terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Capítulo 18 - Rosas e um envelope pardo

Notas iniciais do capítulo:
Hey pessoal!
Capítulo está imperdível!
Eu avisei que depois da tempestade chegaria um dia de sol.
Então aproveitem!
Ah... e não deixem de escutar a trilha sonora:
 
___________________________________________
Compromissos cumpridos no Rio, e finalmente poderíamos voltar para a nossa casa, em São Paulo, para descansar um pouco. Depois da participação no programa da Xuxa, estava marcado na minha agenda apenas mais duas entrevistas. Como eram para duas revistas, conversei com as repórteres no dia seguinte, fizemos as fotos e a noite já estávamos voando de volta para casa. Eu nem acreditava que finalmente veria meu quarto novamente.

Usei o boné do Luan na viagem de volta. E claro, as Luanitas ficaram enlouquecidas nas redes sociais. Eu queria saber como elas tinham tanta certeza que o boné era dele.

O placar atual da “guerra” entre os dois times era: 3 pontos para as “Murinitas” – conquistados com a entrevista dele na Capricho, com o anúncio do filme no Prêmio Multishow e com o fato do Luan ter saído da festa com a modelo desconhecida. Já as Luanitas somavam dois pontos - que resultavam das nossas fotos no tapete vermelho, incluindo principalmente a que registrava ele bebendo água do meu copo, e agora com o fato de eu usar o boné dele de novo.

Chegamos em São Paulo de madrugada e eu fui direto para a cama. Eu teria longos dias de folga para colocar tudo em ordem depois.

***
- Boa tarde, Bela Adormecida – brincou a Rafa quando eu entrei na cozinha no dia seguinte.

Olhei no relógio na parede. Ele marcava 12h45. Ainda estava cedo para eu acordar, não estava?

– Qual é, Rafa? Deixa eu dormir.  Já faz quase dois meses que eu não tenho um dia de folga. – Falei me sentando a mesa com ar de reclamona.

– Tudo bem, garota trabalhadora. Posso servir o café agora, ou você pretende voltar para a cama e dormir o resto dos seus dias de folga inteiros? – Certo, hoje era um daqueles dias que ela acordava com disposição extra para “tirar uma” com a minha cara.

– Será que rola um café? – Fiz a minha cara mais fofa e “pidona”.

– Saindo um super café da manhã para a garota mais trabalhadora desse mundo todinho! – Ela piscou para mim e começou a mexer na geladeira para pegar o leite e o resto dos itens para o meu desjejum.

E eu preciso admitir, além de ser uma cunhada ótima, de preparar os melhores “looks” para mim e me ajudar nas minhas “trapalhadas”, a Rafa ainda era uma ótima cozinheira. Meu irmão tinha escolhido muito bem a sua noiva.

– Any, me fala uma coisa, se o Luan realmente te der o fora, será que ele vai te falar que “As lembranças vão na mala para te atormentar”? – Ela colocou a mão fechada próxima a boca imitando um cantor segurando um microfone. Realmente ela tinha acordado muito bem disposta hoje.

– Não brinca com coisa séria, Rafa – Respondi

– Mas é sério. Precisamos considerar todas as possibilidades... – Ela fez cara de pensativa – Ou será que ele vai cantar “Não era para ser, não, não, não ia rolar....”

– Rafa, para com isso ,caramba! - Eu estava começando a ficar brava.

– Ou ainda ele pode cantar assim “A minha boca você não beija mais, nunca mais, oh não...” – Ela ria sem parar de mim.

– Rafaela Prado, CALA A BOCA! – Ela conseguiu me irritar.

– Hey, não adianta ficar brava comigo. Eu falei que era para você ligar para ele, lembra? – Ela se defendeu.

– Ah, tá bom, desculpa. Mas é que eu estou nervosa. Você realmente não está sabendo de nada? – Quis saber. Afinal, quando viajamos para Nova York o Marcão tinha ligado para ela para confirmar a nossa presença na festa.

– Nadinha. Dessa vez nem ele, nem o Marcão me ligaram. O Luan não deu sinal de vida?

– Não. Nem um e-mail, nem uma mensagem, muito menos uma ligação – Eu já estava nervosa com aquela espera.

– Calma, Any! Você pediu para ele te responder depois que assistisse a entrevista. Hoje ainda é quinta-feira. O programa só vai ao ar no sábado. O jeito agora é ter paciência. – A Rafa me tranqüilizou.

