essa aqui eu dedico pra minha Granfina – O Luan avisou antes de começar a tocar.

“Eu quero ser o seu melhor amigo
Eu quero desvendar suas histórias
Dizer que me importo em me importar
Eu quero te amar, eu quero te amar”


O Luan cantou a primeira estrofe da música olhando para mim. Ele havia dedicado aquela mesma canção para mim na noite anterior. Aquela era uma das minhas faixas prediletas do novo CD do Lú. A letra era tão perfeita e combinava tão bem com a nossa atual situação que era impossível não sorrir ao ouvir aqueles versos. Ainda mais porque era o meu “Caipira” quem estava cantando...

Ele terminou a sua estrofe e apontou para mim, me avisando que a próxima parte seria minha. Respirei fundo, e ainda sustentando o seu olhar, cantei:

“Eu quero perder pra você ganhar
Eu quero aprender pra te ensinar
Definitivamente poder te dizer te amo
Sabendo o que é amar”


Na minha frente o Luan balançava o corpo no ritmo da música sorrindo todo orgulhoso de mim. Cantei a última parte segurando uma das suas mãos. Agora sim eu poderia dizer “Eu te amo” sabendo o que era amar de verdade uma pessoa.

“100% seu, totalmente seu
Eternamente seu, alguém que já nasceu
Sendo único
Exclusivamente seu

Conhecer o seu jeito
Amar os seus defeitos
Te carregar no peito
Ser mais do que perfeito
Único, exclusivamente seu”


Cantamos o refrão juntos já completamente envolvidos com a melodia da música que era muito contagiante. Na pista o pessoal entrou no clima de animação e começou a dançar a bater palmas. Pelo canto do olho vi o André meio cabisbaixo, olhando para os lados, com certeza procurando a Malú. Fiquei com um pouco de dó dele, mas a minha ex- secretária precisava de tempo para definir o que estava sentindo, e quando o assunto era o coração, o melhor remédio, com certeza, era o tempo.

Terminamos a música e recebemos muitos aplausos e palavras de elogio dos nossos convidados. Eu não sabia o porquê, mas as pessoas gostavam de me ouvir cantar com o Lú...

– Aêe Luan, acho que você deveria fazer uma dupla com a Anita – O Fernando, parceiro do Sorocaba, brincou – Ia ser sucesso!

– Rapáiz, nunca quis cantar em dupla, mas com a Ní eu topo – O Lú avaliou a proposta – Mas agora chega de papo! Eu quero mesmo é ir pra esse tal de hotel – Ele emendou todo fazendo graça.

Deixamos o palco improvisado e, ao som dos gritos da Rafa, todos formaram uma espécie de corredor perto da entrada do jardim para o tal de “arremeso” de arroz.

Encarei a cena. O Luan estava ao meu lado, com uma cara muito assustada também. De repente ver aquela fileira de pessoas prontas para jogar algo em nós me pareceu muito assustador.

– Vamô lá, né? – O meu agora oficialmente-marido me incentivou dando o primeiro passo em direção ao corredor.

– Preparar, aprontar, A-TI-RAR – O André gritou quando ficamos perto o suficiente da “linha de tiro”.

No instante que ficamos cercados pelos convidados, verdadeiras “ondas” de arroz foram lançadas contra nós com violência. Eu nunca vi tantos grãos junto! Aquelas “coisinhas” brancas batiam contra a minha pele e doía pra valer... Tentei correr, mas não teve jeito... Ao terminar de passar pelo corredor, ao som de gritos como “Viva aos noivos”, “Felicidade ao Casal” e “Luanita na cabeça”, eu tinha arroz até dentro do meu top. Encarei para o Luan que estava na minha frente. Sua situação não era muito diferente. O seu cabelo tinha tantos grãos acumulados que parecia que o Lú tinha ficado grisalho de uma hora para outra.

– Rapáiz, se isso é pra desejar sorte, mágina o que eles fazem quando querem azarar alguém – O meu marido reclamou sacudindo a cabeça tentando se livrar do arroz.

– É que a gente acaba se empolgando um pouco... – A Rafa justificou ainda com punhado do grão nas mãos.

– Chega de jogar arroz em mim – Praticamente gritei.

– Vem nega, vamô logo pro Jabuticaba antes que eles inventem mais alguma coisa pra jogar na gente – O Luan me puxou em direção à garagem. Todos os convidados nos seguiram, fazendo muito barulho. De relance vi o Neymar e a Daiane fazendo uma pequena “guerra de arroz” com a Bruna e o namorado.

Chegamos onde o Porsche preto estava estacionado. No capô, escrita com letras brancas, estava a frase: “Finalmente casados”. Algumas latas e pedaços de fitas também foram amarrados no para-choque do carro para dar o ar de automóvel de casamento.

