quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Capítulo 21 - Incondicional

Notas iniciais do capítulo:
Estou com medo de vocês não gostarem. Eu e meus "grilos". kkk
Como diz a Isa, faz parte do pacote.
Meninas, aqui está o capítulo 22! Tá suave porque temos meninas "inocentes" lendo a fic. Mas acho que ficou bacana!
Espero de verdade que vocês gostem!
Aproveitem!

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O Luan me encarou uma expressão surpresa como se não acreditasse no que eu tinha acabado de falar.

– Como que é Cristal? Acho que eu to meio tonto de sono porque eu não te entendi direito – Ele falou enquanto mexia no cabelo ao mesmo tempo que tentava manter o cobertor em volta do seu corpo. Eu teria caído na risada se não estivesse a ponto de desistir de tudo e sair correndo dali. Onde eu estava com a cabeça quando fui bater na porta dele?

– Hããã... Não foi nada não. Acho melhor a gente deixar essa conversa para depois – Vacilei. Na hora me faltou coragem para falar o que eu queria dizer. Senti as minhas mãos tremendo e o meu coração disparado dentro do peito. Não era tão fácil assim se declarar para alguém – Boa noite, Luan! – Disse já pensando em me virar e sair correndo dali. Mas antes que eu pudesse dar o primeiro passo eu senti uma mão me segurando pela cintura.

– Nã, nã, ña, ni na não... “Cê” veio até aqui, agora eu quero saber. Fala, fala “tudinho”, minha nega, que eu quero ouvir – O Luan me puxou para perto dele com uma das mãos deixando o cobertor de lado por alguns instantes. – Cristal do céu, cê tá muito gelada. Vem cá para eu te esquentar, vem...

Ele me puxou para ainda mais perto dele e ajeitou o cobertor em volta de nós dois. – Agora sim tá melhor! – Ele exclamou enquanto mantinha os braços nas minhas costas para segurar as duas pontas da coberta.

Olhei para cima para encará-lo nos olhos. Ele sorria daquele jeito meio malandro que só ele sabia sorrir. Fui descendo os meu olhar para identificar qual era a minha situação. Os braços do Luan estavam em volta de mim e eu estava muito próxima do seu tronco. Tão próxima que era capaz de sentir o seu perfume e sentir o seu peito descendo e subindo conforme ele respirava.

– E então Cristal, o que você veio me falar mesmo? – O Luan puxou assunto enquanto ia esticando a coberta para me cobrir melhor. Eu sentia o seu toque contra mim, o seu abraço, a sua voz meio mansa no meu ouvido... Aquilo me fez recuperar a minha coragem. Respirei fundo e antes que desistisse de novo repeti o que eu fui dizer para ele.

– Eu vim perguntar se você me deixa ficar aqui com você essa noite – Falei vacilando um pouco na voz.

– Se eu deixo você ficar aqui? – O Luan repetiu surpreso – Claro que deixo, mas ó, eu não vou dormir no sofá, não... Quem vai para o sofá é você! – Ele falou rindo como se não estivesse levando a sério o que eu tinha acabado de dizer.

– Tudo bem, sem problemas. Do sofá para cama é um pulo, não é Luan? – Repeti o que ele tinha me dito no camarim em um tom de provocação.

Na mesma hora ele parou de rir e me encarou muito sério. A sua expressão era a de quem não estava acreditando naquela situação.

– Cristal, Cristal... “Cê” não brinca comigo não, hein nega... Porque você sempre me provoca e depois me deixa na vontade – O Luan me falou sério, como uma pessoa mais velha advertindo uma criança mais nova.

– Primeiro, que não sou eu que te provoco. É sempre você que me agarra – Falei fingindo um tom irritado na voz.

– Lá vem você com a sua brabeza! – O Luan me interrompeu.

