Capítulo 13 - A Nossa Canção

Notas inciais: Prontas para o penúltimo capítulo de ANC?

Capítulo está morno, mas está interessante!

Espero que gostem!

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- E agora vamos a mais um capítulo da novela mais “bombástica” de todos os tempos, “Tempestade da Paixão” – A Thaeme fez graça enquanto se jogava no sofá da sala da sua casa.

- Você quer parar de me zuar, por favor? – Pedi, me sentando ao seu lado segurando a bolsa no colo.

- Você me acorda às... – Ela parou e olhou para o celular - ... 6h07 da manhã, me faz pular da cama, me flagra usando o meu pijama do Garfield e não quer que eu te zoe nem um pouquinho? Desculpa Júlia! Sou sua amiga, mas não sou santa – A “Loira” terminou a frase segurando um bocejo e eu não consegui não rir da cena.

- O assunto é sério, Dona Thaeme – Falei, depois de controlar o riso.

- Eu realmente espero que seja, porque eu estava dormindo como um anjo quando fui acordada pela senhorita – Ela se fez de brava cruzando os braços em frente ao corpo.

- O Luan descobriu tudo – Contei sem fazer mais rodeios.

- O QUÊ? – A Thá deu um pulo no sofá – Como isso aconteceu? Gente, que bafão!

- Quando eu fui embora para a Espanha, eu escrevi uma carta para a Bruna contando tudo o quê aconteceu. Expliquei para ela sobre a falsa traição, sobre o pedido do Anderson, da atitude dos meus pais, do tempo que eu perdi a linha... Enfim, tudo. Ontem ela entregou essa carta para o Luan que leu e depois foi parar lá em casa pedindo satisfações – Resumi toda a história.

- Uma carta? Nossa, a última carta que você escreveu e que o Luan leu foi de arrepiar. Lembro que você me mostrou... – A minha amiga mexeu nos cabelos, como se estivesse lembrando-se das minhas palavras registradas naquele papel – Essa carta de “confissão” deve tá de matar... – Ela opinou.

- Quer ler? Tá aqui – Peguei a folha de papel que eu havia guardado cuidadosamente na bolsa. A Thaeme acenou com a cabeça e eu lhe entreguei a carta.

Vi ela correr os olhos pelas linhas enquanto grossas lágrimas brotavam nos seus olhos.

- Caraca, Julinha... Não sei o que foi pior: Ouvir você contar a sua história ou ler isso aqui – A Thá comentou limpando os olhos.

- É, no fim eu preciso agradecer à “Anjinha” por ter entregado a carta ao Luan. Acho que descobrir a verdade dessa maneira “aliviou” um pouco a situação. Eu nunca teria coragem de contar tudo para ele, e assim foi muito melhor do que se outra pessoa tivesse lhe contando – Avaliei, pegando a carta e a guardando novamente na bolsa.

- Sem dúvidas. Até a “bruxa má da Branca de Neve” teria te perdoado lendo essa carta. Não teria como o Luan fazer o contrário – Thaeme e seus comentários únicos. Rimos juntas da “piada” sem graça que ela fez.

- Mas... E aí? Como você está? Vocês se acertaram?

- Eu estou me sentindo muito leve, mais limpa, sabe? É como se eu tivesse tirado um elefante das minhas costas – Confessei – E foi tão fácil abrir o jogo para o Luan, tão simples... – Eu sorria feito uma boba só de me lembrar dele dizendo que ainda me amava.

- Eu imagino, mesmo! Deve ser muito bom se ver livre de todos esses segredos. E ele? Como reagiu? – A Thá especulou.

- O Lú me pediu um tempo para pensar. Disse que era muita informação de uma só vez, que a cabeça dele estava pirando...

- E deve estar mesmo! – A Thaeme me interrompeu para dar a sua opinião.

- Mas ele confessou que sentiu a minha falta e que me amava, disse que não me odiava e encerramos a noite com ele cantando para mim e depois me colocando para dormir na minha cama. Acordei com um SMS dele me pedindo para não ir embora – O meu sorriso ia de orelha a orelha. Três anos imaginando que eu nunca teria outra chance com o Luan e de repente... PUF! O destino vem e vira o jogo!

- Ahhh, mas que fofo, gente! Ai Jú, tomara que agora vocês se acertem de vez – A minha amiga me desejou, segurando uma das minhas mãos para me dar força.