– Eu já programei a rota no GPS. O hotel fica a mais ou menos meia hora daqui... Vocês não vão ter nenhum problema em encontrar o lugar – O Murilo nos avisou.

Mais abraços, mais frases de felicidades e mais beijos, e uns quinze minutos depois nós estávamos deixando o condomínio onde morávamos com a “Divinha” a bordo. A mascote pulou dentro do carro quando eu abri a porta do passageiro e não quis sair de jeito nenhum. O jeito foi levar a labradora com a gente...

– Pode deixar, eu ligo para o hotel e peço hospedagem para um cachorro também – A Rafa gritou antes que deixássemos a garagem.

***
Chegamos ao hotel sem enfrentar nenhum problema. A estrada estava vazia e nós ligamos o som no último volume. A minha felicidade e a do Luan quase não cabia dentro do carro. Sentada entre as minhas pernas estava a “Divinha” com a cabeça encostada no meu joelho, babando e nos encarando com uma expressão curiosa como se estivesse se perguntando “Será que eu não poderia ter donos normais?”

Apresentamos-nos na recepção e um funcionário em uma motocicleta nos guiou por uma pequena estrada que dava acesso aos aposentos do hotel. A propriedade era bem grande e muito arborizada. Eu não conseguia ver muita coisa do caminho por causa da escuridão da madrugada, mas vi várias sombras de construções ficarem para trás conforme nós passávamos.

Logo percebi que o hotel funcionava com um esquema diferente. Os hospedes ficavam em pequenos chalés que tinham muito o ar de fazenda: Eles eram de madeira, com uma pequena varanda com jardim, uma janela com cortinas brancas e tinha até uma espécie de chaminé. As “casinhas” eram um verdadeiro charme.

O funcionário do hotel nos levou até um dos aposentos que ficava um pouco mais afastado dos outros e nos indicou que ali era onde nós passaríamos a noite. Estacionamos o “Jabuticaba” na garagem e descemos do carro. A “Divinha” já ia à nossa frente, cheirando o caminho.

– Enfim sós! – O Luan me disse tirando as chaves que nos entregaram na recepção do bolso da bermuda.

– Sei que pode parecer egoísmo... Mas se eu pudesse eu teria pulado toda a parte da cerimônia e da despedida e teria vindo direto para cá com você – Falei colocando as mãos ao redor do seu pescoço conforme ele se aproximou de mim.

– Tem problema não, “Paxão”. A gente compensa tudo agora! – Ele piscou para mim me dando um selinho rápido nos lábios – Mas, primeiro... – Ele interrompeu a sua frase e, com um movimento rápido, me pegou no colo me carregando até a porta de entrada do chalé.

– Luan, me solta! Não dá certo essas coisas de você me carregar no colo – Ralhei com ele. Eu me lembrava da gravação do clipe quando ele me tirou do chão, se desequilibrou e me derrubou no chão caindo por cima de mim.

– Fica tranquila, Ní! Eu ando treinando pra isso – Ele sorriu, convencido – Mas nega, “cê” anda mais cheinha, né? Tenho que lembrar de pedir para o Gutão levar você para malhar...

Fala sério, ele estava me chamando de gorda?

– Eu não tô gorda não, Luan! Só ando um pouco... estranha – Comentei um pouco insegura. Eu realmente andava um pouco... maior.

– Tá bão, tá bão! Tá gorda não, “Paxão”! Tá no ponto, viu? Mas agora pega a chave aqui na minha mão e abre a porta pra gente – Ele me pediu já com uma expressão um pouco cansada de ter que ficar me segurando nos braços.

Destranquei a porta me equilibrando no seu colo e entramos. “Divinha” veio logo na sequência e já se jogou em um canto com uma expressão muito cansada.

O Lú me carregou até a cama e me colocou sentada sobre o colchão – Fica “quetinha” aqui, viu senhora Santana?! Vou pegar as nossas coisas no carro – Ele me avisou antes de me beijar suavemente nos lábios.

– Não vou para lugar nenhum, marido! – Dei bastante ênfase para a última palavra. Era ótimo poder chamar o Lú daquela maneira.

Ele foi correndo em direção ao carro e eu aproveitei para averiguar como era o local onde passaríamos a noite. Logo após a porta de entrada ficava uma pequena sala, muito aconchegante, com direito a lareira e sofás confortáveis. Um pouco mais no canto uma pequena pia, uma mesa, armários e outros eletrodomésticos formavam a cozinha. Uma porta de correr separava o quarto dos demais cômodos. O local onde eu estava agora contava com uma janela em cima da cama enfeitada com cortinas claras, uma cama de casal, um sofá em tom bege com almofadas combinando, uma escrivaninha e um armário. Uma porta dava acesso ao que eu imaginava ser o banheiro. Em resumo o chalé lembrava aquelas casas de fazenda, com decoração rústica e simples, mas de muito bom gosto.

