quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Capítulo 4 - Hoje Não

Notas iniciais: Para quem pediu, Julinha deu dicas do seu "segredo" nesse capítulo!

O capítulo está fervendo! Acho que vocês vão curtir!
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*** Link para música - https://www.youtube.com/watch?v=LSRMQQF-wnU *** (Quando o capítulo começa com modão é porque a coisa vai ser séria)


- “De que me adianta viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar” – A Thaeme e a Bruninha cantavam a pleno pulmões enquanto eu dirigia rumo à fazenda do Sorocaba.


O dia estava lindo, a estrada estava tranquila, eu adorava aquela música, mas eu estava quieta no banco do motorista enquanto acelerava a minha Pajero mais do que devia e fazia os pneus cantarem ao passar pelas curvas da rodovia. Eu adorava dirigir. Comandar um carro sempre me trazia uma sensação de liberdade, de poder, e era ótimo para pensar na vida. Só a estrada na sua frente, o vento no cabelo... Minha mente corria mais rápido que eu na estrada.


 - “Cortando estradão, saio a galopar”. Vai Julinha, só você agora – A Thá disse muito animada no banco do passageiro. Seus cabelos se agitavam com o vento e os fios loiros faziam contraste com as lentes escuras dos seus óculos.


- Ah Thá, não tô no clima hoje – Cortei o barato da minha amiga – Tô pensando uns “trem” aqui – Tentei me explicar para não parecer muito chata.


- Pera aí! Prin não tá no clima de fazer bagunça? Pode começar a “desembuchar”, Jú. O que tá acontecendo? – A Anjinha já foi se metendo na conversa colocando o corpo entre os dois bancos da frente do carro e tampando completamente a minha visão do retrovisor traseiro. Mesmo assim não fiquei brava com ela. Ela com aquele sorriso era capaz de dobrar qualquer um. Igualzinha ao irmão...


- Tô aqui “matutando” sobre o que o Luan falou. Ainda não sei se ser tempestade é uma coisa boa – Acabei confessando. Não ia adiantar tentar disfarçar, quando eu estava preocupada com alguma coisa eu sempre dava na cara.


- Ser tempestade? Ué, vai chover hoje? – A Thaeme perguntou já olhando para o céu, preocupada, fazendo eu a Brú cair na risada.


- Não, Thá! Deixa eu te explicar... – Contei tudo para ela sobre a conversa que ouvi pelo telefone. Ela pareceu bem impressionada com a forma que o Luan me definiu.


- Nossa Jú, mas foi lindo isso que ele disse! Na boa, certeza que ele ainda sente algo muito forte por você – A cantora opinou.


- Eu disse isso para ela. Principalmente porque ele falou isso com os olhinhos brilhando, todo apaixonado e com aquela cara de bobo que só o meu irmão sabe fazer – A Bruna também deu o seu “pitaco”.


- Eu gostei do que ele disse, mas é que é essa coisa de ser tempestade... Poxa, tempestade geralmente não é coisa boa, né? Ninguém fala “Olha que bacana, uma tempestade!” – Comentei. A minha dúvida era: o Luan disse o que eu era para ele, mas ele não explicou quais foram os efeitos da tempestade sobre a sua vida. Tudo bem que depois de tudo o que eu fiz eu não poderia esperar muito dele, mas no fundo eu tinha esperanças que um pouco do amor que um dia ele sentiu por mim tivesse sobrevivido.


- Sem contar que a Tempestade tem cabelo branco. Verdade, acho que a Jean Gray ia combinar mais com você! – A Thaeme falou fazendo cara de pensativa – Sem contar que você ia fica um arraso ruiva.


- Jean Gray? – Do que mesmo ela estava falando?


- Jean Gray, dos X-Men, mulher! Professor Xavier, Wolverine… - Ela explicou.


- Aiiiii Wolwerine... – A Bruninha suspirou do banco de trás. É, aquele homem não era de se jogar fora!


- Vocês duas querem parar de zuar, fazendo o favor? O assunto aqui é sério! – Chamei a atenção das minhas companheiras de viagem. Eu ali, cheia de dúvidas, e elas pensando em personagens de quadrinhos!


- Tá bão, Prin! Tá bããõoo... Mas eu já disse, ser tempestade é uma coisa boa – A Brú tentou me acalmar.


- É Jú, o que o Luan quis dizer é que você foi marcante na vida dele, um sentimento forte e inesquecível – A Thá usou o seu “sentimentalismo” de artista para tentar traduzir a frase do Lú.


- Tudo bem, mas precisava ser tempestade? Ele não poderia me chamar de dia ensolarado com céu azul ou arco-íris super colorido e fofo? Tinha que ser algo que tem trovões, raios e rajadas de vento? – Falei meio chateada. Poxa, eu ia adorar ser um arco-íris, ou talvez uma noite enluarada...


- Tempestades também tem o seu charme, Prin! E essa história de arco-íris não combina com você de jeito nenhum! – A Bruninha me respondeu encerrando o assunto.


Resolvi confiar nela. Afinal, era melhor pensar daquele jeito do que queimar os meu neurônios tentando decifrar os enigmas do Luan.


