sexta-feira, 8 de março de 2013

Salve Diva!


Vai fazer um ano que eu perdi uma das minhas melhores amigas, a Diva. Apesar de ter nome de gente, a Diva era minha cadela e foi minha companheira por um pouco mais de dez anos.
E aí você pode me dizer “Pô Manu, mas você vai fazer um post sobre uma cadela e ainda por cima vai chamá-la de amiga?”. Sim, eu vou fazer um post para a Diva. Porque para uma pessoa que sempre teve uma relação “diferente” com a sua mãe e que não fala com a sua irmã há um tempo, ter um amigo de quatro patas pode não parecer algo tão estranho assim. Na verdade, para mim era completamente normal.
Eu me lembro do dia que ela chegou em casa. Um filhote peludo e com um jeito um pouco “extravagante”. Tão extravagante que foi capaz de colocar para correr um adestrador que não “deu conta” de domar aquele gênio hiperativo que a Diva tinha.
Foram 10 anos de companheirismo. Nós crescemos juntas. Eu dava banho, escovava e varria aquela enorme quantidade de pelos que a Diva espalhava pela casa inteira. Foi para ela, inclusive, que eu contei uma das minhas primeiras histórias. Eu nem poderia sonhar que um dia eu chegaria a escrever uma história, mas se estivesse viva com certeza ela estaria deitada ao meu pé enquanto eu digitava os capítulos no computador. Porque a Diva era assim, uma boa companheira e uma ótima ouvinte.
Eu me lembro de todas as vezes que ela pulou na minha cama logo de manhã enquanto eu dormia. Ou de todas as vezes que ela fugiu do seu canil para ficar com a gente. Também me lembro do jeito que ela sentava embaixo da minha cadeira na hora do almoço só esperando para ganhar algum “teco” de comida que eu dava para ela. Lembro do primeiro banho de rio, do primeiro machucado, do dia em que descobrimos que ela tinha medo de fogos de artifício e que quase quebrou a porta da sala por causa disso.
Também me lembro de quando ela ficou doente. Foi com a Diva que eu tive a plena noção do que é envelhecer. Ela já não tinha a mesma jovialidade de antes. Seus olhos já carregavam uma experiência e um cansaço acumulado ao longo dos anos. Ela já não corria e pulava mais. Mas ainda era a minha Diva. Quando ela adoeceu, cuidei dela, fiz promessa e fiquei um ano sem beber Coca Cola.

Já nos seus últimos meses de vida, mais uma vez ela me ensinou uma lição. A de como dizer adeus. Eu lembro que todo mundo estranhou quando a Diva, que era extremamente ciumenta e não deixa ninguém invadir o seu território, permitiu que um filhote entrasse na nossa casa e, aos poucos, tomasse conta dos nossos corações. Eu não sabia, mas ela já estava se preparando para nos deixar. A Diva ensinou para o “nosso filhote” como ser o tipo de “cachorro de estimação” perfeito para a nossa família. Missão cumprida, ela finalmente pode nos deixar em paz.
Se eu pudesse vê-la só mais uma vez eu lhe diria duas coisas (sim, eu conversava com a Diva). Primeiro eu queria dizer que o “nosso filhote” cresceu, é um cachorro lindo e o melhor substituto que ela poderia ter. E por fim, eu lhe diria muito obrigada! Obrigada por ser minha amiga e por me ensinar como ser uma pessoa melhor.
Salve Diva! Fique bem onde quer que você esteja!

*** Texto retirado do meu extinto blog, o Triipé

2 comentários:

  1. poxa mauzita..
    eu sei mt bem cm é isso..
    eu tambem tinha. o cebolinha.. ele ficou 7 anos comigo e me deixou...
    chorei mt.. e pra min tambem era normal converçar com ele!! kkk
    sem contar do ciume que ele tinha de min.. e dos seus ossos que ninguem podia tocar! kk
    mais mesmo já chorando aki... fica firme eles vão mais eternamente ficam no nosso coração!!
    bjs amore!
    de sua agra novamente fielsissima leitora!

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    Respostas
    1. Ai Aninha, e tão triste perder um amigo de quatro patas, né?
      Imagino como você ficou quando perdeu o Cebolinha!
      Para mim, cães são "anjos" que Deus coloca na Terra para nos ajudar e tomar conta da gente!
      Sou apaixonada por cachorros e sinto muitooo a falta da Diva até hoje!
      E sim, apesar de tudo, ela sempre estará viva no meu coração! *-*

      Beijo Nega! Se Cuida! =]

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Oiieeee.... xD

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