– “Vortei”, amor! – O Lú anunciou colocando as nossas malas no chão. Não era muita coisa, porque nós passaríamos apenas um dia ali. O meu agora oficialmente-marido estava com a sua primeira turnê internacional marcada e nós teríamos que adiar a nossa lua de mel para o final do ano quando os dois tirariam férias. Aquela noite no hotel serviria só como uma espécie de prévia.

– E então dona Anita Tunice Domingos Santana, como é estar casada? – Ele me perguntou caminhando até mim.

– Bom, até agora eu não vi muita graça nessa vida de casada não, viu? – Fiquei em pé na sua frente fazendo charminho – Eu casei, mas ainda não consegui ficar com o meu marido...

– A gente pode ajeitar isso agora mesmo – O Lú não perdeu tempo e já foi me puxando para perto dele colocando as suas mãos na minha cintura – Mas antes, eu só quero te lembrar de uma coisa – Ele disse baixinho no meu ouvido – Tudo o que eu disse no altar hoje é verdade. Eu quero te fazer muito feliz, viu minha “muié”?

Senti o meu corpo inteiro ficar arrepiado. Era incrível o poder que o Luan tinha de me tirar da linha.

– E tudo o que eu disse também é verdade, meu guri. Quero ser as asas que te farão voar ainda mais alto. Mas, para resumir tudo o que te falei hoje, acho que podemos ficar com esses versos aqui – Sorri para ele acariciando o seu rosto.

*** Link para a música – https://www.youtube.com/watch?v=v3SQTOZO36E *** (Mudei a letra da música um pouquinho, ok?)

– “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace” – Cantei baixinho passando os meus braços ao redor do seu pescoço – “Quando eu estiver louca, subitamente se afaste” – Prossegui o encarando nos olhos com um tom sério, como de alguém que dá uma advertência – “Quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce” – Mostrei a língua para ele querendo fazer graça e vi ele abrir o sorriso mais perfeito do mundo em resposta – “E quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe” – Provoquei cantando no seu ouvido e depositando no seu pescoço alguns beijos.

A reação foi imediata. Assim que terminei a frase senti uma das mãos do Luan subir até a minha nuca e delicadamente segurar os meus cabelos. Depois ele me beijou sem pressa, doce e carinhosamente encaixando uma de suas pernas entre as minhas. Nossos corpos ficaram colados e eu aproveitei para deslizar as minhas mãos pelas suas costas largas. Eu sentia os seus braços ao meu redor, o calor da sua pele, sentia o seu cheiro... Dentro do meu peito o meu coração quase parava de tanta ansiedade. Aquela seria primeira vez que eu me entregaria para ele como sua esposa. Aquela seria a nossa primeira noite, de muitas, como casados.

– Sabe que eu gostei desse trem de “suavemente se encaixe”? – Ele brincou enquanto me deitava na cama se posicionando ao meu lado – Vai ser tudo assim, bem “suavizinho”, viu Paixão?

– Deixo tudo em suas mãos! – Dei um beijo rápido nos seus lábios já curiosa para saber qual seria o seu próximo passo.

– Ah, é assim, nega? “Cê” provoca e depois fala que está tudo na minha mão, né? Tem problema, não. “Cê” vai ver como eu sou bom em fazer tudo assim, beeem de mansinho – O Lú foi falando, sem tirar os olhos dos meus, enquanto tirava os meus sapatos e meias e os jogava de qualquer jeito no chão. Na sequência ele segurou um dos meus pés o beijou suavemente me fazendo estremecer. Ele sabia que eu sentia cócegas naquela parte do corpo, por isso riu ao ver ao ver a minha reação.

Os beijos foram subindo pela minha perna, e a cada contato dele com a minha pele eu estremecia ainda mais. Ele se aproveitava dessa vantagem, agindo sem pressa e me olhando com uma expressão provocante no rosto.

Ele chegou até a minha cintura, onde abriu o botão do meu shorts. Sem fazer muita cerimônia, ele despiu a peça e a atirou longe me deixando apenas de calcinha.

Aproveitei o seu momento de distração para girar o meu corpo sobre o dele, invertendo as nossas posições. Passei uma das minhas pernas sob o seu tronco e deitei o meu corpo até alcançar a sua boca, onde depositei um demorado beijo. Meus cabelos caiam por cima do seu rosto e a minha mão direita posicionada acima da sua cabeça me ajudava a sustentar o meu peso. Com a esquerda eu desci pelo seu tronco e a coloquei por dentro da sua camiseta. Fui subindo devagar pela sua barriga, fazendo o mesmo jogo que ele: movimentos sem pressa. A sua resposta foi a mesma que a minha. Ele estremeceu e parou de me beijar por um segundo para me olhar nos olhos.

– Isso é golpe baixo – Ele reclamou se encolhendo todo enquanto eu continuava acariciando a sua barriga.