***

 O churrasco começou a rolar muito animado. Era carne, vinagrete, cerveja e moda de viola para todo lado. Todo mundo se reuniu na varanda da casa da fazenda do Sorocaba, que era bem ampla, e contava com mesas, bancos e até sofás, além da churrasqueira, é claro. Entre os convidados estavam o pessoal da banda que acompanhava a dupla, o Fernando e a sua noiva, o Thiago, alguns amigos pessoais do Sorocaba, meu primo Anderson com a esposa (ainda não me perdoava por ter perdido o casamento dos dois!) e algumas outras pessoas que eu não conhecia. O Luan ainda não estava presente e eu não me aguentava de ansiedade para descobrir se ele viria acompanhado ou não.


- Bruninha, só mais essa cerveja, hein? Não quero minha “Anjinha” bêbada – Avisei a minha ex-cunhada. Ela e a Thaeme estavam em um papo empolgado, mas eu estava distraída esperando um certo Porsche preto aparecer e estacionar junto com os outros carros. Não tinha jeito, eu não conseguia controlar. Eu queria ficar longe do Luan, mas quanto mais eu me afastava, mais eu me aproximava dele.


- Luan e Jadelina estão chegando – Anunciei cinco minutos depois cortando a conversa das duas.


- Como você sabe? – A Bruna me perguntou.


- É que o nariz da Jade é tão grande que ele chega primeiro – Respondi azeda. Na verdade, como eu estava de olho no estacionamento, eu vi o Luan chegando acompanhado da sua “namorada”.


- Julinha, você é terrível! – A Thaeme riu da minha observação – Mas é verdade, o nariz dela é grande mesmo!


- Tão grande que se ela e o Pinóquio se encontrassem ele gritaria para ela: “Irmãããã!” – Falei irônica.


- Ou então ele se apaixonaria por ela, né? Tipo, amor à primeira narigada! – A Bruninha entrou no clima de zoação fazendo a Thaeme quase chorar de rir.


Os dois chegaram até onde todo o pessoal estava reunido e foram cumprimentando as pessoas. Ao passarem por nós, eu, a Brú e a Thá precisamos nos segurar muito para não cair na gargalhada na frente da “Nariz de Um Quilômetro”. O Luan deu um forte abraço na Thaeme, mas em mim ele apenas deu um beijo rápido no rosto. Já a Jade quase me matou com o olhar. Fiquei firme e também fiz cara feia para ela. Se ela achava que ia me intimidar, estava muito enganada.


- Tipo assim, será que ela se enganou e pensou que era Festa Brega ao invés de churrasco? – Foi a vez da Thaeme zoar. Reparei na roupa que a “namorada” do Lú estava usando: blusa laranja estilo bata com estampas na parte de baixo, calça branca e bota preta de salto. O cabelo estava como sempre: dividido ao meio e escorrido, sem a mínima graça.


- Isso porque ela estuda moda... – A Bruna lembrou também fazendo cara feia ao reparar no visual da nova “cunhada”.


- Isso porque ela está do lado do cara mais lindo do mundo! – Suspirei. O Luan estava lindo de matar: camiseta preta, calça clara justa e tênis estilo coturno também em tom escuro. Eu adorava quando ele usava preto, o fazia ficar ainda mais lindo!


- Sabe o que eu mais gosto na Jade, meninas? É essa simpatia e esse bom humor que ela tem – Comentei com o nível de ironia no máximo. Na minha frente eu via a “Filhote de Pinóquio” cumprimentar as pessoas com a cara fechada, sem mal sorrir, parecendo que havia acabado de chupar um limão azedo.


Seguiu uma rodada de risos muito altos no nosso trio. A gente não conseguia se controlar, a Jade praticamente implorava para que a gente a “trolasse”.


- Além disso, eu fico realmente comovida com o amor que um sente pelo o outro, né? Olha como o Luan a olha com cara de apaixonado... E reparem como ela sorri para ele, se derretendo de amor – Continuei irônica. Na realidade, os dois estavam de mãos dadas, mas não pareciam nem de longe um casal apaixonado.


Mais uma rodada de risos. As pessoas ao nosso redor já estavam nos perguntando qual era a piada, mas nós não contamos para ninguém. Na verdade, nós mal conseguíamos falar por causa das gargalhadas.


- Sabe o que é, Prin? É que se a Jade chegar muito perto ela acerta o meu irmão com uma narigada – A Brú sugeriu e nos fez rir ainda mais.


- Eu não sabia que o Luan gostava tanto de animais a ponto de criar um tucano de estimação – A Thaeme emendou. Nesse ponto a minha barriga já estava doendo de tanto rir.


Só para nos dar mais motivos ainda para zoá-la, o Luan deixou a Jade sozinha em um canto e se empolgou em uma conversa com o Fernandinho. A “Filhote de Pinóquio” se ajeitou em uma cadeira e ficou mexendo no celular enquanto bebia alguma coisa de um copo.


- Ela tá parecendo um Tucano Abandonado! Será que a gente deve chamar alguma ONG de proteção aos animais para ajudá-la a encontrar um lar? – Eu brinquei, fazendo as minhas parceiras quase morrerem de rir – Ou será que alguma nova tendência, deixar um tucano de enfeite no canto da varanda?


- Eita, posso saber o que é tão engraçado aqui? Quem vai me contar qual é a piada? – O Thiago se juntou a nós.


- A gente tá aqui destilando todo o nosso veneno contra a nova namorada do Luan – A Thá me entregou se apoiando no seu parceiro de dupla porque não aguentava mais rir.


- Mulheres, mulheres! Vocês não perdoam, né? – O Thi fingiu dar um bronca na gente.