– E segundo – Aumentei o tom de voz para que ele voltasse a prestar atenção em mim – Você disse que se eu viesse até o seu quarto você me mostraria qual era o tipo de mulher que você gostava. Pois bem, aqui estou eu. Você já pode me mostrar – Desafiei. Eu não sabia da onde eu tirava toda aquela coragem. Mas estar com o Luan tornava tudo fácil, simples. Por mais que a gente tentasse se evitar, nós sempre acabávamos juntos, porque aquele era o nosso lugar, um ao lado do outro. Compreender aquilo era o que me dava forças.

– Peraê, Cristal – Por um momento o Luan mexeu as mãos nervoso soltando a coberta que estava em nossa volta. Meio desconsertado ele ajeitou a manta novamente enquanto tentava entender a situação – “Cê” sabe o que eu tava querendo dizer quando eu falei isso, né? Você entendeu direitinho, né? – Ele falava nervoso enquanto mexia as mãos. O resultado era uma coberta voando ao meu redor enquanto ele tentava me explicar a situação.

– Eu sei muito bem o que você estava querendo dizer – Retruquei tentando cruzar os braços no curto espaço que havia entre eu e ele. Nós ainda estávamos parados na frente do seu quarto. Como o hotel contava com aqueles sistemas que só permitia que o elevador chegasse até o andar com um cartão especial, eu estava tranquila. Eu sabia que só eu, o Luan e o Welligton contavam com um cartão que dava acesso ao andar. Naquela noite eu não precisaria me preocupar com nenhuma funcionária de hotel me pegando desprevenida.

– Você não tá brincando? – O seu tom de voz era de quem não conseguia acreditar no que eu estava dizendo.

– Bom, já que você não vai acreditar em mim eu vou embora. Estou vendo que você não tá afim de me mostrar nada hoje – Falei fechando a cara e tentando me soltar dos braços do Luan.

Mais uma vez ele me segurou, só que agora um pouco mais forte. Ele me virou me deixando cara a cara com ele de novo. Primeiro ele me olhou sério, ainda surpreso com a minha atitude. Depois, aos poucos, ele foi abrindo um sorriso que iluminou todo o seu rosto. Os seus olhos tinham um brilho diferente, um brilho de quem, finalmente, estava prestes a conseguir o que queria.

– Cristal, olha pra mim, nega – Ele mal conseguia conter a sua alegria – Você tá querendo me dizer que você veio para ficar? Que hoje você não vai fugir de mim?

Não pude deixar de sorrir também. Ele parecia um garoto de tão feliz na minha frente. Para mim também era difícil segurar a minha própria ansiedade. Muita coisa estava em jogo naquela noite, mas eu estava disposta a arriscar tudo e encarar todos os meus medos do passado pelo Luan.

Sorri para ele e balancei a cabeça positivamente em resposta a sua pergunta. Ao ver a minha confirmação ele me puxou para ainda mais perto dele, reduzindo completamente a distância entre nós.

– Vem cá, Cristal. Hoje eu vou te mostrar como um homem de verdade deve tratar uma mulher – Ele disse baixinho no meu ouvido antes de me beijar suavemente nos lábios.

Devagar ele foi nos levando para o interior do quarto. Ele ainda me segurava com firmeza, mas o seu beijo era delicado, lento, sem pressa, como se ele soubesse que tinha todo o tempo do mundo para curtir aquele momento.

Eu apenas acompanhei o seu ritmo retribuindo o seu beijo da mesma forma. Achei melhor confiar na experiência do Luan e apenas me deixar levar. Minha cabeça girava com tudo o que estava acontecendo, mas eu não queria desistir. Já tinha fugido do Luan por muito tempo.

Entramos e ele fechou a porta atrás de nós me colocando contra a parede. Aquela parecia ser a deixa que ele queria. No mesmo instante em que ele me encostou contra a lateral do quarto ele subiu uma de suas mãos para a minha nuca e a outra desceu um pouco mais além da minha cintura e depois me beijou com mais intensidade.

