domingo, 13 de janeiro de 2013

Capítulo 20 - Porto Alegre - Campo Grande

Notas iniciais do capítulo:
 Hey pessoal,
Eu tardo, mas não falho! Eis aqui a primeira parte do 20º capítulo da fic!
Já sabem né? Capítulo morno, mas necessário para a continuação...
Obrigada pelas informações que vocês me passaram. Foram muito úteis.
Espero que gostem,
Aproveitem!
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Acordei cedo e fui tomar um banho. O Luan dormia como um anjo ao meu lado e achei melhor não acordá-lo ainda. Ele merecia descansar mais um pouco.

Porém, quando sai do banheiro o quarto estava vazio. Estranhei aquela situação. Olhei ao redor procurando algum sinal de que o Luan estivesse em outras partes do cômodo, como o closet ou a sacada, mas eu realmente estava sozinha.

Ouvi um apito. Era o sinal de que eu tinha uma mensagem não lida no meu iPhone. Fui até o criado-mudo, onde deixara o aparelho na noite passada e o peguei para checar qual era a mensagem.

“ Linda, já volto. Me espere aqui no quarto. Beijão”

Caramba, onde o Luan tinha ido? Será que havia surgido algum compromisso de última hora?

Terminei de me arrumar enquanto esperava algum sinal de vida do Luan. Por sorte, ele não demorou muito para voltar. Uns quinze minutos depois ele chegou no quarto.

– Bom dia linda! Desculpe a demora – Ele disse enquanto me dava um beijo.

– Bom dia! Onde você foi? Aconteceu alguma coisa? – Mulheres e as suas paranóias.

– Relaxa, tá tudo bem! Você já terminou de se vestir? – Confirmei com a cabeça em resposta – Então vem comigo! – O Luan mal me deu tempo para que eu perguntasse onde iríamos. Ele segurou o meu braço e saiu me puxando em direção ao elevador. A empolgação dele me deixou ainda mais curiosa. Que mistério todo era aquele?

Chegamos até o térreo e ele continuou me conduzindo. Dessa vez ele seguia para a parte externa do hotel. Passamos pela área das piscinas e entramos em um caminho que parecia seguir até uma espécie de jardim. O Luan praticamente corria enquanto segurava minha mão, tamanha era a ansiedade dele.

O caminho era marcado por pedras no chão e seguia por entre alguns arbustos floridos. De repente os arbustos que cercavam a trilha acabavam abrindo espaço para um lindo canteiro de rosas das mais diversas cores. No meio do canteiro havia uma tenda com uma mesa e duas cadeiras. Ao chegar mais perto pude perceber que havia uma mesa completa de café da manhã com várias opções de doces, pães, sucos, geléias... No centro da mesa havia um pequeno vaso com uma única rosa vermelha.

– Luan, como você conseguiu organizar isso tudo tão rápido? – Eu estava realmente surpresa. O local era lindo e o sol da manhã refletia nas flores e folhas e deixava o ambiente com um clima especial.

– Na verdade, quando em combinei com a Rafa de você vir me encontrar aqui, eu já tinha pedido para o pessoal do hotel providenciar um café da manhã especial para nós. Aí quando acordei corri para ver se já estava tudo pronto.

– Ah, saquei! Poxa, que lindo tudo isso! Nunca tomei um café da manhã em um lugar tão especial – Comentei.

– Que bom que você gostou. Na verdade eu te trouxe até aqui para te entregar um presente e te fazer um pedido. – Ui, fazer um pedido? De repente senti um frio na barriga.

– Mas agora vem, vamos tomar café – Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse. Um verdadeiro cavalheiro. Logo depois ele se sentou e começou a nos servir com suco de maracujá.

– Nossa Luan, estou ficando com medo de toda essa produção. Você já está enrolando demais. Não agüento mais de curiosidade – Pronto, falei. Minha ansiedade já estava me matando.


– Calma “muié”! Toma aqui, bebe suco de maracujá para ficar mais calminha – Ele fez graça..