- Ahh, fala sério, Thi! Com aquela roupa, aquele nariz, esse nome e aquela cara de “Tucano Abandonado”, ela está praticamente pedindo para a gente zoar com a cara dela – Eu defendi o nosso lado.


- É, Jadelina é de lascar – Ele riu – Mas eu tô é achando que você está é com dor de cotovelo, dona Júlia. Por isso que fica aí, fazendo piada da menina... – Ele brincou.


- Que dor de cotovelo, o quê... Só acho que o Luan merecia coisa melhor – Menti. Era claro que eu estava com ciúmes! Talvez fosse por isso que eu estava pegando tão pesado na “zuação”. Mas era normal eu não gostar da Jade. Afinal, quem é que gosta da menina que está ao lado do cara pelo qual você foi apaixonada a vida inteira? Desculpa, mas não ia rolar “morrer de amores” por ela.


- Ihh, tô vendo que esse seu rolo com o Luan ainda não acabou, né? – O Thi me perguntou dando um gole na sua cerveja.


- Acabou? Olha, eu diria que está só começando... – A Bruninha se meteu no meio ainda tentando controlar o riso.


- É... Tá começando a formar tempestade – A Thaeme também deu seu palpite.


- Tempestade? Vai chover? – O Thí também olhou para o céu, alarmado, ao ouvir a frase da Thaeme o que nos fez rir um pouco mais. Aquela história de tempestade já estava rendendo...


- Julinha, ainda não tive tempo de falar com você, muié! – O Sorocaba apareceu do meu lado me obrigando a parar de rir para cumprimentá-lo. Ele começou a falar comigo, me enchendo de perguntas sobre como estava a minha vida e muito interessado em saber se eu ainda estava solteira.


“Tudo bem, peão. Você é bonitinho, mas esse papo de ‘meu anjo’ não cola!” – Tive vontade de falar para ele. Mas acabei segurando a barra, sorrindo que nem uma boba e tentando responder as suas respostas de uma maneira simpática. Claro que eu também dei um jeito de virar o corpo de um jeito que eu pudesse ver onde o Luan estava. Mais de uma vez os nossos olhares se cruzaram e eu pude perceber que ele não estava feliz por eu ainda estar ali, conversando com o Sorocaba.


- Jú, meu anjo, preciso ir falar com as outras pessoas também! Mas eu adorei você ter vindo – O Peão sorriu para mim, todo jogando charme. Fala sério, um homem daquele tamanho me chamando de “anjo”? Eu não conseguia acreditar!


- Claro, vai lá! – Eu já estava louca para me livrar dele. Tudo bem que eu o achava super gente boa e o considerava meu amigo, mas naquele dia eu tinha assuntos mais importantes para tratar. Eu precisava descobrir o que “ser uma tempestade” realmente significava.


- Jú do céu, que a coisa tá tensa aqui! Você não tirava o olho do Luan, o meu irmão não tirava o olho de você e a Jadelina não tirava o olho dos dois! Já tava quase saindo faísca – A Bruna comentou logo depois que o Sorocaba saiu de perto de mim.


O Luan havia voltado para perto da Jade, e agora os dois estavam sentados em uma mesa perto do pessoal da banda que estava improvisando umas modas. Para manter o costume, os dois não estavam muito “próximos” um do outro.


- É porque ele acha que eu tive algo com o Sorocaba, né? – Falei olhando discretamente para a mesa.


- E não teve? – A Thaeme deixou o Thi falando sozinho para se meter na nossa conversa.


- Não, não teve – A Bruna respondeu por mim também especulando as reações na mesa do seu irmão.


- E por que você não fala isso pro Luan, uai? – A Thá não estava entendo nada daquele rolo.


- Longaaaaa história – Eu e a Bruninha respondemos juntas, revirando os olhos.


- Ó, não quero colocar mais lenha na fogueira, mas do jeito que o Luan está olhando pra Julinha, sei não... Acho que ele realmente está “mordido” com ciúmes do Sorocaba – O Thiago atacou de psicólogo explicando as emoções do seu amigo – Do mesmo jeito que a Jú tá “mordida” por causa da Jade – Ele completou rindo – Eita que esse “trem” tá ficando bagunçado demais!


- Eu só não entendo uma coisa: Se você gosta dele e ele gosta de você, porque os dois não ficam juntos de uma vez? – A Thaeme fez a pergunta de “um milhão de dólares”.


- Loooonga história – Eu e a Anjinha votamos a responder juntas. Aquilo era uma resposta que eles nunca iriam ter de nenhuma de nós duas. Primeiro porque eu não queria dividir aquilo com mais ninguém. E depois porque eu não estava no clima de “abrir o meu coração” e dividir com eles toda a história da minha vida. Qual é, aquilo era um churrasco e não uma sessão de terapia!


- Quer saber de uma coisa? Vou até o banheiro! – Falei deixando-os e seguindo para o interior da casa. Fui até um dos quartos onde eu deixara a minha bolsa quando cheguei no churrasco, peguei a minha nécessaire de maquiagem e segui para o lavabo.
 