– Golpe baixo é você tirar o meu shorts e continuar todo vestido desse jeito – Respondi me fazendo de brava – Mas eu vou dar um jeito nisso agora! – Puxei a barra da sua camiseta e com a ajuda do Luan tirei a peça a colocando de qualquer jeito sobre a cama. Parei para olhá-lo por um momento. Ele estava bem forte, muito diferente da primeira vez que ficamos juntos. Eu gostava daquele seu novo físico, não poderia negar, muito embora não fosse aquilo que mais me chamava atenção nele.

Voltei a deitar o meu corpo sobre o dele sentindo o cheiro do seu perfume. Ainda era o mesmo que ele usava quando nos conhecemos. Aquele cheiro sim me encantava. Eu amava aquele perfume, principalmente quando era o Luan que estava o usando.

Fui descendo pelo seu tronco distribuindo beijos por onde eu passava. Em baixo de mim o Luan fechou os olhos e chamou o meu nome com a voz fraca, como se estivesse indeciso se queria me pedir para parar ou para continuar.

Corri as minhas mãos pelo cós da sua bermuda e abri o botão que a mantinha fechada. Assim como o Luan, não fiz cerimônias. Puxei a peça e a tirei do corpo do meu marido, deixando-o só de boxer preta sobre a cama. Eu amava quando ele usava cueca daquela cor.

– Quem é que tá jogando sujo agora? – Ele abriu os olhos me perguntando. O seu sorriso guardava um “quê” de malícia, como de alguém que estava se preparando para dar o bote.

– Isso não é jogar sujo. É apenas te deixar mais à vontade – Disse na cara de pau.

– Ah é assim? Então também quero te deixar mais à vontade – O Lú aproveitou a deixa para tirar a blusa que eu estava usando. Ele parou por um momento e ficou apenas me olhando, como se estivesse tentando memorizar aquela cena para sempre.

– Você é tão linda, “Paxão” - Ele comentou me segurando pela cintura.

– Você que é lindo, amor. Feito na medida para mim – Acariciei os seus cabelos delicadamente.

Ele então subiu uma das suas mãos para o meu colo e contornou o formato do top que eu estava usando. O contato dos seus dedos na minha pele me fazia sentir uma sensação engraçada, uma espécie de arrepio...

Ele continuou “brincando” com o meu top permitindo que as suas mãos acariciassem toda aquela região. A reação ao seu toque foi ficando mais intensa. Fechei os olhos e apenas o senti deslizando as mãos pelo meu colo e pelos meus seios até finalmente sentir vontade de tirar a peça.

Na sequência ele nos girou novamente, ficando agora com o corpo sobre o meu. Ele ajeitou os meus cabelos atrás da minha orelha e me beijou nos lábios com muita intensidade. Senti uma das suas mãos descerem pela lateral do meu corpo até chegarem a minha calcinha. Ele permaneceu por ali por alguns momentos, repetindo o que ele havia feito antes de tirar o meu top. Como resposta, senti o desejo dentro de mim ir aumentado gradualmente. Os nossos beijos também ficaram mais intensos. Eu segurava os seus cabelos com uma das minhas mãos e acariciava as suas costas com a outra.

O Lú separou os nossos lábios para distribuir pequenos beijos e mordidas pelo meu pescoço, colo e barriga. Eu via no seu olhar um brilho diferente, um brilho que era mais que desejo. Talvez fosse a mistura de desejo e paixão...

– Tão, mas tããão linda – Ele sussurrou no meu ouvido puxando o meu cabelo – E tão minha! – Ele completou, separando os nossos corpos para tirar a calcinha que eu estava usando.

– Só sua, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe – Repeti os votos de fidelidade que fiz perante o juiz enquanto ficava de joelhos sobre a cama para ficar na mesma altura que ele estava agora – E pra sempre a sua Granfina – Completei colocando as minhas mãos no seu peito e o empurrando suavemente em direção ao colchão.

Agora era a minha de provocá-lo distribuindo carícias pelo seu corpo. Comecei no seu pescoço, passei pela orelha, peito, barriga até chegar a sua cintura. O volume sob boxer preta já denunciava que os meus truques estavam dando certo e que o Lú já estava com tanta vontade quanto eu estava.

O meu marido me encarava com uma expressão séria, atento a cada movimento meu. Pisquei para ele o provocando e puxei a sua cueca a jogando longe.

Voltei para perto dele e beijei os seus lábios novamente. Mantendo o ritmo “suave” com o qual estávamos fazendo tudo até aquele momento, encaixamos os nossos corpos nos movimentando sem pressa, aproveitando o momento.