- Ai Thá, isso é o que eu mais quero! E é aí que você entra na história! – Apontei para ela, animada.

- Opa! Tô aqui para ajudar... – Ela me respondeu, solícita.

- É o seguinte... Eu estou indo embora. É temporário, mas preciso ficar um tempo fora para organizar algumas mudanças que estão acontecendo na minha vida – Sem perceber, coloquei a mão sobre a barriga. O teste de farmácia deu positivo, mas eu queria confirmar aquele resultado com um exame de sangue feito em laboratório antes de anunciar a novidade para todos.

E era justamente por isso que eu estava indo embora. A vida estava me dando uma nova chance e dessa vez eu queria ter a certeza que ninguém ia interferir nas minhas decisões. Se realmente estivesse grávida, eu queria me cercar de todas as precauções para garantir eu teria que aquele filho e, se possível, ficar ao lado do Luan. Na hora certa o meu “Guri” ficaria sabendo de toda a verdade. Já chegava de segredos entre nós!

- Você vai mesmo fazer aquilo que a gente conversou durante a nossa última viagem? – A Thá quis saber.

- Sim, estou indo par lá agora – Respondi com firmeza.

- Então, boa sorte! – A minha amiga me abraçou muito forte – Mas ó, é só por um tempo, né? Até porque, agora que o Luan sabe de tudo, não tem porque você querer ficar longe dele – Ela me pediu ainda me apertando no seu abraço.

- É só por um tempo, sim! Não aguentaria ficar longe de você e da Bruninha! E claro, quero voltar o mais rápido possível para tentar me acertar com o Lú! Mas eu realmente preciso ir. Preciso garantir que essas mudanças aconteçam da melhor forma possível. Thá, a vida está me dando uma segunda oportunidade e eu estou me agarrando a ela com todas as minhas forças.

- Você está me deixando curiosa! Que segunda chance é essa, hein? – Lá vinha a Thaeme com o seu instinto investigativo.

- Ainda não posso contar! E não me olha com essa cara – Chamei a sua atenção ao ver o seu olhar para mim – Olha, preciso que você entregue isso para o Luan e para a Bruninha, ok? Aqui eu estou explicando o motivo da minha partida e avisando que os dois ainda não estão livres de mim – Puxei uma segunda carta da minha bolsa e a entreguei para a Thá – Não esquece de entregar, hein? – Pedi.

- Sim senhora, comandante! – Ela fingiu bater continência.

- Bom, era isso! Agora é hora de pegar estrada – Avisei. A Thaeme me levou até a porta e demos mais um longo abraço, muito apertado.

- Se cuida, Jú! – Ela deu um beijo no meu rosto – Sabe... O Luan deveria mudar a letra da música para “Você é raio de saudade, tempestade da paixão...” – Ela me presenteou com mais uma das duas “pérolas” enquanto eu entrava no carro e me preparava para partir. Eu aproveitei que a maioria das minhas coisas já estava organizada nas malas e assim que acordei, depois de checar o resultado do exame, coloquei tudo na Amora e me preparei para pegar a estrada. O resultado do exame me deu um novo ânimo para seguir adiante com o meu plano e aquele era o momento perfeito para dar início à nova fase da minha vida.

- Você não tem jeito, Thaeme – Ri dando partida no carro – Fuuuui! Se cuida, Lora! – Arranquei com o carro deixando a Thá e o seu pijama para trás e ganhando a estrada na minha frente. O sol nascia e anunciava o início de um novo tempo.

Liguei o rádio e deixei a música do NX Zero encher o carro enquanto o vento que entrava pela janela fazia meu cabelo voar.

Soltando a voz, cantei bem alto o verso daquela letra que eu mais adorava: “Estou aqui pra dizer seu coração vai te mostrar exatamente pra onde ir”

Com certeza era o meu coração que estava me mostrando o caminho dessa vez. E eu realmente esperava que dali para frente tudo se renovasse para mim e para o Luan.

***

Ponto de vista do Luan

Passei a noite deitado olhando para o teto do meu quarto. Tentei tocar umas “moda” para me acalmar, tomei banho, andei de um lado para o outro, sentei, deitei, levantei... deitei de novo. Todas as confissões da Júlia faziam a minha cabeça “ferver”. Lá, na casa dela, tudo foi mais simples... Eu li a carta. Eu senti e depois pude ver... pude tocar na alma da Jú. Nossa noite foi perfeita, e o mais engraçado é que nós não ficamos juntos de verdade. A gente só conversou, se entendeu, voltamos aos velhos tempos como se alguém tivesse nos levado de volta ao passado em uma espécie de flashback.

