segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Capítulo 10 - Nova York, baby!

Notas iniciais do capítulo:

Décimo capítulo da fanfic! Para comemorar, post especial!
Atenção navegantes: Essa é só a minha primeira parte da viagem para Nova York. Esse encontro vai render muito ainda!
Aproveitem!
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Eu estava no estúdio gravando quando alguém da produção me chamou.

– Me pediram para te entregar este recado. – ele falou em inglês.

– Obrigada - Respondi, também em inglês.

Era um bilhete da Rafa. Abri.

“Prontinho.
Reservas para um quarto de casal e um de solteiro acompanhado de um cachorro no mesmo hotel em que o Luan Santana estará hospedado.
Estou indo providenciar seu vestido, sapatos e lingeries novos (nunca se sabe, não é mesmo?)
Aliás, você fica me devendo essa!
Beijos,
Rafinha”

Eu tinha a melhor cunhada do mundo!

***
Cheguei em casa aquela noite mais tarde. Por causa da folga que eu teria no final da semana precisei adiantar algumas cenas para que as gravações não ficassem atrasadas. Mas com certeza esse esforço valeria a pena!

– Cheguei Rafa!

– Recebeu meu recado?

– Rafinha, você é a melhor!

– Já providenciei tudo para a festa e para o dia do show. Garota, 
você vai arrasar – Ela falou brincando. – Aliás, seu irmão está aí. Está tomando banho agora.

– Ok, vou tomar um banho também e depois falo com ele!

– Vou esquentar o jantar enquanto isso, não demora, hein...

***

Quando saí do banho e fui para a cozinha eles já estavam comendo. Dei um beijo e um abraço no meu irmão e me sentei ao lado dele.

– Garota, até em Los Angeles você me dá trabalho?! – Ele brincou.

– Não dei trabalho nenhum. Me comportei muito bem. Fui trabalhar todos os dias, fui a todos os ensaios e não fiz nada comprometedor. – Me defendi

– E a história do boné do Luan? Você explica como?

– Fala sério. Nunca imaginei que alguém aqui reconheceria o boné. Aliás, achei que ninguém aqui me reconheceria. – Eu falei sério.

– Então... Na verdade quem te reconheceu foi um fã da série. Ele viu no material promocional que você estaria na nova temporada e achou interessante ter algum registro seu para postar no Twitter. Ele só não imaginava a repercussão que isso teria no Brasil. Vocês nem imaginam o quanto o meu celular tocou. Uma dezena de repórteres querendo confirmar a história do boné. Minha sorte é que você está trabalhando fora. Agora o empresário do Luan, coitado, deve ter ficado louco com tantas ligações – meu irmão comentou em tom descontraído.

– Mas dessa vez a culpa não foi minha. – E não tinha sido mesmo.

– É Any, a culpa não foi sua. Mas agora que o programa do Multishow já foi exibido, você não tem ideia do quanto esse lance de “Luanitas” tá rendendo. Bom, só te convidaram para participar deste evento em Nova York por causa disso, eu imagino.

– E é verdade aquela história do Murilo? – A Rafa perguntou.

– Nossa... Isso colocou mais “lenha na fogueira” ainda. – O Caio disse.

– O que aconteceu? – Eu disse enquanto me servia. Estava morta de fome.

– Depois que o programa foi ao ar, e que todo mundo ficou comentando o “climinha” que rolou entre você e o Luan, uma repórter perguntou para o Murilo o que ele achava sobre vocês dois. E ele respondeu que o Luan não fazia o seu tipo. Bom, aí outra repórter foi perguntar para o Luan o que ele pensava sobre a declaração do Murilo.

– E o que ele respondeu? – Eu estava muito curiosa.

– Ele disse “Bom, eu posso não fazer o tipo dela. Mas acho que ele também não faz, né?”. Depois disso o Murilo passou a se recusar a comentar o assunto.

– Adorei a resposta. Tem estilo esse Luan – brincou a Rafa.

Terminamos o jantar. Faltavam ainda dois dias para a viagem. O jeito para controlar a ansiedade foi “enfiar as caras” no trabalho. Recebi até elogio do diretor. Ele disse que eu estava muito aplicada naquela semana. Mal sabia ele qual era a razão...