Ele segurava o meu cabelo com uma mão e a minha cintura com a outra. Meus cabelos caiam pelo meu rosto e eu segurava as suas costas com firmeza. Eu não conseguia tirar os meus olhos dos dele e nem ele tirava os seus dos meus. Nós não falávamos nada, mas era como se muita coisa estivesse sendo dita. Parecia não existir vida lá fora. Era como se aquele momento fosse só nosso e nada, nem ninguém, poderia estragá-lo.

E nunca ficar com ele foi tão bom. Entregamos-nos um ao outro, trocando beijos e carícias. Ele chamou o meu nome baixinho quando sentiu que estava quase chegando ao seu ápice e então chegamos até o ponto alto do prazer juntos, caindo um ao lado do outro na cama na sequência.

Ele sorria. Eu mesma sorria sem parar. Senti a sua respiração ofegante, vi os seus cabelos bagunçados, senti o calor da sua pele contra a minha. Eu tinha o marido mais perfeito do mundo ao meu lado. Nunca mais eu poderia dizer que era uma pessoa azarada...

– Eu te amo tanto, Luan – Falei me aconchegando entre os seus braços e deitando a minha cabeça no seu peito.

– Eu também te amo muito, Anita – Ele me respondeu beijando os meus cabelos.

Apenas fechei os olhos e fiquei ali, ouvindo as batidas do seu coração e sentindo o seu peito subir e descer enquanto respirava. Ele acariciava os meus cabelos e cantava baixinho pra mim a música que havia me dedicado antes de nos jogarmos na piscina durante a nossa festa de casamento. - “E te darei todas as noites meus versos sinceros, a minha alegria, Serei seu poeta, amor você será a minha poesia”.

Naquele momento eu não duvidei que ele seria para sempre a minha vida, e que eu seria capaz de lhe dar todo o amor que existia nessa terra.

***
Acordamos no dia seguinte com a “Divinha” pulando na nossa cama, toda animada.

– Acho que a nossa mascote quer passear – Brinquei ainda sonolenta. Ao meu lado o Luan tentava escapar de um ataque fulminante de lambidas da nossa cadela.

– Tá “bão”, Divinha, tá bãoo... Eu vou levantar – Ele saiu da cama, ainda meio tonto de sono, com a cachorra ainda tentando pular nele.

Pedimos o café da manhã no nosso chalé, tomamos um banho e nos trocamos. Eu tomava a minha vitamina de morango com leite enquanto o Lú abria o presente que ganhara da sua irmã. A Rafa havia colocado o pacote junto com a nossa bagagem.

– “Oiá só, rapaiz. A Bruna caprichou, hein? É um kit completo de pesca – Ele comentou todo animado enquanto fuçava no interior da caixa mexendo em um monte de “tranqueira” que eu não tinha ideia do que era – Olha aqui, tem um recado “procê’, “Paxão”.

– Maninho, a vara é pra você pescar uns “peixões” pra gente, e o repelente é para a Anita não morrer picada pelos insetos – Ele leu o pequeno bilhete que encontrou no interior da caixa balançando o vidro de repelente para insetos que havia encontrado ali.

Rimos do comentário da Bruninha. Eu sabia que ela estava falando da viagem que fiz para Campo Grande junto com o Luan, quando eu, ele, a minha cunhada e o meu sogro pescamos juntos. Na ocasião eu quase morri por causa das mordidas dos insetos e precisei desistir da pescaria e voltar para casa mais cedo.

– A Rafinha comentou comigo que aqui nesse hotel tem um rio cheio de peixes – O Lú me comunicou já com os olhos brilhando. Eu sabia exatamente o que ele estava planejando: Passar o resto do dia pescando!

– Então acho que seria ideal para você estrear o seu equipamento novo – Eu o incentivei – Seria perfeito poder passar o dia na beira do rio, vendo você pescar, lendo o meu roteiro e cuidando da Divinha como casais normais fazem quando estão de folga! – Desabafei. Já fazia muito tempo que eu não sabia o que era ser uma pessoa “normal”, que consegue caminhar pela rua tranquilamente ser ter a foto estampada em um site de fofocas.

– Ué, e quem disse que você não pode fazer isso? – O Luan quis saber me encarando.

– Bom, acho que Anita Tunice, a “famosa estrela das novelas da TV Globo” e Luan Santana, “o garoto do meteoro”, juntos e recém-casados vai chamar um pouco a atenção das pessoas – Exagerei nos comentários de propósito.

Então é só a gente não ser esses dois aí – O Lú encontrou a solução. Pela sua cara eu sabia que ele estava pensando em aprontar – Hoje eu vou ser o Pedrão, instrutor de kart que tirou o dia de folga para pescar junto com a esposa – Ele me comunicou.

Ri da ideia e entrei no clima da brincadeira – Então eu serei a Alice, uma empregada doméstica que trouxe a cadela de estimação para assistir o marido pescando – Escolhi qual seria a minha nova personalidade – “Levo vida de empreguete, eu pego às sete” – Cantei, já no ritmo da minha “personagem”.