– Luan, por favor – Apelei fazendo “biquinho”.

– Tá bom, tá bom! Eu conto! Mas antes eu quero te dar uma coisa. – Ele puxou uma caixinha preta de veludo do bolso. Ai meu Deus, será que era o que eu estava pensando?

– Linda, lembra da música que eu te mandei que dizia que eu queria estar sempre com você? Então, sei que isso não será possível por conta dos nossos trabalhos e tudo mais, e por isso escolhi esse presente. É uma forma de estar sempre ao seu lado e também de te proteger de todas aquelas coisas ruins que você me contou ontem à noite. – Ele terminou de falar e abriu a caixinha. Dentro havia um escapulário feito com ouro branco. A peça era delicada e graciosa. Em cada extremo do cordão havia uma pequena “plaquinha” com uma imagem. Eu não sabia de quem eram as imagens, pois não era católica. Mesmo assim o gesto do Luan e aquela pequena jóia ali na minha frente me convenceram. Eu queria já começar usá-la agora mesmo.

– Nossa Luan, obrigada! É lindo! – Tá certo que eu pensei que o presente se tratava de outra coisa, mas fiquei feliz assim mesmo.

– Que bom que gostou! Eu ganhei um desse da minha mãe – Ele puxou um cordão que estava debaixo da sua roupa para me mostrar – Achei que você também precisava de um para te proteger. Quer que eu coloque?

– Claro! – Ele se levantou e veio até o meu lado para colocarmos a peça. - Bom, eu já sei qual é o presente, mas ainda não sei qual é o pedido – Falei com tom de cobrança.

Ele voltou para a sua cadeira rindo da minha ansiedade. Depois que se sentou ele começou a explicar.

– Então, nós temos mais um show para fazer em uma cidade vizinha daqui de Porto Alegre hoje à noite, e depois eu tenho dois dias de folga. Geralmente, quando tenho um tempo livre na minha agenda, vou até Campo Grande para visitar a minha família. Queria saber se você topa ir comigo?

– Jura? Mas Luan, eu nem sou sua.... – Parei a frase no meio. Eu iria dizer que eu ainda não era sua namorada, mas achei que aquela não era a hora para falar daquele assunto. Rapidamente pensei em uma maneira de consertar a situação – É que eu fico com vergonha de chegar assim na sua casa, de repente. Com certeza sua família deve estar com saudades de você e eu vou ficar lá, atrapalhando os seus dias de folga?! – Improvisei qualquer coisa para dizer. Pelo jeito ele não tinha percebido que eu havia interrompido a primeira frase.

– Que nada! Eu já falei com a minha mãe. Ela achou ótimo. Sabia que ela é sua fã? – Isso foi um golpe baixo da parte dele.

– Sério que não terá problema mesmo? – Insisti.

– Não. Eu já avisei todo mundo que nós vamos hoje à noite para Campo Grande. Tenho certeza que você vai adorar a minha casa – Ele disse convencido.

***

O show na cidade vizinha de Porto Alegre correu tranqüilo. Assisti a apresentação dos bastidores tomando um cuidado extremo para que ninguém me visse ali. Depois seguimos até o aeroporto onde o avião do Luan e o Castro, o piloto, nos esperavam.

Já era de madrugada quando decolamos rumo a Campo Grande.

***

O dia já havia amanhecido quando chegamos à cidade natal do Luan. Nós dois estávamos tão cansados que tínhamos pegado no sono durante o voo. Dormi com a cabeça encostada no ombro dele e segurando a sua mão.

– Chegamos! – Ele disse ainda despertando do sono – Agora já estamos bem perto – Ele avisou.

Um carro já estava nos esperando para nos levar até a casa dos pais dele. O Pedrão, que também tinha viajado com a gente, assumiu a direção do veículo. No caminho, o Lú me explicou que por conta da sua carreira e do assédio das fãs, a família dele precisou se mudar da zona urbana de Campo Grande. Por isso ele havia comprado uma espécie de sítio onde eles moravam agora.