***

Finalmente chegou o dia. Eu detestava andar de avião, mas dessa vez nem fiquei enjoada. Estava muito ansiosa. Talvez porque já fazia algum tempo que não via e nem conseguia falar com o Luan, então eu não sabia exatamente o que rolava entre a gente. De repente, ele poderia apenas ser muito simpático com todas as garotas, e eu estar fantasiando algo que na verdade não existia. Com um pouco de sorte eu tiraria todas as dúvidas naquela viagem.

Nova York não era muito longe de Los Angeles, então a viagem não foi tão longa. Chegamos e seguimos direto para o hotel.

– Any, nós vamos para o nosso quarto. Não esquece, hoje à noite temos a festa que o pessoal da organização do evento preparou. Será em uma boate, próximo daqui. Vai ser uma festa meio chata, mas é importante porque um monte de empresários já confirmou presença. Lá pelas 10 eu passo aqui para te pegar, fechado?

– Fechado, Caio. Só empresários vão nessa festa? – Perguntei

– Não Any, o Luan deve ir também – Ele riu.

– Então, descanse e eu desço aqui lá pelas nove para fazer sua maquiagem, ouviu mocinha?

– Certo dona Rafaela. Estarei pronta.

Eles saíram e fecharam a porta. Pedi alguma coisa para comer e acabei dormindo o resto da tarde. Eu tinha trabalhado bastante nos últimos dias. Acordei já eram uma sete horas. Fui direto para o banho. Lá pelas oito e quinze a Rafa apareceu. Ela já estava pronta.

– Seu irmão está uma pilha de nervos. Achei melhor vir aqui te arrumar logo. – Ela disse

– Por que ele está nervoso?

– Está com medo de você aprontar - Ela riu – Ele acha que você não deveria se envolver com ninguém publicamente agora. Ofusca um pouco seu trabalho – Ela fez cara de séria, imitando o jeito dele falar.

– Agora garota, eu te falo uma coisa. O seu vestido de hoje é pra “derrubar o peão” – Ela sempre usava essa expressão – Se você não “pegar” esse garoto hoje, eu te mato! – Por isso eu adorava a Rafa.

O vestido realmente era lindo. Era branco, de uma alça só. Lembrava aqueles modelos usados na Grécia antiga. Mas claro, ele tinha um corte bem atual. Era justo, e diga-se de passagem, curtíssimo. Ela escolheu um scarpin prata, que combinava com alguns detalhes do vestido. Os brincos e as pulseiras também eram prata com detalhes de pedras brancas. Ela fez uma trança embutida no meu cabelo e escureceu um pouco a região dos meus olhos com maquiagem.

– Pronto. Só falta o perfume – Ela disse me olhando de cima a baixo para ver se não tinha esquecido nada.

– Você se superou hoje, Rafa. – Comentei depois que olhei no espelho.

– Agora, eu separei uma bolsa-carteira para você. Não esquece o gloss, o celular, e leva um prendedor de cabelo reserva. E vamos que o seu irmão já deve estar na recepção nos esperando.

Olhei no celular. Era 22h em ponto. Só a Rafa para conhecer meu irmão tão bem assim.

– Uau! Vestida para matar! Coitado desse Luan... – Ele falou brincando quando nos viu chegando – Vamos garotas!

Ele enganchou o seu braço no meu e fez o mesmo com a Rafa do outro lado. Caminhamos até o carro que a produção tinha separado para gente e seguimos rumo à festa.

Ao chegarmos, confirmamos o nosso nome na lista de convidados e entramos. A festa aconteceria em uma espécie de terraço que tinha uma vista linda de toda a cidade de Nova York.

Eu geralmente já não gostava daquele tipo de eventos. Você tinha que cumprimentar todo mundo, ser cordial, sorrir para todos, uma verdadeira chatice. Naquele dia, em especial, eu estava completamente sem paciência para cumprir todo aquele protocolo.

Depois de “fazer a social” como todo mundo, eu e a Rafa nos sentamos na mesa reservada para nós. Para a nossa sorte, tínhamos uma visão privilegiada da porta, por onde os convidados chegavam.

Depois de uns 40 minutos, o salão já estava bem cheio, a música já estava animada, e eu e a Rafa já tínhamos tomado duas taças de champanhe (um perigo!), e nada dele chegar.

– Rafa, ele não vem. Acho que chega só amanhã para o show.

– Calma, garota. Se controla e não perde a compostura agora. Ele vem.

– Como você tem tanta certeza?

– Porque o Marcão, o empresário dele, ligou para o seu irmão. O Luan pediu para ele confirmar se você viria na festa.