Espalhei todas as minhas coisas em cima da pia e me olhei no espelho. A Bruna estava certa. A situação estava tensa demais, eu precisava relaxar. Eu não poderia perder o controle, muito menos entrar na pilha da Jade. Eu sabia o que eu queria, e não poderia perder o foco agora. Eu não estava ali para bagunçar a vida do Luan, e precisava me lembrar disso. Eu só queria ficar perto dele, me certificar que ele estava bem, que estava feliz. Só isso! Era difícil resistir, mas o plano não era ficar tão, mas tão, perto dele. Eu estava fazendo a jogada errada, me arriscando a colocar tudo a perder...

- Não abaixa a cabeça, princesa. Senão a coroa cai e você tropeça no salto – Repeti em voz alta o conselho que a Bruna me dera no dia da inauguração da Outlaws. Respirei fundo e procurei dentro de mim a garota de atitude que eu sempre fui. Aquela que sempre teve coragem de arriscar tudo pelo Luan.

Depois, mais calma, conferi o meu próprio look. Eu estava usando uma blusa vermelha caída em um dos ombros, calça jeans com um cinto marcando a cintura e uma bota sem salto. Meu cabelo estava preso em uma trança de lado, bem charmosa, o que realmente me deixava com cara de “princesa”, como diria a Bruna. A maquiagem estava suave, só rímel e lápis para destacar os olhos. Afinal, eu não queria parecer uma pirigueti em pleno churrasco.

Peguei o lápis de olho par retocar a maquiagem, mas antes que eu pudesse começar, ouvi alguém se aproximando. Eu tinha deixado a porta aberta porque seria rápida e também porque não estava fazendo nada demais. Mesmo assim achei melhor recolher a bagunça que eu havia feito na pia. Vai que era uma pessoa apertada querendo muito usar o banheiro, né?

- Só estou terminando de guardar as minhas coisas, já libero aqui para você, ok? – Avisei quando ouvi a pessoa chegando perto da porta – Eu termino outra hora... – Falei, mais para mim mesma do que para quem quer que estivesse ali.

- Não tem problema. Na verdade, o que eu tenho para falar também é rápido – A mulher me respondeu. Era impressão minha ou ela estava entrando no banheiro comigo ainda lá dentro? Opaaaa! Não queria ficar assistindo ninguém no seu momento de privacidade, não!

Levantei a cabeça e pelo reflexo do espelho vi a Jade fechando a porta atrás de nós.

“Agora a coisa vai pro pau” – Pensei. O que aquela “Filhote de Pinóquio” queria comigo?

- É Júlia, né? – Ela me perguntou ficando de frente para mim depois de se certificar que a saída estava trancada.

- É sim. Nós já fomos apresentadas – Fechei a cara. Fosse lá o que ela estivesse a fim de fazer, eu é que não iria dar moral para ela.

- Verdade, nós já fomos apresentadas – Ela deu um sorriso, cínico. Desejei mentalmente que ela falasse logo o que queria. Com aquela napa toda, rapidinho nós ficaríamos sem ar dentro daquele banheiro pequeno.

- Eu só queria te avisar que eu estou sabendo do que aconteceu na casa do Luan ontem. Ele me contou... – A Jadelina falou pensando que estava me fazendo medo. Eu queria era apontar o dedo na cara dela e gritar “Ele só te contou da casa dele, é? Então vem cá amiga, deixa eu te falar o que rolou no camarim naquela noite lá em São Paulo...”. Mas achei melhor não colocar mais lenha na fogueira. Se o Luan não havia contado era porque ele tinha um motivo.


- Ah, ele contou? Imaginei! Luan é do tipo que gosta de fazer as coisas às claras – Respondi com a minha melhor cara de “Tô nem aí para você”.


- Pois é... Ele gosta mesmo. Olha, eu entendo que você foi a primeira namorada dele e tudo mais... – Ela fez uma pausa desviando o olhar para o espelho – Mas isso foi há muito tempo já. As coisas mudaram e tenho certeza que você entende isso, né? – Ela voltou a me encarar séria, apoiando uma das mãos na pia.


- Claro que eu entendo... – Fiz cara de desentendida. Na realidade, era óbvio que eu não entendia coisa nenhuma. Eu queria falar para ela que certos sentimentos nunca “mudavam”, mas achei melhor poupar o meu tempo. Ela nunca seria capaz de entender o meu amor pelo Luan.


- Eu sabia que você entenderia – Ela me deu um sorriso amarelo e eu tive vontade de tacar a minha nécessaire na cabeça dela – O Luan disse que vocês tiveram um final de relacionamento meio... conturbado. Parece que você o traiu, né? – Ela fez uma pausa dramática ainda com o “sorrisinho” nos lábios – Mas tudo isso já passou e ele está comigo agora – Ela foi direto ao assunto.


Doeu ouvir aquilo. Parecia que alguém havia pegado o meu coração, colocado no liquidificador e picado ele em pedacinhos. Parecia que eu tinha levado um tapa na cara. Mas, mesmo por baixo, eu não ia deixar ela sair dali com a sensação que havia ganhado. Respirei fundo, pensei rápido, e a respondi dando o troco à altura.


- Está com você agora porque EU terminei com ele – Falei séria, dando bastante ênfase ao fato que se eu não tivesse terminado, talvez os dois não estivessem juntos hoje. Era claro que eu queria não ter terminado com o Lú de jeito nenhum, mas isso não vinha ao caso agora


Ela ficou em silêncio por um momento. Sorri ao perceber que agora quem tinha levado o “tapa na cara” foi ela. Com certeza ela não esperava por aquela resposta.