A coberta que nos envolvia caiu no chão, mas agora o Luan não parecia mais se importar com ela. Para falar bem a verdade, eu não precisava mais de cobertor nenhum para me esquentar. O Luan já estava fazendo aquele papel muito bem feito.

Ele desceu até o meu pescoço para depositar alguns beijos naquela parte do meu corpo. Senti um arrepio com o contato e ele riu da minha reação voltando a me beijar na mesma região. Como resposta, levei as minhas mãos até as suas costas e as coloquei por debaixo da blusa para conseguir tocar a sua pele. Depois procurei a sua boca para voltá-lo a beijar.

Durante um tempo tudo foi apenas ação e reação. As mãos do Luan passeavam por todo o meu corpo, desde a minha nuca até as minhas pernas. Eu retribuía do mesmo jeito. Nós só parávamos de nos beijar para distribuir pequenos beijos no pescoço ou mordidas na orelha um do outro. Era como se nós finalmente tivéssemos nos entregado ao desejo que havia dentro de nós e agora não tivéssemos como frear a nossa vontade.

Eu não pensava. Eu apenas seguia os passos do Luan. Ele me beijava eu o beijava de volta. Ele me apertava eu o apertava também. Era a primeira vez que eu me sentia daquele jeito, desejada por um homem e aquela sensação estava me fazendo muito bem.

De repente o Luan parou de me beijar e se afastou de mim. Abri os olhos assustada para tentar entender o que estava acontecendo. O que vi foi o Luan tirando a sua camisa e atirando a peça longe deixando o seus braços e tórax completamente descobertos. Segui o seu exemplo e tirei o grosso suéter que eu usava para espantar o frio que naquelas alturas eu já não sentia mais.

Ele me encarou surpreso, mas logo depois ele abriu aquele sorriso malando voltando a se divertir comigo.

– Já que começou a tirar, agora tira tudo né, nega? – Ele disse rindo referindo-se a blusa de malha fina que eu usava por baixo do suéter. Gentilmente ele veio até mim e segurou a peça pelas laterais puxando-a para cima. Eu ergui os braços e alguns instantes depois a blusa também estava indo em direção ao chão.

O Luan voltou a colocar as suas mãos na minha cintura e parou me encarando. Fiquei um pouco sem graça por ele estar me olhando só de sutiã, mas tentei não deixar aquilo me apavorar.

Gentilmente o Luan acariciou os meus cabelos e depois distribuindo beijos pela minha boca, pescoço, colo até chegar aos meus seios. Ele direcionou as suas mãos para as minhas costas e, sem muita dificuldade, abriu o fecho do meu sutiã. Ele tirou a peça e a segurou nas mãos.

– Adoro rendinha branca, sabia? – Ele comentou rindo antes de também atirar a peça pelo quarto. Eu também ri do seu comentário, o que me deixou um pouco menos tensa.

Aquilo não era hora para pensar em desistir, pensei comiga mesma. “Calma Cristal, calma”, repeti buscando coragem.

– Tá nervosa nega? – O Luan perguntou me encarando. Ele devia ter percebido a minha expressão tensa, já que eu era péssima em disfarçar as coisas.

– Um pouco – Confessei meio sem jeito colocando uma das minhas mãos em seus cabelos.

– Fica nervosa não, amor. Quer ver? Chega junto aqui assim, de mansinho – Ele disse todo “fazendo charme” e me beijando bem devagar nos lábios. Depois ele foi descendo uma das suas mãos suavemente pelas minhas costas me arrepiando inteira, enquanto a outra me segurava pela cintura.

Soltei um gemido baixo sem querer. Aquilo foi o suficiente para espantar o meu medo. Fiquei na ponta dos pés e beijei o Luan intensamente. Dali em diante a coisa ferveu. Ele deslizou as suas mãos até a minha cintura e me levantou. Eu passei as minhas pernas em volta da sua cintura e ele me segurou no seu colo.