– Alice? – O Luan fez careta para o nome que escolhi – Até quando quer ser outra pessoa você é Granfina, né Ní? – Ele riu da minha cara.

– Ah, não implica comigo! E vamos logo que eu me empolguei com a ideia. Quero ir ser Alice logo – Exclamei já me levantando e pegando tudo o que eu queria levar para o lago.

Colocamos as “traia” de pesca no “Jabuticaba” e seguimos de carro até a área onde estavam os peixes. O hotel era grande, não teríamos como chegar andando até lá. Seguimos um “mapinha” das dependências do local que estava colado na porta do nosso chalé e chegamos sem problemas.

O lago do hotel era imenso, todo cercado por árvores e equipado com alguns quiosques com mesas e cadeiras para dar suporte aos pescadores. O sol já estava alto no céu e várias famílias curtiam o local pescando, comendo e conversando animados. Fazia um dia lindo, perfeito para ficar ao ar livre.

– Agora sim, hein? Agora segura “nóis” – O meu marido descarregou o seu mais novo equipamento de pesca e já foi se posicionando na beira da água.

Coloquei a coleira na Divinha, descarreguei a cesta com o que sobrou do café da manhã e me joguei em uma cadeira com o roteiro da novela nas mãos a fim de estudar o meu novo papel. De longe eu fiquei “namorando” o meu marido, todo concentrado, armando a “traia” de pesca. Ele estava tão feliz que era impossível não sorrir ao olhar pra ele.

Não demorou muito e as pessoas começaram a notar a nossa presença por ali. Algumas meninas fãs do Luan chegaram perto para pedir fotos e nós colocamos as nossas novas “personalidades” em ação.

– Ó, hoje eu sou a Alice, uma “empreguete” toda trabalhada no luxo. Se vocês quiserem tirar foto comigo mesmo assim... – Brinquei com um grupo de fãs que se aproximou. Aos poucos todo mundo foi entrando no nosso “jogo” e logo nós nos tornamos apenas o Pedrão e Alice, e não Luan e Anita.

– Aêêee Pedrão! Para um instrutor de kart, você está mandando bem na pescaria! – Um senhor que estava no quiosque ao nosso lado elogiou o meu marido quando ele pegou um peixe.

– Viu só, “Paxão”? Quando a gente se conheceu você me disse que sonhava em ter uma família grande que se reunia para fazer churrasco junto. Eu te levei lá pra casa e você juntou a minha família com a Trupe do Camaro Amarelo. Agora você queria uma tarde tranquila, e eu te dei uma pescaria animada! O que mais você quer, meu amorzinho? Me fala que eu faço pra você – O Lú chegou perto de mim e me beijou na boca, todo carinhoso. Precisei me lembrar de como se respirava para não cair dura ali mesmo. Aquele menino era perfeito demais!

– Peraê... Vocês não são o Lu... – Uma menina com estilo cigano, usando uma saia colorida até os pés parou ao nosso lado com uma cara de susto no rosto.

– Não, nega! Hoje nós somos Pedrão e Alice! – O Luan respondeu piscando para ela indicando que aquilo era uma brincadeira.

– Ahhh.... Alice do País das Maravilhas? – Ela emendou, também entrando no clima das nossas novas personalidades.

– Não, Alice do Extraordinário Mundo dos Anônimos – Brinquei.

– Anônimos que andam em um Porsche? – Ela apontou para o “Jabuticaba” estacionado ali perto.

– É, uai... Todo mundo pode ter um carro conversível. É só dividir em várias prestações – O Luan improvisou. Nós três não aguentamos e rimos da piada do meu marido. Aquela tinha sido demais...

– Vocês casaram, né? Digo, fiquei sabendo por aí... Sabe, né? Mesmo anônimos as notícias correm – A garota se justificou mantendo a brincadeira das falsas personalidades.

– Sim, sim! Demorou, mas eu consegui laçar essa “muié” aqui – O Lú sorriu convencido.

– É, dá pra ver que vocês estão muito felizes. Sinto uma energia muito bacana ao redor dos dois. Especialmente de você – Ela apontou para mim – Uma áurea negra foi substituída por uma vermelha, que representa o amor. Sinto que você terá boas notícias e uma fase muito boa pela frente – A cigana me informou. Ela falava tudo aquilo com uma expressão séria e serena, e mexia as mãos como se conseguisse tocar as tais energias positivas. Eu não costumava acreditar naquelas coisas, mas aquela menina estava conseguindo me convencer.

– Deve ser a maldição indo embora! Finalmente uma fase boa, porque os últimos tempos foram puxados – Falei mais para mim mesma do que para os dois – E boas notícias? Que boas notícias?

– O amor quando é forte e intenso demais se multiplica, Ani... Digo, Alice – Ela me explicou com um sorriso tão sincero no rosto que fiquei encantada. A menina parecia uma fada e tinha o poder de me deixar calma e feliz.