– Jura? Por que você não disse antes? – Maldita Rafa, escondendo o jogo!

– Porque era para ser surpresa. Por isso que seu irmão está nervoso. Na verdade ele está com medo de que o Luan faça o mesmo que o Murilo.

Fiquei sem saber o que responder. No fundo eu também sentia um pouco de medo de “quebrar a cara” de novo.

Para não precisar comentar o que a Rafa tinha acabado de falar eu desviei o olhar novamente para a porta.

Então eu vi. O Luan tinha acabado de chegar. Estava parado próximo a entrada, acompanhado de seu empresário cumprimentando o pessoal da organização.

Fiquei olhando fixamente para ele, acho que por uns dois minutos. O Lú estava bem diferente de quando gravamos o programa no Rio. Agora ele usava um terno elegantíssimo.

Ele desviou a atenção por um instante da conversa entre o empresário e os organizadores e olhou para os lados. Seu olhar foi correndo pelo salão, como quem espia para ver se conhecia alguém entre os convidados. Até que seu olhar encontrou com o meu.

Ele me encarou por alguns instantes e então sorriu. Eu sorri de volta. Ele tinha me reconhecido. Meu coração disparou dentro do peito.

Nosso contato visual foi cortado quando o empresário o puxou. Era a vez dele de “fazer a social” pelo salão todo.

– Eu disse que ele vinha – a Rafa se gabou.

Eu nem respondi. Estava ocupada tentando controlar meu coração.

***

Depois de uma meia hora, ele chegou a nossa mesa para nos cumprimentar.

– Ei meninas, finalmente alguém que eu conheço. – O empresário dele falou.

– Olá, como vai? – Eu e a Rafa o cumprimentamos.

– Oi Ní. Finalmente consigo falar com você, “muié” – Ele me abraçou. Ai, aquele perfume...

– Tá difícil conseguir falar com você. Eu tento, mas não dou sorte. Você é muito ocupado – Brinquei.

Conversamos mais um pouco e ele pediu licença. Precisava conversar com mais pessoas.

Eu também tive que levantar para falar com alguns convidados. Jantar de negócios era sempre assim. Uma chatice, mas muito necessários.

Depois de umas duas horas de festa eu não agüentava mais aquela chatice. Olhei para o Caio implorando para ele me deixar voltar para o hotel. Ele mexeu na pulseira do relógio e fingiu olhar as horas. Era o sinal. Eu já tinha cumprido a minha parte. Estava liberada!

A gente sempre combinava um sinal. Aquele tipo de jantar era muito mais para tentar arrumar novos trabalhos. E essa parte era com ele, que era meu empresário. Portanto, não precisava mais ficar ali.

Chamei a Rafa discretamente para o meu lado.

– Rafa, vou voltar para o hotel. Mas eu queria falar com o Luan antes.

– Deixa comigo. Vai até o banheiro e retoca o gloss. Eu organizo tudo.

Fiz como o combinado. Na volta encontrei a Rafa conversando com um segurança da festa.

– Any, dá mais uma volta pela festa e depois desce para o saguão. Um motorista vai estar te esperando. Assim ninguém percebe que você está saindo de “fininho”.

–Mas você conseguiu falar com o Luan? – Perguntei.

– Confia em mim. Dá uma volta e depois desce.

Ela agradeceu o segurança e voltou para o lado do Caio. Eu dei mais uma volta pelo salão, sorri para algumas pessoas, fui até onde o Caio estava novamente, e depois desci.

Havia um carro preto estacionado na porta de entrada da festa. Um segurança me chamou e abriu a porta do carro, indicando que era para eu entrar.

Agradeci e obedeci a ordem. Fechei a porta e o motorista começou a andar com o veículo.

Só então eu olhei para o lado e percebi que não estava sozinha.

–Finalmente a gente conseguiu se encontrar, né linda?

Fiquei sem saber o que falar. O Luan, estava ali, sentando do meu lado. “Calma Anita, se controla!”, pensei comigo mesma.

Agora que ele estava ali, do meu lado, eu não sabia o que fazer.
____________________________________________
Notas finais do capítulo:

Ah.. eu confesso. Eu comecei a escrever a fanfic imaginando exatamente esse encontro entre os dois. Não via a hora de chegar nessa parte!
Assim que puder eu continuo!
Beijos, e obrigada por acompanharem a história!

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