- E se me dá licença, vou retocar a minha maquiagem em outro lugar – Já fui abrindo caminho até a porta e virando o trinco para sair dali o mais rápido possível. Eu precisava de ar. Aliás, eu precisava sair de perto dela antes que eu resolvesse dar um jeito naquele nariz de um quilômetro com as minhas próprias mãos.


- Bom, mas independente de quem terminou ou de quem traiu ou deixou de trair, vocês não estão mais juntos. Eu não sou namorada do Luan... ainda – Ela voltou a falar antes que eu deixasse o banheiro, também fazendo questão destacar a palavra AINDA – Mas a gente se dá muito bem e estamos muito felizes juntos...


Senti meu sangue ferver dentro das veias. A Jade realmente estava disposta a me provocar. Eu não poderia culpá-la. No lugar dela eu também lutaria pelo Luan com unhas e dentes. Só que quando o assunto era o meu “gurizinho”, eu também sabia jogar pesado se fosse necessário.


- Sério? Mas que bom! – Usei o meu tom mais irônico – Mas vem cá, me conta uma coisa... Ele já fez uma música para você?


Segundo “tapa na cara”. Vi a Jade ficar branca que nem uma folha de papel e morder os lábios, nervosa. Placar do jogo: 2x2. “E a galera vibrava no Pacaembúuuuuuu....”


- Hum... Pelo jeito não, né? Que chato, hein? – Disse, ainda mais irônica, depois de encarar a sua reação.


Abri a porta e, usando de toda a minha falsidade, eu disse – A gente se vê, Jadelina – Deixei o banheiro e assim que virei o corredor comecei a bufar de raiva.


Quem aquela menina pensava que era para chegar assim em mim, toda cheia de moral? “Não estou namorando o Luan... Ainda”. Ah, aquela “Filhote de Pinóquio” não sabia com quem estava mexendo... Se era para ela ser a namorada do Luan, então que fizesse por merecer. Ficar servindo de decoração de canto de varanda não ia ajudar em nada.


Eu queria muito poder “melar” aquele namoro dos dois só para provar para ela que nada do que eu e o Luan sentíamos um pelo outro havia mudado, muito menos acabado, como ela quis insinuar. Mas foi aí que eu me lembrei que não tinha o direito de me meter na vida do meu “gurizinho” daquele jeito. Fui eu quem o deixou, quem viajou e não deu notícias, quem partiu o seu coração... Ele tinha todo o direito de seguir adiante, de escolher a mulher que ele quisesse para ficar ao seu lado. E pelo jeito essa mulher não seria eu...


Voltei para o quarto onde eu havia deixado a minha bolsa determinada a ir embora. Foi um erro ir até aquele churrasco. Aliás, o erro começou quando eu fui à inauguração da Outlaws e só foi piorando com o nosso encontro na sua casa e agora com aquela festa.


Entrei no cômodo, peguei a minha bolsa, coloquei a minha nécessaire lá dentro e me virei para ir embora já com o celular na mão para avisar a Bruninha e a Thaeme que o churrasco havia acabado para a gente.


Caminhei em direção à porta com o meu aparelho móvel na orelha enquanto olhava para frente para não errar a direção da porta. Parei na mesma hora sentindo o meu sangue gelar.


Tá certo, o destino estava mesmo de brincadeira comigo. Parado no batente estava o Luan me encarando com uma expressão muito séria. Vinha problema por aí...


- Já tá indo embora? – Ele me perguntou.


- Já, sim. A festa já deu para mim – Respondi, seca.


Silêncio. Aquele silêncio que queria dizer uma porção de coisas, que tinha dezenas de significados e que te fazia prender o ar de tanta expectativa.


Junto com o silêncio veio aquela sensação, que já era praticamente minha amiga: pernas tremendo, coração disparado... Ele estava ali, na minha frente, me encarando com aquele brilho no olhar que me fazia derreter inteira. Ver aquele brilho me fez perceber que era por causa daquele olhar que eu não conseguia me manter longe, que eu não conseguia resistir, que era aquele olhar que me fazia perder a cabeça e me entregar para o Luan.


Meus pensamentos voavam na minha cabeça quase que me deixando tonta. E como sempre, eu não resisti e acabei fazendo o que não devia.


- Por que ela? Por que a Jade? – Perguntei, sustentando o seu olhar, séria. Eu precisava saber o que ela tinha que eu não tinha.


- É bom ter alguém do seu lado em quem você pode confiar... – Ele respondeu seco.


Mais um “tapa na cara”. Certo, aquela era a confirmação que ele estava com raiva porque me viu conversando com o Sorocaba. Era sério que ele queria discutir fidelidade comigo? Justo comigo que era a pessoa mais fiel a ele nesse mundo? Que mesmo longe nunca deixei de amá-lo?


De novo, respirei fundo e busquei forças lá no fundo da alma para não cair no choro. Aquela resposta doeu muito, mas muito, no meu coração, mas eu não poderia me dar o luxo de estragar tudo agora.


- Cuidado, as aparências enganam... – Dei a dica caminhando um passo em sua direção. Eu queria, aliás, eu precisava sair dali antes que a coisa piorasse de vez.


- Enganam mesmo! Enganam tanto que são as pessoas que a gente mais confia que nos traem – Ele me respondeu sem tirar os olhos de mim, muito sério. Nós nunca tínhamos conversado sobre a traição. Logo depois que tudo aconteceu eu viajei e nós não nos falamos mais. Eu sentia o ar me faltar nos pulmões e uma vontade imensa de chorar, mas se eu chorasse ele iria sacar que havia alguma coisa errada.


