terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Capítulo 26 - Ribeirão ficou para trás

Notas iniciais do capítulo:
Hey meninas!
O capítulo está morno porque eu o dividi em duas partes.
Então já sabem, o próximo cap vai bombar! kkkk
Me perdoem a demora para postar, mas tive um problema de "família" esse final de semana. Aliás, Mystic, capítulo de hoje é para você!
Aproveitem!
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Fiquei muda. E agora? O que eu fazia?


– Alô? – Ele continuou insistindo do outro lado da linha. Eu não conseguia dizer nada, estava completamente paralisada apenas de ouvir a voz dele.


– Rafa, é você? Alô, Rafa? – Ele devia ter reconhecido o número da minha cunhada – Ní...Anita, é você? – Quando ouvi ele dizer meu nome não resisti. Duas grossas lágrimas escorreram pelo meu rosto. Antes que fizesse uma besteira, apertei o botão vermelho para finalizar a ligação. Minha mão tremia e eu mal conseguia segurar o celular.


Fiquei parada, olhando para o aparelho que estava em minhas mãos. Idiota, porque você não respondeu quando ele chamou o seu nome? - pensei comigo mesma.


Menos de um minuto depois, o celular começou a chamar na minha mão. Na tela apareceu “Luan – galã meteórico”. Com certeza ele estava tentando retornar  para descobrir quem havia ligado para ele.


Deixei o celular tocar. Eu não tinha coragem para atender e dizer que fui eu quem chamei antes.


Guiada pelo som da campainha do celular, a Rafa apareceu na sacada. Ela olhou para o aparelho na minha mão, depois para o nome que aparecia na tela, e finalmente para mim. Na hora ela entendeu o que estava acontecendo e porque eu não queria atender. Rapidamente ela pegou o telefone da minha mão e apertou um botão na tela.


– Alô? – Ela disse – Oi Luan, é sou eu mesma, a Rafa, cunhada da Anita. – Ela ficou um instante em silêncio. Ela prestava atenção no que ele dizia do outro lado da linha.


– Uma chamada no seu celular? Huum... Não sei o que aconteceu. Acho que eu o deixei na bolsa e sem querer deve ter apertado o botão para ligar para você. Desculpe-me incomodar, querido, foi sem querer.


Mais um instante de silêncio. Eu apenas acompanhava tudo com o olhar.


– Sim, por aqui está tudo bem. Estamos em Ribeirão ainda, as gravações terminam essa semana. E com você, está tudo bem? Muitos shows?


Ver a Rafa conversando com ele por telefone me deixou com mais raiva de mim mesma. Era tão simples manter um diálogo daquela maneira. Você em uma cidade e ele em outra. Ele nunca desconfiaria que eu estava morta de saudades dele e louca para revê-lo. Eu realmente era uma completa idiota.


– Ah, que bom Luan que está tudo bem com você. A Anita? A Any está bem. Está aqui do meu lado tocando violão, você quer falar com ela?


Meu coração gelou. Olhando daquele ponto de vista, talvez falar ao telefone não era tão simples assim.


– Tudo bem, vou passar para ela. Beijão Lú, se cuida – A Rafa se despediu dele e apontou o celular na minha direção – O Luan quer falar com você.


Peguei o aparelho e o coloquei na orelha. Na minha frente a Rafa fazia gestos de incentivo com a mão.


– Oi? – Minha voz quase falhou. Eu queria ter dito algo mais animado.


– Ní? – O Luan falou, receoso.


– Oi Lú, como vai? Tudo bem com você? Levei um susto quando vi aquela notícia no jornal, o que aconteceu com o Bicuço? – De repente eu disparei a fazer perguntas sem parar.


Ele riu do outro lado da linha. Com certeza estava achando divertido todo aquele meu interrogatório.


– Oi linda! Calma, uma pergunta de cada vez. Eu tô bem sim, e você viu? O Bicuço deu um susto danado em nós. Pensei que fosse morrer – Ele disse a última frase em um tom sério.