- Que “trem” mais doido, rapáiz – Virei na cama, ainda sem conseguir dormir.

Respirei fundo. Sozinho no silêncio do meu quarto e longe da Júlia e dos seus “feitiços” que sempre me deixavam “doidinho” por ela, as coisas eram muito mais complicadas.

Eu poderia ser pai... Poderia ter um “muleque” correndo pela casa agora chamando minha irmã de tia e meus pais de avós... A minha vida poderia ser muito diferente do que é hoje... Eu poderia ter ficado com a Júlia, ter namorado sério com ela, quem sabe até casado... Talvez eu nunca tivesse saído em turnê, nunca tivesse “estourado” como um cantor... Nossa, eram tanta coisa para pensar. Tantas possibilidades! Pirei só de me imaginar criando um filho. Será que isso me tornaria uma pessoa mais séria e menos “palhaça”? Será que eu teria apostado tudo por um sonho sabendo que tinha uma esposa e um mini-Luan para cuidar?

E ainda tinha a Jade... Eu tinha acabado de começar um namoro com ela e estava realmente disposto a fazer o nosso relacionamento dar certo. Mas tudo aconteceu de uma maneira tão maluca que a situação já havia saído do controle. Eu me precipitei ao assumi-la para todos, me enrolei todo com os meus fãs e agora estava preso à alguém que eu gostava, mas que eu não amava e muito menos era apaixonado.

A calmaria é boa para te fazer sentir seguro, te fazer sentir amado, querido... Mas é a tempestade que te faz querer viver de verdade. É ela quem te leva do céu ao inferno em minutos, que faz o seu coração bater mais forte, que deixa as pernas bambas, faz a cabeça rodar... Só a tempestade era tão forte e tão intensa para ser capaz de superar tantos obstáculos e permanecer viva no meu coração. Eu não podia mais ficar com a Jade, mas como eu iria terminar o meu namoro? Ainda mais agora que eu tinha acabado de “oficializá-la” para toda a mídia e que, segundo a minha equipe de marketing, aquilo estava sendo excelente para a minha imagem pessoal.

Acabei caindo no sono, todo torto na cama, cansado igual uma “égua veia”. Minha volta ao Brasil não poderia ter sido mais “bagunçada”.

***

Acordei com o sol batendo na minha cara.

- Eita, trem! Esqueci de fechar a janela ontem... – Resmunguei me espreguiçando na cama. Peguei meu celular. Cinco mensagens da Jade. Eu deveria ter ligado para avisar que cheguei bem de viagem.

– Lá vou eu, explicar mais uma vez para a Jadoca o porquê eu estava na casa da Júlia. É agora que tudo vai pro pau de vez...

Encarei o relógio: 14h14. Como era mesmo aquela história de que a pessoa que você gosta está pensando em você? Será que a Júlia estava pensando em mim?

- Júlia, Júlia... – Brinquei, levantando da cama e caminhando até a porta. Ao abri-la, quase dei de cara com a Bruna.

- O que “cê” tá fazendo aqui, muié? – Quase berrei, tamanho foi o susto.

- Ô, até que enfim o “Belo Adormecido” acordou... – Minha irmã comentou enquanto entrava no meu quarto e sentava na minha cama, sem permissão.

- Quê “cê” qué, Bruna? – Meu humor não era muito bom de “madrugada”.

Ela não disse nada. Apenas balançou uma folha de papel dobrada em quatro partes na frente do rosto. Senti meu sangue congelar nas veias. Outra carta não, por favor...

- A Thaeme mandou entregar há pouco. É da Júlia – Ela explicou, me dando a folha.

Cocei o cabelo, nervoso, antes de pegar a carta. Algo me dizia que aquilo não era boa coisa...

Desdobrei o papel e a segurei em frente ao rosto para ler.

“Lú e Anjinha...”

- Anjinha? De anjinha “cê” num tem nada né, mana? – Tirei uma com a cara da minha irmã.

- Para de ser chato e lê de uma vez... – Ela revirou os olhos, nervosa.