- Só não esquece que às vezes as pessoas que estão mais distante são as que mais se preocupam com você – Falei com a voz baixa, já sem muita força, me aproximando dele até ficar a poucos passos de distância. Eu queria passar pela porta, mas ele estava tampando completamente a passagem.


- Está se referindo a alguém em especial? – Ele falou, já com um pouco menos sério. Foi aí que eu percebi. Ele estava fazendo de novo: Estava me provocando porque me conhecia e sabia que eu nunca resistia a ele.


Era como se o Luan estivesse jogando o verde para colher o maduro, e eu quase entreguei tudo de “mão beijada” fraquejando no meu tom de voz. Ele sabia que tinha alguma coisa errada na história. Droga! Eu estava me complicando demais... Também, porque eu sempre tinha que acabar perto, mas tão perto, dele daquele jeito?


- Não sei – Dei qualquer resposta querendo ganhar tempo.


- Ahhh, sabe sim! Pode ir falando que agora eu quero saber – Ele falou tentando se fazer de bravo para ver se me convencia a contar.


Eu precisava virar o jogo. E, para minha sorte, eu era muito boa em fazer aquilo.


Respirei fundo, cheguei mais perto dele e cantei baixinho no seu ouvido – “Vai ficar querendo, vai ficar querendo”.


Por um momento ele ficou confuso ao ouvir um trecho do refrão da música que ele gravou com a Thaeme e com o Thiago. Aproveitei o momento de distração para dar um passo para o lado e tentar forçar a passagem pela porta.


Infelizmente, o Luan estava ligado no lance e impediu a minha fuga colocando a mão na minha cintura e me puxando de volta.


- “A sua mão no meu cabelo te trazendo...” – Ele cantou enquanto colocava a outra mão por debaixo da minha trança e me puxava para perto dele nos deixando a menos de um palmo de distância um do outro. Eu sentia a sua respiração acelerada, ouvia o meu coração descompassado dentro do peito, sentia os nossos corpos tão perfeitamente encaixados... Minha boca estava próxima da dele, e ele estava com os olhos fechados, apenas esperando eu fazer o que sempre fazia: roubar um de seus beijos.


Eu mal acreditava no que estava acontecendo. Das duas últimas vezes fui eu que praticamente o agarrei, e agora era ele quem estava me segurando pela cintura me impedindo de ir embora. E a Jade ainda me vinha com aquele papo de “o que aconteceu entre vocês já passou...”. Acho que a “Filhote de Pinóquio” andava meio desatualizada...


Droga! A Jade! Lembrei dela e de todo aquele papo “brabo” de traição e de colocar tudo às claras. Sem contar que, tecnicamente, eu não poderia estar ali, nos braços dele... Bom, eu queria muito estar ali nos braços dele, mas a ocasião e as circunstâncias não estavam a nosso favor naquele momento.


- Hoje não, Luan. Hoje não – Precisei juntar todas as minhas forças para falar aquilo enquanto me soltava da sua pegada. Minha cabeça, meu corpo, meu coração, minha boca, tudo em mim me pedia para voltar e pegar aquele homem de jeito. Mas aquele não era o dia, nem hora, nem lugar. Eu não tinha o direito de fazer aquilo com ele...


O Luan parecia tão abalado com a minha reação quanto eu. Ele me olhava com uma expressão confusa, como se não estivesse entendo mais nada. Aproveitei o momento de distração, corri pela porta e disparei pelo corredor só parando ao chegar no meu carro.


Abri a porta e me joguei no banco do motorista apoiando a minha cabeça no volante. Respirei fundo várias vezes tentando organizar os meus pensamentos e acalmar o meu coração.


A tempestade estava armada. A qualquer momento iria começar a chover, trovejar e a ventar. Será que eu resistiria a mais aquela tormenta?


***

Dirigi para casa completamente distraída, o que me fez quase bater o carro duas vezes ao longo do caminho e deixou a Thaeme e a Bruninha morrendo de medo.


Enquanto voltávamos para a cidade, contei para as duas sobre a minha conversa com a Jade e sobre o meu encontro no quarto com o Luan. Elas me deram conselhos e tentaram me ajudar, mas a minha cabeça estava a mil. Nada do que elas me falassem iria me ajudar.


Deixei as meninas e fui para casa. Assim que entrei, me joguei de qualquer jeito no sofá.


Eu odiava admitir, mas a Jade estava certa. O meu namoro com o Luan já havia acabado, e só chegou ao fim porque eu terminei com ele. Não era justo voltar agora e bagunçar tudo daquele jeito. Eu sei que ele sofreu muito por muita causa. Eu também sofri muito por ter que deixá-lo ir, mas aquilo era o melhor para ele.


- Eu tenho que ficar longe dele, eu tenho que ficar longe dele, eu tenho que ficar longe dele... – Repeti para mim mesma segurando a minha cabeça com as mãos.


A minha situação não era nada boa. Eu estava prestes a cair no choro feito uma “menininha mimada”. Então resolvi desabafar com a minha Anjinha. Ela saberia me aconselhar. Ou pelo menos iria me ajudar a enfrentar aqueles momentos difíceis.