– Ih... Bem que a minha mãe falou que ela estava com cara de grávida – O Luan lembrou mexendo no meu cabelo – Será que teremos a “Ní Dois” em breve?

– Hãã... Acho que não, né? Tem tanta coisa pela frente. Você tem a turnê no exterior, eu tenho a novela... Acho que agora não é um momento – Desconversei. Eu tremia só de pensar na hipótese de ser mãe.

– Ih Alice, tenho certeza que no fundo você já sabe que essa boa notícia está mais próxima do que todos imaginam – Ela colocou a mão sobre a minha barriga carinhosamente – E agora eu preciso ir! Felicidades para vocês! Sempre fui uma Luanita e continuarei torcendo pelo amor de vocês – Ela sorriu antes de se afastar deixando eu e o Lú olhando um para cara do outro e um clima de dúvida no ar.

***
Curtimos o resto do dia pescando. Umas duas ou três vezes eu precisei sair correndo atrás da Divinha para tentar impedi-la de pular no lago e espantar todos os peixes, mas no fim do dia o saldo era positivo: Vários peixes, um roteiro estudado e alguns quilinhos a mais por conta das muitas guloseimas que comemos ao longo da tarde. Era estranho, mas eu andava com um apetite que não era meu...

Porém, como dizia o velho ditado: Tudo que é bom dura pouco. Por isso, no final do dia, voltamos para o nosso chalé, pegamos as nossas coisas e seguimos para a recepção do hotel para acertamos todos os detalhes da nossa saída.

Mey guri, eu não quero voltar para casa – Fiz manha quando entramos no carro, já prontos para partir – Dessa vez é você que vai viajar, e eu não quero ficar aqui sozinha – Reclamei enquanto acariciava a “Divinha” que estava sentada entre as minhas pernas.

– Oh “Paxão”, eu queria muito que você fosse comigo. Viajar “pras” Europa sem você não vai ter graça – Ele fez “bico” enquanto arrancava com o carro.

– Pois é... Agora nós invertemos os papeis, você é o “Granfino” enquanto eu sou a “Caipira” – Brinquei – Você sabe que não posso ir com você! Preciso me preparar para a nova novela. Você vai para o exterior e eu vou voltar para o Rio, como a boa “Caipira carioca” que sou - Sorri meio sem vontade.

Pegamos a estrada. O Luan acelerava o carro, comandando o “Jabuticaba” enquanto eu acariciava os seus cabelos o admirando do banco do passageiro. O por do sol coloria o céu em tons de amarelo, laranja e rosa. Pelas lentes dos óculos escuros que o meu marido usava eu via os últimos raios solares iluminarem o nosso caminho encerrando um dia perfeito, o primeiro como casada com o Lú.

*** Link para a música – https://www.youtube.com/watch?v=aq-7UBc3BPk *** Porque se forem pegar a estrada, escutem Coldplay

A capota do carro estava aberta e o vento batia contra o meu rosto fazendo os meus cabelos voarem. No rádio tocava uma música com um ritmo bacana, perfeita para pegar a estrada e “viajar” no som. Aumentei o volume. Eu sabia que o Lú gostava de ouvir todo o tipo de música, isso até o ajudava a compor as suas próprias canções. Ele sorriu para mim e passou a balançar uma das mãos acompanhando o som.

Sorri sozinha. Eu mal conseguia acreditar. Há um pouco mais de uma semana nós dois estávamos brigando no jardim de casa porque eu não sabia se queria me casar, e agora estávamos ali, como marido e mulher.

Eu ainda sentia os mesmos medos e tinha as mesmas dúvidas de antes. Eu ainda não sabia se seria uma boa esposa, se conseguiria fazer o Luan feliz, se seria uma boa mãe para os seus filhos, se saberia lidar com a distância que os nossos trabalhos sempre colocava entre nós ou se estaria preparada para dividir com ele todas as nossas derrotas e conquistas. Naquele momento eu só tinha certeza de uma coisa: que eu o amava e que só poderia ser ele a pessoa que me completaria e que me faria feliz.

E foi com aquela certeza tomando conta de mim e do meu coração que eu aumentei o som do carro, levantei uma das mãos curtindo o momento e gritei em alto e bom som para que todos ouvissem – Eu te vivo, Luan Rafael!

– Eita muié, calma! E ó, eu nunca vou cansar de dizer que eu te vivo – Ele me respondeu surpreso com a minha declaração repentina.