- Tá “bão”, tá “bão” – Disse antes de voltar à atenção para a leitura.

“Lú e Anjinha

A última carta minha que vocês leram foi uma despedida muito dolorosa, cheia de culpa por erros responsáveis por destruir a minha vida.

Agora que o Lú já sabe de tudo, me sinto mais leve, mais limpa. É como se eu estivesse presa por todos esses anos em uma jaula, uma gaiola... Ontem à noite a porta dessa “cela” foi aberta e eu finalmente poderei viver sem a sombra de todos aqueles pecados. Sei que o que fiz foi muito sério e em alguns aspectos imperdoáveis, mas foi a minha Anjinha que me ensinou que ninguém pode voltar e mudar o que já passou, mas que qualquer um pode fazer um novo final. E é em busca desse “novo” final que eu estou indo embora TEMPORARIAMENTE (Não pensem que estarão livre de mim assim, tão fácil!).

Preciso organizar algumas coisas muito importantes na minha vida antes de voltar. Sei que esse tempo será ótimo para o Lú colocar a cabeça no lugar e pensar em tudo o quê aconteceu.

Luan, sei que a sua cabeça deve estar “girando” com tanta informação. E eu vou te entender caso queira mudar de ideia e não me perdoar. Só o que eu peço é que você não faça nada precipitadamente. E não se preocupe com a sua equipe. Eles erraram, mas erraram tentando te proteger e já se arrependeram disso. Sinceramente, posso discutir esse assunto com você quantas vezes achar melhor, mas eu estou mais do que disposta a deixar isso no passado, como um álbum de fotografias velho que a gente não gosta de ver porque as imagens estampadas ali te trazem más recordações.

Pense, reflita, não me julgue... E o mais importante: Não esqueça que eu te amo. Eu sempre te amei e sempre vou te amar. Obrigada por me dar a melhor noite da minha vida. Dormir com você cantando para mim e acordar com o seu cheiro na minha roupa não tem preço. Eu passaria por tudo de novo se no final eu pudesse ficar mais uma vez com você desse jeito.

Foi muito bom te ouvir cantando para mim de novo. Eu gostaria de ter o dom de fazer músicas como você tem para retribuir esse seu gesto a altura, mas como não tenho, peguei uma emprestada do Rei Roberto Carlos. Chama-se “A Nossa Canção”. Talvez você discorde, mas acho que ela consegue traduzir em versos tudo o quê aconteceu com a gente desde que eu te deixei. Foi como se alguém tivesse “musicado” a nossa tristeza... Enfim, até eu voltar Lú, se sentir saudades, lembre-se dessa nossa canção.

Só mais uma coisa: Se a Jade perguntar o porquê você foi me procurar, pode colocar a culpa em mim. Fala que eu tinha uma “carta” na manga (literalmente!). Tá, parei de fazer piada!

Brú, minha anjinha, não fique brava comigo. Dessa vez eu não vou te contar o quê eu estou aprontando por um motivo muito simples. Não quero que você seja obrigada a esconder um segredo do seu irmão novamente. Sei o quanto isso foi difícil para você e não quero te colocar nessa situação mais uma vez por mim.

Só o que eu posso te dizer é que estou bem e que estarei de volta assim que possível. É como eu disse ali em cima, a vida está me dando uma segunda chance e eu quero garantir que tudo dê certo dessa vez!

Obrigada por tudo viu, minha Anjinha?

Se cuidem e fiquem com Deus!

P.S.C.V.

Com muito carinho,

Júlia”

P.S.: Luan, A Amora está muito chateada com você. Sinceramente, foi desnecessário todos aqueles socos que você deu nela... Rs! Espero que não tenha se machucado!

- Uma carta na manga! A Júlia é fogo mesmo – A Bruna ria da piada da Julinha.

- É, ela é fogo mesmo... – Concordei sem dar muita atenção enquanto caminhava até o meu notebook que estava guardado na minha estante. Sem perceber chacoalhei a minha mão direita, que eu havia usado para descontar a minha raiva no carro. Ela ainda estava dolorida, mas tanta coisa estava acontecendo que eu nem liguei para aquilo...

Levei o computador até a cama, me sentei ao lado da minha irmã e o liguei.

- O que você está fazendo? – Ela quis saber.