De: Jú

Para: Bruna Anjinha


“Por que eu não consigo ficar longe dele?”


Esperei um tempo, mas ela não me respondeu. Minha cabeça já estava soltando “fumacinha” de tanto pensar na minha situação com o Luan.


E se eu abrisse o jogo e contasse tudo para ele?


Bufei de raiva.


- Droga, Júlia! Você sempre faz tudo errado – Reclamei comigo mesma.


Chequei o celular mais uma vez. O relógio marcava 20:20.


- Ah, ótimo! Muito bom saber que ele está pensando em mim. Isso vai me ajudar muito mesmo...


Joguei o celular na mesinha de centro e subi as escadas só para tentar manter a minha mente ocupada. Fui até o meu quarto, e para continuar mantendo os meus pensamentos longe dele resolvi procurar um shorts para usar. Tirei as botas, troquei a calça pela peça que encontrei, soltei os cabelos...


Desci de novo e olhei em volta. Muitas das minhas coisas ainda estavam em caixas espalhadas pelo chão ou fora do lugar. Eu era péssima no quesito organização e estava completamente sem paciência de desempacotar aquelas “tranqueiras”. Mas eu precisava de uma distração, e organizar aquela bagunça, de repente, me pareceu a melhor coisa do mundo.


Fui até o rádio que estava no móvel perto da TV e liguei o som no último volume para animar o ambiente e mandar aquele baixo-astral para longe. Meu Ipod estava conectado ao aparelho. Escolhi uma playlist e apertei o play.


*** Link para música - https://www.youtube.com/watch?v=fwK7ggA3-bU *** (Pulem o anúncio e aumentem o som. Maroon 5 é de pirar)


Uma música do Maroon 5 começou a tocar.


- Perfeito! Preciso de algo que passe bem longe do sertanejo para esquecer esse drama todo...


Comecei a balançar o corpo no ritmo da canção me deixando levar pela batida. Peguei o meu celular para fazer de microfone e subi no sofá fazendo caras e bocas para completar a minha encenação da letra.


“Try to tell you no but my body keeps on telling you Yes (Tentei dizer te dizer que não, mas meu corpo continua te dizendo sim)

Try to tell you stop, but your lipstick got me so out of breath (Tentei dizer para você parar, mas seus lábios me tiram o fôlego)”


Droga! O destino realmente estava rindo de mim, porque aquela música também me lembrava o Luan, mesmo não sendo sertanejo. Bom, mas para falar a verdade, quase todas as músicas me faziam lembrar do meu “gurizinho”.


“Now you're stuck on my body, on my body like a tattoo, uh (Agora você está preso no meu corpo, no meu corpo, como uma tatuagem oh)”


Cantei muito animada me identificando com a letra. De repente o celular vibrou na minha mão. Chamada de um número desconhecido. Devia ser a Bruninha... Atendi ainda dançando no ritmo da música.


- Alô


- Júlia?


- Luan? – Quase cai do sofá tamanho foi o susto.


- Estou na frente da sua casa. Será que a gente pode conversar?


“So I cross my heart and I hope to die (Então faço uma promessa que espero cumprir até morrer)

That I'll only stay with you one more night (Que só ficarei com você mais uma noite)



Respirei fundo. Eu deveria ficar longe dele, mas era impossível resistir com ele me pedindo daquele jeito.


- Só mais dessa vez, Júlia. Só mais dessa vez... – Repeti para mim mesma antes de ir abrir a porta para ele.
___________________________________
Notas finais do capítulo: Pera, pera, vamos por partes:
1 - Só eu ri da Thaeme falando que a Julinha ia ficar melhor como Jean Gray?
2 - Esse trio junto (Jú, Brú e Thá) é problema, né? São terríveis essas meninas!
3 -  O que foi Jadelina e Júlia no banheiro?
4 - E essa ligação? Só eu achei que a música combinou muito com o momento?
5 - E aí, o que vai dar essa conversa dos dois? Façam as suas apostas!

Já tô surtando aqui esperando para saber o que vocês acharam!
Espero que estejam gostando!
E antes de ir, preciso dizer uma coisa: Capítulo especialmente dedicado para as meninas do Chat! Meus domingos nunca mais serão os mesmos com vocês! =]

Beijo e se cuidem, gurias!

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19 comentários:

  1. "Sofri" com a Juh la toda preocupada e as meninas falando sobre "X-Men" kkkkkkkkkkkk muitoo loucas. Morri com as piadinha do Trio hahhahah . Sim , elas são terríveis juntas .

    AI CARAMBAAAA , O QUE SER QUE VAI ACONTECER COM A JUH E O LUAN ? AHHHH POSTA LOGO
    A musica ficou perfeita ; )

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    1. Nossa Lú, essa parte dos "X-Men" foi muito engraçada, né? A Jú toda perdida nos seus problemas, e as meninas falando do Wolverine! Também dei risada! kkkk
      E nossa, as piadinhas do trio foram de matar! Se eu estivesse lá com elas teria passado mal de rir.

      Hum... O que vai acontecer com o casal Lulia? Guenta amore, guenta que o cap vai ficar bom, vai valer a pena esperar! (Pelo menos eu acho! kkk)

      Que bom que gostou da música! Também achei que combinou muito!

      Beijo, e obrigada por comentar!

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  2. Ah morri com essa ligação, as meninas são terríveis juntas mesmo. Manuzita, tô morrendo de curiosidade sobre o que vai rolar no apê, bem que cê falou que o churras prometia viiu. Tá linda a fic flor. Liandra Santos.