Paciência era algo que eu não tinha. Definitivamente. Custava ele me mandar uma mensagem? Só para dizer que assistiria a entrevista? Com aquele silêncio todo eu nem sabia se ele realmente poderia assistir ao programa no sábado.

Para passar o tempo, comecei a organizar o que eu levaria para a próxima viagem. Na próxima quarta as gravações do filme começariam em uma fazenda de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Depois disso comecei a estudar o texto para o filme, tomei banho, tirei uma soneca, separei mais algumas coisas para levar para Ribeirão, assisti TV, chequei meu e-mail (nenhuma nova mensagem do Luan) e joguei vídeo game com o Caio. Fiz tudo isso, e a quinta-feira ainda não tinha terminado. Ai como eu queria que amanhã já fosse sábado. Afinal, quem precisa de uma sexta-feira em uma semana como aquela?

***

Depois de uma longa e interminável sexta-feira, finalmente o sábado chegou! E mais, o sábado depois do almoço, quando o programa da Xuxa iria ao ar e a minha espera finalmente acabaria.

Já estava todo mundo na sala no maior estilo férias. A Rafa e o Caio ainda estavam de pijama jogados no sofá. Eu estava de shorts, camiseta velha e chinelo. Até o Tigrão estava deitado no tapete da sala, tirando um “cochilo”.

– Pronto Any  – A Rafa falou apontando para a TV – “Estrelas” acabou. Vai começar o TV Xuxa. – ela completou.

Me ajeitei no sofá. Meu coração pulava no peito de tanta ansiedade.

Depois de chamar algumas atrações e de longos intervalos comerciais a Xuxa anunciou a entrevista comigo. Nessas alturas eu já estava andando em círculos pela sala de tanto nervoso.

A entrevista correu sem nenhum problema. Eles não cortaram muitas partes, e o principal, que era o recado para o Luan, tinha ido ao ar.

– Bom, agora é esperar uma resposta – Falei tirando o celular que estava no meu bolso e o segurando nas mãos. O Luan poderia mandar uma mensagem, ou quem sabe ligar, a qualquer momento.

Mas ao invés do celular, foi o interfone que tocou.

– Any, aproveita que você está de pé e “vê” quem é – Meu irmão falou.

Fui até o interfone e o atendi – Oi – disse.

– Oi, quem é? – Era o porteiro, o “seu” Zé.

– Fala “Seu” Zé, é a Anita.

– Oi Nitinha – ele sempre me chamou daquele jeito – Tem um rapaz aqui em baixo com uma entrega para você.

– E quem é esse rapaz?

– Peraê, vou perguntar – Ouvi o barulho dele soltando o interfone e depois o pegando de volta – Ele disse que está aqui em nome de um tal de Luan Santana. – Um tal de Luan? O Zé precisava assistir mais TV.

– Pode mandar subir, Zé. Obrigada – Desliguei o telefone. Se antes eu estava nervosa antes, agora eu estava perto de um colapso nervoso. O que aquele rapaz queria?

Finalmente a campainha tocou. Nunca pensei que alguém pudesse demorar tanto para chegar ao 13º andar. Será que ele tinha subido de escada? Mais rápido do que pude, abri a porta.

– Oi – Disse, tentado parecer calma e tranqüila.

– Sr. Anita? – Ele perguntou e eu confirmei com a cabeça – O Luan me pediu para te entregar isso pessoalmente – Na minha pressa em abrir a porta nem tinha percebido que ele segurava um buquê de rosas vermelhas e um envelope pardo nas mãos.

– Hãã... Obrigada – Eu ainda me esforçava para parecer tranqüila. Peguei buquê e depois o envelope. Mas que diabo de envelope era aquele? Bom, eu já iria descobrir... Sorri para o entregador e já ia fechando a porta quando o rapaz me interrompeu.

– Desculpe Anita, mas tenho ordens de sair daqui com uma resposta. Será que posso esperar por aqui?

– Resposta? – Mas quem queria uma resposta ali era eu, e não ele!

– Sim senhorita. Por favor, só posso voltar com uma resposta – Ele insistiu.

– Ok, então espera a sua resposta aí – Bati a porta na cara dele.

– O que está acontecendo aí, Any? – A Rafa quis saber.

– Recebi flores e um envelope pardo. – Respondi, ainda nervosa com o entregador.