- Quero ouvir essa música que a Júlia falou – Comentei. Esperei o “lerdo” do meu laptop iniciar e depois abri o Youtube. Não encontrei uma versão com o rei, mas tinha um vídeo com Vanessa da Mata interpretando a canção. Apertei o play e ouvi a introdução da melodia encher o quarto com um ritmo lento, suave e marcante. A música era como a Júlia: Tocava o meu coração e fazia ele ficar apertando dentro do peito, batendo devagar, quase parando.

 (A música é do rei, mas na voz da Vanessa fica de matar, pelo menos na minha opinião!)

“Olha aqui
Preste atenção
Essa é a Nossa Canção
Vou cantá-la seja aonde for
Para nunca esquecer
O nosso Amor
O nosso Amor...

Veja bem, foi você
A razão e o porquê
De nascer esta canção assim
Pois você é o amor
Que existe em mim...”

Fechei os olhos e fiquei apenas prestando atenção na música, relembrando todas as noites que passei sentindo a falta da Jú. Ela estava certa. A canção que eu escrevi para ela contava a história do nosso amor, enquanto essa parecia ter transformado em notas musicais a nossa saudade.

“Você partiu
E me deixou
Nunca mais você voltou
Prá me tirar da solidão
E até você voltar
Meu bem eu vou cantar
Essa Nossa Canção!...”

- Julinha caprichou na música, hein? – Ouvi a minha irmã comentar ao meu lado me trazendo de volta do mar de lembranças para onde aquela canção tinha me levado. Senti meus olhos marejados de lágrimas. A canção realmente foi escolhida a dedo.

- A Júlia sempre capricha... – Comentei encarando a carta escrita às pressas. Minha tempestade estava indo embora mais uma vez da minha vida sem maiores explicações. Eu nunca ia entender o porquê ela sempre me deixava daquele jeito: louco de saudades dela.

Encarei o computador e apertei o play mais uma vez. Até ela voltar, tudo o que tinha era aquela canção.

***

Fui até o escritório da minha equipe mais tarde ainda com a cabeça fervendo. Era muita coisa para pensar... Ainda bem que as minhas férias estavam chegando, porque eu já estava quase pirando com tantas “novidades”.

Abri a porta e fui recebido pelo Anderson, meu empresário.

- E aí, Luan? Já está recuperando da turnê internacional? – Ele me perguntou, animado.

- E aê... – Respondi sem nenhum ânimo. Eu estava meio “de cara” com ele depois de descobrir toda a verdade sobre o fim do meu namoro com a Júlia – Já tô, sim – Comentei, irônico. Uma turnê internacional não era nada perto de saber que a sua ex-namorada grávida te deixou em nome do seu sonho e precisou fazer um aborto por não receber apoio nem mesmo da sua própria família. Ainda era difícil engolir todo aquele “rolo”.

- Que bom! E aí, está pronto para realizar outro sonho? – Ele me encarou de trás da sua mesa de trabalho.

Olhei para o meu empresário sério. Realizar outro sonho? Como assim?

- O pessoal da produção do Especial do Roberto Carlos me ligou hoje. Eles querem que você participe do programa esse ano! – O Anderson me respondeu ao ver a minha expressão de curiosidade.

Cantar com o rei? Eu? Quase caí para trás com a notícia. Rapáiz, Deus era realmente bom demais comigo...

- Cara, isso é verdade? – Perguntei depois de recuperar o fôlego.

- E eu lá ia brincar com um “trem” sério desses? E aí, topa ou não topa? – O Anderson sorria que nem uma criança que acabou de ganhar um doce.

- Mas é claro que eu topo, uai! E eu já até sei qual música eu quero cantar com o Robertão – Avisei, me lembrando da carta que recebi naquele dia mais cedo.

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Notas finais do capítulo: Certo, vamos fazer como o Stefan em sua fase "má". Vamos por partes...

1 - Todo mundo feliz com o resultado do teste da Jú?

2 - E pra onde a nossa tempestade está indo?

3 - Mais uma carta para a coleção da Julinha! O que acharam?

4 - E a música? Combinou com o casal?

5 - PARA O MUNDO: Luan e Robertão cantando "A Canção da Tempestade"? É pra derrubar o peão!

Façam as suas apostas para o último cap de ANC! O quê vocês acham que vai acontecer?

Antes de partir: Depois de toda essa Tempestade, acho que vou passar uns cinco dias lá em Cancún. O que vocês acham?

Beijo e até o próximo!

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