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    1. Ohh Lí, resolveu postar por aqui agora?! Fica mais fácil, né?!

      Essa ligação foi pra testar o nosso coração, né?!
      E as meninas juntas fervem! Ri demais com o trio!

      Eu falei, não falei? Falei que o churras ia render! Agora é esperar para saber o que o casal Lulia vai aprontar juntos! Huum.. Só digo uma coisa: Essa conversa dos dois promete!

      Obrigada amore! Beijão Nega

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  3. ahhhhhhhhhhhh...ohhhhhhhhh omg
    amreee amei fiko show de coraçao... eiii nao eskece de me dar os tok's ..ahh e qd for p/ descrever as ropas da jedelienta(jadelina+nojenta) me avisaa que eu tambem sou otima em botar os otros pra baxooo.kkkkkkkkkkkkk

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    1. Jedelienta? kkkkkkk Puts, ri com isso agora!

      Ai Aninha, é que eu vou escrevendo, aí me empolgo, e esqueço de avisar! kkk
      É que eu penso tudo na hora...

      E ahhh, acho que a Jú já zoa a Jade demais! Se a gente colocar ela ainda mais pra baixo ela vai sumir! kk

      Beijão Aninha!

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    2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk tem problema nao florr
      mais ohh no final da fic eu espero que a jadelienta fike sooooooooosinha.. pq ela é muito feiiiiaa... e se ela fikar muito tempo viva é capaz de ninguem mais viver por falta de oxigenio pq ela pega tudo pra ela..kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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    3. ahhhhhhhhhhhhh dexa eu te perguntar duas coisinhasss..
      111111111111::::::::: qd vai voltar a escrever 5 dias em cancun???
      222222222222::::::::é impressao minha ou vc importou a malu de 5 dias em cancun pra a AGeOC??????????

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    4. Então Aninha,

      Por enquanto eu não vou continuar Cinco Dias em Cancún. Talvez depois que eu terminar ANC... Por enquanto estou aqui, só me dedicando a história da Julinha!
      E sim, eu importei a Malú de Cinco Dias para cá! kkkk Essa foi uma maneira do pessoal matar as saudades dela!

      Beijão amore!

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    5. kkkkkkkk haaaaaaaaaaaaa eu sabiaaa!!!!!!!!!!!!
      k pena eu tva gostando muito de cinco dias em cancun!!!1
      mais tem nada nao depois e só prometer que vai continuar viww???? (( AMEAÇADORA EU ..NAO?? KKKKKKK ))
      entao se dedique bastante a julinha pq essa dai ninguem consegue segurar ainda mais qd ela se junta com o trio BJT ( bruna,julia e thaeme.. ) hehehe
      bjaooo

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    6. Podexá, Aninha! Vou caprichar bastante na história da Julinha! =]
      Ahh, adorei o Trio BJT! kkk Ninguém segura essas meninas mesmo!
      Beijo, florzinha!

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  4. adoreiii...ri muito com o churrasco...este trio é demais...a conversa da Jade e da Julia ferveu...que raiva do tucano...só serve mesmo para decoração...essa conversa no apartamento vai pegar fogo...cada vez mais tenho a certeza de que a Julia foi obrigada a deixar o Luan...adorando a fic... obrigado pela dedicatoria gata garota, os meus domingos também nunca mais vão ser os mesmos...o chat da republica das negas é o melhor e faz do meu Domingo o melhor dia da semana

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    1. O trio causou demais no churrasco! Essas meninas são terríveis! kkk
      E nossa, conversa das duas no banheiro foi tensa. Quase saiu faísca!
      E esse palpite sobre o motivo pelo qual a Júlia deixou o Lú está na pista certa! Julinha deu algumas dicas nesse cap que são muito valiosas!
      E ahh, o chat de domingo bomba demais! Adoro muito! Domingos realmente nunca mais serão os mesmos!
      Beijo Mari! Obrigada por comentar!

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  5. Amei o capitulo Manuzita
    Nossa ri muito com esse trio Ju Tha e Bruna quando estão juntas ninguém segura kkkkkk
    Fala pra Ju que ser tempestade na vida do Luan e uma coisa boa, nao e ele q sempre fala que fica doido pra alguém bagunçar a vida dele? Kkkk então a Júlia e a mulher perfeita!
    Amei amei amei o Cap Manu como sempre você se supera a cada nova história!

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    1. Ohhh Nega, obrigada! *-* Fico muito feliz em ouvir isso!

      Esse trio junto é problema, né?! Nunca dei tanta risada! Coitada da Jade na mão dessas meninas!
      Podexá, vou dar o recado para ela! Realmente, o Lú sempre fala que quer alguém para bagunçar a vida dele. Jú é a pessoa mais que perfeita! Porque ela bangunça mesmo, com vontade! kkk
      Beijo Maroca, obrigada por comentar! *-*

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  6. Ah Manu, claro que é a Jú né, hum séra que vai rola alguma coisa entre os dois ...

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    1. Pois é, tem que ser a Jú, né?! Só ela bagunça a vida do Lú desse jeito! kkk
      E huumm.... Você descobre se rola alguma coisa entre esses dois no próximo capítulo! Corre pra ler! =]
      Beijão e da próxima vez lembra de deixar o seu nome! *-*

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!