– Não Lú, não pensa assim. Foi só um susto. Não vai acontecer nada com você – Tentei tranqüilizá-lo.


– Jura? – Ele fez um tom manhoso.


– Pode apostar! – Tentei animar o tom da conversa – Quando fiquei sabendo que estava tudo bem fiz uma oração agradecendo. Desde que você me deu aquele escapulário eu tenho me tornado mais religiosa...


– Você ainda usa? – Opa, eu estava começando a me comprometer! Era melhor mudar de assunto.


Mais um momento de silêncio. Onde estavam aquelas ideias criativas quando precisávamos delas?


– Luan, cinco minutos pro show – Ouvi alguém gritando ao fundo. “Salva pelo gongo”, é essa a expressão, né?


– Tô te atrasando, né? Vai lá, Lú. Boa sorte na apresentação de hoje. Espero que seja um ótimo show.


– É Ní, preciso desligar, o pessoal tá me chamando lá fora. Foi muito bom falar com você, nega. - Ele falou com aquele sotaque lindo que só ele tinha.


Se controla, Anita! Se controla, eu repetia para mim mesma.


– Foi ótimo falar com você Lú. Eu estava com saudades... Se cuida, ok?


– Pode deixar linda. Se cuida também, viu? Beijo 

Ele estava quase desligando o telefone quando eu o chamei de novo – Lú, rapidinho... É que... hum.. A Rafa postou um vídeo meu novo na internet hoje. E.... Se você quiser dar uma olhada depois... – Falei insegura.


– Sério? Onde ela colocou, em qual site? – Ele parecia realmente interessado.


– No meu canal oficial do Youtube. Enfim, só se não for te atrapalhar, caso você esteja na net sem fazer nada... – Tentei disfarçar a minha ansiedade.


– Pode deixar. Quando eu terminar o show eu vou dar uma olhada. Agora eu realmente preciso desligar, linda. Beijo, boa noite – Ele se despediu e desligou.


Naquela noite eu dormi como há muito eu não dormia. Feliz. O Luan não me odiava tanto quanto eu imaginava.


***


Parecia que décadas haviam passado, não apenas três meses. Tanta coisa tinha acontecido desde que eu assinei o contrato para aquele filme que eu mal acreditava que as gravações finalmente tinham terminado.


Agora era só esperar que a fase de edição do filme fosse concluída e depois participar da campanha de divulgação. E aí sim, eu estaria livre para fazer o que eu bem entendesse...


Eu e o Murilo tínhamos apenas mais um compromisso de trabalho para cumprir naquela fase de produção do filme. Depois eu viajaria para Londres. Eu tinha pedido para a Rafa me matricular em um curso de interpretação ótimo que tem por lá. Seria mais fácil esperar a época da campanha de divulgação longe do Brasil, ou melhor dizendo, longe da tentação de querer ficar perto do Luan.


O último compromisso da agenda antes da minha viagem era uma entrevista no programa da Ana Maria Braga. O pessoal do estúdio aproveitaria a entrevista para divulgar as primeiras imagens de “A Granfina e o Caipira – parte 2”


Estava terminando de arrumar as minhas malas quando alguém bateu na porta do meu quarto.


– Entra – Gritei sem para o que eu estava fazendo.


– A Rafa pediu para perguntar se você já está pronta. – Era o Murilo.


– Já estou quase. Faltam apenas pegar algumas coisas que ficaram no banheiro. Faz o seguinte, fecha essas malas para mim enquanto eu termino o que está faltando. Assim a gente já desce com a bagagem, ok?


O Murilo concordou comigo. Fui até o banheiro juntar tudo o que ainda faltava. Era incrível como em três meses a gente consegue juntar tanta “tralha”.


Demorei uns quinze minutos até organizar toda a bagunça, mas no fim coube tudo em uma bolsa só. Ainda bem, porque todas as minhas malas já estavam completamente cheias.