– Flores? – Ela deu um pulo do sofá e veio correndo em minha direção – De quem são?

– Acho que são do Luan – Respondi.

– Acha? Abre logo o cartão e descobre – A Rafa já estava quase tendo um infarto de tanta ansiedade.

Procurei o cartão entre as rosas. Quando achei o puxei para que eu pudesse ler. “Ouça” – Estava escrito no pequeno pedaço de papel branco.

Ouvir o quê?, pensei. Foi aí que me dei conta do envelope que estava na minha outra mão. Passei as flores para a Rafa segurar e abri o pacote. Era um CD. Aí a mensagem fez sentido na minha cabeça.

– Hãã... Licença um minutinho – Disse e sai correndo para o meu quarto. Ao chegar fechei a porta e corri para colocar o CD no aparelho de som.

Assim que o CD começou a tocar eu ouvi a voz do Luan ecoando nas caixas de som.

“ Oi Ní,
Tudo bem?
Você não deve estar entendo nada dessa bagunça toda, né? Mas é que no dia que você me mandou a mensagem dizendo que tinha um recado para mim eu não agüentei. Na mesma hora pedi para o pessoal da minha equipe entrar em contato com a produção da Xuxa para me mandarem a entrevista. Eu não ia agüentar esperar até hoje para saber que recado era esse. Eu atazanei tanto o pessoal do programa que eles me enviaram o arquivo sem editar mesmo.
Aí depois disso eu fiquei pensando na sua resposta. Tem tanta coisa que eu queria te dizer, que talvez se eu simplesmente respondesse a sua mensagem, ou te ligasse, me faltariam palavras para dizer tudo o que eu sinto.
Então achei melhor fazer essa música para você. Espero que goste”

*** Link para músicahttp://www.youtube.com/watch?v=Qul0sIn30jU  ***


O som da voz do Luan foi substituída por um momento pelo som dele tocando um violão. Logo depois ele começou a cantar junto.

E eu que achava que,
A vida fosse só uma viagem,
Que o mundo tinha me esquecido...
E eu que achava que,
O amor não existia pra todo mundo,
Que era coisa de cinema...

Aí você apareceu,
com um olhar me convenceu;
Anjo de asas coloridas, amor além da vida.

Eu não resisti a tanto amor,
O meu coração se entregou,
E venha o que vier, eu vou estar pra sempre com você”


Fiquei toda derretida. Ouvir ele cantando aquela música linda feita especialmente para mim me fez pensar que toda aquela espera tinha valido a pena. Me senti ainda mais apaixonada por ele. Meu coração batia acelerado no peito e de repente eu queria muito estar junto do Lú.

Quando a música acabou, ele voltou a falar.

“Eu não sou muito bom em ficar falando as coisas, mas acho que essa música responde tudo o que você me disse na entrevista, né linda?
Então, se o Pedrão fez como o combinado, ele deve estar aí ainda, esperando...
É o seguinte: quem quer uma resposta agora sou eu. Eu tenho dois shows em Porto Alegre esse final de semana e depois tenho alguns dias de folga. Será que você topa vir me encontrar para a gente conversar pessoalmente? Se você aceitar, é só falar com o Pedro que ele já tem tudo no jeito para te trazer para cá.
Agora é com você, linda.
Espero que tenha gostado da música.
Beijão”

Ele nunca assinava as mensagens. Aquele era o Luan.

Então o moço que eu tinha batido a porta na cara era o tal Pedrão. E a resposta que ele queria era saber se eu iria ou não para Porto Alegre. “Putsss”, pensei comigo.

Saí correndo em direção a porta de entrada do apartamento. Com sorte, o Pedrão não tinha desistido de esperar.

– Ééé.. Pedrão? – Falei depois que tinha aberto a porta. O rapaz tinha cansado e se sentou em frente à porta de casa. –Então, desculpa o mal jeito – Comecei a falar sem graça – Mas a resposta é sim. Eu vou para Porto Alegre. Quer dizer, só preciso conversar com o meu irmão, mas eu estou de folga nesses dias, então acho que não terá problemas – eu comecei a falar rápido demais. – Faz o seguinte, entra aqui e espera só mais um minutinho – Ele concordou comigo e entrou no apartamento.

Pedi licença e sai correndo de novo em direção ao quarto. A ansiedade era tanta que eu não conseguia simplesmente caminhar.