Ele me beijava com muita vontade, como se estivesse esperando por aquela noite por muito tempo. Eu passei as mãos pelo seu pescoço e brincava com os seus cabelos enquanto nós trocávamos beijos e carícias sem muita pressa, aproveitando o momento, descobrindo os pontos sensíveis de cada um e explorando aquilo a nosso favor.

Não sei quanto tempo nós ficamos assim, mas de repente senti que o Luan estava me levando para algum lugar. Abri o olho a tempo de vê-lo me deitar na cama e depois se posicionar ao meu lado distribuindo beijos pela minha barriga, subindo pelos meus seios até chegar na minha boca.

– Nega, eu nem acredito que você está aqui – Ele falou apoiando a mão no seu braço e se deitando ao meu lado.

– Para falar a verdade, nem eu – Eu comentei.

– Mas isso não quer dizer que eu não gostei, viu? – Ele comentou girando o corpo para ficar em cima de mim. Ele usava os seus braços como apoio – Até porque eu gostei demais – Ele completou a frase enquanto me dava alguns selinhos nos lábios.

Coloquei uma das minhas mãos suavemente no seu rosto e o beijei – Eu vim porque eu cheguei a conclusão que eu o meu lugar é ao seu lado – Falei com a voz fraca. Eu precisava dizer aquilo, precisava confessar o que eu sentia por ele.

Ele olhou para mim com um sorriso de orelha a orelha e depois me beijou de volta, dessa vez com mais intensidade.

– Cristal, já dise que você me deixa doido, nega? Eu “num guento” mais essa sua mania de fugir de mim – O Luan falou baixinho enquanto ia distribuindo beijos pelo o meu corpo.

– E quem disse que eu vou fugir dessa vez? – Falei séria buscando o seu olhar.

– Você tá falando sério, Cristal? – Ele me encarou me perguntando muito sério. Balancei a cabeça positivamente confirmando o que eu queria.

– Ah nega, hoje “cê” não me escapa! – Ele falou com um brilho muito intenso no olhar.

Começamos a nos beijar de novo. Mas dessa vez o Luan não perdeu tempo. Ele foi direto tirar a minha calça e a bota que eu estava usando. Na sequência ele tirou o resto da sua roupa ficando só com uma boxer branca que não escondia o quanto ele estava animado com a nossa situação.

Ele deitou-se sobre mim buscando pelos meus lábios. Ele acariciou os meus seios e depois foi descendo até chegar à minha região íntima onde ele permaneceu por alguns momentos.

Aquilo foi o suficiente para me deixar maluca pelo Luan. Agora eu entendia o que ele queria dizer com “não guentar” mais eu fugindo dele. Apertei tão forte as suas costas que acabei arranhando a sua pele sem querer.

– Vai com calma aí, nega – Ele brincou gostando da minha reação enquanto ele descia pelas minhas pernas para tirar a minha calcinha. Depois ele voltou até mim e beijou me segurando pelo rosto.

– Já volto tá, amor. Nada de fugir – Ele disse antes de se levantar da cama e seguir até uma porta na lateral do quarto que eu imaginava ser o banheiro. Um minuto depois ele voltou com um pacote na mão, que eu concluí que eram camisinhas.

– Melhor prevenir, né? – Ele brincou antes de tirar a cueca e colocar o preservativo. Aqueles foram os minutos mai longos da minha vida. Todo o meu nervosismo e ansiedade voltaram com força total. Ao mesmo tempo que eu queria sair correndo dali eu também queria ficar e terminar o que nós havíamos começado. Eu queria muito ficar com o Luan, mas tinha medo de decepcioná-lo e deixar a desejar por conta da minha falta de experiência no assunto.



Senti o Luan se aproximando de mim novamente, me trazendo de volta dos meus devaneios. Ele foi depositando beijos por todo o meu corpo e me acariciando com as suas mãos. Conforme ele me tocava eu ia sentindo o medo dar espaço ao desejo. De repente eu percebi que a minha vontade de ficar com ele era mais forte que tudo e capaz de me fazer esquecer o meu passado. Eu nunca poderia imaginar que me apaixonaria por alguém daquele jeito.
Ele me deu um beijo suave nos lábios antes de olhar nos olhos.