Encostei a minha cabeça no seu ombro enquanto ele seguia dirigindo. Olhei a estrada pensando que eu e ele ainda tínhamos um longo caminho para percorrer juntos, cada vez mais unidos.
____________________________________________________

Notas finais do capítulo:

Anita, sua sortuda, deixa eu curtir uma Lua de Mel com o Divo também?! kkk
Meninas, atendendo a pedidos, TEREMOS CAPÍTULO EXTRA!
Por isso deixei algumas "coisinhas" para o último capítulo! =]
 
Lembrete importante: Próxima fic será postada SOMENTE no blog, já que o Nyah está "gentilmente" pedindo pra gente sair.
Portanto, aceito sugestões para tornar a nossa convivência aqui no blog beeem bacana!
Terceira temporada de AGeOC tá acabando, pessoal! Alguém vai sentir saudades?
Beijo e se cuidem, ok?


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6 comentários:

  1. Capitulo Perfeito como sempre Manu cada dia você se supera mais e isso reflete nas suas fics ...
    quem diria em? já estamos na reta final só falta 1 cap. como o tempo passou rápido meu Deus e pensar que eu te conheci quando você estava escrevendo o cap. 11 de Incondicional ...
    ai Manu já não tenho palavras pra descrever a perfeição das suas Fics..
    Sempre tirando o fôlego da gente com os seus personagens, aqui eu me divirto um monte ...

    Beijos Manuzita e continue escrevendo essas Fics maravilhosas !!

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    1. Maroca, sua linda! Verdade, né?! Tamô junta desde o início de Incondicional! Gente do céu, quanta coisa já aconteceu de lá pra cá, né amore?!
      Oh, não quero saber de vc me deixando, não! Vc é a designer oficial das fics! *--*
      E obrigada pelas palavras! Acho que eu posso dizer que evolui nessa minha carreira de quase-escritora! Dá pra ver isso nos próprios capítulos!
      Que bom que você se divirte com AGeOC! Quando comecei a escrever essa história o objetivo era justamente esse: divertir as pessoas e me divertir! Ver que isso se tornou realidade é ter a sensação de um sonho que se tornou real! É bãããoo demais! =]
      Olha, quero dim continuar escrevendo as fics, mas pra isso preciso sempre de vocês, minhas gurias amadas, para ler! Sem vocês para me dar força não tem a miníma graça!
      Se cuida, amore! Espero que esteja tudo bem com vc!
      Beijão e obrigada por tudo!

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    2. Não se preocupa anjo, não vou te abandonar NUNCA tá? só to me afastando pra me dedicar muito nos meus estudos ... vai ser só 1 mês, espero que menos e que ta corrido aqui...
      não posso te deixar não mão não minha filha senão roubam meu emprego rsrsrsrs
      ta tudo ótimo comigo linda o tempo q to dando e só nos meus FC'S pra me afastar dos meus vícios kkkkkk mais prometo continuar comentando aqui e lendo a fic NÃO PERCO O ÚLTIMO CAPÍTULO POR NADA NESSE MUNDO !!!!
      beijos amore e a primeira vez que comento mais de 1 vez aqui ¡¡PALMAS!! kkkkkkk

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    3. Ufaaa! Que susto! Mas se é pra estudar, então eu deixo! kkk
      Isso aí Nega, tem que estudar mesmo! Não faça que nem eu que estou cabulando o Inglês hoje! kkk
      Sobre o seu emprego: Será que dá pra dar uma pausa nos estudos pra fazer uma capa pra fic nova? (Me imagine fazendo carinha de pidona).
      Falei que se ficasse me mimando eu ia acostumar, não falei?! kkkk
      Qualquer coisa me manda um e-mail, tá?!
      Beijãoooo

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  2. Qe lindo gentyh! E que medo era aquele de passar por debaixo de um monte de arroz que era jogado?kkkkkk e que Luan de Mel foi essa? Eu AMEI! Muito mermo kkkkk ai como eu queria estar no lugar da Anita nesse capitulo! Kkkkkk nada safada eu né? Kkkkkk eu fiquei imaginando o Pedrão com aquele sorriso perfeito enquanto pescava! E que ideia legal de mudar os nomes?! Kkkkkk Alice e Pedrão o casal mais lindo de todos ( só não é perfeito porque o azar reina nesse casal né? Kkkkkk) que fofo! Ai gente! Eu acho que a Anita ta grávida! uhhuuu kkkkk em Luan: ela ta mais gordinha? Não sei não em... Apetide em dobro? Hmmmm. To só de olho kkkkkkk Gentyh #PartiuSair boa tarde á todos!

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    1. Tensa essa chuva de arroz! Eu também ficaria com medo, viu? hahaha

      Luanita merecia uma lua de mel especial, né? E acho que não é só você que queria estar no lugar da Any nesse cap! Menina de sorte essa, viu? hahaha

      E a ideia de trocar os nomes foi ótima. Só assim para eles conseguirem curtir um dia como um casal normal.

      Hum... será que a Anita está grávida? Aguarde cenas dos próximos capítulos! hahaha

      Beijão #MaratonaDeComentários

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!