Quando entrei no quarto, a Rafa e o Caio já estavam me esperando.

– Toma, aqui tem cartão de crédito, dinheiro, documentos, e até passaporte. Nunca se sabe, né? – O Caio me entregou uma pequena pasta preta.

– As suas malas já estão prontas dentro do guarda-roupa. Coloquei uns casacos porque em Porto Alegre faz frio, mas também coloquei umas roupinhas mais leves, caso você precise - A Rafa avisou.

– Espera aí, vocês já sabiam de tudo? – Perguntei interrompendo a Rafa.

– Claro. Quem você acha que deu a ideia do encontro em Porto Alegre? – A minha cunhada perguntou.

– E quem você acha que marcou o começo das filmagens só para quarta-feira? – Meu irmão completou.

Abri um sorriso de orelha a orelha. Era bom demais para ser verdade.

– Agora vai garota, bota uma roupa melhorzinha e vai logo para o aeroporto. – A Rafa me puxou pelo braço me empurrado em direção ao banheiro – Já separei umas roupinhas para você. Estão em cima da pia.

Me troquei correndo, peguei as malas e desci para a garagem para pegar o carro do Pedrão. Ele deu partida no veículo e seguimos em direção ao aeroporto.

– Para que horas está marcado o voo? – Perguntei querendo saber se estávamos atrasados.

– Ah... Não precisa se preocupar. Nós vamos no avião particular do Luan. – CARACA! O Luan tinha um avião particular? Dessa eu não sabia...

– É... Pedrão, desculpa o mal jeito lá em casa. É que eu estava muito nervosa com toda essa situação, e ter que ficar esperando uma resposta... Enfim, desculpa – Disse meio sem graça.

– Não esquenta não, Dona Anita. O Luan sempre me pede para fazer umas coisas desse tipo. Trabalho com ele desde o começo da carreira, nós somos bem amigos – O Pedrão falou sorrindo. Pelo jeito ele tinha levado tudo na esportiva.

– Sempre pede para fazer coisas desse tipo? – Não pude deixar de perguntar.

– Calma, fica tranqüila. Quero dizer que ele sempre pede para eu entregar algumas coisas para o pessoal da família dele. Mas rosas vermelhas e um envelope foi a primeira vez. – Ele riu – Eu sou o verdadeiro garoto de entregas do Luan.

– Ah.. Entendi. E você trabalha exatamente do quê? Assim, além de entregador? – Brinquei.

– Sou motorista dele e do pessoal da equipe. – Ele respondeu.

Chegamos ao aeroporto. O Pedrão estacionou o carro em uma vaga que parecia já estar reservada para ele e seguimos até uma área onde ficavam estacionados os jatos particulares.

Quando chegamos próximo ao avião, os funcionários do aeroporto avisaram que já estava tudo pronto para a decolagem.

Embarcamos. O jato era todo personalizado. Tinha poltronas confortáveis, mesa de reunião, TV e DVD, e tudo mais que o Luan tinha direito.

O piloto entrou na aeronave e nos cumprimentou.

– Tudo bem, Pedrão? – Ele disse.

– Tudo bem, Castro. Tudo pronto para a decolagem? – O motorista perguntou.

– Tudo pronto. Por favor, apertem os cintos que partiremos daqui alguns minutos – O piloto disse de modo cordial.

– Então vamos Castro, que eu ainda tenho mais uma entrega para fazer hoje – O Pedrão brincou sorrindo para mim.

Depois de alguns instantes o avião decolou.

– Próxima parada: Porto Alegre – Ouvi o piloto avisar através do sistema de som.

Eu mal podia esperar.



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Notas finais do capítulo:
Depois do dia de sol, agora o jeito é esperar pela noite estrelada! Huuummm.... kkkk
Meninas, preciso da ajuda de vocês. Tem alguma fã de verdade do Luan aí?
Confesso que não sou uma super fã dele. Então eu tento procurar na net algumas informações sobre ele para incrementar a história, mas não acho nenhum site legal.
Vocês podem me indicar algum site ou blog? Eu precisava saber algumas informações pessoais, tipo nome da mãe, se ele tem pai, irmãos, comida predileta, coisas assim, sabe?
Será que alguém pode me ajudar?
Prometo que valerá a pena porque os próximos capítulos estarão imperdíveis.
Beijão garotas!

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