– Pronta? – Ele perguntou carinhosamente.

– Pronta – Repeti tentando demonstrar firmeza na voz.

– Pode confiar em mim, tá? Vem cá, segura a minha mão – Ele pegou uma das minhas mãos e segurou junto com a sua enquanto se posicionava em cima de mim.

Fechei os olhos. Tudo o que eu conseguia ouvir era as batidas do meu coração. Na minha cabeça eu me lembrava de todas as vezes que eu tinha sonhado em viver um momento tão perfeito como aquele ao lado de uma pessoa como o Luan.

Os movimentos do Luan começaram suaves. Ele se mexia bem devagar e a toda hora ele me perguntava se estava doendo. Aos poucos fui relaxando e o medo dele de me machucar foi passando. Eu apertava forte a sua mão e ele me beijava suavemente nos lábios.

Eu via nos seus olhos um brilho intenso. Ele sorria, e quando me dei conta, percebi que eu também sorria. Nós nos movimentávamos na mesma sintonia e respirávamos do mesmo jeito ofegante.

Fui relaxando e me entregando aquela sensação tão boa enquanto o Luan ia aumentado o ritmo das suas investidas contra mim. Quando os dois chegaram ao ponto alto do prazer nós terminamos juntos e depois nos abraçamos ainda curtindo o nosso momento juntos.

Ainda ofegante ele deitou ao meu lado da cama e me puxou para perto dele. Eu deitei a cabeça no seu peito e ele nos cobriu com o edredon que estava todo enrolado esquecido em um canto da cama. Eu não me lembrava como ele tinha ido parar ali, mas eu desconfiava que já estivesse assim quando eu entrei.

Ficamos em silêncio por um instante, é só naquele momento eu consegui reparar no quarto. Ele era decorado com uma mobília que lembrava aquelas casas coloniais, toda feita de madeira e envernizada. Na parede um único quadro mostrava uma paisagem de um lago iluminado por um belo pôr do sol.

Meu coração dava pulos dentro do peito e eu nunca tinha me sentido tão bem em toda a minha vida.

– Desculpa ter brigado com você daquele jeito hoje mais cedo – O Luan falou enquanto mexia nos meus cabelos – É que eu fiquei com medo de te perder para aquele tal de Léo.

– Você não precisa pedir desculpas – Eu disse enquanto brincava com uma das suas mãos – E também não precisa ter ciúme do Léo. Agora eu sei muito bem o que eu quero – Disse meio sem jeito. Eu ainda não estava acostumada a falar abertamente sobre os meus sentimentos com o Luan.

– Sabe nega, eu achei que você nunca fosse querer ficar comigo – Ele disse sério.

– E por que você pensou isso, posso saber? – Virei para encará-lo de frente. O Luan estava encostado na cabeceira da cama ainda mexendo nos meus cabelos.

– Achei que não fosse a pessoa certa para você. Por causa de tudo o que aconteceu... Eutinha medo de te magoar – Ele confessou.

– E eu tinha medo de não ser a pessoa certa para você por causa de todos os meus “rolos” e problemas do passado. Eu achava que eu nunca conseguiria me entregar para alguém assim – Comentei sem coragem de encará-lo nos olhos.

Ele colocou a mão no meu rosto suavemente e ergueu o meu rosto até que os meus olhos encontrassem com os seus – Mas deu tudo certo, não foi meu amor? – Ele perguntou receoso.

Sorri ao perceber a preocupação no seu tom de voz – Deu tudo muito certo. Foi tudo do jeito que eu sempre quis – Confessei.

– Essa é só a primeira de muitas noites que nós vamos passar juntos – Ele me deu um breve beijo nos lábios antes de continuar a frase – Ainda mais agora que eu sei como acabar com a sua “brabeza” – Ele riu.