Quando voltei para o quarto dei de cara com o Murilo parado, lendo alguma coisa. Demorei a perceber exatamente o que era, mas quando vi que ele estava lendo o meu diário voei na direção dele tirando o meu caderno de anotações de suas mãos.


– Hey, o que você pensa que está fazendo? – Eu estava furiosa.


– Isso é um diário? – Ele me perguntou com tom inocente.


– Não seu idiota, é um caderno de receitas – Ele tinha conseguido me tirar do sério.


– Ní, isso é muito maneiro. Você escreve muito bem. Tava muito legal a parte que eu estava lendo...


– Primeiro: NÃO-ME-CHAME-DE-NÍ! – Só o Luan me chamava daquele jeito – Segundo: Nunca mais leia o meu diário de novo! Não tem nada de maneiro aqui. Tem apenas a minha vida. E se você parar de se meter nela eu ficaria muito agradecida.


– Desculpa Any. É que eu realmente achei muito interessante a maneira como você escreve. Não me dei conta que era algo tão pessoal.


– E então, vocês vão descer ou eu vou ter que arrastá-los à força? – A Rafa apareceu na porta do quarto. – Ih, o que está acontecendo aqui? – Ela percebeu o clima tenso entre nós.


– Esse idiota leu o meu diário – Eu não fazia a mínima questão de ser educada naquele momento.


– Você fez isso, bebê? – A Rafa perguntou para o Murilo, que confirmou com a cabeça.


– Mas quanta indelicadeza da sua parte, não? Mas fica calma minha gata garota favorita. Tenho certeza que ali não tinha nada que ele já não soubesse. Afinal, nos últimos dois anos vocês passaram quase todo o tempo juntos. Mais até que o tempo que você passou com a sua mãe... – No fundo a Rafa estava certa. Acabei me acalmando aos poucos.


– Tudo certo, então né? E agora vamos! Quero chegar logo no Rio para descansar um pouco. Amanhã teremos que madrugar para chegarmos cedo no programa da Ana Maria.


Pegamos as nossas malas e seguimos em direção ao aeroporto.


Enquanto voávamos para o Rio, olhei pela janela a cidade que ficava para trás. Eu cheguei em Ribeirão cheias de expectativas e completamente feliz. Agora que eu estava indo embora eu queria deixar toda aquela tristeza que tinha acumulado nos últimos meses naquela cidade. Era hora de aceitar as escolhas que eu havia feito.
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Notas finais do capítulo:
E aí, algum palpite do que acontecerá no próximo capítulo? E esse diário, hein? huuummm
Lembrando que estamos nas emoções finais! kkkkk
Meninas, vocês acham que a Rafa deve voltar com o Caio?
Beijo

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2 comentários:

  1. Ai eu tbm fico mega brava quando leiam meus diários (é literalmente "meus diários" haha) e sim acho que o Caio tinha que voltar com a Rafa até porque ele ta fazendo falta. Ai Manu não vo aguenta vo le tudo o que tenho direito ok? Mais pode deixar que vo le no Whattpad tbm ok? Bjs linda
    Ass: Milleh Santos

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    Respostas
    1. Nossa, eu fico MUITO brava quando mexem nas minhas coisas. Se eu fosse a Anita teria matado o Murilo sem nenhuma dó!

      E fica tranquila! Vai lendo do jeito que for melhor para você. Porque até eu conseguir passar todos esses caps para o Watt Pad vai demorar muito ainda!

      Ufaaa! Acho que agora eu consegui terminar de responder todos os comentários! Uaaau, tinha muita coisa! Muito obrigada por ir comentando, viu? É bom que dá um incentivo para as outras pessoas também deixarem sua opinião. <3

      Beijão e encerro aqui a #MaratonaDeComentários Agora é esperar pela próxima! hahaha

      Excluir

Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

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