Quando chegamos pude perceber que o Luan era bem modesto quando chamava o local de sítio. Aquilo estava mais para uma fazenda. Entramos na propriedade e seguimos por um caminho delimitado por uma cerca de madeira pintada de branco. Por toda volta havia árvores dos mais diferentes tipos. No final da “estradinha” pude ver o local onde os pais dele moravam.

A casa era térrea e cercada por um jardim. Na parte da frente do imóvel e em uma das laterais da casa havia uma longa varanda onde estavam dispostas redes, cadeiras de balanço e uma mesa, onde imaginei que a família se reunia para fazer as refeições. Deveria ser cedo ainda, por volta de umas 8 da manhã, mas parecia que já havia movimento na casa.

O carro mal parou próxima a varanda e uma senhora veio correndo em nossa direção.

– Luan, já estava preparando o café para você, filho. – Ela o abraçou longamente. Depois se virou para mim.

– E você é a Anita, não é? – Ela também me deu um longo abraço como se já nos conhecêssemos há muito tempo – É a primeira vez que o Luan traz uma namorada para a gente conhecer. Seja bem- vinda, querida.

Fiquei roxa de vergonha. Fiquei parada, completamente sem reação.

– Anita, essa é a minha mãe, Marizete. E mãe, essa é a Ní – O Luan fez as apresentações. – Então, vamos entrar, gente?

O Pedrão nos ajudou a carregar as malas para dentro. Depois que terminamos de levar as bagagens, a mãe do Luan nos convidou para tomar café.

– Fiz aquelas torradas que você gosta, filho – Ela avisou enquanto todo mundo se sentava em torno da mesa que ficava na varanda. Pelo visto eu tinha acertado ao imaginar que as refeições aconteciam ali.

O café já estava servido junto com alguns outros itens, como o pão e a manteiga. Aos poucos a mãe dele trazia mais coisas e enchia cada vez mais a mesa. O Lú parecia extremamente confortável contando as últimas novidades para a Dona Marizete. O Pedrão tomava seu café como se já fosse de casa. Eu estava morrendo de vergonha de estar ali, na casa do Luan, tomando café com a mãe dele. Só eu mesma para me meter nessas situações.

– Bom dia! Bom dia! Lú, você chegou! – Ouvi alguém dizer. Olhei na direção de onde vinha a voz e vi uma versão feminina do Luan. Aquela só poderia ser a irmã dele.

– Bruninha, que saudade tava de você, mana – Os dois se abraçaram – Olha quem veio comigo, a Anita – Ele apontou na minha direção.

– Seja bem vinda, Ní. Poxa Luan, você nem serviu café para ela – A Bruna se sentou ao meu lado e me serviu.

– Você deve estar morta de vergonha, né? – Ela disse baixinho para mim.

Concordei com a cabeça. 

– Olha, eu não queria estar no seu lugar. Você é a primeira namorada que o Luan traz aqui em casa. Minha mãe está impossível. Já avisou que vai fazer um almoço especial, com sobremesa especial e depois ainda terá a janta especial. Espero que você não esteja de dieta – A Bruna me avisou.

– Mas eu não sou namorada do Luan – Desabafei.

– Ué, ele ainda não fez o pedido? Porque aqui em casa ele contou para todo mundo que vocês estão namorando. – Fiquei sem saber o que pensar. O que ela queria dizer com “ele ainda não fez o pedido”?

– Fica tranqüila, tenho certeza que não demora muito o Luan já resolve esse seu problema – Ela piscou na minha direção – Agora relaxa e toma café.

Segui o conselho da Bruna. Não sabia o que o Luan estava aprontando, mas algo me dizia que eu teria uma surpresa até o final do dia.
______________________________________________

Notas finais do capítulo:
Bom, usei um pouco a minha imaginação para complementar as informações que vocês me passaram. Acho que ficou convincente... kkkk
Pretendo postar a próxima parte ainda hoje.
Beijos!

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