– Mas você não tem jeito, né? Tem sempre que arrumar um jeito de me provocar – Falei fechando a cara.

– É que eu adoro te ver bravinha assim! – Ele explicou – Mas ó, para você ver que eu também sei ser muito legal, escuta só a moda que eu fiz para você – Ele falou todo animado enquanto corria até o outro lado do quarto, onde um violão estava abandonado em cima de um sofá. Ao lado do móvel havia uma mesa onde estava o celular do Luan. Pelo jeito ele estava compondo quando eu bati na sua porta.

Oi? Moda para mim? Era possível que aquela noite poderia ficar ainda melhor?

– Música para mim? – Perguntei desconfiada.

– Isso mesmo. Eu estava aqui, sozinho, pensando em você e aí apareceu isso aqui na minha cabeça – Ele comentou enquanto vestia novamente a sua cueca – Parece até que eu estava adivinhando que “cê” ia aparecer na minha porta assim, cheia de amor para dar - Ele disse irônico.

Ele voltou para a cama carregando o violão e o celular. Eu o ajudei a colocar o edredom nas costas para se esquentar um pouco. Mesmo com o aquecedor do quarto ligado ainda fazia um pouco de frio.

– Peraí, deixa eu só lembrar como era a melodia – Ele pensou por um momento. Depois, ajustou o violão melhor nas mãos e começou a tocar.



É impressão minha
Ou o sol brilhou mais forte quando olhou pra mim?
O brilho desceu das estrelas e no meu olhar ficou até o fim
É impressão minha ou metade do meu peito mora em você?
Se o mal chegar, entro na frente pra te proteger

Eu até amarei por 1001 motivos
Vou perguntar baixinho ao pé do ouvido
Promete que vai ser só minha
Que vai me entender num olhar
Promete que vai visitar os meus sonhos de noite
A luz do luar

Promete ler meus pensamentos
Decifrar o meu coração
Por que só assim vai saber
Que minha vida inteira está em suas mãos


Ouvi a letra da música e foi inevitável não chorar de emoção. Aquilo era muito melhor do que eu poderia ter imaginado um dia. Será que o Luan existia mesmo ou era eu que estava imaginando coisas?

– Ô nega, não chora... Era para você ficar feliz – O Luan brincou depois que terminou de cantar.

– Mas eu tô feliz, a letra é muito linda, Lú. Não sei nem o que dizer... – Falei tentando secar as lágrimas.

– Você pode prometer que vai ser para sempre só minha, que nem foi nessa noite – Ele falou com a voz mansa enquanto deixava o violão de lado e se aproximava de mim – Que eu prometo sempre te proteger e nunca mais deixar você sofrer, Cristal.

– Prometo – Falei o encarando nos olhos.

– E promete que não vai mais fugir de mim, nega... Porque eu “num guento” mais ficar longe de você – Ele continuou usando o mesmo tom “manso” de voz enquanto me deitava lentamente na cama colocando o seu corpo em cima de mim.

– Prometo também – Disse rindo do seu tom de voz enquanto ele sorria daquele jeito safado que me fazia perder o ar. E então ele me beijou e nós começamos tudo de novo...

Naquela noite ficamos acordados até a nascer do sol, quando eu dormi com a cabeça encostada no seu peito e segurando a sua mão. Aquela foi a primeira vez desde o que tinha acontecido no barco que eu tive um sono tranquilo, sem pesadelos.
_________________________________

Notas finais do capítulo:
Que fique claro uma coisa: É assim que um homem deve tratar uma mulher, viu garotos? kkk
E aí, gostaram? Estou ansiosa esperando reviews!

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2 comentários:

  1. Amei que lindo a primeira vez deles juntos, perfeito demais

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    Respostas
    1. Foi lindo mesmo, né?!

      Luan sabe como tratar uma mulher! Isso que é homem! <3

      Que bom que está curtindo! =) Obrigada por ler! *---*

      Excluir

Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

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